A última Cartada escrita por daghda


Capítulo 25
Fidelius realizado?


Notas iniciais do capítulo

Enfim, as novas famílias Potter e Longbotton estão sob a proteção mais poderosa e perfeita que a Ordem da Fenix poderia ter planejado para eles. Mas como exatamente. realmente, isso se deu?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/10152/chapter/25

 

Com uma pequena explosão, que ecoou um pouco mais do que o trio esperava, assustando-os um pouco e logo depois causando breves e disfarçadas gargalhadas nos amigos que acabavam de chegar, Frank, Alice e Héstia não se deixaram distrair. Sem que o segundo pudesse dar lugar a seu sucessor, Frank e Héstia caminhavam de cômodo a cômodo da casa invocando encantamentos de proteção e defesa que Dumbledore em pessoa os ensinou enquanto Alice segurava o pequeno Neville ainda no colo.

 

Esse processo não consumiu muito tempo, e também não era o objetivo principal: Quase exaustivamente Dumbledore insistira que era imprescindível que uma vez os casais e seus filhos em suas casas, o feitiço Fidelius deveria ser selado sem demora, porque era o único feitiço que garantiria integral proteção a eles.

 

Por isso Héstia não se demorou. Eficiente, como vinha se mostrando em tudo que empreendia depois de concluir seu sétimo ano em Hogwarts, se posicionou diante de Frank e aguardou até Alice conjurar um carrinho de bebê para acomodar Neville. E deu início ao ritual para selamento do Fidelius.

 

Dizia com imponência as palavras rituais que decorara:

 

_EU, HESTIA JONES, BRUXA, PELO PODER QUE DOMINO, DECLARO QUE ESTE LOCAL SERÁ O REFUGIO SEGURO E IMPENETRÁVEL DE FRANK LONGBOTTON, BRUXO, ALICE LONGBOTTON, BRUXA, E SEU PEQUENO FILHO, NEVILLE LONGBOTTON.

 

INVOCO OS PODERES DO EQUILIBRIO UNIVERSAL PARA QUE SE MATERIALIZEM AO REDOR DESTA CASA, TORNANDO-A IMPENETRAVEL E INVISÍVEL A QUALQUER OLHAR.

 

SELO ESTE ENCANTAMENTO DECLARANDO E AFIRMANDO O AMOR FRATERNAL QUE SINCERAMENTE SINTO PELOS AMIGOS DIANTE DE MIM.

 

PEÇO A VOCÊS, ALICE, FRANK, QUE ME PERMITAM SELAR ESTE ENCANTAMENTO E ATIVÁ-LO INDELEVELMENTE ENQUANTO EU VIVER.

 

E terminando de dizer esta primeira parte do ritual, Frank toma a palavra para dar prosseguimento.

 

_HESTIA JONES, VOCÊ GARANTE, COM SINCERIDADE E CONFIANÇA, QUE É DE LIVRE E ESPONTÂNEA VONTADE QUE SE DISPÕE A SELAR E ATIVAR ESSE ENCANTAMENTE E LEGITIMAR ESSA MAGIA ANTIGA?

 

_GARANTO.

 

_E TEM PLENA CONSCIÊNCIA DO QUE ELE ACARRETA?

_TENHO.

 

_E SE DISPÕE A MANTER INTÁCTO ESTE SEGREDO, ADMINISTRANDO-O COM RESPONSABILIDADE, REVELANDO-O APENAS PARA AS PESSOAS DA MAIS ALTA CONFIANÇA, ATÉ O MOMENTO EM QUE ELE NÃO MAIS FOR NECESSÁRIO OU, CASO SEJA INEVITÁVEL, ATÉ SEU TÚMULO?

 

Esta parte, Frank dizia bem contrariado. Mas não tendo escolha, sendo esta parte fundamental para o funcionamento do feitiço,o fez. Já Hestia responde com seriedade e orgulho na voz, com um tom levemente alterado pela obstinação:

 

_ME DISPONHO.

 

_ENTÃO EU, FRANK LONGBOTTON, LEGITIMO DONO DESTA CASA, ME RESPONSABILIZO POR TODOS QUE NELA COMIGO HABITARÃO E SE PROTEGERÃO, E INTITULO VOCÊ, HESTIA JONES, A GUARDIÃ DO SEGREDO DE SUA LOCALIZAÇÃO. SOMENTE VOCÊ O PODERÁ COMUNICAR A UM SEU CONFIÁVEL, E SOMENTE VOCÊ PODERÁ ROMPÊ-LO, CASO UM DIA SEJA POSSÍVEL.

 

Então os dois juntaram suas mãos esquerdas diante de seus corpos, e com a direita empunham a varinha, primeiro em direção às próprias mãos, lançando sobre elas uma forte e quente luz prateada, e logo depois erguem a varinha, como Dumbledore havia orientado. Nessa hora nenhum dos presentes na casa puderam evitar a surpresa. Somente o pequeno bebê, que dormia inocentemente permaneceu em seu descanso, apenas sorrindo de algum sonho bom embalado pelo suave calor que o feitiço gerava. Da ponta das duas varinhas a mesma luz prateada que emanou para suas mãos começou a emanar novamente, mas incrivelmente multiplicada em quantidade e em intensidade, aquecendo todo o ambiente e se espalhando por toda a casa. Puderam notar que essa luz não se limitava às paredes, mas se projetara para os quintais, e depois mudavam a cor para um lilás incandescente e continuava a se expandir até perder-se nas vistas possíveis pela janela. Alguns minutos se passaram e essa luz foi lentamente diminuindo até se extinguir. Estava feito, e Hestia achou por bem não perder tempo e, como Dumbledore instruíra, decidiu voltar o mais brevemente possível para sua presença. Depois de abraçar longa e ternamente os dois amigos, beijar levemente as mãozinhas de Neville, sai pela porta da frente, para aparatar na rua, pois a partir de agora, não mais era possível aparatar e desaparatar nem de dentro para fora, nem de fora para dentro da casa.

 

 

Já no pequeno e aconchegante chalezinho de dois andares dos Potter, outro trio de amigos e um bebezinho acabavam de aparatar na pequena e aconchegante sala de estar. Sirius, muito apreensivo, não gostou, mas não conseguiu impedir quando Tiago deixou Lílian parada com Harry no meio da sala e se juntou a ele proferindo os complicados encantos que Dumbledore recomendou copiosamente.

 

Mas ali, naquela casa, as coisas não correram da mesma maneira como ocorreram para os Longbotton. Uma vez protegida toda a casa, atividade na qual Sirius inclusive dedicara mais esforço do que o aconselhado por Dumbledore, ele se vira para Tiago e pede que ele se sente uns minutos:

 

_Tiago, você não pode ignorar o que estou dizendo.

 

_Do que está falando, Sirius? Não estou entendendo.

 

_Estou falando dos riscos, Tiago. Entre todos os membros da Ordem da Fênix, eu sou aquele em quem eles tem mais sede de vingança. Não acha que eu seria o próximo que eles procurariam para seqüestrar e tentar tirar á força da minha boca a localização de vocês?

 

_Sei que você jamais nos trairia, Sirius. Eu sei que não abriria a boca, e sei também que não está com medo de ser capturado. Sei que não teria medo de morrer... por... nós.... por Harry.

 

_Sem dúvida. Mas pense. Precisamos despistá-los. Lupin não estava sem razão quando saiu daquela mansão improvisada em Hogwarts. Nós dois seríamos perseguidos, e seria fácil para os comensais descobrir que há um novo esconderijo e um novo Fidelius. Eu jamais revelaria o segredo, nem que me matassem, e eles jamais conseguiriam descobrir essa casa tentando ler minha mente. Mas pense, poderiam nos capturar, a mim ou a Lupin, e descobrir por legilimancia quem é o fiel, assim como descobriram seu pai. E se descobrirem de alguma forma que quando o fiel morre todos os conhecedores do segredo se tornam fiéis, podendo revelar o segredo, e se existir realmente o traidor entre os membros da Ordem, como desconfia Dumbledore... entende, Tiago? Eu morreria, mas se eu for o fiel, não seria nada bom para vocês se eu morresse. E se fosse o Lupin, seria exatamente a mesma situação.

 

_Mas Sirius, então, o que faremos? Estamos aqui, só nos quatro: você, eu, Lily e o Harry. Nós não podemos ser o fiel, nem eu nem Lily, porque somos nós que seremos protegidos pelo encanto.

 

_Acalme-se Tiago. Eu sei exatamente o que fazer. Sei quem pode ser o fiel. Jamais ninguém desconfiaria ser ele. E ele jamais nos trairia, e daria sua vida por qualquer um de nós, exatamente como eu ou Lupin.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Taí, mais um capítulo...
Abração
Daghdad Mac Bel



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A última Cartada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.