Além do Horizonte escrita por Jacqueline Sampaio


Capítulo 4
Capítulo 4




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Acordou um pouco tarde, ainda sim dera tempo para arrumar-se com esmero como sempre fazia. Saiu até o quarto de Kagome, viu a jovem parada a porta recebendo um buquê de flores de um desconhecido.

-De quem são essas rosas Kagome?

-Ah oi Inu-yasha! Parece que são do Kouga!-Kagome não poderia perceber que Inu-yasha mostrava um olhar de raiva.

-Vim buscá-la como prometido. Vamos?

-Sim!-Nem precisou usar seu guia, Inu-yasha novamente estendeu seu braço oferecendo-se para guiá-la.

Só então parou para contemplar a beleza estonteante de Kagome que trajava um vestido vermelho curto bordado com pedras negras e um salto preto também bordado com pedras negras. Os cabelos soltos enfeitados com uma linda rosa de cristais vermelhos.

-Está linda Kagome!

-Obrigada! Aposto que você está lindo também! Gostaria muito de vê-lo, eu posso?

-Mas Kagome?

-Não me entenda mal! Os cegos costumam enxergar as pessoas através do tato. Teria que toca-lo para poder vê-lo, mas só posso fazer isso com sua autorização!-Sorriu simplesmente. Fora Inu-yasha que pegara suas delicadas mãos levando-as a seu rosto. Kagome tateou com cuidado e de forma minuciosa. Não imaginara que para Inu-yasha aquilo não era um simples toque e sim uma caricia. Tateou suavemente seu rosto.

-Então os boatos eram verdadeiros, você é muito bonito!-Alcançou as suas orelhas de cachorro no topo da cabeça acariciando-as enquanto sorria. A verdade é que Inu-yasha odiava ser tocado nas orelhas, não deixara nem sua ex-mulher, Kikyou, tocá-las. Estranhamente não se importou com o toque de Kagome, muito pelo contrario. Kagome desceu suas mãos até a sobrecasaca sentindo a macies do fino tecido.

-E como dizem se veste com esmero!-Sorriu tentando olhar para a face de Inu-yasha. Este sentiu uma enorme vontade de tocar os lábios da moça juntos aos seus, mas antes que pudesse fazer algo o elevador chegou ao andar e os dois foram para o restaurante.

Mal chegaram e um numero expressivo de fotógrafos apareceram para tirar inúmeras fotos deles, isso aborreceu Inu-yasha.

-Que barulho é esse Inu-yasha?

-São esses malditos fotógrafos com essas câmeras! Odeio isso! Sorte sua não podem enxergar esse flash todo!-Parou ao notar que poderia ter falado alguma bobagem, Kagome sorriu tranqüilizando-o. Sentaram em uma mesa, o ambiente estava ricamente decorado!

-Eu posso sentir o perfume de rosas!-Dizia Kagome olhando fixamente para um ponto qualquer enquanto ainda estava sentada.

-Este lugar está repleto de rosas, está muito belo!-Falava Inu-yasha chamando um garçom para atendê-los. Logo veio a refeição da qual degustaram e ao termino desta pediram uma garrafa de vinho. Enquanto degustavam do vinho Kagome mantinha um meio sorriso no rosto deixando Inu-yasha curioso para saber o porquê disso.

-O que foi Kagome? Está tão sorridente!

-Acabo de perceber que não sei muito sobre você Inu-yasha. Isso não é estranho? Estamos trabalhando há seis meses!

-Eu sei! Sei apenas o básico sobre você Kagome. Não sei muito sobre seu passado.

-Verdade!-Inu-yasha percebe a aproximação de Kouga, logo estaria para tirar a atenção de Kagome de si, pensou em algo que prontamente executou.

-Eu proponho algo Kagome. Já que ainda é cedo que tal se fossemos para um lugar um pouco menos tumultuado para nos conhecermos melhor? Tem muitas coisas sobre você que gostaria de saber!

-Parece ser uma ótima idéia!-Falou Kagome tomando mais uma tarça de vinho.

-Então vamos. Sei de um lugar fantástico!-Levantou-se puxando Kagome e levando consigo a garrafa de vinho. Seguiram para um jardim ao lado do hotel, um típico jardim japonês. Sentaram-se na grama e começaram a conversa ainda degustando do vinho.

-Bom então quem vai começar?-Falou Inu-yasha olhando empolgado para Kagome.

-Já que começou a falar então é a sua vez!

-Isso não vale Kagome!-Falou com uma expressão falsa de tristeza no rosto logo substituída por um sorriso. 

-Vale sim pode começar!

-Tudo bem! O que quer saber?

-Quero saber por que gosta tanto das minhas musicas?

-Deveria perguntar algo sobre mim não é?

-Sei que dirá o que quero saber ao responder minha pergunta Inu-yasha.

-Suas musicas me reportam coisas de meu passado, meus casos amorosos para ser mais especifico. Mas não são lembranças agradáveis eu garanto! Por ser rico nunca soube se as mulheres que estavam ao meu lado estavam pelo que era ou pelo dinheiro que possuía. Por isso sempre tratei meus relacionamentos com desdém, mesmo assim cheguei a casar.

-Você casou? É tão novo ainda! Tem apenas vinte e cinco anos!

-Não sei ao certo por que casei Kagome. Tive um casamento que a principio foi movido pelo desejo carnal, mas logo decaiu com a falta de amor ou qualquer outro sentimento. O nome dela era Kikyou. Ela tentou salvar nosso casamento com uma gravidez, mas isso só nos afastou mais por que eu não desejava ser pai. Tentei obrigada a fazer um aborto, mas ela se recusou, pediu o divorcio e mudou-se para outro estado. Só depois soube que perdera a criança em um aborto espontâneo. Sei que o que digo pode soar cruel, mas...

-Não sou ninguém para julgá-lo por isso pode ficar tranqüilo! Bom então o que quer saber sobre mim?

-Tudo Kagome desde o inicio! Onde vive sua família e coisas assim.

-Não tenho ninguém neste mundo a não ser uma amiga chamada Sango, ela é minha família.

-O que aconteceu com seus familiares Kagome?

-Minha mãe ficou doente ainda grávida de mim, morreu no parto. Fui criada por minha avó Kaede, mas quando completei dezesseis ela também morreu. Acabei sendo adotada pela mãe de Sango que era a vizinha de minha avó.

-Você é cega desde pequena?

-Nasci assim devido à doença que minha mãe adquiriu.

-E aquelas musicas? Elas parecem falar de sua vida cotidiana, mas também falam de alguém em especial. Quem é?

-Hojo... Era para estarmos casados agora se...

-Se... –Falou Inu-yasha com um ar interrogativo.

-O que posso dizer, ele era aficcionado por moto e velocidade! E isso o levou a destruição!

-Perdoe-me por perguntar sobre isso Kagome!

-Tudo bem não tenho tanto problema em falar, faz tempo que isso aconteceu! Ele foi o único em minha vida, acho que os outros homens tinham medo de mim. Tinham medo de ter que cuidar de mim sempre por ser cega. –Sorria com uma expressão triste nos olhos.

-Idiotas! Só por esse simples problema? Isso não ofusca em nada sua beleza!-Parou ao perceber o que dissera embora não mostrasse arrependimento por sua sinceridade. Kagome deu um meio sorriso evitando mostrar o rosto corado. Inu-yasha tentou deixar um pouco de lado o nervosismo que sentia bebendo um pouco mais de vinho.

-Acho melhor irmos. Está tarde!

-Tem razão Kagome!-Levantou-se para logo pegar o braço de Kagome a fim de conduzi-la a seu quarto.

-Adorei conversar com você Inu-yasha!

-Eu também Kagome! Espero não ter passado uma imagem muito ruim a meu respeito, mas não queria mentir!

-Tudo bem, foi sincero e é isso que importa!-Pararam em frente ao quarto de Kagome. Inu-yasha ficou olhando a moça, não se conteve: aproximou-se com o intuito de beijá-la! Kagome pode sentir o hálito fresco de Inu-yasha na direção de seus lábios e quando este estava prestes a beijá-la...

-Melhor pensar bem no que está fazendo para não se arrepender depois Inu-yasha!-O hanyou parou no mesmo instante Kagome abriu a porta e entrou em seu quarto, deixando-o atônico.


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