-- Estamos arrumando uma festa para os protetores de Athena. Quer nos ajudar Aldebaran?

Aldebaran nem hesitou em seguir Pégaso para ajudar a organizar a grande festa. Enquanto isso Camus e Shun arrumaram algumas divisórias e papelões altos para pintar os cenários assustadores para a festa. Aioros não demorou muito para encontrar as fantasias pedidas pelos amigos e voltar à mansão. Milo estava concentrado em entalhar as caretas divertidas e assustadoras nas abóboras quando Seiya chegou com o taurino.

-- Aldebaran concordou em ajudar – anunciou ao escorpiano que nem lhe olhou

-- Para mim não é surpresa nenhuma. O grande touro é um fanfarrão – riu Milo

-- Olha só quem fala – disse Aldebaran também rindo

Seiya tentava espiar por cima do ombro de Milo, mas nada conseguiu. Aldebaran sendo alto já conseguia ver a fila de abóboras decoradas (que crescia rapidamente) e a grande pilha a fazer. Ele não resistiu em soltar um leve riso das obras do grego enquanto ele concentrado inventava uma careta nova para cada abóbora.

-- Acho que você poderia ajudar o Hyoga e o Afrodite a pendurar os panos. Ou se quiser pode ajudar Camus e Shun a pintar os cenários – a cada sugestão o taurino torcia o nariz, mas não falava nada – Já vi que nada lhe agradou. Bem, Aioros foi comprar as fantasias você pode ajudá-lo a escolher uma fantasia para cada um dos cavaleiros – os olhos de Aldebaran brilharam com a idéia. Uma grande brincadeira surgiu em sua mente. Milo somente riu com o cosmo alegre e divertido que surgia do taurino – Se apresse em achar o irritante do Aioros, ele já deve ter voltado

Logo Seiya e Aldebaran saíram deixando o artista com suas obras. Seiya se sentindo meio inútil, voltou à Milo

-- Milo, não há nada que eu possa fazer? Apenas arrumar ajudantes não tem graça – Milo o ouvia sem se virar à ele ou ao menos parar de esculpir os legumes

-- Ora essa Seiya. Você também tem que fazer com que os outros não descubram a surpresa. – disse o escorpiano divertido, entretido com as abóboras.

Seiya ainda não se sentia muito importante, mas não voltou a reclamar e se aprontou em ir reunir os outros e levá-los para um passeio longe da mansão.

-- Por que, exatamente, nós temos que sair? – Saga

-- Ora, para os cavaleiros interagirem melhor entre si – tentou argumentar

-- Você esta interrompendo a minha meditação para uma “melhor interação”?! – disse Shaka fazendo menção de voltar à sua meditação

-- Ah o que é isso, Shaka. Encare isso como uma oportunidade de saber o que podemos ter em comum e criar uma forte amizade. Não como uma interrupção irritante para algo inútil. – disse Seiya concordando mais com a interrupção inútil do com a parte “boa”

-- Então seria melhor chamarmos os outros cavaleiros também – disse Mu na inocência

-- Err... claro que seria – nervoso, Seiya se coloca em frente ao caminho que Mu tomava para dentro da mansão – Mas é que eles não quiseram vir

-- Ah se eles não querem, por que é que nós temos que ir? – perguntou Máscara alterado

-- Eles tinham assuntos importantes para resolver. Camus e Milo disseram que nos alcançariam assim que terminassem – Pégaso deixava aparecer algumas gotas de suor pelo nervosismo, mas os outros cavaleiros fingiram não perceber.

-- Hm... e para onde vamos, Seiya? – Shiryu soava animado, tentando apoiar o amigo

-- Vamos à praia. Depois podíamos ir ao centro, mostrar a cidade.

Os cavaleiros se entreolharam e estranharam. “Na Grécia também tem praia, caso ele não se lembre.” Pensou sarcástico Shura. Apesar das suspeitas e do nervosismo do cavaleiro de bronze, os seis guerreiros dourados e os três cavaleiros de bronze saíram a pé para essa tal passeio.

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Aioria tinha acabado de voltar de uma loja de conveniências e estava deixando as compras no quarto. “Que estranho. Esta tudo muito quieto por aqui. Sei que a mansão de Athena é grande, mas mesmo assim deveria haver alguma movimentação” pensava o leonino indo em direção ao banheiro tomar um banho. Ele já havia se enrolado na toalha e ligava o chuveiro.

-- Ah. Esqueci de pegar a roupa. – disse saindo do banheiro e entrando novamente no quarto.

Os quartos da mansão não eram luxuosos, mas em todos havia um banheiro com banheira. Aioria deixou o chuveiro ligado e foi em direção ao armário pegar uma roupa. Seria besteira isso, pois o quarto era um suíte e não teria de se preocupar tanto. Afinal nem ao menos sentia a presença dos companheiros. Assim que abriu a porta de seu guarda-roupas duas coisas lhe ocorreram. Primeira: ele não estava sozinho no quarto. Segunda: ele não tinha percebido isso antes. Ao abrir a porta do armário um grito de pânico lhe rasgou a garganta seguido pela risada alta de seu invasor.