Entre o Céu e o Inferno escrita por YagamiMegumi


Capítulo 4
Brigas e Arrependimentos




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          ((Anja Melissa))

            -Ta gostando??- Falei brincalhona e ele bufou.

            -Ei cara!! Relaxa, curte a vida Falei respirando ar puro, ele grunhiu cheio de ódio.

            -Curtir a vida?? Olha que fala, seu anjo insolente, não faz nem seu trabalho direito! – Ele cuspiu as palavras e aquilo me magoou um pouco. Irritei-me logo.

            -Quem você pensa que é? Se acha o tal e não é nada. Idiota! É um simples ser inútil - Devolvi no mesmo tom. Depois aconteceu tão rápido que eu não vi direito, só vi algo vermelho vindo em minha direção e depois eu estava no chão com um pouco da minha asa queimada. FDP! Senti algo se formando em minha mão e sem pensar duas vezes joguei com toda força, ele voou pra trás batendo em uma árvore e a quebrando no meio. Opa! Acho que exagerei! Logo em seguida ele saiu de lá com a pior expressão do mundo. Ai Papai me protege. Aquele olhar, dizia "Vou te matar!"Eu sou muito nova pra morrer, eu ainda nem pequei.

            Ele parou na minha frente. Seus olhos estavam queimando de ódio e antes que eu pudesse correr, ele agarrou-me pelo pescoço, levantando-me e parecia tirar o ar de meus pulmões. Eu tentava me debater, mas ele era muito forte, sentia o ódio fluir pelo seu braço me transmitindo medo e agonia. Tenha fé, minha mente gritava. Mas meu corpo se debatia desesperadamente procurando por ar.

            Ele soltou o meu pescoço e eu me engasguei com minha própria saliva. Depois não respondi por mim virei meu corpo e dei o maior e melhor soco que um anjo pode dar. Juro que ele voou. Depois dessa chega! Levantei, virei e saí em direção a estrada, melhor eu me acalmar, se não vou acabar no inferno por matar alguém, ou melhor, alguma coisa. Continuei caminhando sem rumo pela estrada. É tarde e eu aqui vagando, ele deve estar se divertindo por aí. Sabe de uma coisa?? É isso que eu vou fazer. Curtir.

            Agora eu vou pro único lugar que pode me fazer esquecer isso e me acalmar .UMA AGÊNCIA DE MODELOS MASCULINOS. Minhas asas estavam ardendo um pouco, mas não me importe. Depois passa. Corri até o prédio, entrei calmamente e sentei-me em uma poltrona vazia ao lado dos fotógrafos, o primeiro foi um loiro dos olhos azuis, muito gato!

            -É, esse é bonito! – Falei pro jurado ao lado.Outro entrou meio parecido com o primeiro. Não gosto de figurinha repetida. Ele fez poses desde engraçadas até sexys ,outros entraram e eu me senti no paraíso. Tecnicamente é claro, mas no meio disso um pensamento me assombrou. O que ele está fazendo agora?? Me repreendi internamente por pensar nele e olhei de novo pro meu cof,cof, tanquinho .Mas toda vez que eu olhava pros olhos do modelo eu via aqueles olhos vermelhos hipnotizantes, todo tanquinho que eu via, minha mente me traia mostrando a máquina dele deixando os outros no chinelo.

            -Por que ele?? - Falei chorosa. – Ele só quer me fazer de idiota, eu sei. Já chega! – Saí da agência correndo e me deparei com uma lua tão linda que me fez parar. Sentei em um banco e a observei. Algumas crianças brincavam animadamente por ali, eu deixei a lua de lado e admirei a felicidade delas, dois caras bêbados estavam ali perto. Observando, maliciosos, seus demônios estavam com um sorriso tão grande que parecia eu quando estava na agência ainda pouco, eles se aproximaram delas, duas crianças, dois caras, dios demônios, eu não iria olhar isso!

            Andei rapidamente até as crianças e me pus na frente delas, os diabinhos me olhavam de cima a baixo ,enquanto os humanos somente observavam as crianças.

            -Nem pense nisso! Vocês não irão machucá-las! - Minhas palavras saíram afiadas e desafiadoras. Eu já estava preparando todo o meu poder. Proteger, essa é a minha missão, e se eu não sair dessa, eles também não vão. Alguns demônios ficam armados outros confiam no seu taco, e para minha sorte, ou não, só um deles estava com um punhal. O diabinho do punhal avançou em mim e eu desviei, agradeci mentalmente por não ter faltado a nenhuma aula de luta. Ele tentou de novo e eu segurei o seu braço, ele se aproveitou, girou o seu próprio braço me fazendo cair no chão. Veio então com o punhal diretamente no meu peito, mas no ultimo momento eu rolei no chão e agarrei a perna do segundo, puxando-o para o chão também.

            Nós girávamos um por cima do outro, decidindo quem assumiria. Peguei impulso e travei minhas pernas na sua cintura, distribui vários socos até que senti algo sendo enfiado no meu braço. O punhal, doía como se estivesse sangrando, tirei a faca do meu braço, o que me causou uma enorme agonia e o enfiei no peito do cara a minha frente. Levantei-me meio fraca, agora eu estava no comando! Tentei o atacar, mas ele desviou um plano já havia se formado. Então corri em sua direção, mas no ultimo segundo bati minhas asas, assim passando por cima dele, enquanto fazia isso eu dei um chute em sua mão e o desarmei.

            Fiquei assim acima deles, os dois no chão me olhavam espantados. Meu vestido estava levantado e eles podiam ver minha calcinha, esse pensamento me fez dar um sorriso e um misto de vergonha e excitação. Um deles estava levantando então eu falei alto e com segurança

            -Vou deixar vocês irem embora, pois sou misericordiosa, mas não apareçam mais na minha frente, a justiça divina não perdoa.

            Os dois correram para longe 

            Saí de lá quando os humanos bêbados decidiram voltar pra casa.

            Só mais alguns passos! Não feche os olhos! Minha mente gritava enquanto eu ia pra casa de Joey, cada passo era como se aquele demônio na minha perna. Cada passo doía como se eu estivesse andando sobre pregos. Até que finalmente cheguei...

            O diabinho estava descansando calmamente na cadeira, mas quando entrei pela porta, seus olhos automaticamente se abriram, me encarando com curiosidade, surpresa, dor, e outras coisas que eu não consegui identificar. Naquele momento eu queria gritar e chorar, mas segurei minhas lágrimas.

            -M-me a-ajude, por favor – Sussurrei com muita dificuldade, depois senti meu corpo amolecer e braços fortes o segurarem.


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