Teenage Dream escrita por Sophie Queen


Capítulo 28
Desculpas e Surpresas


Notas iniciais do capítulo

Disclaimer: TWILIGHT não me pertence, muito menos a música TEENAGE DREAM, porém Bella Drama Queen e insegura, sim! Então, por favor, respeitem.
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N/A: Olá amores...
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Como todo mundo está?! Não disse que voltava rapidinho dessa vez?! Quero ver se termino 2011 com a fic quase nos capítulos finais, que irão me dar mais trabalho. =p
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Me diverti tanto com as reviews de vocês! Algumas (muitas) pessoas já conseguiram capturar a essência de TEENAGE DREAM diante das tantas dicas que eu já dei, e conseguem visualizar com clareza o que aconteceu. Amores suas perceptivas, parabéns! Quem ainda não conseguiu fazer a ligação, calma! Mais 8 capítulos e TUDO fará sentido, eu prometo.
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Então quer dizer que eu fiz a Bellinha sofrer demais nesse capítulo?! Toda garota que se preze já passou por isso: Cólica + TPM + Insegurança + Ciúmes é natural. Sem contar que não podemos esquecer que a Bella aqui é uma adolescente e todo mundo sabe como adolescentes tendem a fazer uma tempestade em um copo dágua por qualquer coisa, e na hora da insanidade vê coisas que não estão acontecendo, tira conclusões precipitadas e tudo mais. Isto é natural quando se está na mente de uma única pessoa, onde não temos a visão neutra de um narrador, por isso acalmem-se e não fiquem cheias de instintos assassinos para o Edward ou para mim, não ainda. Deixe esses desejos de morte para Jacob, Tanya, e a bruxa Sra. Woods.
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E poutz... como vocês são desconfiadas! Ninguém armou nada na aula, pelo menos ninguém armou nada aqui. Tanya tirar o nome do Edward e Bella tirar o do Jacob foi simplesmente obra do destino (ou minha no caso), mas como mundo percebeu essa insegurança rondando a cabecinha da nossa Bella que será o fator que irá contra ela. Infelizmente.
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Bom... não sei se vocês estão com alguma curiosidade, mas se tiverem não deixem de ir lá no tumblr ver tudo o que eu tenho para vocês e também se quiserem me perguntar algo fiquem a vontade. O endereço é este aqui: youngforeverlikeateenagedream(PONTO)tumblr(PONTO)com/ - basta trocar a palavra (PONTO) pelo símbolo, se não conseguiu acessar vai no meu profile que lá tem o link.
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Quero agradecer a todo mundo pelo enorme carinho e a compreensão sem limites para o que me aconteceu, e o que ocasionou o atraso no capítulo anterior. Ainda estou enrolada em organizar as minhas coisas, mas logo estarei 100% organizada com tudo. Quem lê RUMOR HAS IT eu vou implorar por paciência. O último capítulo estava pronto no meu furtado notebook, e como não tinha salvado aquilo lá, estou passando por uma provação para escrever. Mas calma, em breve ele estará on, provavelmente antes de 2012.
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Ah... isso me lembra que no dia de Natal (25/12) irei postar uma one-shot que eu estou amando escrever. Com um tipo de Beward diferentes dos meus habituais, e um bebê que dá vontade de morder e levar para casa! Então marquem aí: dia 25 tem MERRY ROCK n ROLL CHRISTMAS!!!
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Obrigada a todo mundo que leu, comentou, compreendeu, recomendou, indicou, vocês que fazem com que eu fique animada, inspirada para escrever sempre e sempre. Obrigada por tudo!
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Agora vamos parar de enrolar, e vamos ao capítulo que todo mundo está curioso.
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Boa leitura! ;D
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CAPÍTULO 28 – Desculpas e Surpresas

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Sabe aquele momento da sua vida em que você não quer fazer mais nada a não ser embrenhar-se em sua própria consciência e deliciar-se com uma série de arrependimentos, auto depreciação, inseguranças, medo? É ridículo e idiota ficar preso em sua própria depressão curtindo a sua fossa, mas se as pessoas não fizessem isso, como teriam letras de músicas que mexem com o nosso imo, livros que nos fazem chorar quando nos envolvemos com os personagens, poesias que sabem exatamente o que estamos sentindo naquele exato momento?

Ao mesmo tempo em que era sofrível estar naquele limbo, era apaziguante poder avaliar a sua vida sobre outra ótica. Não que eu seja escritora, compositora, ou qualquer outra coisa do gênero, mas depois do meu surto há dois dias era o melhor a se fazer.

Depois de adormecer por quase 12 horas ininterruptas, acordei melhor emocionalmente, mas um lixo fisicamente. Não só porque eu ainda continuava menstruada, sofrendo com cólicas e amargurada com os acontecimentos da segunda-feira. As mudanças climáticas – do calor anormal da Califórnia, para o frio agonizante de Forks – falharam o meu sistema imunológico. Eu estava com quase 40° graus de febre, e diante os efeitos dos meus hormônios junto com o meu estado debilitado pelo início do resfriado, era natural eu me sentir cansada, irritada e neurótica.

Sim, Carlisle disse exatamente estas palavras para definir o meu estado na manhã de terça-feira quando minha mãe me levou ao Hospital Geral de Forks. Não sei se as palavras do pai do meu namorado tinham relação com a minha saída da escola na segunda, sem me despedir, ou a recusa de falar com Edward. Pelo que parece, mesmo morrendo em pé, eu tive a capacidade de escrever um bilhete e colar na porta do meu quarto informando que não gostaria de falar com ninguém, inclusive Edward, Alice ou Rosalie. Não sei dizer ao certo, mas conhecendo o meu namorado – ou ex, ainda não sei ao certo, depois do meu surto -, Edward com toda a certeza veio até a minha casa para conversar comigo, principalmente depois do maldito trabalho da bruxa da Sra. Woods, mas falhando ao não conseguir.

Depois que deixei o hospital, minha mãe, que havia conseguido licença do seu trabalho para me levar ao médico, dirigiu até o mercado onde comprou todos os ingredientes para uma sopa de galinha e legumes, que me ajudaria a recuperar mais rapidamente. Passei o dia deitada, tirando breves cochilos quando a maldita tosse que havia se manifestado inesperadamente não me acordava e quase me sufocava. O telefone de casa tocou diversas vezes, mas minha mãe não passou nenhuma ligação para mim, não que elas fossem para mim de qualquer maneira.

Quarta-feira amanheceu nevando. O céu cinza de Forks era bucólico e irritantemente melancólico. Desta vez minha mãe não conseguiu licença do trabalho, mas orientando que se me sentisse mal deveria ligar para ela imediatamente. Estando sozinha em casa, melhor da gripe e nos últimos dias da minha menstruação, eu estava muito mais calma, menos neurótica e irritada. Enquanto um sentimento de arrependimento me engolfava, acompanhado de um doloroso aperto em meu peito. Eu estava com saudades de Edward.

Sabendo que ele estaria na escola pelo menos até às 3 da tarde, escrevi inúmeras cartinhas para ele pedindo desculpas por seu uma tola, incompreensível, insegura, ciumenta e até mesmo idiota – não que eu pensasse em entrega-las a ele, mas escrever o que estava sentindo era uma forma excelente de me dar coragem e ligar para Edward. Às 2 e meia, sabendo que Edward ainda estaria na escola, liguei para a sua casa, falando com uma compreensível Esme que perguntou como estava me sentindo e prometendo dar o meu recado a Edward.

Instantaneamente assim que desliguei o telefone comecei a ficar ansiosa e nervosa com a perspectiva de Edward vir me visitar, apesar de não estar muito convencida de que ele viria, preferindo telefonar e terminar tudo comigo. Era deprimente pensar isso, mas era uma situação que não poderia negar que poderia acontecer.

Estava comendo a sopa que a minha mãe havia feito para que eu almoçasse, bebericando um suco de laranja (sem gelo) quando a campainha de casa soou. Encarei o relógio na parede acima da porta: 3 horas e 48 minutos. Suspirando pesado e ruidosamente por causa da inflamação em meus pulmões, caminhei até o foyer de entrada, fechando meus olhos e rezando para que fosse Edward do outro lado; e quando abri a porta não me decepcionei com a expectativa.

Um sorriso envergonhado brotou em meus lábios fazendo com que as minhas bochechas ficassem rubras, enquanto Edward me encarava com intensidade, seus perspicazes olhos analisando clinicamente o meu rosto.

- Oi. – cumprimentei com timidez, mordiscando meu lábio inferior. – Entra. – ofereci, abrindo espaço para que ele entrasse em minha casa. Edward continuava em silêncio, entretanto seus olhos pareciam me analisar, me estudando como se fosse uma das pinturas de Leonardo Da Vinci.

Engoli em seco.

Estava completamente aterrorizada com o que sabe-se lá passava pela sua cabeça naquele momento.

- Hum... eu estava comendo uma sopa, mas se você quiser eu posso fazer um queijo quente, ou um macarrão com queijo para você. – ofereci, me sentindo completamente fora do personagem naquele momento.

Edward fechou seus olhos em fendas, ainda me analisando. Voltei a mastigar meu lábio inferior, totalmente nervosa.

- Aceito o queijo quente. – disse depois de longos minutos. Um suspiro que nem percebi que estava segurando escapou por meus lábios, enquanto caminhava a passos rápidos para a cozinha para preparar o lanche dele.

Me manter ocupada, era a melhor coisa.

- Você está bem, Bella? – questionou suavemente, sentando-se na pequena mesa da cozinha dos meus pais, encarando a sopa que eu estava comendo e depois a mim.

Dei de ombros, de repente muito consciente da roupa que vestia – uma calça larga preta de moletom, uma imensa blusa vermelha de moletom e pantufas de joaninha. Estava tão focada em minha própria comiseração que não percebi que estava parecendo uma louca usando aquela roupa, com os cabelos todos bagunçados e uma cara de doente.

Merda!

É bem capaz de ele terminar comigo por conta de como eu estava. Senti as lágrimas inundando meus olhos, enquanto as minhas mãos começavam a tremer derrubando tudo o que tentava pegar.

- Bella? – Edward chamou-me com preocupação, levantando-se da cadeira em que estava sentado e indo até onde eu estava parada admirando o saco de pão que havia acabado de derrubar. – Você está se sentindo bem? – pediu com urgência, apoiando suas mãos quentes suavemente sobre os meus ombros.

Tentei desviar meus olhos para que ele não pudesse ver as lágrimas que os banhava, porém falhando miseravelmente. Edward perspicaz demais para o seu próprio bem, notou que eu estava prestes a chorar. Suas mãos deixaram meus ombros, segurando as minhas próprias que estavam gélidas e trêmulas.

- O que está acontecendo com você, Bella? – tornou a perguntar com demasiada preocupação.

Engoli em seco, não conseguindo mais controlar as lágrimas que desta vez rolaram pelo meu rosto sem nenhuma vergonha. Um soluço estrangulado escapou por meus lábios, fazendo com que Edward arregalasse seus olhos em surpresa e inesperadamente me abraçasse como se tentasse me proteger de mim mesma, ou melhor, da minha cabeça que parecia determinada a me enlouquecer.

- Shii... calma baby. – disse, tentando me tranquilizar. – Eu estou aqui. – murmurou contra os meus cabelos, dando um suave beijo em minha têmpora. Novas lágrimas desesperadas escorriam por meus olhos, manchando a jaqueta dele com elas. Como uma pessoa que se afoga e se bate para tentar buscar o ar para levar em seus pulmões, eu me apertava mais a Edward sentindo o seu cheio me inebriando, me acalmando momentaneamente.

- Desculpa. – murmurei com a voz grossa contra o peito de Edward, voltando a chorar incessantemente. – Eu sou uma tola Edward, me perdoa, por favor. Não termina comigo. – implorei desesperadamente, abraçando-o com mais força, temendo que ele fosse desaparecer a qualquer momento diante dos meus olhos.

- Hey, Bella. Calma, baby. – implorou com a voz grossa e emocionada, deslizando suas mãos quentes por minhas costas, fazendo lentos carinhos em meus cabelos castanhos. Todavia, nem mesmo os gestos serenos dele estavam me ajudando a tranquilizar. Eu estava surtando. Minha cabeça passava diversos cenários trágicos e sofríveis que eu não gostaria de prestar atenção ou sequer ver.

- Perdão, Edward. Me desculpa, por favor! – implorei mais uma vez. – Não termina comigo. Não irei mais fazer isso. – supliquei angustiada, apertando mais o meu rosto contra o seu peito, enquanto as lágrimas escorriam livremente por meu rosto, caindo sobre ele.

- O quê? – questionou exasperado, tentando afastar o meu abraço de ferro em torno dele. Demorou alguns segundos, mas finalmente ele o fez, procurando com olhos desesperados o meu rosto.

- Me perdoa. – roguei outra vez.

- Te perdoar por que, Bella? Você não fez nada. – disse com confusão.

- Fiz sim! – esbravejei fechando meus olhos e deixando que as lágrimas caíssem pesadas por ele. – Por favor, Edward. Não termina comigo. – repeti pela terceira vez.

- Terminar? – repetiu confuso. – Quem disse algo em terminar? Não quero terminar com você, Bella! – exclamou com certeza. – Eu sou apaixonado por você, por que eu iria terminar com você por nada? Por estar doente? – questionou atordoado.

- Porque eu fui uma cadela essa semana. Primeiro na segunda sendo toda irritada, sensível e mal humorada. E depois por não querer sequer falar com você! – exclamei chorando desesperadamente outra vez. – Me perdoa Edward. Você é muito importante para mim! – solucei me agarrando outra vez à sua camisa e enterrando o meu rosto em seu peito.

- Shiiu... baby... acalme-se. – pediu com suavidade, acariciando meus cabelos com delicadeza. – Eu não vou terminar com você, Bella. Não por algo tolo como isso. Esqueceu que eu vivo com Alice?! 95% do tempo ela é bipolar. – riu descontraído. – Eu sei que essa semana não foi boa para você, ainda mais depois de toda a nossa viagem, mas Bella... eu me importo com você. Eu gosto de você demais para te deixar. Quero passar o resto da minha vida ao seu lado, te fazendo feliz. Sendo seu amigo, seu companheiro, seu namorado, seu amante. – disse com um sussurro a última palavra, fazendo com que uma nova torrente de lágrimas me dominasse.

Eu sabia que ele nunca passaria o resto da vida ao meu lado. Não. Pelo que eu bem sabia pelos próximos 12 anos eu nem sequer o veria, a não ser em anúncios publicitários ou em jogos, sempre pela televisão.

- Calma Bella. Eu estou aqui. – falou suavemente, depositando pequenos beijos em meus cabelos. Desesperada, me agarrei mais a ele, tentando o máximo que podia fundir o meu corpo ao seu.

Não sei bem ao certo como aconteceu, ou quanto tempo ficamos ali no meio da cozinha da minha mãe, abraçados enquanto eu chorava em seu peito, mas em determinado momento Edward me pegou em seus braços e suavemente me levou para o meu quarto, deitando-me na minha cama e depois deitando-se ao meu lado, me segurando protetoramente, provando com gestos – já que palavras pareciam não ser suficientes – que ele não me deixaria. Acredito que acabei adormecendo de exaustão em seus braços, pois quando tornei a abrir meus olhos pesados e doloridos por conta do choro desesperado, a noite já tinha surgido no lugar do acinzentado céu, e Edward continuava me segurando protetoramente, enquanto conversava baixinho com a minha mãe.

Me ondulei mais ao seu lado, aproximando o meu corpo mais do seu; absorvendo o calor apaziguante que emanava e ia em forma de ondas, acalmando o meu imo desesperado. Escutei minha mãe deixando o meu quarto, fechando a porta atrás de si, deixando Edward e eu sozinhos em meu quarto, que era fracamente iluminado pelos abajures ao lado da cama.

- Você ficou. – murmurei com uma alegria estrangeira, um pouco inadequada para o momento.

- Claro que sim. Eu sempre ficarei ao seu lado, Bella. – disse baixinho, me apertando mais em seus braços e dando um beijo demorado em minha têmpora. – E eu quis dizer isso. Eu sempre falo a verdade quando estou com você. – completou com convicção, fazendo referência não somente às suas recentes palavras, como também àquelas que haviam me dito na cozinha.

- Eu sei. – concordei, dando um beijo em seu coração sobre a camisa que ele usava. – Me perdoa por meu... hum... surto? – falei meio incerta. – Não sei exatamente o que me aconteceu nos últimos dias, só sei que não tenho sido eu. Entende? – questionei, me mexendo para encarar o seu rosto de querubim, confusa com a minha própria sentença.

- Claro que sim, baby. – respondeu com um sorriso torto, deslizando sua mão por meu rosto. – Só não duvide de mim novamente, ok?! Não me empurre para longe de você, Bella. Eu estou aqui para tudo o que você precisar. Sempre. – falou com decisão.

Não suportando mais me privar de estar mais próxima a Edward, me movimentei ficando confortável para que com uma simples troca de olhar capturasse seus lábios em um beijo urgente. Sôfrego. Cheio de emoção e desculpas.

Ao mesmo tempo em que era suave, era intenso, profundo. Minhas mãos trançaram-se entre seus cabelos acobreados, os puxando com suavidade trazendo-o mais próximo a mim. Suas mãos grandes e quentes seguravam com delicadeza a minha cintura e minha nuca, em um gesto tão claro de proteção. Nossos lábios acariciavam um ao outro com uma devoção exacerbada, única. Minha língua acariciava a sua com uma delicadeza genuína, saboreando aquele momento como se fosse o primeiro e o último. Sentia o meu coração, o meu peito, minha mente enchendo-se com uma emoção, um sentimento forte, acolhedor, intenso, e até mesmo um pouco perturbador – mas não da forma ruim -, era confortável, natural.

Encerramos o beijo, brincando de bater o nariz um do outro com delicadeza, em um beijo de esquimó, enquanto sorrisos sinceros – o primeiro que dava em dias – tomava o meu rosto e uma paz inigualável me embrulhava, me confortando, me aquecendo como um cobertor no mais intenso inverno. Não resistindo, depositei pequenos e delicados beijos em seu rosto, fazendo com que Edward gargalhasse descontraído e feliz com minha mudança de comportamento, deixando as lágrimas afastadas e curtindo somente o lado bom das coisas.

- O que você acha de irmos a Port Angeles amanhã? – perguntou com um sorriso, abrindo seus intensos olhos verdes e me fitando com fervor.

- Edward, nós temos aula amanhã. – falei sem muita convicção de que poderia ou não ir à escola no dia seguinte.

- Na verdade, não. – replicou com um sorriso. – Nossa turma estará indo para uma excursão no Parque Nacional essa semana, e como eu e você fomos os melhores da nossa turma de biologia, fomos dispensados da aventura que durará 3 dias, a começar de amanhã. – explicou com um sorriso brilhante.

- Nós estaremos livres da escola por 2 dias?! Enquanto todos estarão viajando em um ônibus fedido, morrendo de frio? – perguntei reflexivamente. – Uau! Não sabia que éramos tão inteligentes. – brinquei dando mais um selinho nos lábios de Edward.

- Então? O que você acha? – pediu expectante com um sorriso torto em seus lábios.

- Não sei Edward. – dei de ombros. – Temos que ver com seu pai se posso fazer uma viagem, sair de casa. – expliquei com pesar.

- Isso não é problema! – exclamou alegremente, dando mais um beijo em meus lábios, e levantando-se da cama em que estávamos deitados. – De qualquer maneira, eu preciso ir baby. Já é tarde, e não quero abusar da hospitalidade dos seus pais. O Chefe já veio duas vezes aqui me olhar feio por estar na mesma cama que você. – falou com ligeiro temor.

- O quê? – perguntei confusa. – Espera? Que horas são? – pedi atordoada. Edward sorriu torto.

- Quase 3 da madrugada. – respondeu sorrindo brilhantemente.

- Nossa! Eu dormi tudo isso? – inquiri perplexa.

- Você estava cansada, Bella. – replicou dando mais um beijo em minha têmpora. – Será que você me acompanha até a porta? – pediu arqueando suas sobrancelhas para mim. Sorri afetada, enlaçando meus dedos aos deles e o levando para o andar inferior para que nos despedíssemos.

Como sempre, ficamos um longo tempo nos despedindo, como um casal de adolescentes tolamente apaixonados que obviamente éramos. Combinamos de que ele viria me pegar por volta das 10 da manhã, para que fossemos até o hospital saber se o seu pai poderia me liberar ou não para ir a Port Angeles. Com mais um beijo longo e sôfrego, dissemos finalmente boa noite.

Estava nas nuvens. Literalmente saltitando pela casa, como princesas de contos de fada saltitam antes e depois das coisas ruins que lhe acontecem. Suspirando completamente apaixonada por Edward, fui até a cozinha, de repente estava me sentindo faminta. Fiquei extremamente surpresa ao encontrar a minha mãe, enrolada em seu cardigã de lã rosa chá, bebendo uma fumegante caneca de chocolate quente.

Seu olhar atencioso e intenso me estudou por alguns minutos. De repente me senti muito autoconsciente da minha mudança repentina de humor.

- Com fome? – perguntou delicadamente.

- Muita. – confessei sentindo as minhas bochechas corando. Por que de repente me sentia como uma criança que acabara de ser pega comendo biscoitos antes do jantar?

Lentamente ela descobriu um prato onde um belo e apetitoso empadão de frango e palmito repousava, pedindo para ser saboreado. Sorri animada, puxando a cadeira em frente a ela e me sentando, preparada para saborear um dos meus pratos prediletos.  Renée me serviu com uma generosa fatia, e uma nova caneca de chocolate quente. Sorri agradecida para ela, saboreando a comida, enquanto ela tornava a se sentar diante de mim e estudar meu rosto com curiosidade.

- Você está se sentindo melhor? – questionou com genuína curiosidade.

- Bem melhor. – respondi. – O mal estar do resfriado parece ter diminuído, assim como a cólica que sentia. Felizmente amanhã é o último dia da minha menstruação. – disse aliviada porque esse inferno mensal estava prestes a terminar.

- Humm... isso é bom. – concordou, bebendo um gole de seu chocolate. – Você e Edward estão bem? – questionou despreocupadamente.

Concordei com um aceno de cabeça.

- Sim. Por quê? – repliquei com curiosidade.

- Por nada. – negou rápido demais para o meu gosto, sacudindo sua cabeça. Arqueei uma sobrancelha para ela. – Vocês pareciam intensos demais há pouco. – deu de ombros.

- Porque somos adolescentes, e tendemos a ser assim... intensos. – repliquei, repetindo a palavra que ela havia utilizado.

- Será que vocês estão mais intensos que isso? – tornou a questionar com curiosidade, mascarando com muita efetividade outra emoção que não conseguia capturar ao certo.

- Como assim, mãe?

- Será que vocês ficaram íntimos de alguma forma, durante o tempo em San Diego? – perguntou sem rodeios, fazendo com que eu me engasgasse com o pedaço de empadão que mastigava.

- Você está me perguntando se fizemos... hum... você sabe? – disse timidamente, dando de ombros. – Sexo? – falei a última palavra acima de um sussurro.

- Vocês fizeram? – perguntou com urgência. Senti as minhas bochechas ficando rubras e quentes.

Em que universo eu imaginaria tendo uma conversa dessas com a minha mãe? Justo eu, a pessoa mais tímida do universo. Por mais que com a minha mãe sempre me sentia aberta a falar de tudo, nunca em meus quase 30 anos tivemos uma conversa como essa. Eu estava temerosa.

- Não! – exclamei rápido demais. As sobrancelhas perfeitamente delineadas de minha mãe arquearam em dúvida. – Não, ainda. – murmurei sobre a minha respiração, escondendo o meu rosto por meus cabelos, completamente envergonhada e tímida pela conversa que estávamos tendo.

- Ainda... – repetiu lentamente. – Será que vocês conversaram sobre isso? Fizeram alguma coisa... como... passar para a segunda base? – pediu com delicada curiosidade.

Acenei afirmativamente com a cabeça, roubando um ligeiro olhar para o seu rosto, onde ela tinha arqueado suas sobrancelhas e parecia expectante.

- Ambos. – confirmei com a voz miúda, sentindo-me como se estivesse em um julgamento e estava confessando um homicídio.

O silêncio perdurou na cozinha por longos minutos.

- Sexta-feira nós iremos ao ginecologista, tudo bem Bella? – perguntou com delicadeza. – Se você e Edward estão pensando em ser íntimos, quero que você esteja precavida, assim como ele obviamente. – ponderou com sensatez.

Levantei o meu rosto para encarar o de minha mãe que sorria ligeiramente emocionada em minha direção.

Para tudo! O que está acontecendo aqui?

Minha mãe aceitando de boa que Edward e eu seremos íntimos, e oferecendo para me levar ao ginecologista para que eu esteja preparada quando este momento acontecer?

Uau! Essa nova resolução era muito mais aceitável do que a desconfortável primeira vez que fui ao ginecologista quando menstruei, ou então quando na minha outra vida implorei para que ela me acompanhasse quando estava as vésperas de embarcar para a universidade.

- Ok. – concordei lentamente. – Você está bem com isso mãe? – perguntei realmente curiosa para saber o que estava passando por sua cabeça.

- Claro que eu estou Bella, por que não estaria? – replicou ofendida. – Por mais que não queremos que nossos filhos cresçam, é natural e inevitável que um dia eles crescerão, terão namorados, que irão fazer sexo com esses namorados, que irão beber e ficar bêbados... – sorriu sonhadora. – Estou feliz que a sua primeira vez será com alguém que você realmente gosta, e que gosta de você também; que te respeita e sabe exatamente te confortar, te fazer sentir bem. – foi a minha vez de sorrir.

Era tão reconfortante ver alguém de fora falar sobre o meu relacionamento com Edward. Fazia parecer mais real do que era, se é que era.

- Não existe um garoto melhor do que Edward Cullen para a sua primeira vez, só espero que não seja no banco de trás do Volvo. – brincou debochada, fazendo com que eu corasse violentamente.

- Obrigada mamãe. – agradeci com sinceridade, levantando-me da minha cadeira e indo até onde ela estava sentada, abraçando-a com força, dando suaves beijos em seu rosto. – Eu te amo.

- Eu também te amo, meu amor. – falou emocionada.

Ficamos mais algum tempo ali abraçadas na cozinha de casa, antes que gentilmente ela se afastasse de mim, me mandando subir, dizendo que eu precisava de um banho e depois cama. Não querendo contrariá-la, desejei boa noite e corri para o andar de cima, com meus pensamentos voando por toda a conversa que tive com a minha mãe.

Eu estava indo a um ginecologista, e obviamente começar a tomar um medicamento para o controle de natalidade, para ter a minha primeira vez com Edward.

Com Edward. Minha primeira vez.

Não com um desconhecido na primeira festa na faculdade, onde eu não me recordo do seu rosto, ou de como aconteceu, mas sim com o amor da minha vida. Com o garoto que eu estava apaixonada, e que estava apaixonado por mim.

Eu iria perder a minha virgindade com Edward Cullen!

Tinha algo mais animador do que isso? Eu não conseguia imaginar, eu só conseguia fantasiar com o momento que Edward me faria mulher.

Eu estava ansiosa para isso.

Eu seria uma tola senão estivesse ansiosa, certo?

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Notas finais do capítulo

N/A: Todos pulando de alegria depois desse capítulo?! Tenho certeza que sim! Qual é gente?! Eu fui boazinha nesse capítulo! Já dei uma prévia do que vem por aí em breve *cof cof em 2 capítulos cof cof*. Sem mais instintos assassinos para com a minha pessoa, right?! *HUAHUAHUAHUA*
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Como vocês puderam notar até a própria Bella sabe que fez drama demais no capítulo anterior, e como eu disse antes, isso é natural, afinal ela é adolescente, e adolescente tende sempre a exagerar. Ainda mais uma adolescente complexada e perturbada que vive meio que com 17 anos, meio com 30 anos, tudo fica muito mais complicado ainda. Lógico que existirá muitas reviravoltas, ainda mais com Edward fazendo trabalho com Tanya e Bella com Jacob. Não podemos esquecer que querendo ou não ambos são imaturos e inseguros com seus sentimentos, quem já passou pelos 17 anos, com namoradinhos e tudo mais sabem exatamente o que estou dizendo, mas prometo que tudo vai fazer sentido e que no final valerá a pena todo esse sofrimento. Ok?!
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Espero que vocês tenham lido minha nota no início do capítulo, e tenham compreendido como estou relativamente atribulada com as minhas outras fics, principalmente RUMOR HAS IT, mas prometo em breve estar colocando tudo em dia. Acredito que antes de postar a one-shot de Natal venha um novo capítulo por aqui, mas vou ficar aqui atormentando vocês para ficarem ansiosos para ler MERRY ROCK n ROLL CHRISTMAS, ok?! *KKKKKKKKKKKKKKKK*
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Obrigada a todas as reviews, vocês são sempre fantásticos! As crises de vocês nas reviews, os surtos, as brincadeiras, os elogios, tudo isso que faz uma diferença enorme no final. .
Já disse e repito gostaria muito de responder cada uma das reviews, mas como eu tenho mais ideias que eu gostaria de admitir responde-los me tomaria um tempo grande, do qual normalmente uso para escrever. Espero que vocês possam me perdoar, e se quiserem me perguntar qualquer coisa não hesitem em irem ao tumblr da fic e me perguntar, ok?! Patti obrigada por tudo sempre baby... e vamo que vamo, essas últimas semanas de 2011 serão agitadas para nós. ;D
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Nós vemos em... alguns dias amores! =p
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Amo vocês!
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Beijos,
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Carol.
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N/B: ... eu só conseguia fantasiar com o momento que Edward me faria mulher. Eu estava ansiosa para isso. Nós também, Bella. Nós também.
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Awnnnnnnnn. Tão bom quando capítulo termina assim, né? Nesse clima de romance, de paz, de que tudo está a mil maravilhas. Já ouço os sonoros suspiros de contentamento de todas vocês kkkkkkkkkkkkkk.
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Eu que agradeço, Carol. Afinal, é privilegio ser sua beta, ainda mais de uma historia tão deliciosa de ler como TEENAGE DREAM.
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E vamos nos divertir lendo as reviews hauhsuahsuhauhuahs.
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Um ótimo restinho de domingo, gente. Nos vemos em breve.
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Patti xx
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Quer fazer uma pobre autora feliz? oO
Deixa uma review ou um comentário para mim, dizendo se você gostou, ou se odiou, se você tem alguma sugestão! Pois sugestões e palpites aqui são fundamentais! *.*
Ficarei encantada em ler!