CAP 08

PDV EDWARD

Depois do beijo que e Bella me deu sinceramente eu perdi o meu chão, se ela não me queria por que fez isso, por que cuidou de mim dessa forma? São tantas duvidas que invadiram a minha cabeça que demorei para pegar no sono. Na manhã seguinte acordei melhor, realmente os remédios e mais o cuidado que a Bella depositou em mim surtiram o efeito desejado, mesmo eu querendo continuar doente para que ela continuasse cuidando de mim eu tinha que ficar feliz com o resultado.

-Bom dia Bella. – Cumprimentei entrando na cozinha, ela estava virada para o fogão preparando alguma coisa com ovos.

-Bom dia, vejo que já está melhor. – Ela disse timidamente. – Café? – Me servi sentando em sua frente, era assim quando estávamos sozinhos, fazíamos as nossas refeições na cozinha mesmo.

-Bem melhor devo dizer. – Mas me arrependi de falar assim, ela corou violentamente, desviando o olhar. – Desculpe, não quis insinuar nada.

-Tudo bem, eu...me desculpe por ontem. – Ela se levantou e saiu da cozinha. O que eu fiz agora??? Fui atrás dela é claro, não poderia deixar isso acontecer novamente eu a amo e não tenho mais por que negar isso.

-Bella.. – Segurei ela pelo pulso. – Me escute por favor... – Ela parou e me encarou, soltei seu braço. – Eu te amo, me diga o que eu devo fazer para você entender isso de uma vez por todas.

-Isso Eu já sei Edward, não precisa fazer nada. – Ela estava fria comigo, diferente da noite anterior.

-Então o que eu faço para você ficar comigo? – Perguntei num fio de esperança.

-Nada...nada do que você fizer vai me fazer mudar de idéia. Sou casada, você é o sobrinho do meu marido, não quero nada com você entendeu? – Ela disse cada uma das palavras pausadamente como se eu fosse um retardado que não entendia o que ela dizia, mas a cada palavra uma nova facada em meu peito, uma nova dor.

Sai da casa sem olhar para trás, as minhas lagrimas me impediram de ver o que eu tinha pela frente eu apenas corri...Sim, corri feito o covarde que eu sou, um covarde que não teve forças para lutar pela única mulher que amou e ainda ama...

PDV BELLA

Edward saiu correndo para fora de casa e eu correndo para o meu quarto, meu coração aos pedaços, dizer a ele que eu não queria nada dele foi a maior de todas as blasfêmias que eu poderia dizer. Eu o quero como nunca quis ninguém na minha vida, só havia uma coisa a fazer me afastar dele de uma vez, eu não teria outra escolha... Peguei o telefone e liguei para o Carlisle, que no segundo toque atendeu.

-Bella, aconteceu alguma coisa? – Perguntou preocupado, ele sabia que o Edward estava doente e eu quase nunca ligo no celular, só em emergências.

-Sim e não, é complicado Carlisle. – Falei me atrapalhando com as palavras.

-Bella você está me assustando, como está o Edward? – Só em escutar esse nome as lágrimas rolaram pela minha face.

-Tá bem, eu preciso que venha para a fazenda o mais breve possível, eu preciso sair daqui e não posso deixar as coisas sozinhas. – Falei tentando conter as lágrimas traidoras que transbordavam pelos meus olhos.

-Bella, se acalme, estou indo para o aeroporto agora mesmo, quando eu chegar a gente conversa. – Ele enfim desligou o telefone. Me afundei na cama e me permiti chorar, tudo o que meu coração mandava...

Nem sei que horas eram quando acordei, Carlisle estava ao meu lado, sentado na cama acariciando meus cabelos.

-Carlisle eu sinto muito. – Falei enterrando minha cabeça no travesseiro.

-Bella me conte o que está acontecendo contigo, não me deixe nessa angustia anjo. – Carlisle não merecia o que eu estava fazendo com ele. Me levantei respirei fundo.

-Tô cansada Carlisle, de tudo e de todos. – Peguei um vaso na mesinha em frente a cama e o atirei no chão, fazendo ele se espatifar em centenas de pedaços.

-Bella calma. – Carlisle tentou segurar meus pulsos mas eu o impedi.

-CALMA NADA, NÃO ADIANTA PEDIR CALMA, VOCÊ NÃO PERCEBE O QUE ESTÁ ACONTECENDO. – Peguei mais um vaso e o lancei para longe.

-BELLA JÁ CHEGA. – Essa foi a primeira vez que meu estimado esposo levantou a voz para mim, olhei assustada a sua expressão. – SE VOCÊ ESTÁ CANSADA DE TUDO EU TAMBÉM, VOCÊ NÃO É NENHUMA CRIANÇA PARA FAZER BIRRA. VOCÊ É UMA MULHER FEITA, SABE DAS CONSEQUENCIAS DE SEUS ATOS. – Me ajoelhei no chão e comecei a chorar, ele se ajoelhou em minha frente, me pegando nos braços e me levando até a cama. – Desculpe os meus gritos.

Não consegui responder, eu ainda soluçava em seus braços.Carlisle permaneceu ao meu lado afagando meus cabelos.

-Carlisle eu estou tão confusa. – Falei depois de nem quanto tempo de choro.

-É natural isso Bella, se acalma que nervosa você não vai a lugar nenhum. – Ele disse calmo. – Você está apaixonada por ele. – Era uma afirmação, não uma pergunta. Mais uma vez as lágrimas saíram sem pedir licença.

-Eu não quero sentir isso Carlisle, não quero. – Repeti veementemente.

-A gente não escolhe esse tipo de coisa Bella, não te recrimino por isso. – Ele se levantou, me deixando cuidadosamente na cama. – Vou pegar uma água com açúcar para você. – Então saiu e mais uma vez fiquei só com a minha dor.

PDV EDWARD

Andei por boa parte da fazenda, tentei a todo custo me controlar. Não eu não serei covarde a esse ponto, mesmo ela não me querendo eu estou decidido a conquista-la. Voltei para casa e entrei no meu quarto, Bella provavelmente estaria no dela e por enquanto eu não iria perturba-la. Tomei um banho, e me deitei, precisava pensar no que está acontecendo. Adormeci e acordei com o som de algo se quebrando no quarto da Bella.

-CALMA NADA, NÃO ADIANTA PEDIR CALMA, VOCÊ NÃO PERCEBE O QUE ESTÁ ACONTECENDO. – A voz da Bella gritando, e mais alguma coisa se quebrou.

-BELLA JÁ CHEGA. – Os dois estavam alterados, Carlisle gritava com a Bella. – SE VOCÊ ESTÁ CANSADA DE TUDO EU TAMBÉM, VOCÊ NÃO É NENHUMA CRIANÇA PARA FAZER BIRRA. VOCÊ É UMA MULHER FEITA, SABE DAS CONSEQUENCIAS DE SEUS ATOS. – Então o silencio, meu coração parou de bater neste exato momento, sai do quarto na tentativa de ouvir mais alguma coisa, quando vi meu tio saindo do quarto com uma cara nada boa por sinal.

-Carlisle aconteceu alguma coisa? – Perguntei sem pensar.

-Nada que seja da sua conta garoto. – Ele disse virando as costas para mim e indo em direção à escada. Não me arrisquei em ir ver a Bella, esperei sentado ao lado da porta do quarto dela, logo meu tio voltou com uma xícara nas mãos.

-Por favor só me diga que ela está bem. – Pedi ainda sentado no chão e sem conseguir encarar o homem que me deu apoio quando eu mais precisei.

-Ela vai ficar. E você deveria estar na cama, pelo que sei andou mal esses dias. – Ele disse e então entrou no quarto fechando a porta atrás de si.

Entrei no meu quarto e chorei como uma criança. Não conheço direito o meu tio, só peço a Deus para ele não ter feito nada à minha Bella, será que ele é um homem violento? Será que bateu nela? O que será que está acontecendo? Sentado na cama, abraçado ao travesseiro ouço alguém batendo à minha porta.

-Pode entrar. – Eu digo enxugando as lágrimas, e em seguida vendo meu tio entrar no cômodo.

-Posso falar com você? – Fiz que sim com a cabeça. – A coisa é bem simples, o que você sente pela Bella??? – E agora serei sincero e corro o risco dele me enxotar daqui, ou minto e alivio as coisas para ela?

-Não há nada entre a Bella e eu Carlisle, ela só cuidou de mim quando eu estava doente. – Falei omitindo parte da história.

-Não foi o que eu perguntei Edward. Só vou repetir mais uma vez o que você sente pela Bella? – Ele disse pausadamente, não tive forças para responder, abaixei minha cabeça, sem encarar o homem na minha frente, isso tá ficando muito comum para o meu gosto. – Não precisa responder, acho que já sei. – Ele disse saindo e fechando a porta atrás de si.

PDV BELLA

Carlisle me trouxe um chá de camomila e me deixou só novamente, ele seria a única pessoa que poderia me entender nesse momento. Mais tarde ele voltou para o quarto e sentado no meu lado da cama tentou formular uma pergunta, demorou uns instantes.

-O que pretende fazer agora Bella? – Era uma pergunta que queria dizer muito, ainda mais na atual circunstancia.

-Não sei, pensei em ir para Nova Iorque, tenho algumas coisas a fazer por lá, uns três ou quatro dias no máximo, isso me dará tempo para pensar. – Falei já mais tranqüila.

-Não quero que vá sozinha, a Esme ainda não terminou os exames, ela te acompanha. –Ele disse saindo do quarto mais uma vez.