Ah, o passeio foi divertido..

Mas prefiro não entrar em detalhes tão intimos.

Talvez agora vocês queiram me matar, é claro.

Cheguei em casa supeeeeeeeeeeer tarde, estava quase amanhecendo.

Então seria supeeeeeeeeeeer cedo, certo?

Cheguei rindo a toa, mas tudo bem.

Abri a mala e coloquei o resto das coisas.

Peguei minha mochila e guardei meu video game portátil.

Sentei na cama e suspirei.

É. Estaria viajando daqui a algumas horas.

"Não vai, não." ele disse..

Mas..Sabe, é dificil.

Eu bem que poderia fazer uma loucura e fugir no aeroporto.

Mas onde eu moraria?

Com o Kai?

Com o Uruha?

Ah, vamos lá, foi só uma transa casual, não?

Ele nem deve gostar de mim como eu gosto dele.

Me levantei e fui tomar um banho.

Depois desci pra beber um copo de leite.

-Onde você tava?

Me virei.

Esqueci que minha mãe acorda cedo.

-Com um amigo.

-Até essa hora?

-Relaxa, eu não tava trasando com ele.. - ri e bebi meu leite.

-Takanori..

-Sabe, mãe..Ontem foi meu último dia em Tokyo, só porque seu advogado é um incompetente não significa que eu não possa me despedir dos meus amigos. - bufei e subi pro quarto.

Me joguei na cama.

Peguei o celular e fiquei olhando pro display.

Eu e o Kou haviamos tirado uma foto juntos, a qual agora era meu papel de parede do celular.

Sorri.

E antes que percebesse comecei a chorar.

Abracei o travesseiro.

Sabe, eu ficaria meses, talvez anos sem ver o Kou.

Sem ver o Kai.

Seria horrível.

Nem japonês eu sei falar direito, imagine inglês.

Já devia ser umas 10 da manhã quando o Kai ligou avisando que estaria vindo e traria um amigo.

Sorri.

O velho e bom Kai.

Me levantei e fui espera-lo no quintal.

O vi chegar conversando com um rapaz loiro, com uma faixinha no nariz.

Ele era muitoo fofo.

-Ruki-chaaan!! - Kai gritou, vindo me abraçar, quase chorando.

O abracei forte.

Sabe, o abraço dele me tranquilizava, mas nesse dia em especifico me deixou mais agitado.

Ele se separou e sorriu.

-Esse é o meu amigo, Akira...Pode chamar ele de Reita, ele não liga.. - Kai sorriu, mostrando as lindas covinhas.

-P-prazer! - Reita sorriu, estendendo a mão.

-Prazer! - sorriu e apertei sua mão. - Que pena que só nos conhecemos agora.

-É.. - ele sorriu triste.

Ficamos em silêncio durante um tempo.

Logo uns tios e tias minhas começaram a chegar para se despedir.

Ficamos conversando e rindo depois.

Reita era legal, um pouco timido demais e um pouquinho lesado.

Mas ele era legal apesar de tudo.

E muito fofo.

Vi Uruha vindo ao longe.

Estava com fones, distraído.

Me levantei e fui de encontro a ele.

Ele sorriu e a gente se abraçou. Bem forte.

Ganhei até um beijinho no pescoço.

Me virei e fomos caminhando de volta a minha casa.

Kai e Reita sorriram.

Mas pude quase ter certeza que o sorriso do loiro era triste.

Cara, o Kai tremeu de novo.

Dessa vez eu ri.

Ficamos os quatro sentados, conversando.

Foi horrível a hora que eu tive que ir embora e deixar eles lá.

Pior ainda foi passar quase 20hrs num negócio de metal flutuando no ar.

Vomitei umas quatro vezes.

Mas eu esperava que ainda iria ver o Kouyou e os outros de novo.