Quando o Amor Acontece escrita por Heloise_Yanki


Capítulo 1
Capítulo 1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/109956/chapter/1

CAP 01

PDV EDWARD

Há exatamente duas semanas fui tirado da minha rotina por uma noticia bombástica: A morte dos meus pais. Meu mundo ruiu nada mais tinha importância. Sei que não sou mais uma criança, afinal são 22 anos de história, mas meus pais era exatamente tudo na minha vida. Eu sou só, não tenho namorada nem ninguém mais na minha vida. Fui traído pela única namorada que já tive, na época eu tinha 18 anos e era um cara extremamente romântico, mas ela não soube me dar valo, de lá para cá virei o tipo pegador, se deu mole tá no papo. E é por isso que estou sozinho no mundo.

Sozinho...sozinho mesmo eu não estou, meu pai tinha um irmão mais novo, o qual prontamente se colocou a disposição para qualquer eventualidade. Mas novamente a vida me pegou desprevenido... Meus pais não eram ricos, mas deixaram uma fortuna em dividas, perdi a casa, o carro, e tudo o mais, tive que largar a faculdade de direito e minha única alternativa era procurar o meu tio que eu não vejo desde os meus cinco anos de idade e como eu sei que ele tem uma fazenda tive que pedir um emprego. Posso não saber fazer nada, mas sou da família ele não poderia me negar essa oportunidade.

Agora estou esperando o meu adorado tio Carlisle para me levar até a fazenda, fazem mais de duas horas que estou no aeroporto esperando e nem sinal da criatura, tô começando a achar que ele me esqueceu...Minutos mais tarde eis que aparece um homem muito bem vestido e com um sorriso familiar no rosto, ele era de longe nada parecido com que eu estava esperando para um fazendeiro.

-Edward? – Perguntou ele assim que estava próximo o suficiente para me estender a mão para um cumprimento, o qual eu prontamente retribui assim como o sorriso. – Vamos garoto. – Ele falou assim que me levantei.

-Claro, estou ansioso por conhecer a fazenda. – Eu disse sem pensar.

-Você vai gostar do lugar é um paraíso na Terra. – Ele falava enquanto me ajudava com uma das minhas duas malas, eu não tinha muita coisa para levar mesmo, só as lembranças. Notei que não estávamos indo em direção ao estacionamento e sim para o outro lado do aeroporto, uma parte onde ficam os aviões de pequeno porte.

-O estacionamento não fica do outro lado? – Perguntei sem jeito de estar corrigindo o seu trajeto.

-Fica, mas não vamos de carro, o jatinho está nos esperando para partir. – Ele disse normalmente...perai jatinho??? Meu tio era melhor de vida do que eu poderia imaginar.

A viagem até a fazenda foi bem tranqüila e confortável, conversei um pouco com o meu tio sobre os últimos acontecimentos, mas ele entendia que o assunto, ainda muito recente me doía e muito. Ele se desculpou pela ausência de sua esposa, ela estava resolvendo uns assuntos na fazenda e não poderia se ausentar, mesmo a contra gosto ela  garantiu que me receberia assim que pousássemos. Eu não liguei, mas meu tio garantiu que tanto ele quanto ela ligavam para isso. O pouso foi rápido e suave, a fazenda era enorme, um pais particular. Tinha de tudo na propriedade, desde criação, plantação, área de lazer e muito mais, tudo o que uma pessoa precisa encontra ali a poucos metros de distancia.

Quando desembarcamos havia uma bela mulher nos esperando, estatura mediana, cabelos um pouco avermelhados, olhos claros, um sorriso fraterno nos lábios, aparentava ter seus trinta ou trinta e cinco anos no máximo, meu tio ganhou na loteria ela era linda e muito simpática, seus olhos brilharam quando ela o viu, certamente o amava e muito. Meu tio na frente a abraçou e beijou a sua face, assim que se desvencilhou dele ela me abraçou, um abraço de mãe, aquele tipo de abraço que eu não tinha a algum tempo.

-Edward essa é a Esme. – Esme??? Ele disse que o nome da sua esposa era Isabella, não entendi. – Esme esse é o Edward meu sobrinho. Cadê a Bella? Ela disse que viria nos receber. – Então essa não era a sua esposa, coisa estranha.

-Seja bem vindo Edward – Ela disse assim que soltamos do abraço. –A Bella pediu para avisar que esta te esperando no estábulo, a princesa entrou em trabalho de parto logo pela manhã, mas estava sofrendo. – Ela falava com tanta pena do pobre animal que até eu que não vou com a cara de bicho nenhum fiquei sensibilizado.

-Já nasceu? – Ele prontamente perguntou.

-Já, ela foi em casa se trocar e logo voltou para ver como estavam passando. Por isso pediu que eu viesse receber vocês. – Ela falava cada palavra com muito sentimento, e aquele brilho no olhar quando viu o Carlisle...tem muita coisa fora dos eixos aqui.

-Vamos deixar as coisas em casa e depois vou para lá. Você gostaria de me acompanhar Edward? – Meu tio perguntou enquanto guardava minhas malhas no carro que estava a nossa espera.

-Claro, terei que conhecer tudo mesmo. – Eu disse com humor.

-Carlisle, deixe o menino descansar um pouco a viagem foi cansativa para ele. – Esme o repreendeu por me chamar para ir junto, mas na verdade eu não estava cansado e precisava urgentemente ocupar a minha cabeça com algo.

-Não se preocupe Sra. estou descansado, e eu preciso mesmo me ocupar com algo. – Eu disse sinceramente.

-Está certo, mas não se demorem por lá, estarei preparando o jantar e não quero atrasos Sr Carlisle. – Ela falou serio.

-Não se preocupe, é só não contrariar ela que fica tudo bem. – Meu tio disse rindo, mas mantendo o tom baixo o suficiente para que apenas eu ouvisse.

Deixamos Esme com as malas numa casa grandiosa e muito bem decorada, entramos no carro novamente e fomos em direção ao estábulo, acredito eu, na verdade eu estava perdido, levaria dias para eu me encontrar nessa imensidão. Poucos minutos depois chegamos ao que me parecia ser o estábulo, enorme, muitos homens trabalhando ao redor, cuidando dos animais, descarregando um caminhão cheio de sacos aparentemente de ração. Descemos do carro e entramos pela porta lateral, já que atrapalharíamos se entrássemos pela principal, onde estava carregando para dentro os sacos de ração. Logo que entrei tive a verdadeira visão do paraíso, uma moça jovem, corpo esguio, cabelos castanhos, cheia de curvas, vestia uma calça jeans desbotada e uma regata preta, de costas já dava para ter certeza de sua incrível beleza. Assim que nos ouviu chegando se virou, tinha os olhos cor de chocolate, o sorriso brilhante perfeito, ela se aproximou de nós ainda sorrindo.

-Oi Carlisle, demorou demais a princesa já deu a luz. – Ela disse com uma emoção contida.- Olá você deve ser o Edward. Prazer Bella. – Opa Bella...Isabella, não pode ser ela era a esposa do meu tio...Neste momento ela o abraçou e ele carinhosamente depositou um beijo em sua cabeça. Um gesto diferente do que eu esperava.

-O prazer é todo meu. – A única coisa que eu consegui responder quando ela me estendeu a mão repetindo o gesto do meu tio no aeroporto.

-Já descansaram? – Ela perguntou.

-Nem deu tempo, só deixamos a bagagem em casa e viemos pra cá. – Ele estava com o braço em sai cintura, em gesto comum eu sei, mas parecia meio estranho a forma que se olhavam.

-Então vamos para casa, a viagem foi longa, deixamos o passeio para amanhã. – Ela disse com pesar, mesmo sabendo do nosso cansaço ela queria passear pela fazenda. Não sei o que me deu, mas naquele momento eu iria a pé até o Japão só para vela sorrir novamente.

-A viagem foi confortável, não estou cansado, a não ser que você esteja tio. – Eu disse rapidamente, a cada palavra minha o sorriso era mais evidente em seu lindo rosto.

-Estou um pouco, mas de qualquer maneira preciso resolver umas coisas em casa, se importa de ir sozinho com a Bella?- Ele me perguntou ciente que ela não se importaria de ir sozinha comigo.

-Não, a não ser que a Sra prefira esperar até amanhã. – Eu disse dando oportunidade de retirar o convite, que para minha surpresa não o fez.

-É claro que não, vamos eu já pedi que selassem os cavalos, Carlisle avisa a Esme que vamos dar uma volta e que voltamos antes do jantar.  – Ela ai dizendo ao mesmo tempo que ia preparando as coisas no estábulo.

-Não se atrasem. – Meu tio disse antes de abraça-la e beijar a sua testa. Depois disse algo em seu ouvido que fez ela ficar corada, uma bela cor em seu rosto. – Divirtam-se.

Assim que ele se distanciou ela me pegou pela mão me levando ao outro lado do estábulo onde estavam três cavalos selados.

-Jake pode recolher o trovão, Carlisle não vai conosco. – Ela disse para o rapaz que segurava os animais, ele logo tratou de pagar um dos animais e saiu dali. – Já montou antes Edward? – Ela me perguntou.

-Nunca. – Respondi sinceramente.

-É bem simples, mostre ao animal que você não tem medo dele e que ele não deve ter medo de você. – Ela dizia tranquilamente enquanto acariciava um dos animais que ficaram.

-Pra você é fácil falar. – Eu disse num sussurro, como se eu falasse comigo mesmo, o problema era que ela escutava e muito bem por sinal.

-Daqui a um tempo para você também será fácil. Agora uma coisa importante seja firme sem ser rude, tá certo?

-Tá, mas e ele me derrubar? – Eu perguntei subindo em cima do cavalo.

-Primeiro não é ele é ela, e segundo ela é super mansa não iria te derrubar, fique tranqüilo.

Finalmente montei no cavalo, ela era marrom clara, e realmente dócil. A Bella tinha razão, fica fácil depois que a gente se acostuma. Mas que dá medo de subir num bicho desse tamanho isso dá.

-Me segue tá certo? – Ela disse saindo na minha frente. Prontamente o meu cavalo obedeceu ao comando e foi atrás dela, será que tudo nessa fazenda obedece à ela?

-Falou para mim ou para o cavalo? – Perguntei rindo.

-Para os dois. – Respondeu séria.

-Não gosta de brincar? – Meio que afirmei azedo pela resposta.

-Desculpe pela patada, mas aqui se os peões me virem brincando eu perco a minha moral. – Disse ela parecendo arrependida.

-Entendo, pelo jeito o Carlisle fica mais no escritório do que em cima de um cavalo não é?- Não sei como um homem pode deixar uma mulher como a Bella assim solta numa fazenda cheia de homens.

-O Carlisle ficou com a parte administrativa desde que voltei da faculdade. Prefiro estar com os animais do que numa sala o dia inteiro. – Ela parece ser mais nova que eu, mas se já terminou a faculdade na certa ela tem mais que 23.

-Sem querer parecer mal educado, que idade você tem? – Pergunte ainda seguindo ela, passávamos por uma rua estreita de chão, os dois lados com cerca de arame farpado e verdes campos de pasto dos dois lados. À nossa frente nada além do horizonte e a mesma ruinha seguindo até onde os olhos alcançavam.

-Não sou do tipo de mulher que esconde a idade. – Ela disse num sorriso debochado.

-Mas ainda não me disse a sua idade, tia Bella. – Falei para provocar, acho que nenhuma mulher no mundo gostaria de ser chamada de tia por um homem do meu tamanho.

-Não precisa apelar ne Edward. – Ela disse entre gargalhadas, pelo menos ela não havia ficado ofendida pela minha brincadeira. – Tenho 24.

-Sinceramente não parece. – Fui sincero, ela não parecia ter mais que 20, que dirá 24. Caraça meu tio tem uma puta sorte mesmo, a mulher era perfeita demais.

-Nem adianta puxar o meu saco, isso não cola para mim Edward. – Ri da expressão dela. – E você que idade tem?

-22

-Não tem mais idade pra me chamar de tia. – Ele retrucou, como se eu fosse velho. Gargalhei alto.

Andamos mais um pouco até avistarmos um campo aberto, sem cercas nem nada do tipo, ela foi se dirigindo para o local. Eu nem tinha percebido que havíamos subido uma colina, ela desceu do cavalo e eu repeti o seu gesto. Aos poucos foi se distanciando do animal e eu prontamente a seguindo, até que parou ao lado de uma grande árvore, pelo que eu não entendia de plantas esta deve ser muito antiga.

-Olhe Edward, isso não é lindo? – Ela me perguntou apontando a propriedade. Quando olhei na direção indicada me surpreendi com a beleza e singularidade do lugar. Sempre fui um homem bem da cidade, gosto da paisagem de cimento dos grandes edifícios, o barulho do transito, de tudo se sempre de fácil acesso. Mas o que eu via em minha frente não tinha adjetivos para classificar, tamanha a minha admiração pela paisagem que eu via, o que eu vi de dentro do avião não era nada, exatamente nada comparado ao que eu via neste momento, ainda mais com uma bela mulher ao meu lado...Para já de pensar bobagens seu cafajeste, essa ai não é pro seu bico, ela é esposa do meu tio, ela é esposa do meu tio, ela é esposa do meu tio...fiquei entoando esse mantra para ver se eu mesmo acreditava no que dizia, o que estava sendo difícil.

PDV BELLA

Após a morte do irmão e da cunhada do meu esposo, Carlisle ficou muito preocupado com o sobrinho, pelo que eu entendi o casal se mantinha apenas na aparência, o montante da divida que eles possuíam aumentava a cada dia, por conseqüência da morte dos dois em um acidente de carro o pobre garoto ficou sem nada nem ninguém no mundo. É claro que fui a favor de trazer o garoto para a fazenda, ele precisa de todo o apoio neste momento, e depois retomar os estudos e seguir em frente, dinheiro não seria mais uma preocupação para ele, assim como não era para nós.

No dia que o Carlisle foi buscar o rapaz a princesa, uma das éguas premiadas da fazenda resolveu entrar em trabalho de parto logo cedo, mas foi muito sofrido tanto para ela quanto para o potrinho que estava vindo ao mundo. Eu, não apenas como dona do animal, mas como a veterinária responsável, não poderia deixar de estar presente até o nascimento, horas mais tarde o animalzinho veio ao mundo e graças a Deus com saúde. Corri até a casa grande para tomar um banho e me trocar, Carlisle não tinha chego com o sobrinho ainda, então deixai avisado a Esme onde estaria que eles fossem ao meu encontro. Preparei um passeio especial, levaria o sobrinho do Carlisle até o ponto mais alto da fazenda, de onde poderia ver quase toda a propriedade e sua incrível beleza.

De repente escutei um barulho diferente vindo da porta lateral, a qual eu estava próxima, me virei e vi o homem mais lindo que existe na terra, alto, malhado, cabelos num tom de bronze surpreendente e os olhos duas esmeraldas brilhantes. Antes que eu fizesse algo que não devia me adiante a cumprimentar o meu esposo e o seu sobrinho.

-Oi Carlisle, demorou demais a princesa já deu a luz. – Eu disse sem conter a minha emoção, a princesa era uma égua premiada, mas também um dos meus animais preferidos..- Olá você deve ser o Edward. Prazer Bella. – Ele apenas acenou com a cabeça com um misto de dúvida no olhar. Neste momento abracei Carlisle e ele carinhosamente depositou um beijo em minha cabeça.

-O prazer é todo meu. – A única coisa que ele me respondeu quando estendi a mão para cumprimenta-lo.

-Já descansaram? – Perguntei.

-Nem deu tempo, só deixamos a bagagem em casa e viemos pra cá. – Carlisle estava com o braço em minha cintura, um gesto simples e que era comum para nós.

-Então vamos para casa, a viagem foi longa, deixamos o passeio para amanhã. – Eu disse sem conter a minha frustração, não sei bem o motivo, mas aquele passeio singelo era importante para mim.

-A viagem foi confortável, não estou cansado, a não ser que você esteja tio. – Edward disse fazendo meu sorriso nascer de novo.

-Estou um pouco, mas de qualquer maneira preciso resolver umas coisas em casa, se importa de ir sozinho com a Bella?- Carlisle perguntou ao sobrinho om um sorriso mateiro.

-Não, a não ser que a Sra prefira esperar até amanhã. – O rapaz prontamente respondeu, provavelmente me deixando escolha, talvez por causa do Carlisle.

-É claro que não, vamos eu já pedi que selassem os cavalos, Carlisle avisa a Esme que vamos dar uma volta e que voltamos antes do jantar.  – Ao mesmo tempo que eu falava ia terminando de ajeitar as coisa que eu tirara do lugar horas antes.

-Não se atrasem. – Carlisle disse, muito provavelmente por indicação da Esme, ele me abraçou e continuou em falando em meu ouvido. – Mais bonito que você imaginava. – Sinceramente ele sabia como me envergonhar, devo ter ficado roxa de vergonha. – Divirtam-se.

Assim que ele se distanciou peguei o Edward pela mão e o levei até onde estavam os animais já selados.

-Jake pode recolher o trovão, Carlisle não vai conosco. – Disse para um dos peões que trabalhavam comigo, um dos poucos que eu poderia confiar.. – Já montou antes Edward? –

-Nunca. –Respondeu ele meio receoso, tive vontade de rir.

-É bem simples, mostre ao animal que você não tem medo dele e que ele não deve ter medo de você. – Tentei parecer tranqüila e certa do que estava dizendo, toda vez que lidamos com animais, ainda mais os de grande porte devemos mostrar confiança e ao mesmo tempo carinho para com o animal, isso trás a confiança.

-Pra você é fácil falar. – Sussurrou para ele mesmo, mas eu não pude deixar de ouvir.

-Daqui a um tempo para você também será fácil. Agora uma coisa importante seja firme sem ser rude, tá certo?

-Tá, mas e ele me derrubar? – É ele estava com medo, talvez esse seja o seu primeiro contato com um animal assim.

-Primeiro não é ele é ela, e segundo ela é super mansa não iria te derrubar, fique tranqüilo.

Montei na minha égua e deixei que o Edward montasse na sua, o animal que escolhi para ele era super dócil, e mais responderia aos meus comando mesmo de longe, então não teria problema se ele perdesse o controle.

-Me segue tá certo? – Eu disse saindo na frente. Prontamente o cavalo obedeceu ao meu comando e veio atrás de mim.

-Falou para mim ou para o cavalo? – Ele me perguntou rindo.

-Para os dois. – Falei um pouco rude, mas é que tinha alguns peões por perto e eu não posso deixar as coisas saírem do meu controle.

-Não gosta de brincar? – Era mais uma afirmação da parte dele.

-Desculpe pela patada, mas aqui se os peões me virem brincando eu perco a minha moral. – Me arrependi de ter falado com o rapaz daquele jeito.

-Entendo, pelo jeito o Carlisle fica mais no escritório do que em cima de um cavalo não é?- Mudou de assunto no mesmo momento.

-O Carlisle ficou com a parte administrativa desde que voltei da faculdade. Prefiro estar com os animais do que numa sala o dia inteiro. – Não sei porque mas ele me obrigava a ser sincera, as palavras saiam da minha boca quase sem eu mandar.

-Sem querer parecer mal educado, que idade você tem? – Perguntou ainda me seguindo, passávamos por uma rua estreita de chão, os dois lados com cerca de arame farpado e verdes campos de pasto dos dois lados. À nossa frente nada além do horizonte e a mesma ruinha seguindo até onde os olhos alcançavam. Esse era o caminho até uma das divisas da propriedade e um dos meus lugares preferidos.

-Não sou do tipo de mulher que esconde a idade. – Não contive um riso debochado, até mesmo por que ninguém acredita na minha idade, todos acham que eu tenho menos..

-Mas ainda não me disse a sua idade, tia Bella. – Ele disse para me provocar, mas não conseguiu me tirar do sério, eu no fundo nunca liguei para essas coisas de idade.

-Não precisa apelar ne Edward. – Falei tentando repreender o meu ‘sobrinho’. – Tenho 24.

-Sinceramente não parece. – Me pareceu sincero.

-Nem adianta puxar o meu saco, isso não cola para mim Edward. – Tentei me manter séria, mas não consegui. – E você que idade tem?

-22

-Não tem mais idade pra me chamar de tia. – Retruquei e ouvi a sua gargalhada, um som limpo e puro, nunca tinha ouvido uma melodia dessas em minha vida.

Andamos mais um pouco até avistarmos um campo aberto, sem cercas nem nada do tipo, fui me dirigindo para o local. Ele nem tinha percebido que havíamos subido uma colina, desci do cavalo e ele repeti o meu gesto. Aos poucos fui me distanciando do animal e ele prontamente me seguindo, até que parei ao lado de uma grande árvore, era muito antiga e me fazia muito bem estar perto dela, não era atoa que este era o meu lugar em todo o mundo...O lugar onde eu me sentia em casa

-Olhe Edward, isso não é lindo? – Perguntei apontando em direção à propriedade, o lugar era incrível se olhado desse ponto. Nada impedia de ver a sua magnitude, sua beleza e principalmente a magia que emanava de todos os pontos desse imenso paraíso na terra. Olhei para o Edward que encava a paisagem com se fosse um sego que acabara de ver a luz pela primeira vez, nem ousei lhe perguntar mais nada, sua cara dizia tudo, ele se impressionou com esse lugar da mesma for que eu quando eu tinha quatro anos e meus pais me trouxeram aqui pela primeira vez. Foi amor à primeira vista.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então,

A fic merece continuar?

E eu mereço Reviwes



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Quando o Amor Acontece" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.