Pigananda!!! escrita por almightymag


Capítulo 1
Fuck! Why Korea?!


Notas iniciais do capítulo

FINALMENTE! A Iru-chaan estava quase me esganando para eu terminar logo esse capítulo, e ai está ele o/ acabou de sair do forno *-*



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– Essa é a primeira e última vez que piso na Coréia! – resmungou Anna chutando a neve.

Nós estávamos andando sem destino a procura de um abrigo qualquer, o que seria um grande desafio já que nós não sabemos ler e nem falar um oi em Coreano.

E sabe por que isso tudo está acontecendo? Porque a nossa querida Sunie teve a habilidade extrema de esquecer a nécessaire – onde estava a nossa carteira e, conseqüentemente, o nosso dinheiro para comprar a passagem de volta para Manhattan – em cima da pia do banheiro feminino do aeroporto. Elas voltaram ao banheiro feminino, eu disse que seria inútil, e foi. Era um nécessaire lindo recheado com maquiagens da M.A.C Cosmetics e dinheiro. Quem iria bancar santo o suficiente para devolver?

Sunie é a mais nova, a atrapalhada e fofa. Anna é a mais velha, a estressada e cautelosa. E eu sou Maggy, a calma e revoltada e irônica – pelo menos é o que elas dizem. Somos amigas há... algum tempo. Somos jornalistas, escritoras e atrizes em meio-tempo. Acho que nossa profissão nos uniu. Resolvemos comprar um apartamento em Manhattan e gastar nosso dinheiro com viagens ao redor do mundo. Já fomos à Paris, à Austrália, Alemanha, Itália, Brasil, Gana, Argentina e à Inglaterra. E agora cá estamos nós na Coréia, sem saber ler nem escrever – em coreano claro –, sem dinheiro nenhum nos bolsos e morrendo de frio. E com isso aprendi uma coisa: nunca compre um casaco lindo e sim um que lhe esquente.

– Você não precisa culpar a Coréia... – murmurei.

– Claro! É perda de tempo ficar chutando o chão da Coréia quando posso chutar o que realmente vale à pena.

– Eu já pedi desculpas – choramingou Sunie.

– Tudo bem, Sun – tentei acalmá-la.

– Não está naaaada bem, Mag! – protestou Anna jogando os braços para o ar e bufando. Bom, eu disse que ela era estressada.

Eu fuzilei Anna com um olhar de “pega leve”. Eu sei que a Sunie sempre fazia uma besteira, mas ela não merecia ser condenada.

– Alguém aqui tem que entender o nosso idioma. Muita gente estuda inglês! – falei depois de alguns segundos de desagradável silêncio.

As duas olharam para mim. Pelo fato de eu ser a mais calma e a mais despreocupada eu tinha a santa habilidade de pensar em alguma coisa ao invés de gritar ou choramingar.

– Nós podíamos ir ao shopping – Dei uma breve pausa para juntar minhas mãos em conchinha e assoprar sobre elas enquanto Anna revirava os olhos e me encarava com seus olhos verdes arregalados. – Para pedir informação.

As duas deram uma breve risada.

– Ótimo, Maggy! E onde está o shopping? – perguntou Anna num tom debochado.

– Eu acho que aquilo ali, Ann – disse apontando com o dedão para o prédio que estava do outro lado da rua – Sabe, aquele agrupamento de lojas.

Sunie riu pelo meu sarcasmo.

– E o que você vai dizer? – Foi a vez de Sunie falar – Chegar e dizer: oi, estou perdida.

Era quase isso. Mas o jeito que Sunie falou foi tão idiota que eu quase desisti.

Quase.

– Oi, estou perdida – disse sorrindo para o balconista da lanchonete do shopping.

Ele olhou para mim com o cenho franzido, uma expressão que eu aceitei como um “desculpe, não posso ajudar”. Eu tentei pensar em mais alguma coisa, sei lá, qualquer coisa! Mas a fila atrás de mim começava a crescer, e eu tive a ligeira sensação de estar sendo xingada.  De qualquer maneira, eu não entendia o que eles falavam.

Eu saí da fila sem olhar para trás, não queria ser fuzilada visualmente pelas trocentas pessoas que estavam me xingando.

Cara, você não tem noção de como isso tudo frustrante! Estar num lugar onde você não conhece nada nem ninguém, não sabe nem falar nem escrever e – como se não bastasse – não ter nem dinheiro para dormir numa pousada fallen stars.

– Hey – disse uma voz atrás de mim – Parece estar perdida.

Eu me virei e vi um anjo sentado à mesa da lanchonete. Literalmente um anjo. Isso é, não só pelo fato de ele saber falar o meu idioma, mas também pelo fato de ele ser lindo. Ele tinha uma perfeição em seu sorriso. Um cabelo difícil de decifrar, lábios pequenos, olhos infantis, delicados e selvagens ao mesmo tempo.

– V-Você é fluente? – Quase gaguejei. Não, não porque ele era bonito, mas porque eu estava aliviada.

– Aí você já quer demais – disse ele rindo. Um riso de causar cócegas na barriga, sabe, risos contagiantes, mas eu tentei não ri, tanto porque eu não estava em um situação engraçada.

Eu me sentei ao seu lado.

– A propósito – agora ele apenas sorria – O meu nome é Kim Kibum.

Eu mordi o interior da minha bochecha para não rir. Claro, ele era coreano, e coreanos têm nomes engraçados.

– Ou Key – ele completou olhando para mim de um jeito... diferente. Como se quisesse que eu lembrasse alguma coisa.

Eu ergui uma sobrancelha e sorri com o canto dos lábios. Ele estava quase feliz quando eu disse:

– Tanto faz. O meu nome é Maggy – disse estendo a mão para apertar a dele – Você pode me ajudar?

Ele mordeu o lábio inferior pensativo – isso quase me tirou o fôlego – e soltou minha mão.

– Talvez...

– Ok. É que... aconteceu um acidente e agora eu e minhas amigas estamos meio perdidas, sem ter para onde ir, sem ter onde passar a noite e sem dinheiro nenhum. E estamos preparadas psicologicamente para dormimos em um abrigo qualquer.

Ele se recostou na cadeira esperando que eu falasse mais.

– Nós sabemos cozinhar – hesitei.

Ele soltou um suspiro de surpresa se inclinado para mim e seus olhos brilharam.

– Ótimo! Eu não agüentava mais comer o yakissoba do Tae.

Não sabia o que era Tae. Mas enfim, fui levada a rir junto com o Key. Ele tinha uma risada irresistível. 


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Notas finais do capítulo

Reviews? *----* Yeaah yeaaaah!



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