A Lenda de Zeus: o Continente Perdido escrita por pedro-neto


Capítulo 4
A bela e a fera




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- Não... não estou aqui para lutar. A garota está envenenada com veneno de harpias não é?- Gaia questionou.

- Sim- Henri respondeu.

- Pois bem, posso ajudá-la?

Os dois garotos ficaram sem saber o que dizer.

- Ajudá-la como? – Julio questionou desconfiado.

- Sou uma bruxa.

- Bruxa? – Henri se assustou.

- Não se preocupem, não faço mal a ninguém. Aliás, foi por ser boa que eu estou aqui, por ajudar as pessoas. E então... posso ajudá-la?

Henri ainda desconfiado assentiu com a cabeça.

- Será rápido.

Gaia se aproximou de Diana, tirou um pequeno frasco com um líquido verde da manga, e colocou apenas duas gotas na boca da garota. Segundos depois ela começou a recuperar os sentidos. Ainda meio confusa.

- Onde... onde eu estou?- ela abriu os olhos com dificuldade e olhou para os lados.

- Diana, você está bem?

- Acho que sim. Zeus, o que aconteceu?... As harpias?... Que m são esses dois?...

- Acalme-se Diana.- Gaia a interrompeu- Você ainda está fraca. Relaxe um pouco. Quando você tiver voltado completamente a si seus amigos lhe contarão tudo.

E assim foi feito. Gaia levou todos até uma parte da caverna, onde uma fogueira estava a espera deles. Diana descansou a noite toda e logo de manhã seus amigos lhe contaram tudo o que havia acontecido. Cerberus apenas ajudou a garota e em seguida desapareceu.

- Então quer dizer que você nos salvou Julio? – Diana questionou.

- Sim. – Henri respondeu antes do garoto poder se manifestar- Mas desnecessariamente eu podia ter cuidado daqueles bichos sozinho.

- Sem chance – Julio o interrompeu – com a sua habilidade não mataria as harpias nem se elas estivessem amarradas.

Henri já estava pronto para iniciar uma discussão, quando Gaia Diana os interrompeu.

- Obrigada novamente por me ajudar Gaia.

- Não foi nada. Adoro ajudar as pessoas.

Nesse instante Henri se lembro u de uma coisa que Gaia havia dito a eles.

- Ei, Gaia...

Ela olhou calmamente para ele.

- Sim?

- Você nos disse que o motivo de você estar aqui é por ajudar as pessoas. O que você quis dizer com isso?

- Quer mesmo saber? – Ela fez uma expressão de tristeza, como se não quisesse falar sobre o assunto.

- Se não quiser falar não...

- Não, não é isso. Bem... vamos lá. Há doze anos eu era parte da resistência, aliás, toda a minha família era. Bem, um dia eu perdi meu marido e logo em seguida recebi uma péssima notícia...- nesse momento uma lágrima sai do seu olho, mas ela rapidamente enxuga.

  - E que notícia seria essa?- Julio começou a ficar curioso.

- Meu filho Thanatos, ele decidiu seguir o caminho do mal e se unir ao exército dos Titãs. A resistência ficou furiosa. Colocaram ele acima dos Titãs como prioridade e conseguiram capturá-lo.

Nossa, deve ter sido difícil pra você.- Diana a interrompeu.

- Difícil foi o que estava por vir. Após um julgamento, eles decidiram que ele receberia pena de morte, e resolveram que quem deveria executá-lo seria eu. Bem... ele era mau, mas era meu filho e eu não tive coragem. Então eu decidi ajudá-lo a fugir e fui junto. Mas fomos rapidamente pegos. A resistência então decidiu mudar a pena e no mesmo lugar onde fomos pegos, uma prisão mágica foi criada para que nunca pudéssemos sair.

- Deixa eu adivinhar... – Julio a interrompeu- ... essa prisão mais tarde ficou conhecida como Pântano Maldito?

- Sim.

Nesse momento Diana entrou em pânico:

- Quer dizer que não existe forma alguma de sairmos daqui?

- Claro que tem.- Gaia respondeu – eliminando o causador de tudo isso... Thanatos. Mas pra isso é necessário romper o selo em que ele está preso para libertá-lo e poder travar uma luta contra ele.

Henri entendia a situação em que Gaia estava, mas mesmo assim decidiu perguntar.

- Gaia... você está errada. As causas de tudo de ruim que está acontecendo com Atlântida são os Titãs. E eu tenho uma missão: destruí-los. Mas não posso fazer isso aqui dentro. Pense em quantas pessoas vão se salvar se eu conseguir. Está disposta a me mostrar esse selo, mesmo que tenha que perder seu filho pra isso?

Gaia suspirou, mas assentiu.

- Sim.

Ela fez um gesto para que eles a seguissem. Eles obedeceram. Gaia os levou até uma parte, bem mais adentro da caverna. O local era uma espécie de sala circular, com um buraco no teto, por onde a luz entrava e um pentagrama com alguns símbolos estranhos dentro de um circulo, que ficava bem no centro do local.

- Só não tenho idéia de como você fará para romper o selo.- disse Gaia apontando para o pentagrama.

- Vou tentar uma coisa- disse Henri se aproximando.

O garoto apontou para o centro do círculo e disparou um raio. Nada aconteceu.

- Não disse?

-Droga- Henri ficou furioso e deu um soco com sua mão mágica no símbolo para descontar sua raiva. Uma rachadura brilhante começou a se formar a partir do local do golpe. Em seguir houve uma espécie de explosão no chão. Várias pedras saíram voando, juntamente com Henri.

- Zeus! –Diana gritou preocupada com o amigo.

Então uma luz surgiu no local. Logo ela desapareceu. O pentagrama havia sumido, mas o chão estava intacto. Sobre ele havia uma espécie de homem monstruoso, parecido com um ogro. Gaia ficou impressionada:

- Thanatos?

- Eu estou livre? –Thanatos começou a olhar para si mesmo como se não pudesse acreditar.

- E condenado – disse Julio se aproximando.

- Parece que terei que travar uma luta. Sem problemas- nesse momento Thanatos percebeu a presença de Gaia- Mãe?- impressionando a todos ele deu um sorriso maléfico e fez um gesto com o dedo que atraiu Gaia até perto dele. Em seguida ele a empurrou para trás- Fique fora disso, se eles forem bons você pode se machucar.

Gaia não disse nada. Apenas permitiu que ele o fizesse. Henri se levantou e se aproximou, juntamente com Julio. Diana preferiu não se envolver.

- Cara é melhor você não resistir, ou vai ser pior- Henri ameaçou.

- Pensa que vai me amedrontar assim? Tão fácil? Sou? Thanatos. Um dos generais mais poderosos dos Titãs.

- Não interessa. Vamos acabar com você.

Julio rapidamente pegou sua espada e pulou, golpeando Thanatos, mas este se defendeu simplesmente colocando o braço na frente. Thanatos então começou a gargalhar.

- Isso foi um golpe? Nem pareceu.- em seguida ele empurrou Julio, que foi arremessado longe e teve que cravar a espada no chão para não cair.

Henri aproveitou o momento e acertou um soco com a mão mágica na barriga do homem, que foi arremessado na parede com uma força incrível. Esta ficou completamente rachada e um buraco foi aberto nela. O garoto tomou um susto com a própria força.

- VAI PAGAR POR ISSO- Thanatos gritou furiosamente enquanto saia do buraco formado na parede.

Julio rapidamente se levantou e ordenou:

- Orbis Mala!- a esfera de luz, envolvida pela fumaça negra e roxa foi disparada na direção de Thanatos.

- Truque velho.- Thanatos disse rapidamente, enquanto pegava o poder com a mão e o jogava novamente na direção de Julio, que por pouco não foi acertado.- Bem parece que vocês não são tão fracos assim. Acho que vou acabar com isso agora. Telum.

Uma esfera negra surgiu na frente de Thanatos. Este colocou a mão dentro dela como se fosse apenas fumaça e tirou de lá de dentro um machado enorme, feito de um material parecido com ouro.

Como em um flash Thanatos simplesmente apareceu na frente de Julio e o golpeou na barriga com o cabo da arma. Henri então disparou um raio que acertou as costas do inimigo, que urrou de dor.

- Vou acabar com você primeiro- Thanatos disse olhando para Henri. O homem simplesmente produziu uma espécie de esfera de vento na mão e a disparou em Henri, que caiu no deitado. Novamente Thanatos usou sua habilidade e surgiu na frente de Henri, com o machado levantado, pronto para desferir um golpe mortal. - Descanse em paz!

De repente algo inesperado aconteceu. Gaia se teleportou para perto de Thanatos e colocou a mão em seu peito. O homem ficou imóvel. Mexendo apenas a cabeça e entrou em pânico.

- Já chega Thanatos.-Gaia ordenou- Isso acaba aqui seu monstro.

Thanatos ficou desesperado e tentou manipular sua mãe:

- Eu monstro? Você vai matar seu próprio filho e eu sou o monstro?

- Acabei de perceber que meu filho está morto a muito tempo. Os Titãs o mataram.

- Mãe você realmente fará isso comigo?

- Mãe? Você me chamou de mãe? VOCÊ NÃO É MEU FILHO!- ela gritou furiosamente- Diana, Zeus, Julio saiam daqui AGORA!

Os garotos a obedeceram e saíram correndo desesperadamente em direção a saída.

- Seus dias de general dos Titãs acabam agora Thanatos.

- NÃÃÃÃÃÃÃO.

O peito de Thanatos, no local onde estava a mão de Gaia, começou a brilhar. Então uma explosão com um fogo mágico aconteceu e fez com que a caverna desmoronasse.

Os garotos foram arremessados para fora antes do desmoronamento. Após a explosão o pântano que parecia maléfico e sem vida começou a mudar e se transformar em uma floresta, viva, com animais por toda parte.

- O que aconteceu?- Henri na estava entendendo.

- O selo foi definitivamente destruído e o lugar voltou a ser o que era.- Diana respondeu.

- Legal.

Os garotos saíram do local e continuaram caminhando. Logo encontraram Trevor e Pégaso esperando por eles.

- Bem e você?- Henri se dirigiu a Julio.

- Vocês não são tão poderosos, mas tem o mesmo propósito que eu, destruir os malditos Titãs.

- A união faz a força.- Henri afirmou com bom humor.

Julio deu uma pequena risada, mas logo parou e assobiou, logo Cerberus surgiu de trás das arvores. Os três subiram em seus respectivos animais e saíram em disparada, sem saber onde iriam parar. 


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