as Duas Faces de Uma assassina escrita por Nivea_Leticia, Laauh_37


Capítulo 5
Infinity


Notas iniciais do capítulo

Galerinha do nosso Hearth, como vão? Espero que bem!

Desculpa mesmo pela demora na fabricação desse capitulo aqui, muitos conflitos e muitas coisas que serão essenciais fizeram com que tivessemos mais cuidado.

E, cadê a galerinha do primeiro capitulo? Foram tantos rewis! Please, não desistam de nós!

Então, honeýs, pronto pra arrasar? Porque esse capitulo tá ENORME!

wehopeyoulike *-*

Esse capitulo vai para:
—> Bruuh-21
—> AnnabethJackson
—> ditte_glabes
Obrigada mesmo pelas recomendações babys! Lindas, Lindas! Com vocês, chegamos a 11 !^^

Kisses,
Ni e Lauh ^^



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[Música - Infinity - Guru Josh]

[Link para Youtubehttp://www.youtube.com/watch?v=w9KnuJZkBjg]

HOTEL PLAZA- FESTA DE HOLLYDAY

WASHINGTON-DC

DEZ HORAS DA MANHÃ

POV THALIA

Não pude deixar de sorrir discretamente assim que entrei pela grande porta giratória do hotel Plaza. Aquele hotel era com certeza o mais grande e luxuoso do país inteiro. Havia quadros e vasos de ouro espalhados pelo saguão. Enquanto andava vagarosamente pude perceber algumas celebridades ali, filha da Madona, Miley Cyrus e outras pessoas com fama de baladeiros. No fundo se ouvia uma batida frenética e estimulante que me fazia ter vontade e dançar. A musica vinha de alguns andares acima e percebi que era da Hollyday.

Cheguei até a portaria e fiz pose de gente importante:

-Quero entrar na Hollyday, querida!- eu disse tirando meu cartão da bolsa

-A senhorita sabe quanto custa uma entrada se você não for famosa?- ela disse desconfiada

-Sei sim. Passa logo o cartão que eu estou com pressa.

-Claro!- ela disse já pegando o cartão

Quando ela passou o cartão arregalou os olhos espantada. Com a cena dei um sorriso cínico perguntando:

-Algum problema?

-É..é...ili...li.- ela gaguejou sem conseguir completar a frase

-Ilimitado. Isso ai. Agora será que da para você agilizar ai?- perguntei fazendo pose de rica egocêntrica

Ela se apresou e logo me devolveu o cartão junto com um cordão para o pescoço com o selo do hotel. Provavelmente era o ingresso para entrar. Entrei no mesmo elevador que Miley e a amiga dela. Com o canto do olho percebi que elas me avaliavam de cima a baixo com uma cara de confusão.

-Você é o que?- ela perguntou se referindo ao mundo artístico

-Teria que te matar se contasse, mas não estou com vontade de acabar com minha diversão tão cedo.- eu disse indiferente

Pude ver que o rosto das duas ficaram muitos mais confusos do que já estavam e depois de um tempo elas entenderam que aquilo foi uma ameaça e ficaram quietas.

-Não precisam ter medo, queridas!- eu disse cínica- Não vim atrás de nenhuma de vocês hoje.

Miley engoliu a seco e respondeu com receio na voz:

-Não temos medo. Vai para a Holliday?

Eu sorri para elas mostrando  meu cordão.

-É claro. Acha que eu vim aqui para admirar a folhagem do saguão?!- disse sarcástica

Elas trocaram um olhar assustado e se calaram até nós chegarmos ao andar da festa.

Quando as portas se abriram não pude deixar de soltar uma expressão de satisfação. O lugar era incrivelmente grande e muito bonito. Tocava uma musica eletrizante que fazia todos dançarem. Peguei uma taça de alguma bebida, alcoólica apesar de eu não saber o que era, e fui para a pista para me esbaldar um pouco.

Fazia muito tempo que eu não aproveitava uma festa como aquela. Dancei com pessoas que nunca vi antes e nunca mais veria na minha vida. Não tenho certeza quantas taças bebi, só sei que fiquei bem “chapada”, mas mesmo assim não perdi a consciência dos meu atos.

Mas algumas voltas no salão e encontrei o “deus grego” que eu estava procurando. Ele estava dançando em um canto do salão com outros homens fortes e bonito como ele. Pensei por um momento e tive uma ideia para me livrar daqueles caras.

Fui até o palco e arranquei o microfone do DJ gritando:

-Solteiras alevantem a mão!- ordenei

Todas as garotas do salão levantaram a mão.

-Vocês!- apontei para o grupo de jovens que queria que sumisse- Aproveitem a chance porque mulher é o que não falta!

Dizendo isso desci do palco e avistei os garotos rirem como idiotas e irem em direção ao centro do salão. Quando meu alvo passou pela minha frente indo coloquei a mão no peito dele e disse:

-Nem pense nisso! Hoje você é meu, bonitão!- eu disse passando a língua nos meus lábios para provoca-lo

A musica acabou e uma nova começou a tocar. Empurrei o belo homem de volta ao canto aonde ele estava antes enquanto pegava o ritmo da música recomeçando a dançar. Foi nesse momento que vi o delegado e sua ajudante entrarem no local analisando todos ali.

Era a hora do show!

PRÉDIO DA CRIMINALÍSTICA

DEZ E MEIA DA NOITE.

WASHINGTON-DC- EUA.

Atena não acreditava no que ouvia, simples fatos lhe denunciavam para um lugar em especial, um local que não pensou. 

A três horas atrás, quando havia tentado falar de novo com Sam, outro sem sucesso notou o quanto era importante o que a mesma tinha a lhe dizer. Tentou tornar-lhe o telefonema apenas não dava qualquer certeza. Parecia-lhe que tudo ia contra aquela fala.

Atena sentou-se na cadeira avermelhada com cara de velha e de couro do seu escritório, um pouco afetada. 

Haviam desistido assim que nada encontraram nos locais marcados, todos simplesmente jogados ao vento igualmente ocorrera com o tempo do jogo, cada vez mais curto. Não passara-lhe a cabeça de nossa chefe tal coisa.

- Tem certeza do que me diz, Gregory? - indagou a mulher de cabelos loiros com os olhos presos sobre os azuis do garoto tão novo e tão engenhoso.

- Sim, Atena.

ALGUMAS HORAS ATRÁS

No laboratório, Sam falava ao telefone com alguém desconhecido, tratava-lhe até com certa intimidade, mas nada de anormal aquele momento. Começou então a ler cada parte de alguns mortos essenciais, como se passasse informações e logo após isso, ria-se de algo e ordenava-lhe furiosa que lhe era algo inviável, até mesmo estúpido. Contudo, aceitou ao final.

Fora neste instante, segundos de diferença entre o bip que entregava o chamada finalizada e os sons suaves dos sapatos de Matthew, que este adentrou o ambiente. 

Pastas e arquivos sobre os grandes conteúdos de mortes adquiridas pelo assassino, esparramadas sobre uma mesa não muito grande ao canto, talvez um metro de onde Sam debruçava-se em uma lamina de exame. 

Sorrindo, Matthew apoiou-se em seu pé esquerdo, um cotovelo de base na barra de granito, a olhando.

A mulher de cabelos ruivos não havia notado a presença do legista, não até sentir aquele incomodo pedacinho da mente dizendo ter algo te vigiando. Assustada, tirou a palheta que examinava e pôs no bolso. Ninguém poderia saber sobre aquilo, jamais, somente si mesma. Como se automático, um sorriso curioso brotou-lhe nos lábios delineados por um batom avermelhado.

- Pensou sobre o que eu disse? - perguntou ela, já a colocar uma nova espátula, mais uma vez interessada. Aquilo lhe fascinava. Sangue.

- Claro que sim, estudei e combina - disse Matthew, calmamente, ao seu lado - A marca, os dias e os locais combinam. Só pode ser a Hollyday.

Sam o olhou, especulativa.

- Acha mesmo que ele atacaria um bando tão grande?

Ignorando a ironia que havia na frase, Matthew anui.

- Não há duvida, que local melhor com tantos famosos? Seria um escândalo.

Sim, Sam sabia que era exatamente o que ele queria. Não só concluirá como tivera provas para tais atos. Tinha lá seus contatos e os moveria para providenciar-lhe a melhor forma de ver isso. 

Sem tirar os olhos daquele homem gentil, assentiu, ele estava certo, mais do que imaginava.

- Apostava mais o meu salário nesse lugar do que em um show de rock - brincou ela, pronta para dizer somente algumas coisas necessárias para Atena, as realmente precisas, o resto lhe confidenciaria a memória. Apanhou então um envelope pardo com uma insígnia estranha, o embrulhando dentre os seus pertences. - Bem, vou indo, Mat.

Ele segurou o seu braço, impassível.

- Estou de olho em você, Sam.

O sangue gelou em seu corpo feminino o que ele queria dizer com aquilo? O que seus olhos transmitiam com tanta exatidão? Sabia que ele tinha alguma noção de uma parte, mas qual?

- Você está bem, Mat? - zombou ela, tremendo por dentro. Aquele homem conseguia ser bastante intimidante. 

Como se só agora nota-se o que fazia, ele soltou devagar o aperto dos dedos marcados pela idade e sorriu, lhe dizendo:

- Escutou bem, Sam, agora acho melhor ir. Atena não tem a noite inteira, nem a vitima.

Sam sacudiu a cabeça, um pouco abalada do modo diferente que o legista havia agido e sem mais o que fazer (por medo) foi atrás de Gregory.

O encontrou encostado na batente da porta de vidro da sacada da sala de refeições, com um copo de café em mãos, visando o nada com os pensamentos longe.

- Dois dias sem dormir, e ai, aceita? - Greg questionou a assistir Sam jogar sua enorme bolsa no sofá bege cheio de fofas almofadas.

Ela pegou um copo, fez o mesmo que Greg e o virou em goles, tensa pela falas assustadores. Nunca se imaginara naquele medo por tão simples palavras.

- E ai, como esta o dia? - ela encostou na porta, avistando ao fundo a cidade em movimento - Porque o meu esta péssimo!

- Já deu pra notar - ele sorriu - Tá indo normal, só o que me faz feliz é saber que a Hollyday é hoje.

- Nem ela me deixa feliz

Greg a fitou, confuso.

- Mas deveria, temos ingressos Vips, Sam!

- Iremos entrar de qualquer jeito!

- Ok, joga logo as cartas na mesa como está querendo fazer, vai!

Ele a conhecia mais bem que ela mesma imaginava e com a sombra de um sorrisinho “você-me-pegou”, explicou:

- Greg, pensamos certos e com profissional idade, caso você fosse um serial killer, onde gostaria de matar?

Greg franziu o cenho.

- Sei lá, Sam!

- Pensa Greg, você quer fama, então onde?

Um silencio calmo pairou sobre ambos. Um esperando respostas enquanto o outro procurando algum elo. Estava se tornando mais difícil do que Sam pensara, colocar algo em pratica nunca é igual a teoria. Somente, sendo paciente com Greg, fingiu-se imaginar. Foi quando ele quase se engasgou com o liquido marrom quente, faltara-se a luz da compreensão tremeluzia acima da sua cabeça.

- Hollyday - exclamou ele, se achando um tapado por demorar tanto.

- Sim, seria um descaso entrar, matar e sair ileso como aposto que o assassino planejou - ela tornou o conteúdo enquanto dizia - Fama para alguém que dá uma de justiceiro, lhe cairia bem como uma luva.

- Concordo contigo, Sam, nada melhor do que esfregar como se livrou da mira da criminalística.

Ela sorriu, agora sim ele mordeu a isca.

- Com certeza não deve existir mérito melhor do que esse, Greg.

Sam pegou de volta as suas coisas, seu trabalho por ali havia terminado, tinha certeza de que Atena saberia.

- Já vai? - questionou ele ao vê-La correndo com a alça da bolsa a escorrer pelo ombro e a blusa de frio na outra mão. Ela sorriu, triunfante.

- Só vim aqui tomar um café, Greg, até mais tarde.

- As seis a gente esta livre

Rindo, ele assistiu ela se distanciar a passos apressados pelo corredor.

AGORA

- A linha de raciocínio dela faz sentido, Atena - acusa Greg em pé na frente da chefe e do delegado encostado na mesa de madeira negra. Poseidon deu uma olhadela de canto cheia de precaução para Atena, o que só reforçava a sua idéia de como a sua agente estava agindo estranho, trancafiando idéias na cabeça do mais novo. Lendo os pensamentos do delegado, ela vestiu a blusa negra de frio escrito Criminalística em amarelo nas costas e prendeu-lhe ao coldre sua pistola carregada. Não poderiam perder tempo pois ele estava contra todos da lei. Como de costume, Atena jogou o celular para Greg que quase o deixa cair no chão por ser desastrado e saiu com Poseidon no seu flanco. Todos sabiam que quando ambos saiam juntos e a chefe estava com cara de poucos amigos, era para agir. 

Greg entendeu rápido o recado, já pronto também, mas se assustou com o aperto do delgado em seu braço, os olhos verdes encarnando os seus com advertência.

- Mantenha Sam do lado de fora, ok, Greg?

Sem muito o que fazer, Greg mexeu com a cabeça em sinal positivo, não compreendendo bem o porque, mas o faria.

Logo virou uma correria de policiais e ordens, cada um  indo para uma van, dando mapas e plantas do hotel onde ocorria a atração principal. Ao final, em um dos automóveis, ficaram Atena e Poseidon a planejar como fariam ao chegar, pois o melhor seria cercar e semi colocar em “quarentena” até ter tirado de todas os presentes as palavras como testemunhas, caso houvesse alguma. Acabaram por dividir em quatro: dois grupos para as duas entrada principais, uma para as demais saídas e outro para conter tanto dentro quanto fora o pessoal, algo que deveria sair com êxito. Repassando as ordens pelo radio, se separaram e finalmente chegaram, ansiosos para por as mãos no assassino.

- Chegou a hora - sussurrou Poseidon que recebeu um aceno leve de cabeça da chefe, tão ansiosa quanto.

Com um sorriso, o delegado apanhou seu walktolkies e deu comandos para as tropas. Não se admirara por ver como estava agitada. 

Atena olhou para o relógio, dois minutos para as onze, seriam possíveis? 

Poseidon abriu a porta da van e juntos pularam para o turbilhão de riquinhos gastando o dinheiro dos pais com drogas e regando-se com todas a bebidas que o dinheiro poderia lhe comprar. Parecia o paraíso jovem, até um grito de uma menina ressoar por todo o recinto, mais alto até mesmo da batida tecnológica do DJ que fazia-os se moverem.

Não tinham conseguido?!

HOTEL PLAZA-HOLLYDAY

ONZE HORAS EM PONTO

WASHINGTON-DC-EUA

POV THALIA

Eu não estava acreditando que só dois policiais tinham entrado para me impedir. Que gente burra!! É obvio que eu previ que tinha mais milhares de policiais cercando o lugar, mas eles podiam ter entrado em maior numero se realmente quisessem me impedir.

Me virei para o garoto e disse a mesma frase que digo para todos:

-Ultimas palavras?

Ele me olhou confuso e eu só sorri em resposta.

-Se quiser morrer calado o problema é seu.

Dizendo essas palavras não pude evitar de sorrir de diversão, pois sabia o que vinha depois. Ergui a barra do meu vestido e peguei a faca que mantinha ali escondida. E com um simples movimento na horizontal, uma cabeça rolou deixando um corpo estendido no chão e muito sangue em minha roupa e em minhas mãos.

Como estávamos em um canto e ninguém prestava atenção á mim e ao defunto, subi em cima de uma das mesas pegando impulso para alcançar a janela lateral. Como o teto do salão era bem alto e as janelas largas e espaçosas, eu consegui ficar em pé, tento em vista todo o salão. Tirei da minha pequena bolsa que trazia comigo, um microfone especial. Ele funciona como um microfone normal, mas causa eco em lugares fechados, ou seja, se eu falasse no microfone todos me ouviriam, mas ninguém localizaria de onde vinha a voz.

Então respirei fundo e dei um grito estridente e cheio de terror, para que todos percebessem o homem caído no chão. No momento em que gritei a musica cessou e todos se olhavam confusos dentre a multidão. Liguei a câmera e apontei para os rostos frustrados do delegado e aquela mulherzinha dele. Eles se olhavam decepcionados como se já soubessem que haviam falhado novamente. E eles estavam certos.

Amarrei a câmera em meu pulso para que pudesse me movimentar.

Uma garota, finalmente, avistou o corpo, e começou a gritar apontando para aquele homem já irreconhecível. Então a confusão aconteceu. As garotas gritavam desesperadas e algumas choravam. Os garotos ficaram estáticos com rostos indecifráveis. Vi os homens que anteriormente estavam fazendo companhia para Bryan correrem até o corpo sem vida e se entreolharem apavorados.

O delegado, que acho que se chama Posidon ou Poseidon, e sua ajudante correram até o corpo e começaram a pedir calma para todos ali presentes. A mulher pegou um comunicador, murmurou algumas palavras, e logo vários agentes da policia invadiram o local. Alguns tentavam acalmar as pessoas e outros estavam esvaziando o local.

Eu pequei impulso e pulei silenciosamente para o terraço através de uma abertura para ventilação. Aquela abertura facilitou muito para mim. Era como em todos os prédios modernos e ricos, quem via de lado tinha a impressão que era uma grande estufa de vidro.

Depois de já estar no terraço, me abaixei procurando algum vestígio de armadilha no local, mas nada encontrei. O delegado provavelmente não pensou no mais obvio, eu fugiria pelo telhado e me livraria dessa. Talvez ele tenha pensado que eu não alcançaria a janela ou talvez não conseguisse pular de um prédio tão alto. Eu me apavorava cada vez mais com a baixa qualidade dos investigadores hoje em dia. Será que nunca dariam um verdadeiro desafio para mim?!

Mas minha brincadeira não iria terminar tão rápido!

Deitei-me de bruços no chão e fiquei somente com a cabeça na visão do delegado. Peguei meu elástico que usava como pulseira e vagarosamente prendi meu cabelo em um coque mal feito. Senti o liquido quente penetrando no meu rosto e no meu couro cabeludo me fazendo rir baixinho de satisfação. Eu tive certeza que estava totalmente suja de sangue.

Fiquei esperando o salão se esvaziar. Pessoas ainda choravam, algumas eram carregadas pois haviam desmaiado. Depois de quinze lentos minutos vi que no salão só restaram sete pessoas. O delegado, a mulher que o acompanhava, dois seguranças do hotel, uma garota ruiva abraçada a um rapaz da mesma idade que ela , um homem com mais ou menos quarenta anos e o defunto. Entre eles estava meu intruso, demonstrando que tinha a total confiança dos seu colegas, afinal, ele havia conseguido entrar lá junto com eles.

Vi que a câmera ainda gravava a cena, então apontei para o “bolinho” de pessoas que havia ali, e com a outra mão peguei novamente meu microfone.

-Acharam mesmo que conseguiriam me pegar?!- eu disse com a voz grossa, para que ninguém distinguisse se era mulher ou homem que falava

O rosto do delegado passou de surpresa para desprezo.

-Como consegue dormir a noite?- ele perguntou se abaixando analisando o corpo

-Como é mesmo seu nome? Acho que é Poseidon certo?

Eu continuei com a câmera apontada para eles, seria divertido ver a reação de Dionísio quando visse as imagens que eu tinha conseguido.

-Como sabe?- a ruivinha perguntou desconfiou

-Vocês são muito idiotas mesmo! Confiam em todos. Por isso que nunca vão conseguir me pegar. Eu tenho amigos em toda a parte. E se não são amigos, são pessoas que eu estão na minha mão e que eu posso manipular. E algumas dessas pessoas estão entre os presentes nesse salão.

A mulher arregalou os olhos. Naquele momento me lembrei do nome dela. Atena. Um pouco irônico já que o delegado se chamava Poseidon.

-Se somos idiotas o que esse espião é?- ela perguntou sarcástica para o nada

-Um espertalhão que ganha salário de vocês e de mim.- eu disse do mesmo modo

-Você não vai escapar dessa vez, o prédio esta cercado em todas as direções - disse meu intruso tentando me dizer qual era a brecha da segurança deles

-Será mesmo?- eu perguntei fingindo duvida

-Por que você faz isso? Mata pessoas só por prazer?- perguntou a ruivinha apavorada

-Não. Eu mato quem se mete no meu caminho ou no caminho dos meus aliados.

-Que tipo de aliados?- perguntou Atena tentando me enrolar

-Muito esperta Atena! Parece que você prestou bem atenção nas aulas hein- eu disse sarcástica e continuei- Eu não vou cair no seu “papinho”. Mas se quer tanto uma pista, eu dou.

-Vai dizer o que agora? Que você gosta de sorvete?- disse o homem mais velho do grupo, sendo bem sarcástico.

-Eu vou sair da cidade amanhã. Talvez vocês encontrem um agente bom mesmo que consiga me achar. Mas como tem muitos jeitos de sair da cidade, eu adianto que vou voando.

-Você é uma psicopata!- exclamou o garoto que abraçava a ruivinha

-Um aviso: Tomem cuidado com todos ao seu redor! Eu posso ter vontade de terminar com vocês a qualquer momento. Bye Bye, guys!

Os seguranças que haviam ficado quietos e imóveis até aquele momento saíram correndo quando perceberam que eu iria fugir e avisaram para todos os outros policiais que me esperavam lá em baixo.

Eu desliguei a câmera e guardei na minha bolsa novamente. Me levantei e andei sorrateiramente até a parapeito do prédio. Vi um casinha ao lado direito do Plaza. Nela havia um varal de roupas com algumas peças penduradas e uma laranjeira bem alta ao lado.

Como aquela era minha melhor alternativa, pulei. Como eu mirei bem e sempre fui boa com malabarismo consegui me apoiar em um galho grosso antes que meus pés tocassem o chão. Me balancei um pouco e pousei ao lado do varal.

Arranquei um lençol rosa pink, que estava razoavelmente seco, e enrolei no corpo, o fazendo parecer um sobre-tudo com capuz. Então discretamente eu saí do quintal daquela casa e fui em direção a rua.

Avistei Atena e todos aqueles que me ouviram antes lá parados esperando algum sinal meu. Meu intruso me avistou e deu um mínimo sorriso. Eu sorri e mandei um beijo pelo ar para ele enquanto ele apontava com o dedo a direção mais segura para mim seguir.

Então deixei o local se olhar para trás.

Enquanto o taxi andava pelas ruas de Washington indo em direção ao Olimpo, eu olhava as imagens da minha câmera. Ri repetidas vezes imaginando o rosto de Dionísio quando me visse no estado que eu estava.

O taxi estacionou e eu desci com pressa, deixando o taxista com todo o troco. Entrei no elevador sem dar nenhuma espiada nas pessoas que estavam ali. Mas quando o elevador estava quase fechado, pude ver o rosto de Anna e Clarisse, que estavam sentadas no saguão, com um expressão de surpresa.

Andei pelos corredores com rapidez, fazendo meus sapatos fazerem um barulho irritante. Para solucionar o problema, tirei os sapatos e fui em direção a sala de reunião descalça.

Num movimento brusco abri as portas da sala trazendo todos os olhares para mim. Tirei o lençol que tinha ao redor de mim, deixando todos verem a prova de que eu era uma verdadeira assassina.

-Thalia! Você poderia ter ido para casa tomar uma banho antes de voltar para cá.- disse minha chefe impaciente como sempre

-Eu queria ter o prazer de entrar nessa sala e ver o rosto daquele gordinho me vendo assim.- eu disse com meu sarcasmo natural

-Como você escapou? Nós estávamos olhando pela TV que todos os policiais da cidade estavam cercando o lugar.- falou Percy

-Pulei no quintal de uma casinha. Mas eu filmei!!- eu disse sapeca

Me dirigi até a cadeira vaga e coloquei a câmera na mesa.

-Nem pense em sentar Thalia! Você vai manchar a cadeira.- murmurou minha chefe com os olhos serrados

-Eu compro uma nova pra você- eu disse com um sorriso falso já me sentando na cadeira

-Vamos deixar para ver as imagens depois. É melhor você ir para casa para arrumar sua mala.- disse Silena sensata como sempre

-Concordo. Amanhã eu e o Senhor Jackson vamos leva-la para o aeroporto. Eu passo na sua casa as dez da manhã porque seu voo esta marcado para as onze.

-Mas afinal, para onde eu vou?- eu perguntei curiosa

Foi Percy que respondeu essa pergunta:

-Havaí!

PLAZA HOTEL

WASHINGTON - DC - EUA

ONZE E MEIA

(Pov: Autora)

Atena sentou-se frustrada na escadaria que levava a grande porta do hotel cinco estrelas. Não conseguia imaginar como pudera perde-lo, o assassino,  com tanta rapidez sendo que esteve bem ali, perto do seu alcance, não muito longe de suas mãos. Aquilo não se tratava mais de um caso qualquer, agora, passara a ser pessoal. Desejava mais do que tudo apanhar a gola daquele que fez tanto mal entre seus dedos e socá-lo, mesmo não podendo tal ato. Não lhe entrava na cabeça aquilo. Respirava fundo para se acalmar, se alguém viesse conversar com ela, com certeza ganharia uma bela resposta e não queria isso para ninguém, odiava esse seu ponto fraco: descontar a sua raiva em outros. Tentava mesmo afogar a sua raiva dentro de si, mas se sentia tão inútil e incapacitada que não sabia nem mesmo o que fazer.

Não muito longe, conversando com os demais lideres de cada patrulha que foram indicados para cada portal e cada centímetro para conter a saída do assassino, Poseidon olhava de soslaio para a chefe de criminalística com a cabeça nas mãos, os dedos femininos trançando no cabelo loiro com força. Conhecia-a bem demais para saber o que se passava por aquela cabeça complicada, anos de um quase noivado fizeram com que descobrisse somente pelas linhas do seu rosto ou da sua sobrancelha o jeito que se encontrava. E dessa vez, o pavor nos olhos cinza mesclados com o ódio lhe diziam muito. O mais incrível entre eles, era que, todos os que trabalhavam em casos com aquela mulher nunca acabavam por entender seu raciocínio rápido, diziam que era fria demais e que jamais alguém poderia compreende-la. Estavam seriamente errados.

- Eu já volto - falou Poseidon para um de seus agentes com um tapinha nos ombros do mesmo antes de ir em direção da garota isolada. Sentou-se ao seu lado e fingi também não fazer nada, mas não demorou muito para ela sentir sua presença ali.

- Veio aqui para mostrar o quanto eu errei? - perguntou Atena, de mau humor - Pois se sim, pode ir embora!

Ela nunca muda, pensou Poseidon apanhando uma mão delicada dela e brincando com os seus dedos, tinha esse costume para deixá-la calma, o único que conseguia fazer isso. Ela não brigou, não puxou e nem disse nada, realmente precisava ficar calma para pensar. Sem perceber, sua cabeça já encostava no ombro do delegado, os braços dele que tantas vezes a rodearam, estavam ali novamente enquanto sua mão sempre afagava os fios dourados. Ela se sentia tão mal, quantas pessoas não morreram pelos seus erros? Devia ter pego o assassino na primeira vez que matou, no entanto, nada saia do jeito que pedia! Na verdade, perguntava-se qual era o seu propósito na policial, sendo que nem mesmo os simples casos estava conseguindo solucionar. E o pior, era que isto, estava ficando a mercê de todos que a analisavam. Não mais podendo controlar sua ira contra si mesma, enrolou os pequenos braços em volta do corpo daquele homem que tanto a amou e chorou. Faziam-se anos que isto também não acontecia, mais especificamente no dia em que Poseidon a traiu. O mesmo gosto salgado lhe embrulhou as memórias, afogando momento entre eles.

- Foi culpa minha, eu devia ter descoberto tudo, mas não consegui - Atena murmurou, descontrolada.

Poseidon a abraçou mais forte, deixando-a perto do seu corpo gelado para aquecê-la um pouco por causa do clima frio que aquela noite proporcionava, mas em seu intimo, para mostrar o quanto ainda louco por ela.

- Não foi culpa sua, Atena - Poseidon sussurrou, calmamente - Não havia como prever.

- Eu sou uma lesada - balbuciou, sem deixar seus pensamentos serem persuadidos pelas ideias do delegado, devia sentir toda a raiva para assim ter forças para continuar atrás do assassino.

- Não, você não é - ele beijou o topo de sua cabeça como se fosse uma criança, conhecia bem esse lado dela, um pouco mimado - Acalme-se, você vai ter um plano, você sempre tem! É a mulher mais brilhante que eu já conheci!

Atena afundou sua cabeça no pescoço dele, sem se importar com os poucos outros policiais que ali estavam na saída principal, inerte em lembranças.

- Você disse isso no nosso primeiro encontro - ela relembrou, a sombra de um sorriso crescendo nos lábios. Recordava o modo como ele havia chegado no restaurante em um sobretudo negro e com uma pequena flor em mãos, o típico primeiro namorado. 

Seguindo a mesma linha de pensamentos da mulher em seus braços na qual apoiava o queixo no topo de sua cabeça, ele viu por trás de suas pálpebras fechadas o vestido longo e vermelho dela, nunca tinha visto mulher mais elegante e inteligente que aquela.

- Você se lembra de tudo o que eu disse no nosso primeiro encontro? - Poseidon questionou, realmente curioso por aquilo, pensou que depois do termino do namoro, jamais mostraria algo para ele novamente. Mas, como sempre, estava errado sobre aquela mulher imprevisível.

- Muitas coisas - ela admitiu por fim, um pouco tímida. Somente ele para deixá-la de tal modo.

- Sabia que eu sempre senti falta de você? - o delegado perguntou, apostando no vale tudo para aquela brecha.

- Poseidon, não quer mesmo que eu acabe com a sua graça, quer? - revogou ela, olhando-o com desdém naquela imensidão verde.

- Não, só quero que me de uma chance de...

- Poseidon, Atena - falou Sam que tinha corrido até eles e que agora apoiava-se nos próprios joelhos a procura de ar.

Na mesma hora, Atena se vacilou dos braços do homem que aparentemente iria dizer algo não muito bom para aquele momento pois a deixaria pensando em outras coisas, e se pôs de pé. Sentia aquele incomodo por olhar para sua amiga ruiva, seria ela a intrusa? Ou seria os demais que estavam conversando não muito longe deles três? Pois, o assassino havia dito “intrusos”.

- O que foi, Sam? - ela exigiu, pronta para fazer o que necessário, não era hora de fraquezas do coração.

- Eu preciso muito com vocês! - ela fitou ambos, estava na hora de contar algo.

Atena a encarou pro alguns segundos, tentando entender perfeitamente onde pretendia chegar com aquilo. Estava obvio, mas nunca fora de seus feitio procurar tais ajudas.

- Por um lado, ela está certa, Atena. - Poseidon concordou, relutante - Sem duvida que ele é o melhor agente que eu tenho.

Atena o fitou, confiar ou não naquele estranho?

- Ele vai se sair bem - Sam prometeu, vendo a duvida nos olhos da amiga. - E é confiável!

- Não sei - a chefe da criminalística admitiu - Tem certeza disso, Poseidon?

- Eu creio que é uma das melhores atitudes que podemos tomar nesse caso tão extremo, Atena.

Igual um fica em casa, quando não consegue a resposta de algo, Atena fica andando de um lado para o outro, esse era o seu melhor jeito de colocar as coisas em ordem. Depois de alguns minutos em um silêncio aflito que havia se instalado por ali, ela concordou com um aceno.

- Mas teremos que levá-lo ao aeroporto para reconhecimento do assassino - Atena avisou-lhes, um pouco sem coragem para admitir que temia aquilo. - E vamos jogar alto para que seja um avião, assim conseguiremos segui-lo.

- Sim, então, está tudo concluído? - Sam indaga, calma por fora, mas excitada pela ideia por dentro.

- Sim - Poseidon diz olhando para as duas - Chamem Nico, vamos passar os planos á ele.

Continua...


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Notas finais do capítulo

E ai, merecemos recomendações? Rewis? Estrelinhas?
Gostaram, mesmo depois da demora? Beijos e até o próximo!
Esperamos TODOS vocês!