A Grande Profecia de Nárnia escrita por ro1000son


Capítulo 7
Capítulo 5: O Mistério da Rainha (3º Parte - Final)


Notas iniciais do capítulo

* Os personagens principais e os cenários pertencem ao grande C.S.Lewis.



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Naquele mesmo dia, a Rainha Cisne Branco resolveu fazer uma pequena viagem para visitar o local onde a árvore foi destruída, na companhia de Lorde Doran e Lorde Isarim e dos seus ajudantes particulares. Quando chegou, sua carruagem parou próxima, mas não encontrou ninguém, a não ser algumas dríades que estavam tristes ainda pela perda da árvore. De longe, sem descer da carruagem, a Rainha comentou com Lorde Isarim que estava ao seu lado.
- Só de olhar já sinto uma profunda tristeza. Nos acostumamos demais a ela. Ainda não acredito que foi destruída.
- Eu mesmo já sinto a falta dela. - respondeu o lorde, com pesar nos olhos.
- Essa Feiticeira deve pagar pelo que fez. Que nossas tropas consigam nos livrar dela de uma vez por todas.
- Vosso desejo também é o meu, Majestade. - disse o lorde, olhando para os olhos da Rainha. - Vai querer descer?
- Não me sinto bem. É como se um vazio se apoderasse de mim só estando nesse lugar. Vamos voltar para o castelo.

E com essa ordem, a comitiva da Rainha voltou para Cair Paravel, deixando para trás as dríades e as árvores do bosque ainda tristes.

Naquela época, o norte de Nárnia era bastante tomado por uma vasta floresta, havendo uma bem larga por entre os dois montes do norte, onde estava o acampamento da Feiticeira, e um descampado, que os narnianos escolheram para ficar. Se havia um lugar propício para uma batalha, seria ali. Enquanto Nedamus, Óruns, Graarnes e outros líderes narnianos se reuniam com o General Sperdan e seus capitães, numa espécie de conselho de guerra, alguns grifos e águias ficaram encarregados de sobrevoarem os montes do norte e obter informações, mas de modo que evitassem serem vistos. Mas não adiantou. Comandante Otmin, que por acaso olhava o céu em um certo momento, viu um grifo que sobrevoava o local, e acho estranho pois, naquele mesmo dia, tinha visto outros dois. O minotauro resolveu falar com Jadis, que estava descansando em sua tenda.
- Minha Rainha, estamos sendo observados. Já vi alguns grifos sobrevoando por aqui e acho que estão nos observando para informar a alguém.
- Será o exército deles? - perguntou a Feiticeira.
- Tenho certeza que sim. Talvez não estejam longe.

A Feiticeira se virou para Ginnarbrik e perguntou.
- O que há além da floresta? Essa que está com as armadilhas dos castores?
- Tem um grande descampado, duas cavernas e é caminho do rio que começa nesse lago no meio dos montes. - com a resposta do anão, a Feiticeira logo entendeu que, se os narnianos estivessem próximos, o local da batalha já estava escolhido.
- Comandante, temos como passar pela floresta sem sermos atingidos pelas armadilhas?
- Ainda não, minha Rainha. Mas talvez uns gnomos ou répteis possam passar por entre elas. - respondeu o minotauro.
- Perfeito. Vamos fazer o mesmo que eles. Mande alguns dos gnomos e répteis que puderem passar para espionar e nos trazer notícias. Assim será melhor para planejarmos tudo.

E o minoutauro cumpriu as ordens da Feiticeira. Mandou que aqueles, entre os fiéis, que pudessem se esgueirar por entre as árvores para evitar as armadilhas procurassem alguma informação útil. Assim se seguiu por quase dois dias. Ao mesmo tempo em que os narnianos tinham a localização exata da tropa da Feiticeira, ela também tinha informações precisas sobre o exército narniano. Logo o minotauro dava notícias à Jadis de que já poderiam passar pela floresta com segurança, ao mesmo tempo em que ela formulava um plano para colocar em prática. E quando o exército dela começou a atravessar por entre as armadilhas desmontadas, o minotauro mandou que a maioria, inclusive os gigantes, aguardasse no acampamento - fazia parte do plano.

Do lado narniano havia muita expectativa. Já sabiam que a tropa da Feiticeira estava avançando para eles e também tinham planejado os ataques. Enquanto aguardava, pouco afastado do exército, um fauno se sentou para descansar. Assim como aos outros estava apreensivo, que o fez quase não notar alguém o chamando de pai.

- Pai... - uma voz que para ele vinha dos arbustos continuava chamando, mas ele não conseguia localizar a origem. Apenas fazia idéia de quem era.

- Pai, sou eu. Estou aqui. - finalmente conseguiu distinguir um pequeno fauno, seu filho, e no mesmo instante mostrou extrema preocupação. Correu na direção do arbusto onde o faunozinho estava escondido.

- Tumnus, o que está fazendo aqui? É muito perigoso.

- Segui o exército. Estava te procurando. - respondeu o pequeno fauno.

- Mas o que está pensando? Não deveria estar aqui. E o seu irmão?

- Ele ainda está com Nanane e os filhos dela. Ele está em segurança, por isso eu vim. Quero ajudar a expulsar essa Feiticeira.

- Não, meu filho. Você é muito novo e precisa cuidar do seu irmão. Ele é mais novo que você, esqueceu? - Jiromnum disse isso, fazendo com que o pequeno fauno abaixasse a cabeça, meio que com vergonha do erro que cometera.

- Não senhor. Só achei que pudesse ser mais útil aqui.

- É muita coragem sua, fico orgulhoso disso. Mas será mais útil cuidando de seu irmão. Logo os seguidores da Feiticeira estarão aqui e devemos lutar com eles. Você deve sair logo.

Nisso, um grifo viu que o fauno não estava sozinho e foi conferir o que estava acontecendo.

- Algum problema, Jiromnum? Tumnus, que faz aqui? - perguntou o grifo ao notar o filho do fauno. Antes que Tumnus respondesse ao amigo, Jiromnum interveio.

- Ele seguiu o exército atrás de mim. Mas já o adverti que o lugar dele não é aqui. Será que você pode deixá-lo em um lugar seguro?

- Mas claro. - respondeu o grifo. - Vamos Tumnus. Você deve deixar esse local. – e o fauno acompanhou o grifo, levando um Tumnus triste embora, com lágrimas nos olhos e um aperto no coração.

Mas logo General Sperdan deu ordens para o exército narniano se posicionar. Estavam na parte sul do descampado, de modo que ficavam afastados do local onde os seguidores da Jadis apareceriam. Já sabiam que a qualquer momento iria acontecer. Óruns que estava em uma posição estratégica, viu que havia uma certa movimentação na floresta e fez sinal para o General e Nedamus informando, que fez com que os dois mandassem a primeira tropa os acompanharem. Pararam quando o General visualizou aquele grande minotauro no meio de tantos seres dos mais estranhos aos olhos narnianos. Eram gnomos, ciclopes, vampiros, minojavalis, ogros e outros animais perigosos. Ao contrário de Nedamus, não achou estranho os seguidores da Feiticeira estarem em menor número do que o informado. O General só pensava que somente a primeira tropa de Nárnia seria suficiente para aqueles que apareceram.

- Não entendo. Onde estão os gigantes? E a Feiticeira? - Nedamus disse pra si mesmo, notando algo estranho no ar. Logo a brisa fresca daquela tarde era cortada pelo grito do minotauro que estava mais próximo.

- Narnianos. Já sabem por que estamos aqui. - disse ele, segurando sua enorme clava, olhando direto para o General e Nedamus. - A minha Rainha manda que entreguem o Reino e essa guerra pode ser evitada.

O General se virou para Nedamus e comentou.
- Rainha? - depois, numa troca de olhar, os dois se entenderam. O General empunhou sua espada, se virou para a tropa e gritou.

- Narnianos... Vamos defender nossa terra! – o general fez seu cavalo galopar tendo atrás de si enorme número de narnianos gritando e prontos para a batalha.

Eram anões, panteras, ursos, texugos, cavalos, centauros, macacos, rinocerontes, tigres e outros animais. Todos misturados aos Filhos de Adão. Não demorou muito para o embate de forças. Os animais de Nárnia lutavam com vontade contra os da Feiticeira e os Filhos de Adão do exército mostravam muita destreza no trato com as armas. Parecia até que os seguidores de Jadis não estavam preparados. Mas era uma briga forte, que estava sendo observada e estudada de longe pela própria Feiticeira. Acompanhada por Ginnarbrik, que procurava informá-la de quem era quem entre os líderes de Nárnia, ela se posicionou em um lugar ermo da floresta para estudar a força dos narnianos. Prestava atenção a cada movimento e a cada grito de ordem que ouvia. Não deixou que a luta se estendesse por muito tempo. Em pouco mais de uma hora, fez sinal para o Comandante Otmin que, de longe, reconheceu a ordem para recuar com a tropa. E assim o fez. Deu um grito mandando que todos os fiéis da Feiticeira recuassem para o acampamento, deixando os narnianos ainda mais contentes, acreditando em uma primeira vitória.

Houveram poucas baixas entre os fiéis da Feiticeira. E entre os narnianos, quase nenhuma. Com o grito de guerra sendo repetido, os narnianos comemoraram o sucesso inicial. Mas nem todos pensavam assim. Nedamus discutia com o General sobre o primeiro embate.
- Nedamus, meu bom amigo. Fique feliz conosco. Isso vai ser bom para estarmos preparados para uma próxima batalha. - disse Sperdan, no meio dos narnianos.
- Discordo, General. A Feiticeira não mostrou nada da sua força aqui. Pra mim, ela planeja algo, e é algo muito sério.
- Depois conversamos então. Vamos nos reunir mais tarde. - respondeu Sperdan que se voltou para comemorar com a tropa.

Logo mais ao anoitecer, se reuniram antes do esperado. Pois um duende e dois ciclopes foram levar para o General um recado da Feiticeira. Ele leu esse recado para o conselho e ficou perturbado, pois não esperavam que Jadis fosse fazer tal pedido.
- Talvez queira se render. - disse Graarnes que tinha ouvido atentamente o General.
- Não creio. - disse Óruns. - Ela não precisaria da nossa Rainha para isso.
- Poderíamos ignorar esse pedido. - sugeriu o urso Caixalote.
- Começo a concordar com você, Nedamus. - disse o General. - Pode mesmo a Feiticeira ter um plano maléfico contra nós.

Nedamus fez sinal positivo com a cabeça para Sperdan, que perguntou.
- Mas por que será que ela precisa da nossa Rainha?
- Só há uma maneira de saber. - respondeu o sábio centauro. - Melhor deixarmos a decisão com a Rainha.

E o General deu ordens de mandarem um recado pelos mensageiros da Feiticeira, de que o pedido seria enviado a Cair Paravel, e mandou um grifo levar esse recado, e as notícias recentes, à Rainha Cisne Branco.

Todo narniano sabe de que os grifos voam mais rápido que os gaviões ou as águias. E o momento pedia muita urgência, o que foi entendido pelo grifo Solarus, que não demorou mais que um dia para chegar até a Rainha. Quando ela leu a mensagem, na presença de seus lordes, achou muito estranho.
- Por Aslam, será que terei que ir mesmo? - perguntou a Rainha, abaixando o pergaminho com a mensagem.
- Receio que sim, Majestade. - disse Lorde Doran, que foi retrucado pelo Lorde Isarim.
- Cavalhadas, não é possível. Vossa Majestade não precisa ir. Seja o que for que essa maluca queira, não é necessário a presença da nossa Rainha.
- E se for uma rendição? E se ela quiser um acordo? - perguntou de novo a Rainha.
- Alteza. Acha que ela viria até Nárnia, com tamanho exército, só para propor um acordo? Que acordo seria? Não acredito em nada disso. Não precisamos fazer acordo nem nada. - Lorde Isarim respondeu à ela, que se virou para o outro lorde e perguntou.
- Lorde Doran, enviaste resposta ao oferecimento de tropas da Arquelândia?
- Sim, Majestade. Mandei resposta ontem mesmo, avisando que nosso exército já rumou para o norte. Mas receio que eles demorarão a chegar até lá. É um logo caminho.
- De qualquer forma, a ajuda deles é bem-vinda. - sentada em seu trono, a Rainha deu um logo suspiro e disse. - Pois bem. Eu vou até o norte. Vou saber o que a Feiticeira Branca quer comigo.

Os dois lordes se entreolharam espantados com a decisão, mas não tentaram convencê-la do contrário, pois sabiam que quando a Rainha decide, não volta atrás.

Os serviçais do castelo foram rápidos nos preparativos da viagem. E tão rápida ainda foi a própria viagem, que demorou apenas três dias. Enquanto a comitiva da Rainha passava por entre o exército narniano, ganhava vivas e saudações de todos. Todos achavam que Cisne Branco era a melhor jóia que Nárnia possuía, por isso, todos aclamavam seu nome. Logo a carruagem parou próximo do General, de Nedamus e outros líderes narnianos para que estes recebessem os viajantes com sincera reverência. Enquanto desembarcava, a Rainha acenava para os narnianos que continuavam eufóricos com a visita dela.
- Meu bom General. Me atrasei? - perguntou a Rainha.
- Na verdade, chegou cedo. O encontro é ao cair da tarde.
- Meu amigo, Nedamus. Há quanto tempo. - cumprimentou a Rainha, ao ver o centauro.
- É verdade. Já faz algum tempo que não nos víamos. - respondeu ele. - Majestade, a senhora entende que esse encontro é bastante perigoso. Não é mesmo? - perguntou Nedamus, mostrando preocupação.
- Sim, entendo. Mas, infelizmente, tem coisas que precisam ser feitas. Nárnia não pode se subjulgar a ela.
- E a Rainha não estará sozinha, vou com ela. - disse Lorde Isarim quando se aproximou, que por causa de sua estatura, seria facilmente confundido com um anão.
- Por Aslam, você ainda não entendeu que não preciso de babá? -  perguntou a Rainha, se virando para o Lorde.
- E Vossa Alteza ainda não entendeu que não vou deixá-la sozinha com a Feiticeira? - retrucou ele.

A Rainha deu um longo suspiro, mostrando cansaço daquela conversa. Lorde Doran e General Sperdan eram os únicos acostumados com essas discussões entre a Rainha e Lorde Isarim. Por vezes elas chegavam a ser bem acaloradas. E quando Doran chegou perto do General, sussurrou.
- Liga não. Vieram discutindo essa questão por toda a viagem. - o General mostrou que entendeu com um aceno positivo com a cabeça. Os outros procuravam mostrar uma certa indiferença, pois conheciam as discussões entre a Rainha e o Lorde. A Rainha continuou dizendo.
- O encontro é pra ser só nós duas. Como uma conversa entre mulheres.
- Isso está fora de questão. - respondeu ele. - Já discutimos isso na viagem.
- Está bem. Desde que você fique quieto.

Lorde Isarim apenas balançou a cabeça em sinal de reprovação.
- Vamos montar guarda na frente da caverna para o caso de haver algo errado. - disse o General para a Rainha.
- Pois bem. Vamos combinar assim. Me dêem duas horas com ela. Se eu ou o Lorde não aparecermos até esse tempo, podem entrar na caverna. - disse ela notando que todos entenderam essa ordem.

Enquanto aguardavam o momento do encontro, fizeram um grande banquete para a Rainha. Havia refeição e vinho bastante para o triplo do exército narniano. Ela conheceu muitos dos quais ainda não conhecia e todos festejaram a presença dela. E no outro lado da floresta, entre os montes, os seguidores de Jadis recebiam, no acampamento, instruções do Comandante Otmin quanto aos próximos ataques. Tudo o que foi planejado pela Feiticeira, que já seguia o caminho da caverna onde seria o encontro.

Agora, o que me referi á algumas linhas antes, sobre fatos não esclarecidos quanto à Rainha Cisne Branco, transcrevo aqui. Nessa parte, há muitas suposições do que teria acontecido nesse encontro da Feiticeira com a Rainha. Mas a versão mais aceita, e que há de testemunhos mais válidos, é a seguinte:

Na hora marcada, Jadis esperava pela Rainha na frente da caverna, que chegou acompanhada de Lorde Isarim. General Sperdan, Nedamus, Óruns e Lorde Doran, além de alguns narnianos, ficaram afastados, por entre a floresta, na expectativa de acontecer alguma coisa errada. Qualquer movimento estranho, e eles entrariam pela caverna para salvar a Rainha e seu acompanhante. Mas, por causa da distância, não puderam ouvir o que os três conversaram antes de entrar. Depois que entraram, Nedamus comentou com Óruns.
- Agora não há nada que possamos fazer além de esperar. Que tudo ocorra bem. - desejou o centauro, e Óruns concordou com ele.

E esperaram por bastante tempo. Foram uma hora e meia de angústia até que General Sperdan bradou.
- Chega, vou entrar. - mas foi segurado por Nedamus, que viu alguém saindo da caverna.

Era a Feiticeira que saía, em passos lentos, segurando sua varinha na mão esquerda, e com o rosto tranqüilo e um sorriso que indicava vitória. Olhou em direção dos narnianos (de alguma forma, ela sabia que a Rainha seria vigiada), parou por alguns instantes e se virou, voltando a caminhar calmamente na direção do acampamento dela. A preocupação e o espanto tomaram conta daqueles que esperavam pela Rainha. Sperdan e Nedamus se entreolharam preocupados. Foi o General quem correu primeiro para a caverna, seguido pelos outros. Quando entraram, começaram a procurar pela Rainha, mas nada foi encontrado. Somente uma estátua que estava em pedaços pelo chão da caverna.
- Que pedras são essas? Parece uma estátua. - observou Óruns, que estava mais próximo. Lorde Doran se aproximou e reconheceu o que sobrou da estátua.
- Pela juba do Leão. É Lorde Isarim. Mas como aconteceu? - perguntou perplexo.

Todos se aproximaram para conferir a identidade da estátua, e se espantaram ao saber de quem era. Sperdan olhou em volta e mandou que todos vasculhassem a caverna à procura da Rainha. Ele próprio encontrou umas marcas na terra na borda do pequeno lago e mergulhou para saber se a Rainha estaria dentro dele. Apesar de a água do lago ser bastante cristalina, não era muito profundo, nem muito raso. O General logo percebeu que não havia como a Rainha ter caído naquele lago. Voltou para a superfície e na borda do lago perguntou se alguém tinha encontrado, mas teve somente respostas negativas. Sem sair do lago, olhou o chão e, meio que por acaso, encontrou o broche preferido da Rainha Cisne Branco - Um broche com o rosto de Aslam estampado em prata.
- Algo de muito estranho aconteceu aqui. Se a Feiticeira matou a Rainha, então temos que encontrar alguma coisa. Esse broche é o preferido da Rainha. Ela não sai de Cair Paravel sem ele. - disse o General.
- Vamos procurar mais uma vez. - disse Nedamus, preocupado, que foi obedecido por todos. Só que mais uma vez, não viram nada além de pedras, terra e a estátua de Lorde Isarim em pedaços.
- Vasculhamos até os fundos da caverna. Não há nada por aqui. - disse Óruns acompanhado por Graarnes e outro anão.
- O que pode ter acontecido por aqui? - perguntava Lorde Doran, confuso.
- Parece que não há como saber. - disse Nedamus. - Mas precisamos voltar para o exército. Se eu estou certo, a Feiticeira deve atacar a qualquer momento.

O General apenas concordou com o centauro, segurou firme o broche que encontrou e baixou a cabeça, guardando para si a revolta pelo sumiço da Rainha. Assim, eles saíram da caverna, cabisbaixos, como se o mundo não mais existisse.

Há quem diga que General Sperdan saiu da caverna carregando o corpo da Rainha, mas isso nunca foi confirmado por ninguém. O desaparecimento da Rainha, se é que exista algo que esclareça, por alguma razão, foi omitido dos documentos oficiais de Nárnia.

 


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Notas finais do capítulo

Meio longo essa parte (o capítulo todo, na verdade) mas foi muito bom. Gostei muito e espero que gostem também. De novo tive que me preparar psicológicamente para escrever a parte da Rainha.
Obrigado a todos os que continuam acompanhando.



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