A última Cartada escrita por daghda
Notas iniciais do capítulo
Enfim, as novas famílias Potter e Longbotton estão sob a proteção mais poderosa e perfeita que a Ordem da Fenix poderia ter planejado para eles. Mas como exatamente. realmente, isso se deu?
Com uma pequena explosão, que ecoou um pouco mais do que o trio esperava, assustando-os um pouco e logo depois causando breves e disfarçadas gargalhadas nos amigos que acabavam de chegar, Frank, Alice e Héstia não se deixaram distrair. Sem que o segundo pudesse dar lugar a seu sucessor, Frank e Héstia caminhavam de cômodo a cômodo da casa invocando encantamentos de proteção e defesa que Dumbledore em pessoa os ensinou enquanto Alice segurava o pequeno Neville ainda no colo.
Esse processo não consumiu muito tempo, e também não era o objetivo principal: Quase exaustivamente Dumbledore insistira que era imprescindível que uma vez os casais e seus filhos em suas casas, o feitiço Fidelius deveria ser selado sem demora, porque era o único feitiço que garantiria integral proteção a eles.
Por isso Héstia não se demorou. Eficiente, como vinha se mostrando em tudo que empreendia depois de concluir seu sétimo ano em Hogwarts, se posicionou diante de Frank e aguardou até Alice conjurar um carrinho de bebê para acomodar Neville. E deu início ao ritual para selamento do Fidelius.
Dizia com imponência as palavras rituais que decorara:
_EU, HESTIA JONES, BRUXA, PELO PODER QUE DOMINO, DECLARO QUE ESTE LOCAL SERÁ O REFUGIO SEGURO E IMPENETRÁVEL DE FRANK LONGBOTTON, BRUXO, ALICE LONGBOTTON, BRUXA, E SEU PEQUENO FILHO, NEVILLE LONGBOTTON.
INVOCO OS PODERES DO EQUILIBRIO UNIVERSAL PARA QUE SE MATERIALIZEM AO REDOR DESTA CASA, TORNANDO-A IMPENETRAVEL E INVISÍVEL A QUALQUER OLHAR.
SELO ESTE ENCANTAMENTO DECLARANDO E AFIRMANDO O AMOR FRATERNAL QUE SINCERAMENTE SINTO PELOS AMIGOS DIANTE DE MIM.
PEÇO A VOCÊS, ALICE, FRANK, QUE ME PERMITAM SELAR ESTE ENCANTAMENTO E ATIVÁ-LO INDELEVELMENTE ENQUANTO EU VIVER.
E terminando de dizer esta primeira parte do ritual, Frank toma a palavra para dar prosseguimento.
_HESTIA JONES, VOCÊ GARANTE, COM SINCERIDADE E CONFIANÇA, QUE É DE LIVRE E ESPONTÂNEA VONTADE QUE SE DISPÕE A SELAR E ATIVAR ESSE ENCANTAMENTE E LEGITIMAR ESSA MAGIA ANTIGA?
_GARANTO.
_E TEM PLENA CONSCIÊNCIA DO QUE ELE ACARRETA?
_TENHO.
_E SE DISPÕE A MANTER INTÁCTO ESTE SEGREDO, ADMINISTRANDO-O COM RESPONSABILIDADE, REVELANDO-O APENAS PARA AS PESSOAS DA MAIS ALTA CONFIANÇA, ATÉ O MOMENTO EM QUE ELE NÃO MAIS FOR NECESSÁRIO OU, CASO SEJA INEVITÁVEL, ATÉ SEU TÚMULO?
Esta parte, Frank dizia bem contrariado. Mas não tendo escolha, sendo esta parte fundamental para o funcionamento do feitiço,o fez. Já Hestia responde com seriedade e orgulho na voz, com um tom levemente alterado pela obstinação:
_ME DISPONHO.
_ENTÃO EU, FRANK LONGBOTTON, LEGITIMO DONO DESTA CASA, ME RESPONSABILIZO POR TODOS QUE NELA COMIGO HABITARÃO E SE PROTEGERÃO, E INTITULO VOCÊ, HESTIA JONES, A GUARDIÃ DO SEGREDO DE SUA LOCALIZAÇÃO. SOMENTE VOCÊ O PODERÁ COMUNICAR A UM SEU CONFIÁVEL, E SOMENTE VOCÊ PODERÁ ROMPÊ-LO, CASO UM DIA SEJA POSSÍVEL.
Então os dois juntaram suas mãos esquerdas diante de seus corpos, e com a direita empunham a varinha, primeiro em direção às próprias mãos, lançando sobre elas uma forte e quente luz prateada, e logo depois erguem a varinha, como Dumbledore havia orientado. Nessa hora nenhum dos presentes na casa puderam evitar a surpresa. Somente o pequeno bebê, que dormia inocentemente permaneceu em seu descanso, apenas sorrindo de algum sonho bom embalado pelo suave calor que o feitiço gerava. Da ponta das duas varinhas a mesma luz prateada que emanou para suas mãos começou a emanar novamente, mas incrivelmente multiplicada em quantidade e em intensidade, aquecendo todo o ambiente e se espalhando por toda a casa. Puderam notar que essa luz não se limitava às paredes, mas se projetara para os quintais, e depois mudavam a cor para um lilás incandescente e continuava a se expandir até perder-se nas vistas possíveis pela janela. Alguns minutos se passaram e essa luz foi lentamente diminuindo até se extinguir. Estava feito, e Hestia achou por bem não perder tempo e, como Dumbledore instruíra, decidiu voltar o mais brevemente possível para sua presença. Depois de abraçar longa e ternamente os dois amigos, beijar levemente as mãozinhas de Neville, sai pela porta da frente, para aparatar na rua, pois a partir de agora, não mais era possível aparatar e desaparatar nem de dentro para fora, nem de fora para dentro da casa.
Já no pequeno e aconchegante chalezinho de dois andares dos Potter, outro trio de amigos e um bebezinho acabavam de aparatar na pequena e aconchegante sala de estar. Sirius, muito apreensivo, não gostou, mas não conseguiu impedir quando Tiago deixou Lílian parada com Harry no meio da sala e se juntou a ele proferindo os complicados encantos que Dumbledore recomendou copiosamente.
Mas ali, naquela casa, as coisas não correram da mesma maneira como ocorreram para os Longbotton. Uma vez protegida toda a casa, atividade na qual Sirius inclusive dedicara mais esforço do que o aconselhado por Dumbledore, ele se vira para Tiago e pede que ele se sente uns minutos:
_Tiago, você não pode ignorar o que estou dizendo.
_Do que está falando, Sirius? Não estou entendendo.
_Estou falando dos riscos, Tiago. Entre todos os membros da Ordem da Fênix, eu sou aquele em quem eles tem mais sede de vingança. Não acha que eu seria o próximo que eles procurariam para seqüestrar e tentar tirar á força da minha boca a localização de vocês?
_Sei que você jamais nos trairia, Sirius. Eu sei que não abriria a boca, e sei também que não está com medo de ser capturado. Sei que não teria medo de morrer... por... nós.... por Harry.
_Sem dúvida. Mas pense. Precisamos despistá-los. Lupin não estava sem razão quando saiu daquela mansão improvisada em Hogwarts. Nós dois seríamos perseguidos, e seria fácil para os comensais descobrir que há um novo esconderijo e um novo Fidelius. Eu jamais revelaria o segredo, nem que me matassem, e eles jamais conseguiriam descobrir essa casa tentando ler minha mente. Mas pense, poderiam nos capturar, a mim ou a Lupin, e descobrir por legilimancia quem é o fiel, assim como descobriram seu pai. E se descobrirem de alguma forma que quando o fiel morre todos os conhecedores do segredo se tornam fiéis, podendo revelar o segredo, e se existir realmente o traidor entre os membros da Ordem, como desconfia Dumbledore... entende, Tiago? Eu morreria, mas se eu for o fiel, não seria nada bom para vocês se eu morresse. E se fosse o Lupin, seria exatamente a mesma situação.
_Mas Sirius, então, o que faremos? Estamos aqui, só nos quatro: você, eu, Lily e o Harry. Nós não podemos ser o fiel, nem eu nem Lily, porque somos nós que seremos protegidos pelo encanto.
_Acalme-se Tiago. Eu sei exatamente o que fazer. Sei quem pode ser o fiel. Jamais ninguém desconfiaria ser ele. E ele jamais nos trairia, e daria sua vida por qualquer um de nós, exatamente como eu ou Lupin.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Taí, mais um capítulo...
Abração
Daghdad Mac Bel