Pôr do Sol escrita por mandafamiliatwi


Capítulo 47
Capítulo 43 - A morte me ronda!




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- Maria...Maria...Maria

     Estavam me chamando, mas não queria sair de onde estava. A escuridão era o melhor lugar onde minhas dores cessavam, onde poderia sofrer sem a piedade de ninguém. Queria lavar toda dor e sofrimento que passei toda culpa que aflige minha alma, mas tenho que voltar sofrendo sozinha e me culpando por tudo que aconteceu, sem saber mais para onde ir, o que fazer daqui pra frente. Eu estava perdida, sozinha e sem amor.

     - Acorda Maria. Eu sei que está acordada, sei que dói muito que esta passando, mas deixe-nos te ajudar, por favor.

     Aos poucos abri meus olhos e acostumando com a claridade. Estava num quarto de hospital. Charlie na minha frente com Sue ao seu lado. Seu semblante cansado e triste. Carlisle ao meu lado bem pior de Charlie, viu que ele se sentia culpado, mas ele não poderia se senti assim, fez o possível e o impossível para salvar minha mãe. Pequei sua mão e apertei levantando meu rosto e dando um pequeno sorriso.

      - Não se culpe pela morte da minha mãe, por favor. Eu lhe agradeço por tudo que fez por ela.

      - Mas estava responsável por ela...

      - Não podemos conseguir tudo que queremos Carlisle. – Uma lágrima correu no meu rosto.

      - Mas não gosto de te ver sofrendo.

      - Minha vida é assim. Dói muito, mas vai passar. Tudo passa. – E mais lágrimas caíram do meu rosto.

      - Você é uma garota forte. Sua mãe teria orgulho disso.

      - Eu sei.

      - Maria, precisamos ver as coisas para o enterro, documentação... – Disse Charlie.

      - Eu não sei o que fazer, será que poderiam me ajudar?

      - Claro filha. Eu te ajudo em tudo.

      Charlie e Sue me ajudaram em tudo, não estava com cabeça para isso. Decidi que minha mãe seria enterrada em Forks onde ela sempre adorou. Como meu pai foi cremado e minha mãe guardou as cinzas dele, eu iria colocar junto com ela.

      O enterro foi emocionante. Charlie me amparava achando que podia desmaiar a qualquer momento. Antes de ser enterrada, coloquei as cinzas de meu pai em cima do caixão. Agora viveriam para sempre juntos. A terra foi sendo jogada e num momento de desespero me joguei no chão e chorei até que a dor passasse. Tudo tinha acabado.

      Depois do enterro, Charlie insistiu para que fosse dormi em sua casa, mas não quis queria ficar em casa. Depois de muita insistência, Charlie me deixou ir dormi em casa. Ele levou-me e deixou dentro de casa.

      - Qualquer coisa me ligue que venho correndo.

      - Tudo bem.

      - Tchau. – Me deu um beijo na testa.

     Pensei em fazer algo para comer, mas meu estomago não estava deixando. Então, resolvi dormi. Tomei um banho quente para relaxar. Preparei-me para dormi. Antes pequei uma foto da nossa família e fiquei olhando. As lágrimas vieram com força total.

     - Sinto...ta..tanto sua falta, mamãe e papai. Estou perdida e sozinha. Amo muito vocês.

     De repente senti algo em minha cabeça, como se acariciando. Era como minha mãe fazia para dormi tranquila, sem pesadelos. E naquela sensação, pequei no sono.

     Acordei cedo como de costume. Esta sentindo muito cansada e com dores, tinha dormi mal e os pesadelos me atormentaram. Olhei para aquela casa vazia sem saber o que fazer e decidir ir ao trabalho. Precisa me distrair antes que enlouqueça ou entre em depressão profunda. Fiz minha rotina matinal e sai.

     Chegando a delegacia, todos estranharam por estar lá e o falatório começou. Fui me sentar na minha mesa e depois liguei o computador.

     - Maria?

     Olhei para cima e vi Charlie confuso.

     - Eu estava indo lá para ficar com você, mas o que está fazendo aqui?

     - Vim trabalhar. Eu sei que você não iria permitir, mas preciso me distrair.

     - Eu entendo, mas tem certeza? Você pode ficar em casa. Eu fico com você e a sue vai também...

     - E melhor assim. Deixe trabalhar, por favor?

     - Ta bom. Qualquer coisa...

     - Eu te chamo. Não se preocupe.

     - Tudo bem.

     Charlie saiu e vi na tela do meu computador uma foto com meus pais, Carlos e eu. Algumas lágrimas caíram. Respirei fundo e comecei a trabalhar.

     Estava tudo tranquilo, até os homens da delegacia não em cortejaram hoje, o que foi um alívio.

      No meio do expediente, John veio falar comigo.

      - Oi Maria. E... Meus pêsames por sua mãe.

      - E... Obrigado John.

      - Eu queria te ajudar. Em qualquer coisa.

      - Não precisa.

      - Eu não gosto de te ver chorando. Eu te vi agora. Você sabe que gosto de você, mas tirando isso, você é uma pessoa boa e muito amiga. Eu quero seu bem, assim de tudo.

       Algumas lágrimas caíram e Stuart as enxugou.

       - Obrigado. Você está sendo um ótimo amigo.

       - Você é uma pessoa linda, por dentro e por fora. Fica horrível chorando, não combina com você. – Ele sorriu.

       Eu rir um pouco e começamos a conversa. Ele estava se mostrando uma ótima pessoa e me ajudando a esquecer a dor.

        - Bom, não vou te atrapalhar mais. – Ele, pois a mão no meu rosto e sorriu. – E assim que você fica linda, sorrindo. – Ele se agachou e deu um beijo na minha bochecha.

         - Obrigado mesmo John.

         De repente, vejo-o sendo puxado e levando um soco de Stuart.

         - Não se mete com minha mulher. Quem mandou você beijá-la? – Outro soco. – Ela é minha, só minha, entendeu? – Mais um soco.

         Stuart estava descontrolado, fora de si. Alguns colegas seguraram Stuart e também Stuart que queria avançar nele.

          - Você ficou louco Stuart? Está obcecado pela Maria que achou que estava dando em cima dela.

          - Foda-se se estava ou não dando em cima. Você a beijou, tocou, só eu posso fazer isso.

           - PARA COM ISSO GREGY. EU NÃO SOU SUA.

           - E MINHA SIM. PARA SEMPRE.

           Charlie chegou para acabar com aquilo.

           - Stuart disse a você se continuasse com isso iria de demitir.

           - Pode demitir não me importo. Eu só quero a Maria. Eu a amo muito.

           - Maria, pode me explicar o que está acontecendo?

           - O John...

           - Eu te amo. Você é tudo pra mim.

           - Voltando. Eu estava...

           - Você é a razão da minha vida....

           Stuart não me deixa explicar a situação para Charlie, até que ele não aquentou.

            - Está sendo ridículo Stuart. Para com isso.

            Stuart lançou um olhar mortal para Charlie que ele estremeceu. Ele conseguiu se desvencilhar do policial e dar outro murro em John.

            - Nunca mais se meta com minha mulher. Ela é minha, só minha e de mais ninguém.

            - Eu não sou sua e de ninguém Stuart.

            Num movimento rápido, Stuart chegou perto de mim e me beijou, aquele beijei desesperado. Eu o empurrei e Charlie o segurou. Naquele momento uma raiva me apareceu e dei-lhe um tapa. A raiva esta me consumindo e me deixando cega. Percebi que John se afastou com medo do olhar de Stuart lhe dava.

           - Eu lhe fiz tudo. Dei-te tudo. Terminei meu noivado de anos por você, te dei jóias, dinheiro, afastei minha família e amigos, tudo por você, porque te amo. Gregy fez isso. Pode estar morto, mas eu estou aqui. Para te amar.

           - EU NÃO LHE PEDI PARA FAZER ISSO. O GREGY FAZIA A MESMA COISA. E AGORA? NINGUÉM SABE DELE. DESAPARECEU, PODE ESTAR MORTO POR AI. PORQUE FICOU OBCECADO POR MIM. AGORA VEM VOCÊ E ME DIZ ISSO TUDO? FOI CULPA SUA QUE VOCÊ FEZ ISSO. ENFIE DE UMA FEZ NESSA SUA CABEÇA. EU. NÃO. O. AMO E NUNCA VOU AMÁ-LO. NEM VOCÊ, NEM GREGY NEM JOHN, NINGUÉM.

           Fazia 1 mês que Gregy tinha desaparecido,s em deixar rastro. Desde o dia em que me afastei dele e me viu beijando Adam ele enlouqueceu e fugiu. Charlie recebeu uma ligação dias atrás de um corpo na mata perto de Port Angeles com as descrições físicas de Gregy, mas não tínhamos confirmações do IML se era mesmo o Gregy. Ate aquele dia eu me culpava por isso.

           Stuart ficou em choque com tudo que tinha falado e não disse nada. Eu ainda estava furiosa com tudo que ele jogou em cima de mim. Charlie ficou na minha frente se ele viesse fazer algo, mas ele não fez nada ficou parado me olhando ainda em choque e seu rosto parecia se formar numa dor profunda. Ele me olhou intensamente procurando resposta.

            - Eu te amo, com minha própria vida, se fosse eu morreria por você.

            Naquele momento a raiva estava me cegando e não sabia o que estava fazendo ou falando, só disse a primeira coisa que veio na minha mente.

            - E porque não vai? Vai fazer um favor para mim. Você está louco, obcecado. Gosto de você, mas só como meu colega de trabalho. Eu não aquento mais todos aqui querendo me conquistar. Já chega!

             - Se é o que você quer...

             Ele foi até a porta sem falar mais nada. Eu ainda não conseguia me controlar. Minha respiração estava ofegante. Precisei respirar várias vezes para pensar com coerência. Peguei meu casaco e pedi a Charlie se podia me liberar mais cedo. Ele entendeu que não estava bem e me deu permição. Fui saindo até quando abri a porta e me deparei com Stuart apontando uma arma na cabeça.

              - NÃO STU...

              Não adiantou. Ele puxou o gatilho e gritei quando escutei o barulho e sua cabeça sendo furada pela bala. Seu corpo caiu no chão e o sangue começou a jorar. Cai perto dele chorando e as imagens de Carlos me vieram a cabeça. Era igual como ele morreu.

               - De novo não. De novo não...

               Repetia milhares de vezes. Tentei estancar o sangue, mas me sujava mais. Estava toda suja de sangue, meu rosto, meus braços, minha roupa. Fiquei deitada em cima do corpo de Stuart, até que senti mãos me levando para algum lugar. Eu não tinha forças para nada, nem conseguia andar. As imagens da morte de Carlos e agora de Stuart estavam me rondando e meu choro foi desesperador.

             Escutava sussurros, vozes exaltadas, choros,... Mas nada me fazia mexer, as lembranças vinham como uma tormenta. Escutava tudo a minha volta, mas estava no ‘meu mundo’, perdida. Escutei a voz de Charlie me chamando, mas nem ela me fazia mexer ou falar. Nada....

             Não sei quanto tempo fiquei em transe. Segundos, minutos ou horas, até escutar uma voz.

             - Maria, sou eu. Acorde, vamos sair daqui. – Disse Adam.

             Só conseguir balançar a cabeça positivamente.

             Ele me carregou até a porta. Ouvi-o falando com alguém e depois me levou até seu carro. Não reparei muito no carro, acho que era uma Mercedes, não sei. Entramos e Adam deu a partida.

              - Maria, agora tudo vai ficar bem. Era preciso ele morrer.

              - Como você pode dizer isso? – Comecei a chorar. – Ele morreu por minha culpa. Todos que conheço morrem.

              - Não fale isso. Você é Especial.

              - PARE DE FALAR ISSO. NÃO SOU ESPECIAL. QUE DROGA.

              - Calma. Tudo vai melhor, vai ver. Sua vida só esta começando.

              Não dei muita atenção para o que falava. Ele tentava me reconfortar, mas minha cabeça estava em outro lugar.

              Chegamos em casa. Estava cm uma toalha em volta do meu corpo. Ele me ajudou a sair do carro e me abraçou protetoramente. Ele abriu a porta e entramos. Quando senti o cheiro da casa, as lembranças felizes e tortuosas voltaram. Abracei o corpo de Adam e chorei até não agüentar mais. Ele me levou até o sofá em abraçando e fazendo carinho no meu cabelo.

                - Vou te fazer um chá para te acalmar.

                - Não precisa, eu faço.

                - Tem certeza?

                - Sim.

                Levantei ainda fraca, mas Adam me ajudou. Fui até a cozinha e preparei tudo para fazer o chá.

                Senti mãos na minha cintura e puxando de encontro com o corpo.

                - Tem certeza que não quer ajuda?

                - Claro. Já está quase pronto.

                Seus lábios foram até meu pescoço e dava selinhos me fazendo arrepiar.

                - Seu cheiro é delicioso.

                - Obrigado, mas Adam, pare. Não estou bem para ficar com você hoje.

                - Eu entendo, mas não vou te beijar.

                - Então, porque está me provocando?

                - Porque sua hora chegou.

                - Minha hora? Hora de que?

                - Para começar sua nova vida. Você não queria explicações? Agora terá. Está na hora de saber quem você é, Minha Rainha.

                - O que...

                Estava preste a virar até sentir uma dor do meu pescoço. Olhei para ele, mas a dor aumentava mais. Ele tampou minha boca para não gritar. Até que senti algo no meu braço e a sonolência me veio. De repente, vi-o novamente mordendo meu pescoço. Queria gritar, mas não achava minha voz.

                Antes de caiu a escuridão, vi Adam tirando seu óculo escuro e pela primeira vez vi seus olhos. Eram vermelhos como o sangue, tão intensos e apavorantes. O medo me atingiu, mas era tarde de mais, já não via mais nada em minha frente. Estava morta, eu achava que estava.


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