Teenage Dream escrita por Sophie Queen


Capítulo 3
Nova Oportunidade


Notas iniciais do capítulo

Disclaimer: TWILIGHT não me pertence, nem a música TEENAGE DREAM, porém o Edward de Adidas Hemp verde é meu sonho de consumo. Então, por favor, respeitem.

N/A: Oie amores!

Tudo bom com vocês? Espero sinceramente que sim, porque o tanto que essa fic em dois capítulos foi elogiada é surreal! Nunca quando eu tive essa ideia imaginaria todo essa animação e gente acompanhando. Claro algumas pessoas (eu no caso) ainda está surpresa com o tom leve que estou conseguindo manter nesta história, e espero que continue assim até seu final, bem como seus capítulos curtinhos, coisa que não é muito meu feitio.

Outra coisa que quero deixar claro aqui: muitas pessoas acham estranha a forma que venho retratando as roupas, ou ainda afirmam que não conseguem ver Bella e Cia em 1997 como acontece na história. Gente a história vai se passar integralmente em 97 e 98, com roupas ridículas, comparações com os ídolos teens da época e tudo mais que tinha há 12 anos. Infelizmente eu não tinha 17 anos na época, mas eu a vivi muito, inclusive tendo amigas mais velhas. Então, sim, tudo era desse jeitinho, e para aqueles que estão esperando o primeiro beijo dos dois ou então a primeira noite de amor deles, tenham paciência, naquele tempo (me sinto minha avó falando) as coisas não eram tão fáceis, livres ou sem pudores como é hoje em dia, naquela época mal se tinha internet, os adolescentes não passavam HORAS em frente ao computador como é hoje em dia, ok? Era realmente muito diferente.

Eu recebi várias reviews falando do tênis verde. Apesar de ser chamado de Adidas Hemp, posso garantir que ele não era feito da fibra da folha da maconha, era só uma jogada de marketing que corria na época, e SIM é possível sonhar com um par de tênis e seu dono, eu vivi quase 5 anos sonhado com um bendito par destes Adidas e seu dono, então, por favor, não contestem a sanidade da minha Bella, estou tentando ser o mais fiel possível ao que acontecia aquela época.

Outro fator que chamou muita a atenção de todos que leram e resultaram um crise de risadas em todo mundo foi a minha comparação: "Uma mistura de Leonardo DiCaprio com o galãzinho dos filmes de vampiro que são sucesso em dois mil e dez, que não me recordo o nome."

Algumas pessoas me perguntaram o porquê de comparar com Leonardo DiCaprio? Gente em 97 ele era o Robert Pattinson da vez, vocês vão ver logo, logo na fic quando chegar o mês de dezembro nela, Bella indo assistir Titanic no cinema com a Alice e Cia. Oh sim! Titanic foi nessa época, junto com tanta coisa que eu lembrava e outras que pesquisei que vocês ficaram bestas. As leitoras mais novinhas ficaram tipo WTF, as mais velhinhas, como eu, vão começar a rir e se lembrar de algumas coisas, se já não começaram. *HUAHUAHUAHUA* É quase um retorno a minha adolescência nesta fic. Ah... e porque não coloquei o nome do Robert Pattinson? Queria que vocês adivinhassem sozinhos! *KKKKKKKKKKKKK*

Bom antes que isso aqui fique longo demais de tantas explicações, e ninguém leia, vou me encerando por aqui, agradecendo imensamente quem leu, comentou, favoritou, recomendou, colocou em alerta, o meu mais sincero OBRIGADA, isso aqui já se tornou especial por causa de vocês!

Vou ficando por aqui já que mais adiante irei falar um pouquinho mais. *KKKKKKKK* Não esqueçam babies:

MUITÍSSIMO OBRIGADA. EU AMO MUITO CADA UM DE VOCÊS.

Aproveitem a leitura. ;D



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CAPÍTULO 03 – Nova Oportunidade

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Oh. Meu. Deus.

"Se isso é um sonho, por favor, não me deixe acordar nunca mais." – pensei, enquanto sentia as faíscas que os lábios de Edward proporcionavam em minha mão se espalharem magicamente por todo meu corpo. Minhas pernas estavam como gelatina, meus batimentos cardíacos aceleradíssimos. Era quase uma experiência fora do corpo.

- P-pr-prazer Edward. – murmurei com a voz tremida e extremamente afetada, recebendo seu incrível sorriso torto em resposta.

- Bella, infelizmente temos que ir para a apresentação do time de football. Espero te ver por lá, senão nos vemos por aí, ok? – explanou dando uma ligeira piscadela.

Senti meu coração falhar uma batida. Eu não podia acreditar que Edward Cullen estava flertando comigo. Com a minha pessoa de dezessete anos. Isso é inacreditável. Sorri timidamente, sentindo minhas bochechas enrubescerem.

- Ok. – respondi com um fio de voz, porém com um sorriso pateta no rosto. Recebendo mais um sorriso torto de Edward, ele se afastou de onde eu e Alice estávamos, junto com o time de football.

Suspirei pesadamente.

- Olha, se eu não te conhecesse eu diria que você é uma dos membros do fã clube do meu irmão. – comentou Alice, do meu lado.

- O quê? – perguntei surpresa, virando para observar Alice com os olhos arregalados.

- Quê? – devolveu a baixinha assustada.

- O que você disse Alice? – inquiri nervosamente.

- Disse que se você tivesse algum interesse em meu irmão, o convenceria a sair com você. – explicou dando de ombros.

- Sério? – questionei perplexa.

- Claro Bella! – exclamou. – Você é minha melhor amiga, é o mínimo que posso fazer. Sem contar que você é uma pessoa que eu gostaria de ver com o meu irmão. – deu de ombros. – Mas, por que tanta curiosidade? – questionou interessada, fechando seus olhos em fenda.

- Nada. – respondi rápido demais com um sorriso convencido no rosto.

- Ok. – respondeu ainda me encarando com um misto de perplexidade e interesse, pelos seus vivos e perspicazes olhos verdes. Eu podia praticamente visualizar as engrenagens da cabeça de Alice funcionando. – Vamos logo para o auditório ver o que o time reserva esse ano. – disse lentamente como se tivesse tentando entender o que tinha acontecido antes.

Mas o que eu poderia fazer? Não podia simplesmente confessar a Alice que me sentia atraída pelo seu irmão, isso seria constrangedor demais. Porém, as palavras que ela dissera segundos atrás ainda permaneciam grudadas em meu cérebro: Alice, minha melhor amiga, gostaria de me ver como namorada de seu irmão.

Com a baixinha ao meu lado, seguimos para o auditório do colégio onde ocorreria a apresentação do time de football. Nunca gostei muito dessas apresentações já que era sempre o prazer de Tanya e as outras plastics atazanarem minha vida e a dos outros alunos não populares. Todavia, era uma oportunidade única de admirar Edward sem parecer uma maníaca perseguidora ou uma adolescente idiota apaixonada, uma vez que depois da apresentação do time pelo diretor, o técnico do time, Sr. Green, dizia o que esperava dessa temporada e como o time iria ganhar pelo terceiro ano consecutivo o campeonato estadual para o orgulho de todos, por termos como capitão e também o responsável por essas vitórias: Edward Cullen, que segundo Alice odiava falar em frente à multidão de alunos, mas nestas ocasiões – que normalmente eram breves – dizia sobre o orgulho e o espírito espartano da escola.

Normalmente, as líderes de torcida também se apresentavam no mesmo dia. Mas como este ano a seleção dos jogadores e os treinos do time de football começaram nas férias, as cheerios, como eram chamadas por todos no colégio, só fariam sua apresentação no Homecoming, como era tradicionalmente feito em todas as escolas do país.

Sentei-me com Alice no auditório em um lugar praticamente dominado por líderes de torcida. A capitã delas, Rosalie, estava na cadeira a minha frente extremamente entretida em uma conversa com Angela Weber, a única das cheerios, além de Alice, que era minha amiga durante este ponto da minha vida.

Estava distraída admirando as feições de Angela – sua pele clara, cabelos negros grossos e lisos, de olhos acinzentados e corpo esguio – ouvindo com meia atenção alguns comentários sarcásticos de Alice sobre algumas meninas que ela não suportava na escola, quando um movimento próximo a fileira de cadeiras que eu estava sentada chamou a minha atenção. Tão lentamente como era possível para uma pessoa distraída, virei meu rosto para a movimentação, não ficando nem um pouco surpresa em ver Tanya, Jessica, Lauren, Victoria e Leah olhando com superioridade para onde eu estava, há sete cadeiras de distância.

Tanya imediatamente fechou seus olhos em fendas, erguendo seu queixo e literalmente me desafiando, enquanto as outras quatro postavam-se atrás dela com as mãos na cintura e olhares perdidos para a sua "superiora".

O primeiro pensamento que tive assim que as vi foi uma imensa vontade de rir. Não era segredo para ninguém na escola que elas se achavam as covers das Spice Girls, mas assim como eu tinha me esquecido que Rosalie se vestia de maneira parecida com a das cinco inglesas, esqueci completamente que as plastics se vestiam da mesma maneira, imitando o quinteto inglês que levantou a bandeira do Girl Power em noventa e sete.

A loira morango, assim como a ruiva do grupo feminino era a líder das outras, e da mesmíssima maneira que a Geri Halliwell se vestia, lá estava Tanya, com um vestido – relativamente curto – com a bandeira da Inglaterra estampada e imensas botas plataformas de vinil vermelhas, no melhor estilo Ginger Spice.

Lauren Mallory, uma garota de cabelos cor de palha, olhos castanhos frios e cheia de sardas, se achava a Baby Spice. E assim como a Tanya era uma imitação da Geri, ela se vestia de maneira igual à Emma Bunton, com um curto vestido rosa bebê, tênis plataformas brancos com detalhes em rosa, meia três quartos brancos e, completando seu visual Spice Girls, duas marias-chiquinhas altas em seu cabelo loiro.

Jessica Stanley, uma menina que conhecia desde a pré-escola, de longos cabelos castanhos claros e olhos do mesmo tom, tentava ser Victoria Adams, a Posh Spice, a sempre mais bem vestida e elegante do quinteto, mas no caso da Stanley, falhando miseravelmente. Seu vestido lilás estampado com flores pretas e detalhes em renda poderia até parecido com o que a senhora Beckham usava antes de se casar com o jogador David Beckham, mas como Jessica era relativamente gordinha, o vestido marcava indiscretamente seus pneuzinhos, por ser extremamente justo.

Leah Clearwater, uma menina de pele avermelhada, cabelos negros e olhos escuros como duas jabuticabas, corpo esguio, não fazia parte das plastics, a não ser quando era convidada para algo. Pelo que pude notar de seu figurino, estava vestida como a Scary Spice, com uma calça cargo preta e um top de estampa de oncinha com alcinhas finas, acompanhados de uma bota de combate preta. Seus cabelos, que outrora eram lisos, estavam cheios de cachos pequenos em sua extensão, completando com os dois "chifrinhos" com as bordas metálicas que a Mel B., às vezes usava.

Por último, e talvez menos escandalosa que as outras, estava Victoria, que pelo que parecia era a Mel C., a Sporty Spice. Ela usava uma calça Adidas preta, regata verde limão aparecendo um pedaço de seu sutiã preto, falsas tatuagens copiavam as da Sporty Spice, da mesma maneira que seus cabelos ruivos e encaracolados estavam escovados e presos em um rabo de cavalo. Seus olhos azuis claros eram escondidos por sua pele cheia de sardas, mas da mesma maneira que a Mel C., Victoria era extremamente atlética e flexível.

A vontade de rir estava quase me consumindo, mas eu tinha que resistir. Eu não poderia rir das cinco se eu quisesse que este sonho não se tornasse um pesadelo.

- Elas vão dançar. – cochichou Alice. – Vão fazer uma apresentação para o time de football, parece que vai ser um pout-pourri de três músicas: Wannabe outra vez, Spice Up Your Life e Stop. – explicou Alice.

- Não sei se agüento ver isso. – murmurei para a baixinha, que não segurou e riu audivelmente, rapidamente seguido por mim. Para a minha infelicidade, nossos risos atraíram a atenção das falsas Spice Girls, que ainda olhavam autoritariamente para onde Alice e eu estávamos sentadas.

- Eu sabia que conhecia essa coisa de algum lugar – a voz fria e aguda de Tanya começou. -, parece que a humilhação de ontem a noite não foi o suficiente para você, hein Isabella Swan? – provocou.

"Será que você cair na pista, usando uma saia curta mostrando sua calcinha para toda a escola não foi o suficiente? Ou então mergulhar sua cara naquele bolo cheio de glacê não lhe deu vergonha para nunca mais aparecer em meu território?" – questionou autoritariamente.

Alice riu sonoramente, enquanto ainda observava absorta a situação.

- Desde quando você foi escolhida a Rainha da escola Tanya? – desafiou a baixinha, com sua voz uma oitava mais alta atraindo a atenção de todas as líderes de torcida que estavam próximas a nossa interação com as plastics.

- Eu serei coroada a Rainha da escola no Homecoming Alice, e você finalmente irá abaixar essa sua crista e ser minha súdita. – explanou. – Olha que pensando bem eu posso até forçá-la a sair das cheerios. – disse com um sorriso maquiavélico no rosto e os olhos brilhando com uma vitória que ninguém, somente ela, via.

Rosalie, que estava observando o intercâmbio assim como as outras meninas da torcida, se levantou de seu lugar, exalando uma aura de poder, determinação e coragem que pude sentir até mesmo me abarrotando.

- Você não tem autoridade para expulsar ninguém da torcida Tanya – clarificou. -, essa autoridade de dispensar líderes de torcida é minha: a capitã. – explicou à loira.

Tanya riu em deboche.

- Por pouco tempo Rosalie. – disse agora encarando Rose com seus olhos frios. – Vai ser um prazer te derrotar no Baile de Boas Vindas, onde serei coroada Rainha da escola e depois exigir uma nova eleição para capitã do time. Vai ser a coisa mais fácil que você possa imaginar. – debochou.

- Você realmente acha que vai ser escolhida como Rainha do Baile de Boas Vindas? – questionou Angela perplexa com a ousadia da loira morango.

- Pode apostar que sim Weber. E toda a escória desta escola irá lamber o chão em que eu pisar. – afirmou com um sorriso maníaco em seu rosto.

Fora a vez de Alice, Angela e Rosalie rirem juntas em deboche.

- E quem serão os loucos que vão votar em você para Rainha do Homecoming? – inquiriu uma divertidíssima Alice.

- Pode rir suas idiotas. Logo, logo vocês serão o mesmíssimo lixo que os losers desta escola são – apontou seu queixo para alguns membros do clube de xadrez que estavam algumas fileiras atrás. -, e então Alice – disse agora seu olhar se voltando para onde eu e Alice estávamos. -, você poderá andar sem nenhuma vergonha com essa sua amiguinha aí, que – gargalhou sonoramente. -, nem mesmo tentando consegue chamar a atenção de alguém do time de football.

Naquele segundo eu só conseguia ver uma mancha vermelha inundando minha visão. Entendi pela primeira vez na minha vida o que significava a expressão sangue nos olhos.

- Melhor ser ninguém no High School do que não ser ninguém no futuro. Ficar presa nessa cidade sonhando com a época que era popular e podia humilhar a todos, com uma imensa barriga queimando na beira do fogão, com mais uma penca de filhos e casada com um idiota que ainda pensa em viver os momentos de glória que tinha quando jogava no time de football! – exclamei relembrando nitidamente a visão que tive de Tanya Denali, a linda e fria líder de torcida que se achava a rainha da cocada preta, doze anos depois, casada com o idiota do Eric Yorkie, o linebacker do time.

Seus olhos cor de âmbar se fecharam em fendas enquanto ela me analisava clinicamente. Nem tinha percebido que na minha fúria, acabei me levantando da cadeira onde estava e desafiava Tanya a plenos pulmões, atraindo a atenção de todos que estavam no auditório.

- Narrando seu futuro ou de alguma de suas – seus olhos caíram sobre Rose e Angela, depois para Alice. – amiguinhas? – provocou. Ela riu friamente no mesmo segundo em que eu gargalhava alto.

- Não Tanya eu falo de você! – exclamei. – Como você será patética daqui a alguns anos, da mesma maneira que sua mãe é patética, que pensa que é a rainha da escola só porque foi há vinte anos. – disse encerrando a discussão.

- Não. Fale. Mal. Da. Minha. Mãe. – disse entre os dentes.

Somente a encarei desafiante, ignorando claramente seu ódio palpável.

- Você irá me pagar Isabella. Oh se vai, ou não me chamo Tanya Denali. – ameaçou irritadiça, no mesmo instante que abria espaço por suas súditas e marchava para a saída do auditório.

Com um suspiro cansado desabei na cadeira que estava sentada antes, afundando meu rosto em minhas mãos.

- Uau! – exclamou Alice do meu lado sentando-se lentamente.

- O que foi isso Bella? – a voz urgente de Angela questionou próxima a mim.

- Não sei. – murmurei.

- Você foi fantástica! – exclamou mais uma vez Alice.

- Colocou Tanya e suas comparsas em seu devido lugar. – comentou Rosalie.

Levantei meu rosto, espantada. Nunca a loira – pelo menos até que ela me pedisse ajuda para conquistar Emmett – dirigiu a palavra para mim. Meus olhos piscaram bobamente, fitando ainda perplexos o rosto de Rosalie que tinha a beleza indiscutível que me recordava na juventude.

- Hum... er... obrigada Rosalie. – agradeci bobamente.

- Não por isso Isabella. – sorriu amavelmente, muito igual à forma que Rosalie, minha amiga aos trinta anos fazia. – Fiquei sabendo o que elas fizeram ontem em seu aniversário, e fora isso faz tempo que elas estavam merecendo uma desafiada de um dos menos populares. – explicou dando de ombros, no mesmo instante em que o diretor do colégio, Sr. Smith, subia ao palco para começar a apresentação do time de football e o auditório entrava em silêncio.

Infelizmente não consegui prestar muita atenção na apresentação dos jogadores ou nas palavras do técnico, Sr. Green, ou até mesmo nas de Edward. As ameaças de Tanya, juntamente com a maneira que a desafiei, bem como a forma que Alice, Angela e Rosalie me parabenizaram, ainda consumiam meus pensamentos. Eu ainda não conseguia acreditar que havia feito isto. Era absolutamente fora dos padrões para essa Bella. A Bella com dezessete anos.

- Parabéns. – assustei-me com a voz de anjo, que sussurrou em meu ouvido. Rapidamente procurei a origem da voz me sobressaltando ao encontrar os profundos olhos verdes esmeraldinos de Edward me encarando, e seu incomparável sorriso torto, direcionado para mim, ele se encontrava sentado ao meu lado do auditório da escola.

Tive que engolir em seco, pois sentia minha garganta ficando seca e meu corpo todo amolecer, somente pela proximidade. Eu podia sentir claramente o perfume de Edward me inebriando, era uma mistura de algo almiscarado, com algo mentolado e meio adocicado, algo como mel. Seu perfume natural era viciante. Respirei profundamente aquele aroma, me sentindo ainda mais mole do que antes, totalmente afetada por ele, mais uma vez.

- Fiquei sabendo que você desafiou Tanya Denali hoje, colocando-a em seu devido lugar. Fazendo-a ficar aos berros com as amigas por ter sido humilhada por alguém... alguém como você. – disse calmamente.

Sorri bobamente.

- O que aconteceu com você para mudar tanto, do dia para a noite Bella? – perguntou depois de longos minutos, quando não disse nada. Não por que eu não quisesse, é claro, mas por estar totalmente deslumbrada por ele.

Tossi sonoramente, tentando clarear meus pensamentos, no mesmo instante que as plastics subiam no palco para seu cover das Spice Girls.

- Não sei responder ao certo. Talvez somente a vontade de mudar as coisas enquanto tenho tempo. – expliquei dando de ombros. – Temos que aproveitar as chances da vida, porque ninguém pode reviver algo, então decidi que era hora de fazer tudo certo. – disse, mordiscando com força meu lábio inferior.

Edward sorriu brilhantemente para mim. E da pouca distância que estávamos do palco, senti os olhos de Tanya queimarem de ciúmes sobre mim.

- Você tem razão Bella. – disse contemplativo. – Temos que aproveitar as chances que temos na vida. Viver intensamente todas as fases dela. – ele fechou seus olhos, no mesmo instante em que seu braço roçava o meu, transmitindo aquela estranha centelha de desejo que anteriormente me deixou ao mesmo tempo afobada e esperançosa.

Felizmente, a apresentação de Tanya e suas súditas, não durou muito e no final do primeiro horário estávamos todos voltando para nossas salas, no meu caso e de Alice – que fazíamos praticamente todas as aulas juntas – matemática.

Conforme trocávamos de sala para assistir à seguinte, mais eu descobrira que a escola toda comentava sobre a minha discussão com Tanya. Em alguns casos, até dizendo que eu havia a agredido. Toda vez que ouvíamos estes comentários tanto Alice quanto eu ríamos divertidas, por serem tão ridículos.

No intervalo, três aulas depois, inúmeros alunos populares ounão vinham me questionar por que tinha enfrentado Tanya daquela maneira, se tinha algo a ver com ela estragando meu aniversário na noite anterior. Irritada e extremamente cansada de repetir a mesma história seguidas vezes, pedi licença a todos, já que uma roda de curiosos parecia me cercar, e fui até o banheiro das garotas a procura de um pouco de paz.

Para a minha sorte o banheiro estava vazio – um milagre. Sem querer abusar muito da mesma, entrei em uma cabine, abaixando a tampa do vaso e sentando sobre ela, onde imediatamente comecei a avaliar o meu dia. Meu estranho dia.

Primeiro acordo com dezessete anos outra vez. Vivendo na casa dos meus pais em mil novecentos e noventa e sete. Decido mudar um pouco, porque minha adolescência era traumatizante. E nesse sonho bizarro eu tinha mantido minha mente de trinta anos, por isso resolvi mudar alguns detalhes em minha aparência, detalhes que haviam feito meus pais se surpreenderem, da mesma maneira que fizera com minha melhor amiga e o meu irmão. E por uma coisa tão absurda que nem eu mesma conseguia explicar, atraiu o olhar de Edward para mim, fazendo com que ele, além de me olhar, conversasse comigo. E para concluir a loucura toda, eu havia desafiado Tanya Denali e suas amigas, fazendo com que todos no colégio falassem sobre mim, tornando-me momentaneamente popular.

Que merda era essa?

Jurei a mim mesma que se conseguisse passar por esse sonho bizarro e sem dúvidas fruto da minha imaginação e da minha mente perturbada e alcoolizada, nunca mais beberia uma gota de álcool na minha vida.

"E você acha que vai conseguir ficar sem uma gota de álcool?" – questionou provocativa minha mente. Reprimi a vontade de xingá-la a plenos pulmões, porque provavelmente se fizesse isto seria tachada de mais louca do que já estava, mesmo que fosse para mim mesma.

Respirei profundamente, controlando o meu estado de nervos. Não adiantou muita coisa, mas o suficiente para que eu conseguisse ter coragem de sair do banheiro e enfrentar o restante das aulas do dia.

Sai praticamente me arrastando da cabine que eu estava com a cabeça baixa, totalmente livre – se é que é possível – de pensamentos, mas o som de alguém coçando sua garganta me fez procurar a origem do som. Naquele breve segundo um temor estranho de que talvez fosse Tanya pronta para me bater assolou meu corpo, porém quando vi quem era a pessoa que estava ali a minha espera, soltei um longo suspiro de alívio.

Era Rosalie, em sua beleza radiante.

- Olá Rosalie. – cumprimentei educadamente.

- Oi Isabella. – retribuiu. – Hum... er... será que podemos conversar um minuto? – perguntou temerosa.

Sorri com sua hesitação. Era muito parecida com a do dia que ela iria me perguntar sobre Emmett e se eu poderia ajudá-la com isso. Será que era isso que ela iria me pedir?

- Claro. – respondi com um sorriso.

- Bom... – ela contemplou por alguns segundos, enquanto mordiscava seu lábio inferior. -, eu... hum... er... eu queria te pedir uma ajuda. – disse rapidamente.

- Sim, tudo bem. Que tipo de ajuda? – pedi confusamente. Apesar do déjà vu, toda a cena parecia um tanto quanto bizarra, em nada como vagamente me lembrava.

- Seu... hum... irmão. – respondeu acima de um sussurro.

- Emmett? O que tem Emmett? – questionei, tentando conter a vontade de rir que estava.

- Oh meu Deus! Como isso é complicado. Parecia mais fácil em casa. – murmurou para si mesma.

Desta vez não pude esconder o sorriso que avançava pelo meu rosto. Rosalie insegura era algo que somente vi em uma ocasião que me recordava claramente: na véspera e no dia de seu casamento com Emmett.

- Algum problema Rosalie? – inquiri duvidosa. Ela agitou sua cabeça em negação com veemência, fazendo com que seus cabelos loiros dourados balançassem juntos, deixando que seu brilho refletisse belamente contra o espelho.

- Não! – exclamou para afirmar seu gesto. – Quer dizer, não sei. – completou confusa. – É que eu... Oh meu Deus! – tampou seu rosto com suas mãos perfeitas. – Eugostodoseuirmão! – disse de uma vez só. Pensei por alguns segundos no que ela havia me dito, não fazendo muito sentido, até que o entendimento por fim me tomou.

- Oh! – exclamei surpresa. Por mais que soubesse que eles namorariam na escola e depois passariam o resto dos dias juntos, era estranho ver a adolescente Rosalie afirmar isto para alguém que ela nem conhecia.

"Você gosta de Emmett?" – perguntei lentamente. Ela afastou a mão de seu rosto e me encarou com seus incríveis olhos azuis.

- Sim. – respondeu ao mesmo tempo em que balançava sua cabeça em confirmação. – Muito. – completou ainda temerosa.

Sorri para sua hesitação. Era tão diferente da Rose aos trinta anos, depois de longos anos sendo modelo internacional.

- Eu não consigo tirá-lo da minha cabeça. Toda hora eu estou pensando em como seria se tivéssemos um encontro, ou então como seria o contato de nossas mãos, ou talvez como seria quando ele me abraçasse, ou ainda seus lábios contra os meus, ele me pedindo em namoro... – dizia sonhadora.

Era absurdamente bizarro ver Rosalie agindo tão tolamente e apaixonada, tanto que se eu não tivesse vendo essa cena com meus próprios olhos, eu nunca iria acreditar, por mais que tentassem me convencer do contrário. Na verdade eu havia me esquecido como Rose poderia agir como uma menininha frágil e insegura às vezes.

- Bem – comecei atraindo a atenção da loira. -, Emmett também é afim de voc...

- Sério? – interrompeu-me com seus olhos brilhantes, mas sorrindo largamente.

- Sim, ele gosta de você. – confirmei com um sorriso. – O único problema é que bem... ele tem um pouco de receio de chegar em você e convidá-la para um encontro. – expliquei timidamente.

- Por quê? – perguntou nervosa.

- Ele... hum... er... tem medo da rejeição? – disse soando mais como uma pergunta. Os olhos azuis de Rosalie se ampliaram, tamanha perplexidade da minha revelação.

- Ele teme que eu o rejeite? – perguntou timidamente. Somente confirmei com a cabeça.

- Desculpe-me Rosalie. – falei pesarosa no mesmo instante que via seus olhos se encherem de lágrimas.

- T-tem al-algo que p-posso fazer? – pediu ainda tentando controlar seus soluços.

Sorri animada com a perspectiva de ajudar meu irmão e a garota que era sua alma gêmea.

- Sim, tem. – afirmei. Seus olhos azuis tornaram a se ampliarem, mas desta vez eles estavam animados.

- O quê? – pediu em tom de suplica.

- Assuma o controle. Convide você, ele para sair. – expliquei.

- Quê? – disse alarmada. – Não! Garotos é que devem convidar garotas para sair. – explicou ainda perplexa.

- Não meu irmão e não você. – dei de ombros. – Ele gosta muito de você também Rosalie, talvez a única coisa além do football que mais o interessa nesta escola. E pode qualquer menina gostar dele, o convidar para sair que ele dirá não. O motivo? Porque ele quer sair com você! – exclamei.

- Mas então, por que ele não me convida? – perguntou alarmada.

- Já disse: Emmett teme a rejeição. – expliquei cansada. – Talvez ele te chame para sair... na última semana de aula, quando ficar óbvio que você irá para uma faculdade e ele para outra. – joguei sujo, porque eu sabia que assim seria a única maneira de convencê-la a falar com meu irmão.

- Não! – exclamou nervosa. – É muito tempo. Você tem certeza que se eu convidá-lo ele vai aceitar? Porque ele pode não aceitar a rejeição, mas eu não suporto tamanha humilhação. – explicou.

- Você não será humilhada, vai por mim. Eu conheço bem essa história. – disse, murmurando a última parte.

Ela sorriu brilhantemente para mim mais uma vez, e foi impossível não imitá-la. Quando estava próxima a porta, Rosalie virou-se novamente para onde eu estava.

- Eu estive pensando Isabella...

- Bella. Me chame de Bella, por favor. – pedi a interrompendo. Ela acenou em confirmação, sorrindo ainda.

- Eu estive pensando Bella, será que você não quer fazer os testes para as cheerios? – perguntou compassiva.

Meus olhos se ampliaram em surpresa, tirando toda a minha capacidade de falar. Devido a minha expressão Rosalie rapidamente completou:

- Alice me contou que vocês fizeram Ballet e Jazz juntas, e que também treinaram um pouco de Ginástica Olímpica durante as férias, então não seria tão difícil para você dar algumas piruetas, dançar um pouco e agitar uns pompons. – explanou com um sorriso nos olhos.

- Eu? Líder de torcida? – perguntei bobamente. Ela acenou freneticamente a cabeça em concordância.

- É! Infelizmente não estamos tendo muitas calouras se inscrevendo. Parece que temem ser cheerios, mas algo me diz que você ficaria bem no uniforme verde, branco e dourado. – ponderou. – E tenho certeza que um certo capitão do time de football ficaria pelo menos curioso para saber um pouco mais sobre você. – sorriu maliciosa.

- C-como você sabe? – perguntei surpresa, pois podia jurar de pés juntos que ninguém na escola imaginava o que eu sentia por Edward.

- Digamos que você o observa como eu faço com seu irmão. – deu uma piscadela.

- Oh! – exclamei surpresa. Tanto pela revelação de Rosalie que diz saber sobre a minha paixão não tão mais secreta por Edward, como pelo fato dela encarar Emmett com os mesmos olhos que encaro o ruivo.

- Fique tranqüila, seu segredo ficará guardado comigo. – explanou.

- O-ok.

- Então o que você me diz: quer ser uma líder de torcida? – questionou mais uma vez, terrivelmente mais animada.

Bom essa era a minha chance de viver o High School sem nenhum arrependimento, e talvez o fato de não ter sido uma líder de torcida tenha me deixado complexada. E como essa era uma chance única que estava tendo...

Sorri amplamente, enquanto mordiscava meu lábio inferior, encarando com animação os olhos azuis de Rosalie, murmurei:

- Eu quero ser uma líder de torcida.


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Notas finais do capítulo

N/A: Hey amores!

Todo mundo já imaginava que isso iria acontecer, Bella ser uma líder de torcida, mas o que acontecerá no teste dela? Cenas dos próximos capítulos. *KKKKKKKKKKK*

O que é esse Edward deslumbrando a Bella? Eu me divirto muito com a interação dos dois, me lembra meu amor nessa época. *suspira*

O que foi a Tanya e suas amigas vestidas de Spice Girls? DEUS... como eu ri descrevendo aquilo, ainda mais ao som de Spice Girls! *HUAHUAHUAHUA* Mas o que será que a Tanya vai fazer com a Bella? Será que ela vai conseguir destruir a Bella?

Eu falei tanto lá no começo que agora estou meio sem assunto aqui.

Ah... lembrei de outra coisa que vivem me perguntando nas reviews, bem a Bella NÃO vai alterar o futuro e toda aquela baboseira, o único futuro que será parcialmente mudado é o dela e do Edward, ok? Acho que agora é só... já falei tanto no começo.

Fico imensamente feliz que todos estejam gostando. O número de reviews e pessoas acompanhando como disse anteriormente me deixou assombrada. Então OBRIGADA por confiarem e me apoiarem neste projeto, são vocês que me estimulam!

Nos vemos no próximo capítulo, não sei quando vou escrevê-lo, já que vou me enterrar no próximo capítulo de JUST JUSTICE cheio de seus dramas e confusões, para quem não sabe ou imagina aquilo me desgasta mais do que gostaria de admitir, por mais que eu AME aquele enredo, então provavelmente eu poste mais próximo ao fim de semana, ok?

Obrigada mais uma vez e nos vemos no próximo.

Beijos,

Carol.

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N/B: Já perdi as contas das vezes que confessei ser suspeita em falar da forma como a Carol conduz uma fic. Nem me considero mais uma fiel leitora, mas uma admiradora do seu trabalho, da sua criatividade e dedicação. Incrível como ela consegue colocar tanto amor e tanta emoção na escrita, tornando possível sentirmos os sentimentos dos personagens, no caso de TEENAGE DREAM, as emoções da Bella. Eu me surpreendo a cada fic que a Carol escreve, a maneira como ela sabe fazer uma Bella particularmente diferente e complexa, ao mesmo tempo em que consegue resgatar aquela pontinha característica da maioria de suas Bellas. E sim, não estou puxando saco, mas a Carol é a minha autora xodó! HUASHUASHUASHUAS

Olha... sei exatamente o que a Bella sentiu quando Edward beijou a mão dela. Ficar sem reação, gaguejar hahahahaha. Passei por algo semelhante, e puxa! Que sensação boa. Ai Carol... tô surtando aqui revivendo minhas experiências adolescentes! =DDDDDD

Bem... eu estou AMANDO essa viagem direto do túnel do tempo da Bella. E quem aqui está louco que ela seja logo líder de torcida levanta o braço \o/\o/\o/\o/ Genteeeee... MORRI de rir lendo a aparição das 'covers' das Spice Girls... imaginando a cena HAHAHAHAHAHAHAHA A Jessica gordinha huashuashuashuas

Risos à parte... Nem sei o que eu faria se estivesse no lugar da Bella. Porque ter 17 anos com a mentalidade de 30, ainda mais sabendo tudo que o futuro reserva, pode parecer maravilhoso, mas não deixa de ser um risco. Risco que ela terá que correr caso queira que, dessa vez, tudo seja diferente. Mas já dizia o ditado, quem não arrisca não petisca. Talvez não seja assim tão fácil como parece, principalmente depois de todos os traumas da adolescência que ela tivera. Bella pode ser madura agora, mas não deixa de ser humana, e reviver tudo novamente talvez seja um pouco doloroso. Podemos notar isso, durante as provocações da Tanya.

Já disse que queria uma amiga como a Alice? Não? Sim, eu queria! E depois desse finalzinho aí... Deus, peço-lhe encarecidamente uma cunhada como a Rosalie. Assinado, eu! HUASHUASHUASHUASH

Não se esqueçam de fazer seus comentários e até o próximo capítulo!

Bjuss da Patti

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Quer fazer uma pobre autora feliz? oO

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Ficarei encantada em ler!