A Grande Profecia de Nárnia escrita por ro1000son


Capítulo 5
Capítulo 5: O Mistério da Rainha (1º Parte)


Notas iniciais do capítulo

* Os personagens principais e os cenários pertencem ao grande C.S.Lewis.



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Antes de começar a contar mais uma passagem dessa história, precisamos de um esclarecimento. Se os registros históricos do nosso mundo, por vezes, são incompletos ou contraditórios, os de Nárnia não poderiam ser diferentes. Há relatos de que reinaram duas pessoas com o nome de Cisne Branco, em épocas diferentes. Se são elas as mesmas pessoas, não posso garantir, pois sobre o segundo reinado não há muitos registros. Na verdade, quase nada explicando. O pouco que existe vem de tesmemunhos de narnianos, alguns um tanto duvidosos. Além de que no primeiro reinado, o que consta nessa história, há um grande mistério acerca da Rainha Cisne Branco. Como não há nada que esclareça esse mistério, existem muitas suposições e divagações. O que sei que é houve sim, um encontro dela com a Jadis, que vocês ficarão sabendo mais adiante, pois nesse momento, a Feiticeira Branca já partiu de Harfang levando consigo seu exército e planejando com o comandante Otmin a dominação de Nárnia. 

Mas em Nárnia ainda havia muita movimentação por causa das notícias recentes. Em todo lugar que os esquilos e pássaros informavam sobre o acontecido, a notícia era recebida com espanto ou incredulidade. Também foi assim em Cair Paravel. General Sperdan, que estava como regente na ausência da Rainha, assim que recebeu a notícia, tomou duas providências imediatas. Mandou uma mensagem para a Rainha Cisne Branco, através de uma águia, e mandou reunir o exército do castelo. Mas para surpresa dele, a águia retornou antes que entardecesse aquele dia, pois o navio Grande Luar, que transportava a Rainha, já estava regressando ao Reino e atracaria no dia seguinte, provavelmente. A resposta que recebeu trazia um elogio a antecipação que ele tomou e um pedido que ninguém ficou sabendo o que era. O mais importante estava na resposta que a Rainha enviou através do grifo, que chegou mais rápido que a águia de Sperdan, a Nedamus, o sábio centauro. Ele leu o pergaminho que recebera e imediatamente tomou as providências.

Logo mais a noite, estavam todos reunidos. Todos os castores que Nedamus mandou que chamassem estavam aguardando que ele terminasse uma reunião com os outros centauros. Eram cerca de trezentos castores e todos estavam se perguntando o motivo de terem sido chamados. Mas não demorou muito para que o imponente centauro aparecesse na companhia de seu discípulo, Óruns. Trazia o rosto sereno e o pergaminho com a resposta da Rainha na mão direita. Ao ver tantos castores reunidos, Nedamus começou a falar.

- Valentes castores, obrigado por comparecerem. Como devem saber, Nárnia precisa de todos nós. A árvore que garantia que a maldade não entrasse em Nárnia foi destruída e precisamos nos cuidar para que não venha acontecer o pior.

- Sim, sabemos disso, grande Nedamus. - falou um castor que estava mais a frente, devia ser o lider deles. - Mas em que nós podemos ajudar? Numa guerra tudo bem, mas há um outro motivo para termos sido chamados em separado?

- Nossa Rainha toma decisões sábias e tenho certeza que dessa vez também acertou. Ela pede que todos os castores que puderem, sigam até os limites de Nárnia no norte e façam uma quantidade suficiente de armadilhas para atrasar a tropa da Feiticeira. Assim como eu, ela acredita que, se houve mesmo um encontro do anão com a Feiticeira, tudo não passou de um plano dela para dominar Nárnia. Enquanto vocês preparam nossa primeira defesa no norte, o restante de nós vai preparar a nossa defesa daqui.

- Você disse "tropa"? Então é verdade que ela montou um exército? - perguntou aquele castor tendo atrás de si os murmúrios dos outros.

- Sim, é verdade. Assim, nossa Rainha escreveu na carta: - Nedamus abriu o pergaminho e passou a ler um trecho da resposta. - "Cair Paravel sempre se manteve informado todos esses anos das ações da Feiticeira, justamente porque o próprio Leão alertou para perigos que ela traria vindo para Nárnia. Nesse momento posso confirmar que ela possui sim, um exército, mas não sabemos quantos a seguem. Regressando à Nárnia, a Feiticeira não irá perder tempo em querer destruir tudo que tanto amamos. Antes de qualquer coisa, reúnam todos os castores que puderem ajudar e os levem para os limites do norte para colocarem armadilhas e artifícios entre as árvores da floresta e os vales que ela provavelmente poderá passar. Isso não vai segurá-la, mas vai retardar tempo suficiente para prepararmos nossa defesa.". - uma breve pausa, e o centauro continuou: -  E no final ela escreveu: "De qualquer forma, fico feliz por saber que Nárnia possui habitantes corajosos e preocupados com o bem-estar do Reino. Esse certamente é um fato que será lembrado durante vários anos, aconteça o que acontecer. Peço a todos que tenham força e fé, porque o Grande Leão ficará feliz em saber que o povo de Nárnia não se entrega diante do inimigo”.

E Nedamus terminou de ler o trecho, abaixando e enrolando o pergaminho, com os olhos dos castores na direção dele, absortos, como se aquilo fosse uma verdade universal. Depois de alguns segundos de silêncio, o castor que estava na frente perguntou ao sábio centauro.

- E você, Nedamus? Acha que isso vai realmente ajudar?

- Estou certo que sim. Os castores são habilidosos construtores e têm idéias que são bastante aproveitáveis. Se atrasarmos a Feiticeira, ela vai encontrar um povo preparado e unido para defender Nárnia.

- Então... - o castor se virou para os outros e perguntou em voz muito alta. - Quem vem comigo?

- EEEEEUUUUU!!! - todos levantaram as mãos e gritaram quase que em uma só voz. Com isso, o castor se virou para Nedamus novamente e perguntou.

- Quando partimos?

- O mais rápido possível. Preparem o que puderem levar na viagem, Óruns vai com vocês. Devem fazer conforme o seguinte plano...

E Nedamus mostrou a eles um mapa de Nárnia onde podia-se ver três pontos marcados próximos a uns morros. Segundo ele, seriam os lugares mais prováveis que serviriam de passagem para a tropa da Feiticeira. Também deu outras instruções e sugestões para os castores se organizarem na tarefa. Todos eles entenderam que seria importante que fizessem tudo certo. Em pouco mais de duas horas, todos os castores já estavam seguindo viagem na companhia de Óruns rumo ao norte, levando todo o material que necessitariam e alimentos. Descansariam no meio da madrugada e depois retomariam o trajeto, planejando toda a sorte de armadilhas para dificultar a passagem dos seguidores da Jadis. No meio do caminho, solicitaram a ajuda de algumas toupeiras, que seriam muito úteis em escavações. As que podiam, se juntaram ao grupo com toda a animação possível.

Mas no extremo norte de Nárnia, alguns grifos, águias e gaviões fizeram vigias em diferentes pontos para ver alguma coisa que indicasse que a Feiticeira estava chegando. Numa determinada tarde, um gavião viu que em uma certa distância havia uma grande movimentação e voou pouco mais próximo para se certificar. Ao ver quem eram,  não teve dúvidas. Voou mais rápido que pôde para o vale dos centauros para avisar Nedamus. Só que no caminho encontrou a caravana dos castores e avisou Óruns sobre o que viu, retomando seu caminho logo em seguida. Isso fez com que os castores se apressassem ainda mais. Graças ao aviso, os castores chegaram rápido. Ao cabo de dois dias já estavam nos pontos marcados e já haviam começado com a tarefa combinada. Enquanto as toupeiras se encarregavam em fazer vários buracos para as armadilhas, os castores se encarregavam em usar as madeiras disponíveis. Óruns ajudava no que podia, carregando as madeiras que os castores necessitariam. Levaram um dia inteiro e uma parte de uma noite para que colocassem todas as armadilhas que planejaram. O trabalho deles tinha que ser rápido e conseguiram. Centenas de armadilhas foram colocadas em diversos pontos da floresta e próximo a elas. Logo que estavam todas prontas, eles seguiram viagem de volta para se juntarem ao outros narnianos. Só assim, sabiam eles, teriam mais tempo.

E estavam certos. A Feiticeira, orientada por Ginnarbrik, escolheu passar por entre dois montes, ao oeste da Charneca de Ettin, no extemo norte. Iria ainda demorar algum tempo para chegar lá, mas quando avistou-os, sentiu logo que já estava em Nárnia. Não tinha mais a árvore para bloquear a entrada dela no reino. Acompanhada de todos os seguidores, ela evitou paradas para descanso, justamente para não perder tempo. Podia-se ver a sede de poder nos olhos dela. Mas até que ela estivesse nas proximidades desses montes, a Rainha Cisne Branco já havia desembarcado e voltava a reinar em Cair Paravel. O exército estava aperfeiçoando os treinamentos e os narnianos estavam mais preparados. Mostravam todos mais disposição e confiança depois do regresso da Rainha, e nos salões do castelo havia muito comentário por conta disso.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem desse capítulo. A segunda parte promete. Eu próprio estou afoito para postar. *eu, hein*
Agradeço a todos que leram e também agradeço as reviews de Anne e Vick.



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