Teenage Dream escrita por Sophie Queen


Capítulo 31
Admissões e Escolhas


Notas iniciais do capítulo

Disclaimer: TWILIGHT não me pertence, muito menos a música TEENAGE DREAM, porém Bella e Edward perdendo a virgindade numa da cabaninha, sim! Então, por favor, respeitem.
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N/A: Olá amores...
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Como todo mundo está? Foi tudo ok esse começo de semana? Ou será que ainda tá todo mundo sobre o efeito açucarado do capítulo anterior?
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Depois do último capítulo que era um dos mais aguardados da fic, agora entraremos em um período estagnado, parado. Óbvio que os capítulos 31 a 35 serão importantes, pois eles que trarão os motivos para o que vai desencadear o retorno da Bella aos 30 anos. Eu sei que todos têm muitas dúvidas, que não conseguem visualizar o que eu estou fazendo aqui, para que caminho eu estou seguindo, por isso peço paciência. Logo todo mundo estará compreendendo essa mágica aqui. Eu prometo.
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Como já disse tantas outras vezes pretendo terminar de postar TEENAGE DREAM na primeira quinzena de fevereiro, então bora correr com os posts, certo?!
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Sobre esse capítulo... bem ele está bem levinho se compararmos com o próximo, mas assim como os seguintes ele é de suma importância para o desfecho da fic. Espero que vocês gostem, e não fiquem criando expectativas com certos pensamentos da Bellinha, ok?!
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Agradeço imensamente a todos que leem, comentam, recomendam, indicam. Vocês que me apoiam dia a dia com essa história. Obrigada.
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Sem mais delongas...
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Boa leitura. ;D
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CAPÍTULO 31 – Admissões e Escolhas

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Cócegas. Eu estava sentindo cócegas de alguma coisa em meu rosto, mas estava tão bom o meu sonho que não queria de maneira alguma abrir meus olhos e descobrir o que estava me importunando. Todavia, seja lá o que for não cessava o que estava fazendo comigo, deixando-me completamente irritada.

Quando por fim já não conseguia mais me concentrar no meu sono, como também no meu sonho – que consistia em ser Edward e eu numa cabana isolada no meio da floresta nos declarando não só com palavras, mas também com nossos corpos – abri meus olhos para descobrir o que me tirava do mais belo lugar em que estava.

Porém, quando meus olhos focalizaram o lugar em que estava logo constatei que definitivamente não era o meu quarto – seja ele de 17 ou de 30 anos -, mas sim uma cama de casal com lençóis de cor terrosa, parede de pedras revestidas com toras de madeiras. Uma cabana, constatei por fim.

Tornei a fechar meus olhos tentando me recordar dos últimos acontecimentos de minha vida. Praticamente eu uma ordem cronológica meu cérebro recordou-me de tudo o que havia acontecido no dia anterior.

O Dia dos Namorados.

Um sorriso tímido brotou em meus lábios quando tornei a abrir meus olhos, tentando descobrir o que estava me fazendo cócegas.

Percebi que o que me importunava tinha o toque suave e sedoso, apesar de estar em uma temperatura não tão confortável. Meu instinto foi o de tentar focar nos aromas: rosa, madeira, árvores, café. Também não fazia muito sentido para mim. Aprumei meus ouvidos, onde escutei o som suave de folhas se agitando com o vento, passarinhos cantando ao longe, fogo crepitando e uma respiração tranquila extremamente próxima a mim.

Sorri quando a realização de tudo me preencheu, fechando meus olhos mais uma vez para saborear todas as vertentes desse caleidoscópio mágico de emoções. Quando tornei a abrir meus olhos, uma bela rosa vermelha estava próxima ao meu rosto – lugar que muito bem eu me lembrava de que há segundos atrás estava vazio.

Franzi o cenho. Minha mão pegou a flor, levando ao meu nariz onde expirei o seu perfume. Fresco, apaixonante, afrodisíaco. Um sorriso imenso e completamente bobo brilhou em meu rosto, conforme rolei sobre a cama – apertando os lençóis sobre o meu corpo – para encontrar Edward sentado ao meu lado com um sorriso que era um espelho do meu.

- Bom dia, meu amor. – disse ele com a voz suave, inclinando-se para dar um beijo em minha bochecha.

- Bom dia. – respondi, sentindo as minhas bochechas ficando rubras.

Acredito que Edward deve ter notado o meu desconforto, pois rapidamente levantou-se da cama e disse com uma voz animada demais:

- Eu vou buscar mais lenha. O tempo realmente mudou de ontem para hoje. Por que você não toma um banho, hum... fica a vontade? – ofereceu soando mais como uma pergunta. – Suas coisas estão sobre o sofá. – avisou com um sorriso enviesado, afastando-se rapidamente de onde estava deitada e me deixando sozinha no casebre.

Suspirei pesadamente fechando meus olhos para conter o chumbo que parecia descer por minha garganta parando em meu estômago e me afundando.

“Ótimo! Agora ele vai achar que você se arrependeu, odiou tudo o que aconteceu noite passada!” – pontuou a Prazeres com indignação. A Maria Inconsequente só acenou afirmativamente com a cabeça.

Gemi em frustração.

As duas tinham razão. Edward deve estar achando que me arrependi da noite maravilhosa que tivemos, do qual o único arrependimento que eu tenho é porque não é real. Porque não tenho essa lembrança nos meus 30 anos.

Lágrimas traiçoeiras inundaram meus olhos com essa realização.

Tentei suprimir o máximo o choro que estava subindo à garganta, praticamente me sufocando. Respirando arfante, tomei coragem para deixar a cama que agora tinha o testemunho do amor que Edward e eu sentíamos um para o outro, me enrolando em um lençol e caminhando até onde ele havia me dito que as minhas coisas estavam.

Não passou despercebido para mim que as minhas pernas pareciam ser feitas de gelatina, uma dor incômoda se localizava entre os meus músculos da virilha, e o simples ato de caminhar parecia exigir da minha pessoa uma capacidade inexplicável de força e consciência.

Novas lágrimas formaram em meus olhos. Se Edward soubesse que eu estava com dor, aí sim que ele ficaria mais em pânico por eu ter odiado o que fizemos.

Engoli o nó que se formava.

Contudo, mal havia conseguido me recuperar da segunda onda de lágrimas que inundavam meus olhos, uma terceira me consumiu ao encontrar a roupa que eu havia usado na noite anterior – inclusive minha lingerie – perfeitamente dobrada e posta sobre a minha bolsa.

Eu não merecia Edward, ele era perfeito demais.

Tentando conter a emoção que me engolfava, peguei minha bolsa e a roupa que usava no dia anterior e segui para o banheiro. No espaço minúsculo, mas seguro da casa de banho, enquanto a água corria não consegui conter as minhas lágrimas, e estas, meio inapropriadas, meio essenciais, deslizavam por minhas bochechas.

Não estava triste porque havia perdido a minha virgindade, ou então porque estava arrependida. Eu chorava lágrimas de felicidade e algumas de tristeza porque a minha primeira vez foi com alguém que eu sempre sonhei, que amava, que sempre quis que tivesse sido realmente e não com um calouro qualquer em uma festa da universidade. Minhas lágrimas caíam, pois eu amava Edward e esse sentimento era correspondido, e isso me dava uma paz, uma alegria tão grande que me sufocava a ponto de me deixar aterrorizada, porque a minha mente era extremamente perigosa criando uma fantasia tão rica em detalhes, em emoções, sensações, tudo.

O calor da água sobre meus ombros e corpo era apaziguante para o meu espírito, onde me tranquilizando a cada segundo coloquei minha cabeça em ordem para não surtar na frente do meu incrível namorado. Após o banho, me vesti com a roupa que havia trazido – calça jeans, camiseta de manga longa preta, um grosso moletom preto e all stars –, escovei meus dentes, prendi meus cabelos em um rabo de cavalo e tomei um tylenol para abrandar a dor que sentia.

Quando retornei ao quarto Edward ainda não havia voltado, e não querendo fazer um novo momento constrangedor entre nós, arrumei a cama que havíamos usado deixando tudo da maneira que me recordava como estava no dia anterior. Depois guardei meu sapato em minha bolsa, e sentei-me no sofá esperando por Edward, brincando com a rosa que ele havia me dado pela manhã em meus dedos.

Felizmente ele não demorou em retornar com as lenhas que havia ido buscar. Seu rosto estava vermelho e seus cabelos mais bagunçados do que nunca – ambos provavelmente do vento gelado que ele havia se referido antes.

- Hey. – cumprimentou com um sorriso animado. – Está com fome? – perguntou temeroso.

Mordi meu lábio inferior, resignada. Claro que eu havia assustado ele antes.

- Oi. – devolvi suavemente, levantando-me do sofá e indo até onde Edward estava, ainda parado depois que colocou as madeiras na lareira.

Seus olhos se estreitaram enquanto me observava indo até ele.

- Oi. – tornei a repetir quando o abracei pela cintura. Ele riu nervoso.

- Oi. – falou com a voz suave, deslizando suas mãos grandes e gélidas por minhas costas. Encarei o carinho como um passe livre para o que queria fazer a seguir.

Ficando na ponta dos pés e levando meus braços ao pescoço dele, o puxei para um beijo delicado, apaixonado e necessitado, onde através do gesto lhe mostrei tudo o que sentia por ele, como também o agradecia por ser um verdadeiro príncipe comigo. Sendo uma pessoa que não consegue ficar sem retribuir qualquer coisa que lhe ofereça, Edward correspondeu o meu beijo com a mesma intensidade de sentimentos que eu aplicava.

Nossos lábios, línguas e dentes, pareciam saber exatamente o que dizerem um ao outro – algo que obviamente nós não sabíamos. Contudo não importava, pois sentíamos no fundo de nossos corações, que batiam velozmente enquanto partilhávamos o mais apaixonado dos beijos que poderíamos partilhar depois de uma noite tão íntima, tão incrível como a que tivemos.

- Eu amo você. – disse contra seus lábios. Ele sorriu enviesado.

- E eu amo você. – replicou dando um suave selinho em meus lábios. Foi a minha vez de sorrir, o que foi repetido por ele.

Ficamos longos minutos ali abraçados sorrindo um para o outro. Nossa aura de romantismo, paixão e amor que nos envolvia por nada era dissolvida, ou não seria até meu estômago – com a sua aversão ao romantismo, ao que parecia – protestar alto sobre a falta de alimentos em seu interior.

Edward riu sonoramente.

- Alguém parece estar com fome. – disse divertido. Senti minhas bochechas tingindo-se de vermelho intenso. Ele sorriu enviesado, dando um suave beijo em minha bochecha, e enlaçando nossos dedos levou-me até a área da pequena cozinha. – Hum... eu fiz café, mas se você quiser eu posso aquecer leite, e hum... que tal comermos alguma das coisas que você fez? – perguntou meio incerto.

Sorri afetada.

- Café puro soa bom. – respondi com demasiada timidez. – E bem, os quitutes são para você, mas um cookie me deixaria muito feliz. – ele sorriu sonoramente.

- Você pode ter quantos cookies quiser desde que prometa fazer novos para repor. – comentou dando uma ligeira piscadela. O empurrei com o meu ombro, Edward só riu mais descontraído.

Passamos um tempo animado e fácil durante o café da manhã, saboreando o café que Edward havia feito e os quitutes que eu havia feito, conversando sobre aleatoriedades. Entretanto, o fato de que ainda não tínhamos tocado no assunto da noite passada parecia rondar nossas mentes, como um imenso elefante rosa na sala.

Fora só quando estávamos em frente a minha casa duas horas depois, prestes a nos despedir, que Edward tocou no assunto.

- Você está bem? – perguntou timidamente. – Não sei... talvez arrependida? – pontuou com seus olhos focados no para-brisa do carro que era golpeado por grossos pingos de chuva.

E lá estava. A imensa dúvida do dia seguinte.

Como eu conseguiria tirar essa insegurança dele, sem dizer que eu estava dolorida?! Como poderia dizer a ele que queria que a noite passada durasse para o resto da minha vida, pois eu nunca tive uma primeira vez como aquela? Como eu diria a ele que tudo estava mais que bem, que eu só estava, sei lá, estranha por conta de uma série de inseguranças pessoais que me cercam a vida inteira, e que escolheram justamente essa manhã para me aterrorizar?

Não tinha como eu explicar todas essas questões a ele sem gerar outras novas que poderiam me causar dor de cabeça, como também uma ida sem retorno a ala de delirantes de algum hospício.

- Não, eu não estou arrependida. – disse suavemente encarando o perfil do meu namorado. – Se eu estou bem? É difícil responder essa questão, Edward. – disse com sinceridade. Rapidamente seus olhos verdes cheios de preocupação encararam o meu rosto. – Ei! Relaxa não é nada de ruim, é só que sei lá, eu sei que já falamos antes, já tínhamos estados juntos antes, mas é estranho falar sobre a noite passada. – mordisquei meu lábio inferior.

Balancei a cabeça, tentando colocar meus pensamentos em ordem. Olhei para as minhas mãos.

- Eu sei que para você foi diferente do que para mim. Por mais que ambos fossemos virgens, sei que é diferente para um garoto. Vocês são programados para fazer isso... quer dizer – engoli em seco. – para vocês não é grande coisa a primeira vez e tudo mais, é como um “ok, o negócio é fácil, quero, preciso de mais”, mas para nós meninas é como o ponto alto de nossa vida sabe?! O momento em que deixamos de lado uma certa pureza, ingenuidade e começamos a nos tornar mulheres. Há inseguranças com o corpo, com o que o garoto achou, se foi bom, como será tudo depois. O dia seguinte...

- Mas foi bom para você? – pediu cheio de insegurança, me interrompendo.

Sorri brilhantemente.

- Mais do que bom. – falei com sinceridade. – E para você? – perguntei temerosa. Seu rosto em contrapartida iluminou-se em um sorriso.

- Ótimo. Excelente. Sublime. – ele balançou a sua cabeça, como se tentasse ordenar seus pensamentos. – Deus, Bella eu não tenho adjetivos suficientes para descrever o quanto foi bom para mim.

Senti minhas bochechas ficando rubras e um sorriso envergonhado aparecendo em meu rosto.

- Respondendo a sua pergunta – disse depois de longos minutos. –, eu estou bem, realmente, não há nada para que eu não esteja bem. Só preciso descansar, assimilar tudo... e... – suspirei. – para que possamos fazer outra vez. – disse timidamente, abaixando o meu rosto e estudando com demasiado interesse as minhas mãos.

Senti o toque suave dos dedos de Edward sobre o meu rosto e depois levantando meu queixo para que eu o encarasse. Levei meu lábio inferior entre meus dentes retribuindo o seu olhar.

Seus olhos verdes perfuravam os meus castanhos. Sentimentos, emoções, palavras, uma centena de sensações passavam diante de seus olhos, era como se ele estivesse me dizendo algo que meu cérebro não sabia compreender, mas meu coração entendia perfeitamente. Lentamente ele inclinou-se e seus lábios tocaram os meus em um beijo terno e cheio de expectativas.

- Eu também. – murmurou delicadamente, apoiando sua testa na minha. Sorri para ele, me encolhendo minimamente em timidez.

- Eu te amo. – disse baixinho, beijando rapidamente seus lábios.

- Eu também. – replicou.

Como se poderia esperar de dois adolescentes apaixonados, nossa despedida foi lenta, pontuada por muitos beijos e, claro, muitas juras de amor. Quando a chuva deu uma brecha e meu pai já tinha aparecido por 5 vezes na janela da sala para bisbilhotar o que estávamos fazendo, nos despedimos finalmente e eu corri para dentro de casa evitando me molhar, pois novamente havia começado a chover.

Charlie, como um bom policial, assim que entrei pela porta de casa fechou seus olhos em fendas me analisando de cima a baixo antes de sequer me cumprimentar.

Engoli em seco.

Quando ele estava abrindo seus lábios para me questionar algo que provavelmente eu me atrapalharia toda para mentir e que causaria um imenso constrangimento para mim e para Edward, minha mãe intercedeu aparecendo na cozinha com seu avental cor-de-rosa com babados e um sorriso divertido.

- Como foi a noite com Alice? – questionou, dando uma discreta piscadela em minha direção.

Suspirei agradecida.

- Excelente. Fizemos macarrão vegetariano e cheesecake de chocolate. – menti com facilidade, apoiando na conversa da minha mãe.

- E os meninos gostaram de não comer carne? – divertiu-se ela, ignorando o bufar de meu pai que voltava a sala para assistir o jogo que passava na televisão.

- Hum... eles fizeram alguns hambúrgueres? – disse soando mais como uma pergunta.

Ela acenou afirmativamente com a cabeça.

- Ok, querida. Por que você não sobe para deixar suas coisas e depois vem me ajudar a preparar o almoço? – ofereceu para salientar ao meu pai, que estava com as orelhas em pé, que aquele era um domingo qualquer. – Emmett deve estar chegando a qualquer minuto do mercado. – pontuou enquanto subia a escada.

Sorri enviesado, totalmente aliviada por minha mãe ter me ajudado a escapar do que com certeza seria o momento mais constrangedor da minha vida.

O domingo passou como um domingo qualquer. Minha mãe e eu trabalhamos no almoço enquanto meu pai e Emmett assistiam esportes na TV. Depois da refeição minha mãe começaria a trabalhar no planejamento de suas aulas para a semana enquanto eu subiria ao meu quarto para fazer minha lição e depois ler um livro.

Segunda-feira veio previsivelmente chuvosa e fria. Edward estava agindo como um perfeito namorado na escola. Eu adorava a atenção que ele estava me dando, falando ‘eu te amo’ sempre que podia, ou então me beijando sem sentido no meio dos corredores, ou ainda me acompanhando em cada classe que tinha.

Eu estava mais apaixonada ainda, se é que era possível.

Terça-feira deu lugar a um sol tímido e completamente atípico para o inverno de Forks, entretanto, era o clima perfeito para a enxurrada de boas notícias que estariam chegando ao longo do dia.

Antes de ir para a escola, cerca de seis grossas cartas de universidades em que apliquei haviam chegado, todas elas com boas notícias de que eu havia sido admitida em suas instalações. Obviamente não era nenhuma universidade da Ivy League, mas receber as cartas da Eastern Washington University, Peninsula Collage, University of Toledo, University of Arizona, San Diego State University e University of Alaska era emocionante, por mais que o dinheiro que tinha disponível para a universidade daria para pagar somente a universidade do Alaska, e talvez a Peninsula Collage que era em Port Angeles e meu pai conhecia o reitor, possibilitando assim talvez um programa de bolsa de estudos ou desconto. Todavia eu não gostaria de ir para nenhuma dessas opções. Eu queria estudar na Columbia University, assim como o meu eu de 30 anos tinha.

O dia na escola se resumiu a isso. Pais ligando para os alunos – deixando a secretaria um verdadeiro pandemônio – para informar que havia cartas de certa universidade. Evidentemente comigo também não foi diferente, já que no meio da aula de Trigonometria vieram me chamar para ir à secretaria, pois meu pai gostaria de falar comigo.

Surpreendentemente encontrei Edward ao chegar lá, esperando a sua vez para ligar para a sua mãe, que também havia pedido para entrar em contato com ele. Nossa vez de ligar para nossos pais ocorreu no mesmo momento, e partilhando sorrisos de boa sorte discamos os números que queríamos falar – eu na delegacia, Edward em sua casa.

Dois toques foram que levaram até que a voz anasalada e com forte sotaque romeno da Harriet, telefonista da delegacia atendesse.

- Departamento de Polícia de Forks. – informou a telefonista.

- Hey Harriet, é a Bella, Bella Swan – comecei meio hesitante. –, meu pai pediu para que eu ligasse para ele. – informei, mordiscando meu lábio inferior.

- Oh sim, Bella! – exclamou animada. – Charlie está animado para falar com você. Vou passar a ligação. – informou com um tom acalentador.

- Ok. Obrigada Harriet. – agradeci, para em seguida escutar o tom de transferência típico da delegacia.

Foram exatos 30 segundos até que meu pai atendeu ao telefone.

- Chefe Charlie Swan falando. – disse entediado.

- Pai? – perguntei incerta. – É a Bella, você queria falar comigo? – perguntei hesitante.

- Bells! – exclamou animado. – Já estava ligando outra vez para a escola, temendo que não houvessem dado meu recado a você. – pontuou irritado.

- Bem... está uma loucura hoje aqui. – expliquei dando de ombros, mesmo sabendo que ele não veria. – Hum... aconteceu alguma coisa?! Você está bem?! Mamãe?! Emmett?! – enumerei preocupada.

- Oh não, não, está tudo bem. – tranquilizou. Sorri aliviada.

- Então o que está acontecendo? – pedi confusa.

- Bom, você sabe que normalmente às terças-feiras sou eu que saio em patrulha, certo? – murmurei uma confirmação. – Estava andando próximo de casa quando eu vi o Davis, o carteiro, debatendo-se como colocaria um grande envelope em nossa caixa. Quando o interceptei, e Bells você nunca vai adivinhar o que era esse envelope! – exclamou animado. Sorri com a animação de meu pai.

- Hum... realmente eu não faço ideia pai. Talvez carta de alguma universidade? – perguntei incerta.

Ele riu sonoramente animado.

- Não qualquer universidade Bells, mas a do seu sonho! – exclamou exultante, eu podia praticamente vê-lo pulando de animação em sua cadeira. – Columbia, Bells! Columbia te mandou uma carta, e pelo tamanho dela tenho certeza que é de admissão. – explicou orgulhoso.

Mordi meu lábio com força temerosa com a carta.

- E o que ela diz? – pedi suavemente.

- O que diz? – repetiu meu pai. – Como vou saber Bella, eu não abri. Não sei se você quer fazer isso você mesma, ou se quer que eu leia para você? – perguntou confuso.

Sorri com a incerteza do meu pai.

- Pode abri-la e me dizer sobre o que se trata. – ofereci respirando profundamente para suportar qualquer que seja o que contenha dentro do tal envelope.

- Ok. – murmurou meu pai. Ao fundo o ouvi rasgando o envelope e se atrapalhando com os papéis que estavam dentro deste, como se tivesse procurando a carta. – Ok Bells, achei, você quer que eu leia para você? – perguntou com um sorriso.

- Por favor, pai. – pedi segurando minha respiração.

- Ok. – ele suspirou coçando a garganta, preparando-se para a leitura do que estava na carta. – Columbia University, cidade de Nova York, departamento de admissões Columbia College. – disse formalmente. – Querida Senhorita Swan – entonou com um sorriso. – Parabéns! Você foi selecionada para a admissão da Universidade de Columbia, na cidade de Nova York...

A partir daí eu não consegui prestar a atenção em nenhuma palavra a mais que meu pai lia. Minha cabeça estava literalmente rodando. Uma felicidade que eu nunca imaginei ser possível sentir me consumia e lágrimas de genuína alegria inundaram meus olhos, deixando completamente embaçada a minha visão, enquanto um sorriso de contentamento tomava todo o meu rosto.

Eu havia conseguido! Dizia-me mentalmente.

Assim como na minha vida aos 30 anos, eu também havia sido admitida na universidade que sempre sonhei em estudar. Isso era a maior realização, a maior similaridade desse sonho com a minha vida real. Eu não conseguia parar de pensar todos os momentos incríveis que viveria na faculdade, o quanto eu deixaria de lado a garota nerd que fui no high school e me tornaria outra pessoa naquela instituição, o quanto seria feliz durante aqueles 4 anos, o quanto eu conquistaria em 12 anos.

Sorri largamente.

Todavia, uma parte afastada da minha mente fez uma resolução que nunca no tempo que estive nesse sonho havia acontecido. E o mais perturbador, que era a voz da Prazeres, dizendo as palavras que me deixaria atordoada:

“E se isso não for um sonho?! Se tudo isso realmente aconteceu, e você por alguma razão misteriosa esqueceu?! Será que você já tinha considerado essa hipótese, Isabella? Que você odiou tanto algo que lhe aconteceu, que suprimiu a melhor parte de sua vida ao esquecimento?” – pontuou com demasiada sensatez e malícia.

As palavras dela rolaram para o primeiro plano da minha mente, enquanto tentava me focar o quanto isso poderia ser verdadeiro, mas quanto mais eu tentava me focar nisso, mais difícil parecia, era como se eu tivesse tentando pegar o ar e este se dissipasse cada vez que fechava meus dedos.

Não. Constatei por fim. Eu nunca esqueceria isso, a melhor fase da minha vida por algum trauma, como a Prazeres pontuou. Por mais terrível que seja eu nunca seria capaz de esquecer. Esquecer-me da sensação de descobrir que fui admitida na universidade que sempre sonhei. Esquecer-me no melhor senior year que eu poderia sequer sonhar em ter. E principalmente, esquecer-me completamente que um dia eu namorei Edward Cullen?

Não. Definitivamente isso não era uma realidade da qual eu havia suprimido, esquecido na minha vida adulta. Essa resolução era simplesmente inadmissível, impossível, incompreensível para mim.

Como se me tirasse do meu devaneio, a voz do meu pai disse com orgulho e determinação:

- Bells? Nós iremos dar um jeito, nem que eu tenha que hipotecar a casa, vender a minha alma para o diabo, mas você vai para Columbia, ou não me chamo Charles Hector Swan.

Engoli em seco.

Sim. Isso não era realidade, eu nunca havia vivido isso, pois na minha vida real eu havia conseguido o apoio financeiro do Estado, como também havia conseguido uma bolsa de estudos de uma grande empresa. Desta vez eu não havia conseguido o apoio financeiro do Estado de Washington, e com certeza não estaria recebendo a bolsa de estudos das empresas Meyer.

Desta vez, porém, não chorei de felicidade, mas sim pelo meu iminente fracasso de não conseguir pagar uma universidade da Ivy League, e saber que se caso eu optasse por ir para NYC, eu estaria entrando em uma dívida imensa por causa de empréstimos estudantis e arrastaria meus pais comigo.

O que eu faria? Que escolha eu teria senão ir para a Peninsula College em Port Angeles?

A resposta era simples: nenhuma.

Nesta realidade eu nunca realizaria o meu sonho de tornar-me uma grande jornalista.

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Notas finais do capítulo

N/A: Deus! Como essa Bella é dramática! Tem mania de fazer uma tempestade num copo dágua, e antes que alguém que esteja na adolescência ou pré-adolescência venha reclamar nas reviews que não é dramático dessa maneira, está mentindo. Você pode não achar isso agora, mas quando tiver a minha idade irá perceber como faz drama com coisas simples de ser resolvidas, não que na vida adulta isso abrande, porque você ainda faz muitos dramas, porém em menor escala.
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Ok, isso foi um sermão. *KKKKKKKKKKKKKKKK*
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Eu sei que vocês estão achando que eu dei a solução ali no finalzinho, mas sério que vocês acham que eu faria isso?! Really?!
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Próximo capítulo vem com uma bomba... ou algo dessa maneira já que o nosso adorável príncipe encantado Edward Cullen irá perder um pouco a sua mágica, mas o por que e como só no próximo, ok?! Que como de costume virá se tiver muitas, muitas reviews, posso contar com vocês?! Larguem essa preguiça das férias de lado e venham comentar!!!
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Obrigada a todos que continuam lendo e acompanhando. Patti, obrigada por estar tão ou mais empolgada do que eu com a reta final disso aqui! ;D
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Nos vemos no domingo amorecos!
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Beijos,
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Carol.
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N/B: Ai, Bella, pelo amor de Deus. Neura na manhã seguinte não né? *rolando os olhos*. Bom, não seria a Bella que conhecemos se não acontecesse isso kkkkkkkkkkkkkkkkkk
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Nossa, fiquei tão feliz pela Bella com a admissão em Columbia! É como aqui, quando passamos no vestibular. Não pude evitar lembrar quando foi comigo, não tem como descrever, é uma das melhores sensações do mundo, ver seu nome no listão, ou no caso da Bella, ver a cartinha da universidade que você tanto quer ser admitida! Bom, acredito que algumas de vocês também já tiveram esse gostinho.... Aí me vem a Bella depois e acaba com a minha alegria, com essas realizações dramáticas e precipitadas. Ai meu Deus! Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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Bom, vamos esperar o desfecho disso. Eu tô louca que ela volte logo aos 30, e vocês?!?!
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Então vamos correr com as reviews, que eu quero saber o que diabos aconteceu após a Bella apagar as velinhas huahsuahsuahushauhs
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Um super beijo, Patti :)
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Quer fazer uma pobre autora feliz? oO
Deixa uma review ou um comentário para mim, dizendo se você gostou, ou se odiou, se você tem alguma sugestão! Pois sugestões e palpites aqui são fundamentais! *.*
Ficarei encantada em ler!