- O que tem de errado nisso, Tom? – Perguntou Anita.    Eu não a entendia, não sabia quando ela era ingênua. Ou irônica.

   - Tudo está errado! Você não vê, menina? Eu estou na cama com você! Como eu pude? Tenho idade para ser seu pai, são quase 20 anos de diferença! Isto é errado! Eu devo estar louco. não sei o que houve comigo nesses últimos meses. – Falei atordoado, caçando as roupas dela no chão. Eu pude ver seu rosto confuso, me encarando. Eu não tinha coragem de encará-la. Desabafei o que me preocupava, só não tinha certeza se o desabafo me faria bem. Os últimos meses foram inevitavelmente atordoantes, mas por outro lado, foram maravilhosos, me fazendo sentir novo como nunca.

- O quê? – ela gritou – Eu não acredito nisso. – Ela recolheu suas roupas dos meus braços e saiu semi-nua em direção à porta. -  Normalmente eu à acompanharia até lá, mas hoje mal consigo me mover. Não acredito que fiz tamanha burrice.