Era dezembro e as ruas da cidade estavam todas enfeitadas com pisca-pisca, árvores com bolas coloridas, bonecos de neve... Todos tão felizes, usando vermelho, verde e todas as cores natalinas. Eu não podia dizer o mesmo de mim. Eu não estava tão feliz assim. Amanhã era o casamento dele. Eu ainda não entendia como tinha sido idiota o bastante para deixá-lo ir, como pude perdê-lo.

A neve começou a cair mais forte, e eu me encolhi dentro do meu sobretudo rosa. Havia um café perto de onde eu estava, então apressei meu passo para chegar mais rápido lá. Eu costumava vir aqui com Emmett quando estávamos juntos, eu ainda frequentava muito esse lugar. Entrei, e o familiar sininho balançou. Eu sorri, era um lugar tão aconchegante e quente. Sentei em minha mesa de costume, perto da grande parede de vidro. A vista era bonita, a rua com a neve caindo, as crianças brincando felizes, todos com sorrisos e presentes. Amanhã também seria natal.

– Bom dia, Rose. – cumprimentou-me Edward, o gerente do café. Nós acabamos nos tornando amigos de tanto vir aqui, então ele sempre me atendia.

– Bom dia, Ed. – respondi sorrindo. Ouvi o sininho da porta soar e balancei a cabeça.

– O que vai querer hoje? – ele perguntou. – Não, espere e deixe-me adivinhar. – ele pediu e fingiu pensar por dois segundos. – Um cappuccino...

– Com duas gotas de chocolate. – completou uma voz que vinha de trás de mim. Eu não precisava olhar pra saber quem era, mas mesmo assim o fiz, e Edward também. – Ainda bebe isso, não é, Rose? – ele sorriu.

– É. – eu sorri. Emmett estava lindo, parece que no tempo que ficamos sem nos ver ele havia ficado mais musculoso e mais bonito. Eu não achava que ele pudesse ficar melhor. Ed se retirou sem falar nada.

– Posso me sentar com você? – ele perguntou.

– Claro, Emm.

– Então, como vai você? Aliás, você está ótima. – ele deu um sorriso cheio de covinhas para mim.

– Obrigada, você também. Estou bem e você? Como vai a Alice? – perguntei tentando ser educada.

– Obrigado. Ah, estou bem. – ele falou, mas senti uma falsa nota em sua voz. – A Alice está muito bem, obrigado. – ele se calou e eu também.

Aquilo estava estranho, afinal, há quantos meses não nos víamos? Cinco? E já havíamos nos separado há quase um ano. Como podia ser daquele jeito ainda? Eu não devia estar me sentindo desse jeito, ansiosa e esperando que ele falasse que queria que nós voltássemos. Embora o tempo tivesse passado, eu não o esquecera.

– Seu pedido, Rose. – para a minha salvação apareceu uma garçonete, Ângela se não me engano, com o meu pedido.

– Obrigada. – eu sorri e bebi um gole. – Não vai querer nada, Emm?

– Não. – ele disse e olhou rapidamente pela janela. – A Alice deve chegar logo e me puxar daqui. Ela não me deixa parado sequer um segundo, está toda animada com os preparativos do casamento... – ele parou abruptamente, como se tivesse falado mais do que devesse, ou quisesse.

– Ah, é verdade, ouvi dizer que você ia se casar. – falei com minha melhor cara de entusiasmo.Não acho que tenha saído muito boa. – Meus parabéns.

– Ah, você já está sabendo então? – ele parecia meio angustiado.

– As notícias costumam correr. Ainda mais quando a família Brandon está envolvida, deveria saber disso. – eu sorri. Ele sorriu também.

– Eu... – ele hesitou por um momento, depois enfiou a mão dentro de uma pasta preta dele que estava sobre a mesa. – Bom, eu não sei se deveria te entregar isso, e não queria mandar pelo correio. Não quero que se sinta obrigada a ir, mas... – ele retirou um envelope elegante lá de dentro. – eu ficaria feliz de te ver lá. – ele disse me entregando o envelope, provavelmente com o convite de seu casamento. O que ele queria? Me fazer sofrer?

– Oh, obrigada Emm. – sorri e abri o envelope para ver o convite. Mais por educação do que por interesse, porque eu não iria nesse casamento de jeito algum e não estava nem um pouco interessada nesse evento. Eu não precisava dessa tortura. – Ficou lindo. – falei colocando o envelope em cima da mesa, perto da pasta dele.

– Obrigado. A Alice escolheu tudo então, os créditos são todos dela. Você sabe que eu nunca fui muito bom para nada disso. – nós sorrimos ao mesmo tempo. Eu me lembrava, com certeza.

– Acho que sua noiva sentiu sua falta, ela está vindo para cá. – eu falei, aborrecida por dentro. Por que aquela megera riquinha tinha que vir aqui agora? O sininho da porta soou.

– Amor! Aí está você! – ela falou vindo em direção a nossa mesa. – Vamos, precisamos terminar de arrumar as coisas para o nosso casamento. – ele revirou os olhos. – Ah, oi Rosalie. – ela falou sem vontade alguma.

– Olá Alice. – tentei ser educada para não magoar o Emmett. Ele se levantou, suspirando.

– Acho melhor irmos logo então. – ele falou. – Até mais Rose.

– Tchau Emm. – eu sorri.

– Amor, vai indo lá, eu acho que vou fazer um pedido aqui, rapidinho. Vai amor. – ela falou com aquele sorriso falso no rosto, empurrando ele em direção a saída. Assim que ele estava fora ela veio na minha direção como um furacão. – O que você pensa que estava fazendo, Rosalie?

– Como? – perguntei sem entender.

– Você acha que eu não sei o que você esta planejando? Eu sei que você e Emmett já foram namorados, mas você não vai conseguir destruir o meu casamento, esta ouvindo? Não vai! – ela falou arrogante pra cima de mim. Me levantei e abaixei meu rosto para olhar bem no olho dela, ela se enfureceu por eu ter me abaixado mais do que o necessário.

– Olha só, Brandon, não tenho culpa que você é uma pirralha insegura, que já foi abandonada por noivos duas vezes. – ela odiava que a chamasse de pirralha. Não pela idade, porque ela tinha quase a mesma da minha, mas sim pela altura. A menina era uma baixinha. – Ou seria três? – fingi pensar e a cara dela foi de mais raiva, quis rir, mas me segurei. – É melhor você rezar para esse casamento dar certo, porque eu duvido que outro homem vá querer se casar com você. O Emm só esta se casando com você porque ele gosta de fazer boas ações, sabe? Ele gosta de ajudar as pessoas, ele me contou. – eu sussurrei como se fosse um segredo.

– Idiota! – ela falou irritada. – É isso que você é. Só porque perdeu o homem para mim, fica ai se roendo de ciúmes!

– O perdi pra você? Haha, Alice. Quando eu e Emmett nos separamos você nem sequer o conhecia.

– Isso é o que você pensa, Hale. – ela disse com um olhar superior, como se fosse melhor que todos. Deu uma olhada em volta do café, e seu olhar de superior pareceu se intensificar. Como se ali não fosse um lugar bom o bastante para ela frequentar. – Aliás, se o Emm te convidou para o nosso casamento, considere-se desconvidada. Nem pense em aparecer lá, sua vadia. – ela falou e se virou rapidamente, saindo do café com o narizinho empinado.

Como eu odiava aquela garota! Ela era tão fútil e arrogante, não entendia como alguém como Emmett podia gostar de alguém como ela. Talvez ele realmente gostasse de fazer boas ações ou quisesse pagar os pecados se casando com a Barbie pintora de rodapé. Ainda assim, estaria pagando caro demais. Respirei fundo e sentei-me novamente, pegando o meu copo de café. Na mesa, estava a pasta de Emmett e o meu convite. Que inteligente, Emmett nem sequer levou a pasta. Seria ótimo ligar para ele agora, só para irritar aquela nojenta da Alice, mas eu não faria isso. Tomara que ele não precisasse de nada que estava naquela pasta.

Levantei-me e fui pagar pelo cappuccino, Ed estava distraído quando falei com ele.

– Ed! – chamei pela segunda vez.

– Hãn? – perguntou ele se virando de repente pra mim.

– Onde você estava? – eu ri.

– Me desculpe, estava voando longe aqui. – ele se desculpou.

– Aqui está o dinheiro. – falei colocando o dinheiro sobre o balcão. – Ah, se aquele homem que estava comigo voltar aqui procurando uma pasta, diga a ele que eu peguei e levei comigo para guardar.

– Se quiser pode deixar aqui que eu guardo. – ele se ofereceu.

– Não precisa, obrigada. Tchau Ed. – eu disse dando um beijo no rosto dele por cima do balcão.

– Até logo Rose. – ele falou quando eu estava na porta. O sininho soou de novo.

–

– Bella, não sei se devo. – falei. Bella era minha melhor amiga, e sabia de tudo sobre mim. Morava no apartamento em frente ao meu, então quase sempre que estávamos em casa estávamos juntas. – Eu sei que seria ótimo ir só para ver a cara da Alice, mas aquilo vai ser tortura pra mim.

– Rose, fala sério! Você vai sim, e eu também vou. – ela falou animada. – Além da cara da Alice, que vai ser impagável quando ela te ver muito gostosa e linda no casamento dela, vai ter um monte de caras bonitos perfeitos para você esquecer o Emm. – eu ri.

– Aham, é claro. – falei balançando a cabeça negativamente. – E você vai mesmo?

– Vou, é claro. E você também. Aliás, precisamos de uma roupa pra você.

– Bella!

– Ah, é sério, é pra amanhã e amanhã é natal. Aliás, já fez suas compras de natal? Eu ainda preciso fazer algumas, que tal nós irmos agora? Vamos, Rose, por favor, eu preciso mesmo comprar sapatos novos também e eu vi um casaco de cashmere vermelho lindo... – ela tagarelava para me convencer.

– Tudo bem, Bells! Você conseguiu! – eu ri e ela fez um ‘yes!’. – Vamos nos arrumar logo.

Tomei um banho, coloquei um vestidinho vermelho e um sobretudo preto. Deixei meu cabelo solto e coloquei uma tiara. Bella logo estava pronta também, pegamos nossas bolsas e descemos o elevador. Eu tinha me animado com as compras, eu sempre me sentia melhor quando comprava. O Emm costumava me falar que eu ainda iria morrer enterrada sob as minhas sacolas de compras. Eu sorri à lembrança.

– Que droga, eu esqueci que estava com a pasta do Emmett. – queixei-me quando o elevador estava chegando ao térreo. – Tenho que devolvê-la.

– Que pasta? – Bella perguntou olhando-se no espelho do elevador.

– Uma que ele esqueceu no café.

– Aquele que o Edward trabalha? – perguntou Bella e eu assenti. – Sabia que ele é um gato? Se ele não gostasse de você, eu pegava.

– Como é? Se ele não gostasse de mim? – perguntei confusa.

– Fala sério, Rose. Você ainda não notou isso? – ela perguntou horrorizada. – Todo mundo consegue ver o jeito como ele olha para você.

– Você está enlouquecendo Bella. – revirei os olhos. – Vamos logo às compras. – falei saindo do elevador com ela e indo em direção a rua para pegar um táxi.

Fomos a várias lojas e compramos muitas coisas, ficamos a tarde inteira fazendo compras. Meu humor melhorou consideravelmente, e acabei comprando um vestido para o casamento amanhã, embora não estivesse muito certa que eu fosse. De qualquer forma não teria nada melhor pra fazer, já que não iria passar o natal com minha família. Não estava muito a fim de ir para Forks naquele ano.

– Já comprou seu presente para o Emm? – Bella me perguntou.

– Não. – respondi. – Não sei se devo comprar algo pra ele.

– E por que não deveria?

– Não sei. O clima entre a gente hoje foi tão estranho. – comentei.

– Rose, você ainda o ama muito, não é? – ela perguntou séria pela primeira vez hoje. – Quer dizer, o ama mesmo. – suspirei.

– É inevitável, Bella. – me justifiquei. – Eu não consigo esquecê-lo e gostar de outra pessoa. Meu coração e minha mente simplesmente se recusam a fazer isso.

– Então por que você vai deixá-lo se casar com outra? Você o ama, vá atrás dele! Não deixe sua felicidade morrer assim, Rose. – ela falou parando e olhando para mim.

– Não é fácil assim, Bella. Ele ama a Alice, se não amasse não se casaria com ela.

– As pessoas se casam sem se amar, sabia disso? – ela perguntou. – Ele sabe que você ainda o ama? Sabe do que você sente?

– É claro que não. – respondi como se fosse óbvio. – Bella, depois que decidimos terminar, não nos falamos por um tempo, porque era sempre estranho. Só nos encontrávamos quando estava todo um grupo de amigos. Depois ele viajou e fica noivo, e como você queria que eu dissesse isso? Queria que eu ligasse e falasse: “Ah, oi Emm. É a Rose. Sabe o que é, quero que você não se case porque eu ainda sou louca por você.”? – falei e fiz um telefone com a mão.

– Na verdade, essa seria uma ótima opção. – ela concordou. – Você trouxe o seu celular? Se quiser pode usar o meu.

– Você tem sérios problemas Bella. – falei revirando os olhos e ela sorriu.

– Mas, sério Rose. Não deixe sua felicidade morrer assim. Fale como ele, é sua ultima chance, não a desperdice.

– Tudo bem Bella, esqueça isso, ok? Vamos fazer compras. – falei tentando fugir do assunto.

Caminhamos mais um pouco e compramos mais algumas coisas, depois voltamos para casa. Bella tinha um encontro à noite, então eu não teria ninguém pra conversar. E nada pra comer também. Pedi uma pizza. Ficar sozinha me fez pensar no que Bella havia falado. Eu realmente estava deixando minha felicidade escorrer pelo ralo. E ainda mais por causa da Barbie piranha, o que tornava a situação pior. Eu não conseguia entender como Emmett poderia casar tão rápido. Eles só tinham começado a namorar há seis meses. Era ridículo! Minha mente vagou e começou a fazer suposições do por que Emmett estar se casando com ela.

Eu pensei que ela estava o subornando, pagando alto para fazer com que ela se casasse com ele e ela não fosse abandonada de novo. Mas Emmett não era um cara que se casaria por dinheiro, não.

Pensei que poderiam estar ameaçando a vida dele, já que o pai daquela coisa minúscula era muito rico. Poderia falar que iam matá-lo se ele não fizesse e ele ficasse apavorado e concordasse.

As suposições eram cada vez piores que a anterior, então eu parei e tentei me entreter com a televisão. Liguei em um canal qualquer e tentei prestar atenção. Inútil. A campainha tocou, e eu fui atender. A pizza chegou e eu levei-a para a cozinha. Quando estava me preparando para comer a campainha soou novamente. Suspirei. Fui até a porta, achando que era o cara da pizza de novo.

– Emm? – perguntei surpresa. – O que está fazendo aqui?

– Oi Rose. É bom te ver também, obrigado. – ele sorriu.

– Me desculpe. – eu sorri. – É que não esperava vê-lo aqui.

– É que me disseram que você estava com minha pasta. – ele esclareceu.

– Ah, é claro. – eu disse. – Entre, vou buscá-la pra você. – ele entrou e sentou-se no sofá enquanto eu fui buscar a pasta no meu quarto. Quando voltei, ele não estava mais no sofá. Estava em pé, olhando as fotos que estavam em portas retratos espalhados pelo centro.

– Você ainda tem essas fotos. – ele falou admirado olhando um foto minha e dele de quando nós viajamos para Paris. Eu tinha belas lembranças daquela viagem.

– É. Eu acho que estamos muito bem nela. – falei meio constrangida. Se ele reparasse, veria várias fotos minha e dele espalhadas pelo apartamento.

– Eu também acho. Foi uma ótima viagem. – ele falou olhando para outro porta retrato agora. – Oh, eu me lembro disso. – ele disse e riu. – Tinha catchup até onde eu não imaginava. – eu ri também.

– É, em mim também. Mas foi uma bela noite. – eu falei e ele concordou.

– Impressão minha ou há um forte cheiro de pizza aqui? – ele perguntou se virando pra mim.

– Não é impressão, tem mesmo. Quer comer? Eu ia me servir agora. – o convidei indo em direção à cozinha.

– Com certeza quero. Eu não comi nada o dia inteiro. – ele comentou me seguindo.

– Então aproveite, porque ela parece estar com uma ótima cara. – sorri e nos servi.

Nós sentamos e conversamos sobre os últimos meses. Ele me contou sobre a viagem dele para Londres, mas sempre tentava não falar em Alice. Eu contei sobre meus últimos meses, embora eles não tivessem sido tão interessantes quanto os dele. Ele me perguntou sobre caras também, e eu falei que estava solteira. Não estava interessada em ninguém disponível no momento. Ele sorriu e respondeu um ‘que pena’, e aumentou o sorriso. Terminamos de comer e fomos lavar a louça.

– Você ainda cozinha bem como antes? – eu perguntei enquanto lavava um prato.

– É claro que sim. E você ainda cozinha mal ou aprendeu alguma coisa? – ele perguntou divertido. Joguei água na blusa dele.

– Idiota. – mostrei língua e nós rimos. – Eu cozinho bem. – falei. – Algumas coisas. – completei e ele riu.

– Bem poucas coisas, não é?

– Ah, você acha que cozinha tão bem, então cozinhe para mim, aí eu posso falar se você cozinha melhor que eu. – desafiei.

– Então você também terá de cozinhar. – ele falou. – Eu tenho que provar a sua comida primeiro, pra ver mesmo se você cozinha bem.

– Combinado. Prepare-se para ver que você não cozinha nada bem em comparação a mim. – eu falei. É claro que ele cozinhava melhor, embora eu cozinhasse nem se comparava ao jeito que Emmett cozinhava. Mas provavelmente esse encontro não aconteceria, então não teria por que de eu não o desafiar.

– Ótimo. Amanhã, aqui. O que acha? – ele sugeriu. Droga, ele ia mesmo adiante com aquilo.

– Fechado. – eu disse e sorri. – Quem vencer, o que ganha? – ele pensou por um tempo.

– O que o outro quiser. Qualquer coisa. – ele sorriu maliciosamente. – O que você acha?

– Pra mim, está perfeito. – concordei.

Depois que terminamos de arrumar a louça fomos pra sala, conversamos mais, e quando notamos já era meia noite e meia.

– Caramba, como o tempo voou. – ele falou.

– É verdade. – concordei. – Sua noiva deve estar preocupada.

– Preocupada. – ele murmurou. – Não me importo. Hoje é minha despedida de solteiro. – ele falou e me olhou com um sorriso crescendo nos lábios.

– Então você deveria estar com vários homens numa boate com mulheres nuas, não é? – eu perguntei. – As despedidas de solteiro normalmente são assim, caso você não saiba. – eu falei e sorri. Ele riu.

– É, eu sei. E eu deveria estar na minha agora, mas prefiro ficar aqui com você. – ele falou. Por que ele fazia isso? Se ele ia se casar, por que ele ficava fazendo isso comigo? Eu não conseguia entender.

– Que interessante essa, uma despedida de solteiro sem o noivo. Maravilhoso. – ele riu.

– Então, você deveria me divertir, sabe? – ele falou. – É minha ultima noite de solteiro hoje.

– O que espera que eu faça? – perguntei. – Que eu tire minhas roupas e dance pra você? – perguntei irônica.

– Sabe, eu adoraria! – ele sorriu. – Obrigado por se dispor Rose! – o olhei cética e ele riu.

– Muito engraçado. – falei revirando os olhos.

– Olha, você me prometeu uma coisa um tempo atrás, e não cumpriu.

– O que foi? – eu perguntei quando notei que a expressão dele tinha mudado. Ele parecia meio desapontado. Ficou um tempo em silêncio e depois suspirou.

– Eu acho melhor eu ir. – ele falou se levantando.

– Que isso, Emm. Ainda é cedo. Você esta na sua despedida de solteiro, lembra? – perguntei levantando também. Ele sorriu.

– Eu sei. Mas acho melhor eu ir logo. Nos vemos amanhã?

– Com certeza. – concordei. Ele se direcionava para a porta. – Ei, não esqueça sua pasta. – falei pegando-a e levando em direção a ele.

– Obrigado. – ele falou e o acompanhei até a porta. Ele se virou pra mim e pareceu estar em uma discussão interna. Então ele colocou uma das mãos em minha cintura e me puxou para si, colando nossos lábios logo em seguida.

Fogo e gasolina juntos.

Assim éramos nós dois. Embora eu estivesse surpresa, meu corpo reagiu automaticamente ao contato com o de Emmett. Meus braços estavam em volta de seu pescoço em um átimo e ele deixou a pasta cair para que pudesse usar a outra mão. Ela foi em minhas costas me prensando mais em seu corpo e aprofundando ainda mais o beijo – como se aquilo fosse possível. Eu o empurrei para dentro do apartamento e fechei a porta. A necessidade que tínhamos um do outro era gigante, e com certeza não seria fácil de ser saciada. Ele passou a beijar meu pescoço quando o ar começou a ficar escasso. Minhas mãos passeavam cobiçosas por seu corpo, e as mãos dele logo seguiram os passos das minhas. Ele me levantou e minhas pernas envolveram sua cintura, ele colocou as mãos em volta de mim, para me apoiar, e foi em direção ao meu quarto.

Naquele momento não importava que o casamento dele fosse amanhã, e que ele estava dando um belo par de chifres na noiva. Não importava que tivéssemos terminado, não importava o tempo que passamos longe um do outro. Não importava nada. Era simples como fogo e gasolina.

Ele me colocou na cama e começou a tirar minhas roupas com suas mãos ágeis, eu comecei a tirar as dele e ele me ajudou com isso. Ele parecia desesperado, como se precisasse dele dentro de mim tanto quanto eu. Eu me sentia muito bem pensando assim. As mãos cobiçosas de Emmett passeavam pelo meu corpo, explorando cada mínima parte, se demorando em algumas. Eu o provocava com minha mão também, sabendo de cada ponto fraco do corpo de Emm. Mas a vontade era afogadora, logo ele estava me penetrando e seus lábios estavam de novo nos meus. Os nossos gemidos ficaram cada vez mais frequentes e altos, e então chegamos ao ápice com poucos segundos de diferença.

Apenas uma vez, afinal, não fora suficiente para saciar a saudade que nos consumia. E lenta e tortuosamente repetimos o processo.

Nós caímos lado a lado na cama e ele me envolveu com seus braços fortes me puxando para mais perto dele. Eu me recostei em seu peito, e a mão dele fazia desenhos em meus braços. Eu estava me sentindo maravilhosa, a sensação de estar nos braços de Emmett de novo era perfeita.

– Isso foi incrível. – ele falou e pela voz parecia estar sorrindo.

– É, foi sim. – eu concordei e ele beijou meus cabelos. Ficamos em silêncio e eu resolvi por fim quebrá-lo. – Eu senti tanto a sua falta Emm.

– Eu também, Rose. Eu também. – ele falou apertando mais os braços ao redor de mim. Um toque de celular nos fez assustar, e não era o meu. Emmett gemeu preguiçosamente. – É o meu.

– Eu vou pegá-lo pra você. – falei me levantando. Ele me puxou de volta e me beijou. Eu sorri. – Já volto. – levantei e procurei nos bolsos da calça de Emm. Olhei o nome de relance no visor e vi o nome “Alice” e uma foto da coisinha. Suspirei e entreguei para ele. Ele fez uma careta ao ver quem era e depois suspirou. Apertou um botão e jogou o celular de lado.

– Me desculpe. – ele falou.

– Sentiu minha falta. Mas vai se casar hoje. – eu falei sem emoção. Suspirei. – É melhor você ir, Emm.

– Rose...

– Não. Você vai se casar, ela está te esperando. Vai desapontá-la?

– Eu queria que fosse você lá. – ele falou. Eu queria responder “Eu estaria lá se você tivesse me pedido em casamento”, mas não respondi nada.

– É melhor você ir. – eu falei me enrolando no lençol e saindo do quarto.

Eu era mesmo idiota. Eu, feliz, achando que ele realmente gostava de mim. Se gostasse não iria se casar. Passei as mãos pelo meu cabelo e suspirei pesadamente. Eu queria ter um ataque, mas não faria isso na frente de Emmett. Ele apareceu terminando de vestir a camisa na sala e ficou olhando para mim.

– Você vai? – ele perguntou. É claro que ele falava do casamento.

– Eu não sei.

– Eu queria, pelo menos, você lá. – ele falou. Pegou a pasta do chão e veio em minha direção. – Ainda temos um almoço hoje. – ele me beijou e eu não conseguia resistir a isso. Meu corpo reagia.

Fogo e gasolina.

–

– Como é? – Bella perguntou. – Isso é verdade, Rose? – ela não me esperou responder. – Isso é ótimo! – ela gritou rindo.

– Bella, pare de ser histérica. – eu a repreendi. – Isso não é ótimo. Isso é terrível.

– Terrível nada, aquela pirainha de quinta levou um chifre. E além do mais, agora a gente tem certeza que o Emm ainda ama você. – ela falou toda animada.

– Ele não disse isso.

– Mas queria dizer. – ela respondeu. – Agora você tem certeza de que tem que ir nesse casamento, não é?

– Não. Acho que eu não vou mesmo. – respondi.

– Você só pode estar brincado! – ela falou bufando. – Você tem que ir! E impedi-lo de casar, coisa que deveria ter feito antes de ele ir embora.

– Bella, você fala como se tudo isso fosse a coisa mais fácil do mundo. – eu revirei os olhos.

– E não é? – ela perguntou como se a resposta fosse óbvia.

– Não, não é. – olhei meu relógio. Já eram meio dia e meia e nem sinal de Emmett. Provavelmente ele não viria.

– Por que você tanto olha esse relógio, hein? – ela perguntou impaciente.

– Nada. – resmunguei.

– Está esperando alguém? O Emmett?

– Claro que não. Estou com fome, vamos almoçar? – eu tentei mudar de assunto.

– Tudo bem. – ela concordou e nós fomos fazer algo para comermos.

Eu estava cansada de esperar Emmett.

–

– Rose! – Bella batia na porta do meu apartamento e chamava meu nome alongando o 'o'. – Anda logo, criatura. Vamos chegar muito atrasadas! – corri até a porta e a destranquei, Bella entrou. Ela estava linda, o vestido dela era um tipo de azul, a cor ficava linda na pele dela. Era longo e tinha um decote em forma de V com uma fita de seda abaixo do busto. O cabelo estava preso em um coque chique.

– Calma, eu ainda não estou pronta. Você esta linda, aliás. – eu falei voltando para o meu quarto para terminar de me arrumar.

– Obrigada. Mas perto de você eu não me sinto tão bonita assim. Precisava ficar tão bem, Rose? – ela perguntou. – Daqui a pouco, a noiva vai se sentir ofendida por você chamar mais atenção que ela. – revirei os olhos.

– Você é uma exagerada. – falei dando os últimos detalhes da minha maquiagem.

Eu estava usando um vestido simples, tomara que caia vermelho, com uns detalhes simples na parte do busto e meu cabelo estava solto, caindo em ondas. Coloquei um par de brincos e peguei minha bolsa.

– Pronta? – Bella perguntou.

– Estou. Vamos. – falei e saímos o mais rápido que pudemos. Já estávamos atrasadas.

Chegamos à igreja, e por mais atrasadas que estivéssemos, Emmett ainda estava do lado de fora. Era sinal de que ainda tínhamos tempo. Também, com aquela Barbie minúscula como noiva, o mínimo que ela faria era se atrasar uma hora. Devia ser por isso que ninguém se casava com ela. Assim que chegamos perto da porta da igreja, Bella resolveu falar com Emm. Eles eram amigos e ela queria porque queria desejar boa sorte pra ele. Ele precisava mesmo, se casando com aquela coisinha, ele precisaria de muita sorte.

– Emm! Meus parabéns! – Bella disse sorrindo e abraçando Emm.

– Obrigada Bella. – ele sorriu. – Que bom que você veio.

– Eu não perderia seu casamento por nada. – ela falou. Eu ainda estava afastada deles, pensando seriamente em voltar para casa e evitar aquilo tudo. – Rose, venha cá! – Bella me chamou. Eu suspirei. É claro. Aproximei-me o mais devagar possível, e notei que os olhos de Emm não deixaram de me acompanhar um momento sequer, deslumbrado.

– Oi Emm. – eu falei quando cheguei.

– Rose, você está maravilhosa. – ele falou.

– Obrigada.

– Cara, olha só quem tá ali. – Bella falou. – Fiquem quietinhos aí, daqui a pouco eu volto. – ela falou e saiu indo em uma direção qualquer.

– Hãn, você está muito bem também. – eu falei já que ele não falava nada. Ele piscou os olhos duas vezes.

– Há, obrigado. Desculpe-me por não ter ido à sua casa hoje. Eu fiquei muito ocupado com as coisas do casamento e não pude sair. – ele se desculpou. – Foi imperdoável.

– Não foi. – eu sorri. – Tudo bem, eu entendo.

– Obrigado. – ele sorriu. – Obrigado também por vir, eu fico muito feliz que você esteja aqui hoje, Rose.

– Eu não poderia faltar, não é? – perguntei.

– Eu tenho certeza que você vai me salvar. – ele falou. Alguns homens começaram a chamá-lo.

– Como é? – perguntei sem entender.

– Tenho que ir. – ele sorriu. – Te vejo do altar. – ele falou e se virou. Logo depois Bella chega com um sorriso gigante no rosto.

– E aí? – ela perguntou.

– Aí o que?

– Falou com ele?

– É claro que sim. Você nos viu conversando aqui. – respondi como se fosse obvio.

– Você entendeu, Rosalie. – ela falou impaciente.

– Não. Vamos, precisamos entrar.

A decoração da igreja estava impecável. Eu podia não gostar da coisinha, mas tinha que admitir que ela tinha um bom gosto. É claro que tinha, ela tinha escolhido Emmett. A igreja tinha vários amigos de Emmett, meus amigos também. Alguns que eu não via há um bom tempo. Não demorou muito tempo e o noivo entrou. Depois de um pouco tempo o órgão começou a tocar a marcha nupcial, pra mim parecia mais uma marcha de morte. A Barbie noiva apareceu na porta da igreja e todos se viraram para olhá-la.

Ela estava linda.

Não vou mentir. O vestido era maravilhoso. Ela exibia um sorriso de satisfação e conquista, até olhar para mim. Assim que me viu, uma rápida expressão de raiva e choque passou por seu rosto, mas não duraram muito. Ela voltou com o sorriso, mantendo uma fachada.

Virei o rosto e olhei para frente também. Ao contrário do que pensei, Emmett não estava olhando a noiva. Estava olhando para mim. Os olhos dele pareciam querer me dizer algo, e de certa forma pareciam suplicar por algo. E eu não tinha idéia do que fosse.

A cerimônia teve início e cada segundo parecia durar uma eternidade para mim. Eu não acreditava que estava deixando Emmett ir de novo, e tão fácil. Sem lutar. Cometendo o mesmo erro duas vezes. Eu me sentia terrivelmente fraca. Estava quase na hora do “fale agora ou cale-se para sempre” e Bella me cutucou. O padre disse a frase e Bella olhou para mim.

– É sua única chance. – meu cérebro foi a mil e não pensou nada. Eu me levantei automaticamente.

Todos olharam para mim horrorizados e alguns sons de “ooh” foram ouvidos. Os noivos olharam para trás. Eu me sentia vulnerável ali. Eu só podia estar louca, o que eu achava que estava fazendo? Eu olhei para Emmett, e o sorriso dele era imenso. A cara de Alice em compensação era de um ódio sem igual. Ela parecia querer descer do salto, vir até mim e me matar. Tomara que alguém tirasse uma foto dela com aquela expressão, seria impagável. Olhei para Emmett de novo, ele ainda sorria, mas agora parecia ansioso. Eu respirei fundo. Olhei de novo para Emmett e pedi desculpas com os olhos. Me virei e saí da igreja.

Eu não podia fazer aquilo. Eu não era o tipo de garota que interrompia uma ocasião de véu branco rudemente. Eu não podia ficar lá e ouvir ele dizer o ‘sim’ para ela, que devia ser dito para mim. Fora da igreja, a neve caia de novo. Aquilo me fez arrepiar. Tirei as sandálias de salto e as segurei nas mãos enquanto caminhava. O chão não estava coberto de neve, mas meus pés ficaram gelados. O chão estava frio. Suspirei.

Mais uma vez eu deixava minha felicidade escorrer por minhas mãos sem nem ao menos tentar segurá-la. Mas o que eu podia fazer, afinal? Emmett havia a escolhido, se ele não quisesse se casar com ela, por que a teria pedido em casamento? Se ele me amasse ele teria fugido comigo e deixado Alice para trás. Ouvi passos rápidos atrás de mim, correndo, e me virei assustada para ver o que era. Mas eu não tive tempo, assim que virei lábios me esmagaram. Não quaisquer lábios, mas aqueles ao qual meu corpo sabia reagir como a nenhum outro.

Fogo e gasolina.

Assim que nos separamos Emmett me olhou dentro dos olhos, a respiração de nós dois ofegantes.

– Eu não acredito que ia me deixar fazer aquilo. – ele falou.

– Como é? – perguntei sem entender.

– Como você ousa me deixar no altar, daquele jeito? – ele perguntou horrorizado. – Eu contava com você, Rose.

– Emmett, você está bem? Não está falando coisa com coisa. – resmunguei. – Aliás, o que esta fazendo aqui? O casamento não pode ter terminado e você deveria estar com a sua noivinha.

– Você não entende, não é? – ele perguntou sorrindo e balançando a cabeça.

– É isso aí, você acertou. Eu não entendo!

– Eu te amo, Rosalie Lílian Hale. – ele gritou. – Eu realmente esperava que você fizesse algo e me tirasse daquela igreja. Que começasse a gritar, impulsiva como você sempre foi, e me puxasse para fora de lá, fugisse comigo, me levasse para qualquer lugar longe de lá. E eu achei que você faria, quando você se levantou. Eu fiquei tão feliz quando vi você levantar, pensei que você me salvaria daquilo. Mas você se virou e foi embora, me deixou sozinho lá. Eu quase não acreditei que você tinha ido, eu achei que você tinha mais coragem.

– Ei, eu tenho coragem, tudo bem? – resmunguei.

– Calada, ainda não terminei. – ele me olhou fingindo estar bravo, eu ri. – Então, eu tive que dar o meu jeito. Eu saí de lá, e disse que não podia me casar com ela, porque eu amava outra pessoa, e a Alice quase me bateu quando eu disse isso. A igreja inteira ficou horrorizada, e quando eu saí a Alice veio atrás de mim. Só que a Bella conseguiu atrasar ela, para que eu pudesse te procurar. A Bella capta as coisas muito rápido, sabia? Ela viu meu olhar e depois a Alice estava no chão, com metade do vestido rasgado. Então eu vim correndo te procurar, porque eu não podia deixar você fugir tão rápido assim de mim, você não vai conseguir isso, então não tente de novo.

– Mas o que você acha que eu pensei? – eu perguntei. – Você me deixou hoje de madrugada, para ir ficar com ela.

– Porque você mandou. – ele se justificou.

– Você devia ter ficado! Não sabe que quando as mulheres mandam irem embora, querem que os homens fiquem?

– Eu já te contrariei o bastante para entender que é melhor fazer o que você quer. – ele se defendeu. – E além do mais eu tinha que te dar tempo para pensar.

– Me dar tempo?

– É claro. Porque eu sabia como me sentia, sempre soube. E eu tive mais certeza ainda quando te encontrei no café ontem. Homens já me disseram que viram anjos, eu vi você e isso já é o suficiente para mim. – ele falou colocando seus braços ao redor de mim e me puxando para mais perto de si.

– Eu não precisava de tempo. – eu balancei a cabeça. – Eu amo você, sempre amei e sempre amarei. Eu tentei fugir de você, mas se você não viesse correndo para me encontrar eu sinto que morreria. – ele me beijou novamente, minhas mãos contornaram seu pescoço e ele me levantou do chão para que não tivesse que se curvar. Estávamos muito perto da igreja, e era possível que convidados passassem por ali e nos vissem. Não que eu me importasse. Então do nada, eu me lembrei de uma coisa que eu havia prometido a Emmett, na época em que éramos namorados. E subitamente pensei no que ele havia dito noite passada, que eu havia prometido algo a ele e não tinha cumprido.

– Eu vou te fazer uma proposta que você não poderá recusar. – ele disse olhando sério para mim.

– O quê? – ele se ajoelhou sorrindo, pegando uma das minhas mãos e meu coração pareceu que ia sair do peito de tão rápido que começou a bater. Colocou outra mão no bolso da calça e tirou de lá uma caixinha de veludo. A abriu e estendeu em minha direção. Dentro dela havia um lindo anel.

– Rosalie Lílian Hale, eu prometo te amar todos os dias da minha vida. Você aceita se casar comigo?

– Eu prometo jamais deixar você partir novamente, você vai ser sempre meu, Emmett McCarty, e eu vou ser sempre sua. Isso é uma promessa de verdade. – eu falei sorrindo, repetindo a mesma promessa de anos atrás que eu havia quebrado anteriormente. Ele riu levantando-se, me pegando no colo, me beijou novamente e nos rodou. A neve caia do céu, e a decoração de natal das ruas só deixou a cena ainda mais bonita. – E caso você não tenha entendido, isso é um sim. – eu falei quando nos separamos. Ele riu, me abraçou mais forte contra si e juntou nossos lábios novamente.

– Por que você tinha um anel? Quer dizer, sabia que isso ia acontecer? – perguntei intrigada.

– Esse seria o seu presente de natal. – ele respondeu.

– Bom, eu não comprei um presente de natal pra você, me desculpe. – eu pedi com cara de coitadinha.

– Eu não preciso de presente, se eu tiver você junto a mim. – ele falou e eu sorri. Puxei seu rosto para o meu novamente.

Eu não era o tipo de garota que interrompia uma ocasião de véu branco rudemente. Mas Emmett também não era o tipo de cara que se casava com a garota errada. Eu descobri que a coisa mais importante que você pode aprender é só amar e ser amado em troca. Você não pode tentar fazer seu futuro feliz, ou você faz ou você não faz. Quando você quer algo, você tem que correr atrás, não pode deixar a felicidade ir embora. Eu sabia disso agora. Afinal, amor verdadeiro não tem final feliz.

Simplesmente porque o amor verdadeiro não tem final.