Without Hope escrita por Borboleta Negra


Capítulo 6
Pensamentos Proibidos




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Hoje os meus olhos se abriram lentamente, como se minhas pálpebras não conseguissem se desgrudar sem esforço. Meu olhar estava embaçado por causa das lágrimas da madrugada. Eu havia sonhado com Rony novamente, como não sonhava á dias. E todas aquelas sensações devastadoras vieram de forma tão surpreendentemente forte que quase quebraram minhas estruturas. Quase. Pois eu não era nem competente o suficiente para me afogar em um rio de lagrimas. Pois eu apenas chorava e chorava, as lágrimas nunca me sufocavam. Era patético.

Deixei meu corpo ser elevado para o lado, até que eu estivesse sentada preguiçosamente sobre os lençóis desarrumados. Alonguei-me e logo me pus de pé, mesmo que sem animação. Peguei a água que jorrava da torneira com as mãos em forma de concha, á jogando no rosto. Repeti isso várias vezes, mas meu rosto ainda ficava inchado. Mas quem se importava? Eu não tinha de seduzir Rony novamente. Nem tinha de estar bonita para ele.

Porque ele estava morto.

E era isso. Ele não iria voltar, não importava quantas lágrimas caíssem. Pois eu era somente mais uma tola com uma paixão impossível. Ridícula e patética. Incompetente e idiota. Burra e metida. Soquei a parede sem pensar e deixei minha mão ali, mesmo que doendo. Suspirei deixando meu punho descer para o lado do corpo e comecei á vestir minhas roupas. Hoje iríamos á Hogesmeade. Ou melhor, eles iriam, afinal, eu não tinha nenhuma razão para ir. Apenas desci as escadas para me despedir de Harry, que não precisava mais de autorização para entrar na cidade pequena.

Deixei Harry com o grupo enorme de pessoas e segui para a Floresta Proibida. Eu não sabia o que estava fazendo ali, mas não era de muita importância. Andei até onde Grumpe estava sentando-me em sua frente. Ele abriu os olhos sonolentos, mas logo se animou, se levantando e correndo até mim. Mas seus dedos ficaram á centímetros do meu rosto, com a brisa forte carregando meus cabelos. A corda o havia impedido como eu previra.

Suspirei pesadamente enquanto ele tentava brincar comigo com algo novo que ele havia encontrado pela floresta. Fechei os olhos, eu estava cansada. Cansada de pensar, cansada de lembrar, cansada de fazer, falar, rir, chorar, sentar, andar ou até mesmo viver. Mas não podia quebrar a promessa de Harry. Eu nunca quebrava uma promessa.

Levantei-me. Eu não ficaria mais ali. Comecei á andar para a Sala Precisa, penso que Draco não estaria ali. Mero engano. Ele estava sobre o sofá vermelho e dourado ali na lateral, ofegando como um cavalo depois da maratona. Corri para ajudá-lo.

_Draco! O que aconteceu?_Perguntei espantada, vendo sua blusa social branca com várias manchas de sangue, enquanto seu peito se elevava e relaxava rapidamente.

_Eu...

_Não, deixe para lá, não diga nada._Falei._Só vai piorar as coisas.

Então rasguei sua camisa branca, desejando á sala precisa algodões. Apareceu lentamente um pote cheio deles ao meu lado, então peguei na minha bolsa uma garrafa grande com uma poção revigorante. Fiz Draco tomá-la e depois, com minha varinha, fiz os cortes profundos sararem. Peguei água e molhei os algodões nela, para depois começar á passar lentamente sobre o sangue agora estacado. Ele estava dormindo, por isso não se rebatia. Prendi a respiração enquanto passava a água sobre seu peito musculoso.

Seu peito era bem formado, devia ser por causa de ser um ex-comensal e pelo fato de ser jogador de quadribol. Passei lentamente os algodões sobre ele, as gotas caiam lentamente no vão entre cada músculo. Mas o que me deixava irritada era o fato de eu não conseguir afastar os olhos dele.

Depois que eu limpei todo o sangue, costurei e limpei sua camisa com magia, colocando-a em seu corpo novamente. Draco acordou aproximadamente 7 minutos mais tarde. Assim que abriu os olhos acinzentados, os mesmos percorreram por toda a extensão da sala, encontrando-se com os meus olhos cor avelã.

_O que aconteceu?_Perguntei depois de poucos segundos de silencio.

Ele desviou o olhar, seus lábios estavam descolados, como se ele ainda estivesse se acostumando á tudo.

_Eu..._Ele começou com a voz tremula._Acho... Que..._Ele olhou para mim, seus olhos se arregalaram._Teodoro!_Ele gritou com raiva e se levantou._Eu mato aquele... Uh!_Soltou um gemido de dor e quase caiu no chão, sendo amparado por mim, que estava ajoelhada no chão.

_Calma._Falei, levando-o com um pouco de dificuldade para o sofá novamente._Conte-me lentamente.

_Eu o encontrei num corredor vazio e então ele começou á falar... Coisas ruins sobre minha mãe._Ele parecia ainda ter dor no abdome._E então eu me descontrolei e comecei á partir para cima dele, mas Teodoro já estava preparado e me lançou um feitiço silencioso.

Apenas acenei que sim com a cabeça e deixei ele se deitar no sofá.

_Sei... Entendo._Falei finalmente, fazendo uma massagem em seu abdome definido.

_Uh..._Ele gemeu de dor enquanto eu o massageava._Por que está fazendo isso, Granger?

_Ignorar uma pessoa ferida é contra meus princípios._Falei prontamente.

Iria sentar-me, mas senti meu braço sendo preso. Uma pulseira que um dia minha mãe me dera quando eu era pequena havia se prendido ali, deixando meu braço preso. Tentei tirá-lo, mas não consegui, até que senti duas mãos quentes em meu pulso. Olhei para os olhos cinzentos de Draco, que agora olhava cuidadosamente para meu pulso fino. Ele retirou com facilidade a pulseira de ouro do sofá, mas tudo o que eu conseguia sentir direito era o calor de seu corpo que passava para meu pulso frágil. Ele olhou para mim, soltando o meu pulso.

_Perdeu algo, Granger?_Ele perguntou rudemente, mas eu continuava á olhar para ele, não conseguia parar de olhar seus olhos acinzentados._Está me assustando._Ele brincou com seu sorriso torto de sempre.

_Ah... Obrigada pela... Pela pulseira._Agradeci meio atrapalhada.

_Não há de que._Ele disse olhando distraidamente para o nada ao seu lado.

Então eu reparei que, deitado de lado daquela forma, olhando para o nada e deixando seu braço apoiado na perna direita dobrada... Ele parecia um deus. O que era muito estranho, eu nunca o compararia á alguém divino. Seu rosto sombrio e misterioso, as curvas do tórax perfeitas, os olhos cinzentos, brilhantes e expressivos. Engoli seco e olhei para baixo, procurando sair daquela prisão estranha que ele me fez entrar e então ele finalmente quebrou o silencio.

_Obrigado por cuidar de mim, foi muita gentileza sua.

_Não foi nada._Murmurei ainda olhando para o chão, procurando alguma resposta por tanta atração.

_Alguma coisa está lhe incomodando?

_Oh, não, não, claro que não._Respondi apressada.

_Hm... Eu estou te devendo uma, por você ter cuidado de meus ferimentos._Ele jogou a cabeça para trás, olhando para o teto._Um dia eu te recompenso.

_Por que Draco Malfoy iria dever algo por Hermione Granger?_Perguntei ligeiramente espantada.

_Eu sou sonserino..._Ele olhou para mim, com aquele lindo sorriso malicioso brincando nos lábios._Mas meus pais me deram a devida educação.

Sorri ligeiramente. Logo depois, ele me apresentou os ingredientes para que eu pudesse fazer a poção polissuco e assim comecei á misturá-los, tentando não me perder em Pensamentos... Proibidos.


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Notas finais do capítulo

UUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUH, COMEÇOU O ROMANCE
shaushaushaushuahsuha o
Bom, é isso .-. por favor, recomendem, deixem reviews e façam uma autora feliz *--*
Beijos!