Segredo Familiar. escrita por mokoli-me


Capítulo 2
O início.




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―Ímpar ou par?Um, dois, três e já!

―Eu pulo Bela e você é a anjinha.

―Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, onze, doze.......

TrimmmmmmmmmmmmmmmmmmmmTrimmmmmmmmmmmmmm

O sinal da escola bate, isso indica que a turma da 1ªsérie da escola Tiba No Luca tem de entrar imediatamente para a sala de aula, a hora do intervalo acabou.

Isabela pega sua lancheira da Zoo Lunchies, em forma de coelhinho rosa e se dirige para a aula, que pelo tudo indica é de Matemática.

A aula começa, mas a aluna atenciosa está incomodada com alguma coisa que não a deixa prestar atenção na aula, tirando sua concentração.

―Isabela, abra a apostila na página 44 e preste atenção na aula.

Aquele apelo da professora foi atendido, mas a cabeça de Bela não parava de lhe enviar lembranças das noites passadas que ela tentava evitar a qualquer custo. Todas as noites que se seguiram após ela completar 7 anos e mudar de cidade, as noites que trouxeram tristezas para a vida daquela criança, que antes era feliz e amada.

A sensação de “piloto automático” foi acionado em Isabela, até o término das aulas daquele dia.

Calada em seu canto, ela esperava ansiosamente pela vinda da empregada Rose, que a levaria para casa, e ela não teria de ficar respondendo a perguntas do tipo “―O que aconteceu, que você está tão calada?”.

#ROSENARRANDO.

Chego à escola e vejo a pequena Isa me aguardando no canto do pátio, isolada dos coleguinhas que riam sem parar. Falo com ela, afim de alegrá-la:

―Como foi o seu dia hoje minha linda?

―Normal.

―Brincou bastante?

―Sim, brinquei de pular corda.

―Rose?

―Sim, querida.

―Você pode pegar no guarda-roupa aquela minha bermudinha e minha blusa branca de manga longa?

―Sim.

A amargura na voz dela é eminente, e eu já estou ficando preocupada , porque ela anda muito calada ultimamente, alguma coisa tem de errado.

#Narradora

Naquele dia, Isabela vestiu a roupa que pedira à empregada, se dirigiu até o pé da escada , que levava até o segundo andar da casa, e ficou observando a chuva que caía do lado de fora e pensou consigo mesma:

―A chuva cai lá fora, e é como se as nuvens estivessem derramando milhares de lágrimas. A chuva derrama agora as lágrimas que eu gostaria de derramar, mas a esse ponto, não sei se tenho mais lágrimas, já chorei demais e tudo que me resta agora é o meu silêncio, que tenho que levar comigo para o bem da minha família.

Minha professora me disse um dia, que a família é um símbolo de união, e de que nossos pais só querem o nosso bem, mas será que eles fizeram o bem para mim quando quiseram meu silêncio para encobrir o segredo da família?Eles me jogaram na tristeza profunda e agora eu sofro calada.

Prometi a mim mesma, que depois daquela noite terrível, que fora meu aniversário, dia 13/07/2001, nunca mais derramaria uma lágrima sequer, pois agora eu tenho que ser forte para vencer o que virá pela frente.


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