The Reason escrita por Princess


Capítulo 4
I belive


Notas iniciais do capítulo

Outro capitulo pra vocês! *---------*
Postei rápido, né?
É por que eu amo vocês :D



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~*~

Scorpius Malfoy

Estávamos no trem, procurando uma cabine vazia. A Rayra, a Améllia, a Bianca e o Dani iam na frente e eu mais atrás.

Uma das melhores coisas do Natal é rever a família. Mas a pior dela é ficar longe da escola, onde eu possa ver a minha Rose.

Às vezes eu me pego pensando o que ela faria se eu disse-se o que sinto. É bem provável ela me bater até a morte e depois me jogar na Floresta Proibida pra algum bicho me comer.

Mas e se ela se joga-se em meus braços? E se ela disser “Eu também te amo!”? E se depois ela me beijar? O melhor beijo de toda a minha vida.

Sabe sonhar faz muito bem!

Eu estava tão concentrado no meu sonho impossível que nem percebi que havia me perdido dos meus amigos.

Bom, encontrar eles vai ser difícil então é melhor eu procurar uma cabine pra mim.

Achar uma cabine vazia foi bem fácil. Eu entrei guardei meu malão e deitei no banco. Eu estava morrendo de sono.

Eu fechei os olhos e a primeira coisa que me veio à cabeça foi Rose Weasley.

Como eu posso estar tão apaixonado por essa garota se eu nem entendo os meus sentimentos direito?

Por que logo ela?

~*~

Rose Weasley

A pior coisa de ser quem eu sou é ser quem eu sou.

Uma Weasley covarde, que sente medo dos próprios sentimentos, que tem medo da verdade.

Que espécie de grifinória eu sou? Eu devia ser destemida e corajosa! Não essa covarde que eu estou sendo.

- Você ta bem Rose? – Alvo me perguntou quando estávamos entrando no trem.

- Estou sim. – eu menti.

A verdade é que eu não estou nada bem. Dentro de mim há uma batalha. De um lado meu coração e do outro a razão. E os dois brigam comigo por não querer aceitar a verdade.

E a verdade era que, de todas as pessoas da face da terra, a que mais importava pra mim era a que mais me odiava.

Por que eu tinha que gostar logo de Scorpius Malfoy? Por que eu tinha que ficar prendida àqueles maravilhosos olhos azuis?

- Você tem certeza que ta bem Rose? – Alvo perguntou novamente.

- Na verdade não Alvo. Eu preciso ficar sozinha. – eu disse a ele.

- Tudo bem. Eu invento alguma coisa pros outros.

- Valeu Al. – eu disse me afastando dele.

Passei por varias cabines, todas ocupadas, até que uma me chamou atenção.

Ele estava deitado e provavelmente dormia. E o melhor de tudo é que ele estava sozinho.

Fiquei o observando através do vidro.

Ele parecia um anjo dormindo. E era isso que ele era, meu anjo.

Por mais arrogante, prepotente e sonserino que ele fosse, havia algo nos olhos dele que me faziam querer amá-lo.

Eu não resisti e entrei, sem fazer barulho acenei com a varinha e a cortina desceu. Eu não queria que um dos amigos dele chegasse e começasse a fazer perguntas.

Me ajoelhei e cheguei bem perto dele. Acariciei seu rosto bem suavemente, passei a mão por seus cabelos.

- Rose. – ele disse sorrindo.

Droga! Ele me viu. Mas ele ainda esta dormindo. Ele esta sonhando comigo?

Eu não posso acreditar nisso. Ele esta mesmo sonhando comigo?

- Rose. – ele disse novamente.

Ai meu Merlin! O que eu faço?

É melhor eu sair daqui antes que ele acorde.

Me levantei, peguei meu malão e tentei abrir a porta. Nada. Alguém havia me trancado aqui. Por que comigo?

Eu tentei todos os feitiços que eu conhecia e nada. Só tinha uma alternativa: acordá-lo.

Fui até ele e o cutuquei.

- Malfoy! – eu disse.

Eu não o chamaria de Scorpius em voz alta.

- Malfoy! – eu disse o cutucando novamente.

Ele nem mexeu.

- Scorpius! – eu disse mais alto fazendo-o cair da poltrona.

Eu não pude evitar de não rir. Na verdade eu gargalhei.

- Ri mesmo. É bom ver a desgraça dos outros. – ele disse ainda deitado no chão de olhos fechados.

- Me desculpe. – eu disse.

- Weasley? – ele disse abrindo os olhos.

- Oi? – eu disse meio insegura.

- Então você não consegue não estragar a minha vida, né? – ele disse se levantando.

- Me desculpe se eu atrapalhei o seu precioso sono. – eu disse meio arrogante.

- O que você ta fazendo aqui?

- Eu briguei com meu irmão e sai da cabine onde eu estava e vim pra essa. A cortina estava baixada e eu não vi que você estava aqui. – eu disse. Eu sou uma ótima mentirosa.

- E por que não saiu?

- Eu já disse que você é um grosso?

- Hoje não.

- Eu tentei sair, mas a porta está trancada. – eu disse revirando os olhos.

- Você já tentou algum feitiço?

- Eu não sou tão burra assim Malfoy. – eu disse. – Alguém deve ter usado algum feitiço que eu não conheço.

- Um feitiço que você não conhece? Essa é boa. – ele disse indo até a janela.

- O que você vai fazer? Pular? – eu disse secretamente desesperada.

- Não. Eu vou tirar a gente daqui. – ele disse fazendo uma careta linda.

Ele abriu a janela e assoviou bem alto. Logo depois ele se sentou.

- E como é que isso vai nos tirar daqui? – eu perguntei.

- Você vai ver. – ele disse.

Abri meu malão e peguei meu livro de Romeu e Julieta.

- Eu nunca ouvi falar de um bruxo chamado Shakespeare.

- Por que ele não é um bruxo. – eu disse revirando os olhos. – É um trouxa.

- Eu esqueci com quem estou falando.

Voltei a ler o livro.

- E sobre o que esse livro fala?

Abaixei o livro e o encarei.

- Sobre dois jovens de famílias rivais que se apaixonam perdidamente. – eu disse o olhando nos olhos.

- E como termina o livro? – ele perguntou me olhando nos olhos também.

- Os dois se matam. – eu disse voltando a ler o livro.

- Essa história é parecida com a nossa. – ele disse.

- Como? – eu perguntei confusa.

- Ah você sabe, nossas famílias se odeiam. Seria engraçado se um Malfoy se apaixonasse por uma Weasley. – ele disse rindo de canto.

- Isso seria impossível. – eu disse.

- É impossível alguém não se apaixonar por você por exemplo. – ele disse.

- O que?

  - Você é linda, inteligente e me odeia. É perfeita. – ele disse me fazendo ficar vermelha.

- Eu não sou perfeita. – eu disse baixinho.

- É sim.

De repente um pio muito alto ecoou pela cabine e logo depois um alinda coruja apareceu. Ela tinha as penas negras e seus olhos eram azuis. E posou no braço do Scorpius.

- Boa garota! – Scorpius disse a ela.

- É a sua coruja? – eu perguntei.

- É. – ele disse acariciando-a.

- Qual o nome dela? – perguntei curiosa.

- Rosa.

- Posso passar a mão nela? – eu perguntei.

- Claro! – ele disse estendendo o braço.

Estendi minha mão tremula até a bela coruja e a acariciei.

- Ela é linda. – eu disse.

- Você tem papel e caneta? – ele me perguntou depois de um tempo.

- Tenho. – eu disse saindo de um transe.

Peguei no meu malão um pedaço de papel e minha caneta. Entreguei a ele.

- Me tire daqui se não eu arranco a sua cabeça? – eu li o que ele havia escrito. A letra dele era muito bonita.

- Eu sei quem fez isso. – ele disse pegando o papel e dando a coruja. – Entregue isso ao Daniel, OK? E se ele não vir o bique até ele sangrar. Agora vai! – ele disse levando-a até a janela.

Ri e voltei a ler o livro. Depois de dez minutos ouvimos um clic na porta. E quem eu vi não era quem eu esperava.

Era Améllia Zabine.

- Ele não teve coragem de vir. – ela disse rindo.

- É bom você gostar de ser filha única. – Scorpius disse se levantando.

Eu me senti total e completamente esquecida.

O que ela tinha que eu não tinha?

- Você vai ficar... Rose? – Scorpius me perguntou.

- Vou sim... Scorpius. – eu disse sorrindo.

Era a primeira vez que ele me chamava pelo meu nome.

- Então feliz Natal! – ele disse sorrindo também.

- Feliz Natal. – eu disse de volta.

Então ele saiu.

E ai eu tive certeza da verdade.

Eu o amava e mais nada importava.

~*~


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Notas finais do capítulo

Gostaram? *--------*
Eu sonhei com isso literalmente!

Pergunta: a Rayra fica com o Dani ou não?


ScorpBeijos