Coelhinho da Páscoa não Existe! escrita por Paula Chan


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

No começo desta história Harry e Draco são ainda muito crianças/bebês. E ainda não falam corretamente algumas palavras; Então, por favor, não estranhem (muito) os erros ou as abreviações que fizerem.



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Coelhinho da Páscoa Não Existe!

Fazia uma tarde agradável e amena no parque ao centro da cidade. O sol mantinha-se alto rodeado por nuvens brancas e leves sopros de vento...

Na fofa grama verde, sentados com as perninhas cruzadas de frente um para o outro, estavam o pequeno Harry James Potter de cabelos negros e bastante curtos; Os olhos verdes escondidos por trás dos pequenos óculos redondos brilhavam, vestia um macacão laranja com alguns desenhos pintados em vermelho e prata; Enquanto Draco Lucious Malfoy com os cabelos amarrados com duas fitinhas azuis sob sua cabeça estilo “chuchinha” (Narcissa queria uma menina...!), destacando propositalmente a doce cor de seus olhos. Ora azuis, ora cinzas e prateado. Este usava um macacão jeans com os bolsos pintados em verde escuro e bordas pratas.

Harry remexia-se no chão. Olhava para o loirinho em sua frente com o cenho aborrecido e os bracinhos cruzados. Eles “discutiam”.

- Você ta mentindo, Daco!

- Não to não.

- Ta sim! Você menti porque é mau!

- Não sou não, Potty! E EU NÃO TO MINTINDO!

Harry se desfaz da pose fechada e seus olhos verdes encheram-se de lágrimas. Draco dá os ombros e deita na grama com a barriga pra baixo e apoiando seu queixo entre as mãozinhas.

- Mas Daco... Papai me disse que exisdia sim!

- Não Potty. Coelhinho da Páscoa não exisde não.

- Como você sape?

- Eu sei Potty! Eu vi!

- Você viu o coelhinho da páscoa?

- Não. Eu vi o papai escundendo os ovos de tocolate!

- Seu papai é o coelhinho da páscoa, Daco!

- Ai Potty como você é bobo! Bobo e purro!

- Não me chama azim, Daco. Faz dodói no meu colação.

-... Me... Desculpa.

Harry seca algumas lágrimas que cismaram a cair; E Draco se levanta estendendo suas mãozinhas para o moreno. Este a aceita lhe lançando um sorriso inocente e se levanta também. Eles passam então a caminharem de mãozinhas dadas envolta a piscina de areia.

- Daco, onde seu papai colocou os ovos de tocolate?

- Um na cozinha... Outo debaixo do sofá... Outo debaixo da cama da mamãe...

- Você vai comer tudo??- Vou sim.

- Mas... Mas... Você vai explodir!

- Ai Potty... Calha à boca.

- Não fala isso, Daco. Jula que nunca mais manda eu calhar à boca?

- Eu julô... Mais só se você jular nunca mais ablir a boca!

- O que?...

- Pequenos! O que dizem de tomarmos um sorvete?

Ambos os meninos olharam empolgados em direção àquela suave voz que lhes chamavam. Era de Lily Potter sentada em um banco não muito distante de onde eles se encontravam e ao lado de Narcisa Malfoy.

Mais que depressa se puseram a correr o quanto podiam, em momento algum, porém, desfazendo-se do enlaço de suas mãos.

Quando se aproximaram de suas mães ergueram seus bracinhos a pedir colo e foram prontamente atendidos, sendo levados dali para alguma sorveteria próxima.

Harry ia sendo levado confortavelmente e quentinho no colo de sua mãe enquanto observava Draco gargalhando espontaneamente quando Narcissa fazia cócegas em sua barriga.

- “Então o papai do Daco é o coelhinho da páscoa! Bem... Ele é blanco como um coelhinho! Vou pedir um montão de ovos esse ano!”.

E Harry James Potter a partir daquele dia pôs-se acreditar que Lucius Malfoy fosse um Coelhinho da Páscoa!... Por quase longos cinco anos...

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20 Anos Mais Tarde...

- MALFOY!!

Harry desce as escadas em passos pesados, criando um barulho quase que desnecessário ecoar por toda a casa.

- Sim meu amor?

Responde Draco, sarcástico, ao chamado enquanto permanece sentado despreocupado em um canto qualquer encima da mesa na cozinha, apreciando seu chá.

De repente Harry aparece e se aproxima caminhando para perto até ficar entre as pernas do loiro ainda encima da mesa. Sua expressão não era das melhores.

- Eu vou perguntar uma única vez e será melhor pra você e para o seu amiguinho se me responder sem rodeios!

Draco ameaça se encolher mais não o faz. Já sabia o porquê daquela cena e a razão da intimidação. Dá os ombros e coloca seu xícara de lado sobre a mesa.

Olha a fundo aqueles olhos que tanto o encantaram na adolescência... Que se faziam presente em todos seus maiores momentos... E que já alguns anos faziam parte em definitivo de sua vida.

- O que deseja meu senhor?

- Sem piadas, Draco! Onde você colocou os malditos ovos de chocolates que escondi para as crianças?!

- Harry... Por mais que eu saiba a dor imensa que sua cabeça desproporcional sente ao pensar... Devo dizer que desta vez você terá que fazer o sacrifício. Por que eu saberia onde aqueles ovos idiotas estão? Foi você quem os escondeu.

- Mas eu não os encontro!

- Já pensou na possibilidade dos seus filhos terem os encontrados?

- Você quis dizer nossos filhos e não, eu tenho certeza! Eles simplesmente sumiram.

- Vai ver o coelhinho da páscoa se sentiu ofendido por você ter escondido os ovos e resolveu rouba-los. Sabe Potter, ninguém gosta quando seu trabalho é plagiado por outra pessoa...

- Malfoy... Eu sei que você teve algo haver com isso, então é melhor ir abrindo a boca e me dizer onde colocou aqueles ovos!

Potter aproximou-se mais e Draco aproveitou a deixa para passar seus braços sob o pescoço do moreno, trazendo para mais perto, fazendo seus narizes se roçarem.

- Eu tenho uma idéia melhor do que fazer com a minha boca...

Mas antes que o loiro pudesse aproveitar-se mais, Harry se afasta rapidamente passa e mão pelos cabelos. Agora mais longos, porém tão negros quando criança.

O moreno suspira fundo se recompondo, antes de voltar-se para homem em sua frente.

- Você se engana quanto a isso, Draco. Enquanto você não devolver meus ovos, nós não teremos diversão nenhuma!

- Não há necessidade de ser tão extremista! Eu confesso. Roubei seus ovos.

- Por que fez isso?!

- Sabe Potter, há um momento na vida de um homem que...

- Draco!

- Eu os dei pra Lucius.

- Você fez o que?

Voltou a se aproximar e a se colocar entre as pernas do loiro. O encarava desconfiado e surpreso esperando uma explicação que não demoraria a vir.

- Ele os quer esconder este ano na mansão, como fazia antigamente. Quer que passemos a Páscoa por lá. Nos convidou e eu aceitei, naturalmente.

- Por que não me disse isso antes?

- Porque Harry... Eu...

- Diga Draco.

- Eu...

- Sim...?

-... Eu queria ver você saindo por ai loucamente procurando os ovos enquanto chamava Lucius de “coelhinho da páscoa”!!

E desatou a rir, sem mais nem menos.

Harry por outro lado não havia achado graça em nada. Ainda se envergonhava por algumas cenas que fizera em sua infância envolvendo: Lucius, Ovos, Coelhos e um pedido para ser levado a “Toca Subterrânea de Doces – onde eram fabricados todos os doces do mundo”.

Draco ainda ria inclinado sobre a mesa, jamais o faria se esquecer daquele dia! Jamais!

- Draco como você pode ser tão idiota?

- Harry... Cadê... Seu senso de humor?

Se recompondo e limpando algumas lágrimas que lhe escapavam puxa o invocado moreno para seus braços e deposita beijos em suas faces.

- Eu gosto mais de você que de chocolate.

- Você mal gosta de chocolate, Draco.

- Mas eu gosto de você...

- Que bom ouvir isso. Eu te amo...

- Eu também...

E se beijaram apaixonados, apreciando o momento e a companhia um do outro enquanto seus filhos não voltam do passeio... Enlaçam suas mãos, como faziam desde crianças, e uniram-se como o fariam pela vida toda...

END.


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