Feliz Aniversário, ash escrita por TreinadorX


Capítulo 1
Capítulo único




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/101243/chapter/1

Na cidade de Pallet, mais precisamente na casa de Délia Ketchum, estava acontecendo uma festa que comemorava o décimo e quinto aniversário de Ash. Sua mãe fez questão de convidar todos os amigos que o filho fez durante sua jornada, pois seu filho estava prestes a atingir um nível mais elevado de treinador de Pokémon. Ash estava se tornando um treinador cada vez melhor.

Durante a festa, em meio aos amigos, Ash percebe a ausência de alguém especial.

Sim.

Ela.

A ruiva.

Embora não a visse na casa, sabia que ela tinha comparecido a festa, pois a viu conversando com Délia na varanda assim que chegou. A provável explicação para ausência devia ser o fato da ruiva querer fugir da aglomeração. Assim sendo o jovem treinador decidiu procurá-la e sem se importar muito com a festa, achando também que não iam ligar, pois já tinham cantado parabéns e coisa e tal. Como ainda não tinha avistado a ruiva decidiu se afastar ainda mais da casa para procurar Misty, temendo que ela tenha ido embora, mas a procura não demorou muito, pois Ash avistou a ruiva contemplando um riacho ali perto. Ela estava de costas e não tinha percebido a presença dele até que ele se manifestou.

ASH – A festa está tão ruim assim?

MISTY – Ash?! (ela se vira assustada)

ASH – Perdão por tê-la assustado.

MISTY – Não tudo bem. (ela sorri e volta a olhar para o riacho) – Eu vim aqui só para pensar um pouco.

ASH – Importa-se em me dizer em que estava pensando?

MISTY – Em nós.

Misty disse isso com seu melhor sorriso e depois se sentou na grama para continuar a contemplar o riacho. O coração de Ash disparou ao ouvir a palavra ‘nós’, mas ficou na dúvida se esse ‘nós’ se referia somente aos dois ou a eles e mais todos os amigos. Por isso ele precisava de uma confirmação por isso se aproximou dela para se sentar ao seu lado.

ASH – O que quer dizer com ‘nós’? Não entendi.

MISTY – Mesmo? (ela fica um pouco triste) – “Por que estou surpresa? Como se ele se importasse com outra coisa a não ser batalhas Pokémon.” (pensando para em seguida forçar um sorriso) – Faz exatamente cinco anos que nos conhecemos, Ash. Esqueceu-se que foi no seu aniversário de dez anos?

ASH – Não houve um momento que esqueci o dia em que conheci a pessoa mais importante na minha vida.

Ele disse isso com o rosto virado e um tom bem baixo, mas audível o suficiente para que Misty escutasse. A ruiva corou imediatamente diante daquela quase confissão e era esse ‘quase’ que fazia com que Misty também permanecesse com o rosto virado. Ash sentia que precisava dizer mais alguma coisa, mas nada veio a cabeça. Ainda sim, instintivamente, seu braço esticou fazendo com que sua mão percorresse pela grama até que chegasse a mão dela, suavemente. O momento era precioso, ela sorriu para ele da maneira que sempre fez seu coração derreter em uma maneira que nunca entendeu e apertou sua mão. Ash tinha criado o clima perfeito, mas ainda assim era um garoto e sendo assim achou que tudo aquilo estava ficando meloso demais. Por isso ele teve de quebrar o clima voltando a olhar para ela e rindo maliciosamente.

ASH – Obviamente, nunca que esqueceria o dia que conheci o Pikachu.

MISTY – Pikachu é? (ela também volta a olhar para ele) – Então é dele que estava falando? (ela ri um pouco) – Apesar de gostar dele, Pikachu não é uma pessoa e sim um Pokémon.

ASH – É verdade. Não era dele que eu falava.

Misty sabia que Ash só podia estar se referindo á ela quando disse a pessoa mais importante da vida dele. Ela teve certeza disso na troca de olhares que se estabeleceu entre eles naquele momento mágico. Não havia necessidade de palavras para expressar o que sentiam. Precisava era de gesto, ação. Sendo assim, ainda sentados na grama em frente ao riacho, seus rostos se aproximaram lentamente, como a força de um imã, até que seus lábios se tocassem suavemente materializando um beijo tão terno quanto ingênuo. Duraram alguns segundos, mas eles, momentaneamente, perderam a noção do tempo. Nada mais importava para eles. Nem festa, nem amigos, nem pokemons. Absolutamente nada. Até que o beijo acabou e não havia muito que dizer.

MISTY – Feliz aniversário, Ash.

ASH – Obrigado, Misty.

Eles sorriram uma para o outro para em seguida deitarem na grama a fim de contemplarem desta vez o céu, que tinha sido testemunha daquele beijo Ash deixou que um de seus braços amortecesse a cabeça dela. Ele gostava de vê-la olhar para o céu, os olhos sempre brilharam, e hoje o sol brilhava em seu rosto. Ele arrastou-se mais perto a fim de que ele pudesse descansar a testa no cabelo dela e segurou sua mão.

ASH – Eu fico feliz que você me pescado do rio, Misty. (ele beija o cabelo dela) – E me desculpe.

MISTY – Desculpar você? Pelo que?

ASH – Já se passou cinco anos e eu nunca disse a você o quanto significava para mim.

MISTY – Mas Ash...

ASH – E tem mais. (ele segura delicadamente o rosto dela para fazê-la olhar para ele) – Eu te amo. (ele a beija na boca) - Me desculpe por eu não dizer isso com mais freqüência. Eu não sou muito bom nesse tipo de coisa.

MISTY – Está se saindo bem. (desta vez é ela quem o beija na boca) – E eu te desculpo.

Misty sorriu maliciosamente deixando Ash um pouco contrariado, pois, apesar de entender o sentido daquelas palavras, ele esperava talvez um ‘eu também te amo’ por parte dela, ainda sim sabia que gestos valiam mais que palavras, mas um temor apareceu quando ambos se deram conta da realidade da vida deles.

MISTY – Mas e agora? Você é meu melhor amigo.

ASH – E você minha melhor amiga.

MISTY – Não acha que devemos arriscar essa amizade por algo incerto?

ASH – Como já disse, eu não sou muito bom nessa coisa de amor, portanto não sei se o que tem entre agente além da amizade é algo incerto, mas sei que não podemos retornar ao estágio anterior. Principalmente depois do que houve aqui, não acho?

MISTY – Tem razão, mas eu tenho medo.

ASH – Eu também.

Misty se separou do braço de Ash, sustentando-se acima de seu cotovelo, e sorriu para ele. Ela sabia que eles foram apanhados em alguma coisa, preso à beira de amizade e o sentimento novo que nascia de ambos. Ash sentia a preocupação dela e por isso estranhou, um pouco, o motivo daquele sorriso. Mal ele sabia que ela sorria pelo simples motivo de ter percebido que Ash estava mais maduro.

MISTY – Você realmente cresceu, Ash.

ASH – Todos nós crescemos. Não seja boba.

MISTY – Boba eu?! Você que é um bobo. Sempre foi um bobão.

Ash podia ter ficado bravo ou a repelindo por ouvir aquilo, mas fez o contrário. Ele estendeu a mão ao rosto, passou o dedo sobre os lábios e percorreu as pontas dos dedos pelo cabelo dela, que dobrou em seu toque e se afundou de volta para o chão para novamente se beijarem. Em seguida a ruiva descansou sua cabeça no peito dele.

ASH – Quanto a se preocupar com nossa amizade, não deveríamos pensar nisso agora.

MISTY – Está bem. (com um olhar perdido) – Ash.

ASH – Sim? (acariciando o cabelo dela)

MISTY - É seu aniversário. Não deveríamos voltar para casa de sua mãe? (quebrando clima)

ASH – Aposto que já sabem que estou com você.

Ash queria, simples e unicamente, restaurar o clima fazendo a ruiva sorrir, pois podia voltar a beijar seu amado. Os beijos dele a deixavam suspirando, pois não imaginava que ele beijasse tão bem, mas isso fez com que ela lançasse um olhar questionador para ele a fim de fazer uma pergunta que não queria calar.

MISTY – Você já beijou alguém?

ASH – Não.

MISTY – Sério?

ASH – Sério. Você foi a primeira. (ele a olhou com desconfiança pelo sorriso que exibia) – Mas e você?

Misty nada falou e apenas balançou negativamente a cabeça ao mesmo tempo em que exibia um leve rubor em seu rosto apesar de seus sorrisos fazendo com que ele sorrisse também, ainda sim que timidamente. E assim ambos se levantaram ficando de pé um diante do outro, ainda sorridentes e foi aí que ela notou algo que tinha escapado á sua percepção. Ash já estava mais alto que ela sem falar no aparecimento de alguns músculos. Ela não era a única surpreendida, pois Ash notou também que o corpo da ruiva estava com mais curvas. Era incrível como o beijo tinha ofuscado essas coisas. Talvez não percebessem outro sentimento nascendo. O desejo, que infeliz ou felizmente, para eles, deveria esperar outro momento. Ambos sentiam isso.

MISTY – Acho melhor voltarmos.

ASH – Tem razão. Eu ainda quero comer um pedaço de bolo.

MISTY – E eu também.

ASH – Isso me faz lembrar de algo. O que você vai dar para mim de presente?

MISTY – A minha presença não é o suficiente?

ASH – Misty. (com um olhar reprovador)

MISTY – Estou brincando. Claro que trouxe algo para ti, mas só vai saber o que é na festa.

ASH – Eu também estou brincando. (ele passa a mão no rosto dela) – Pois o único presente que quero de ti é poder ficar mais com você.

MISTY – Mesmo?!

ASH – Mesmo.

Ash avança lentamente seu rosto contra o de Misty para dar outro beijo. Percebendo isso Misty, preventivamente, fecha os olhos, para poder sentir melhor o gosto da boca de Ash na sua, mas de repente ele para o movimento a poucos centímetros para depois se afastar.

ASH – Ainda sim vou querer ver o que me trouxe.

Depois de ouvir aquilo Misty abriu os olhos e percebeu que Ash já estava longe correndo em disparada para sua casa.

MISTY – Eu te pego, seu trapaceiro.

Ainda sim ela não pode conter o sorriso que apareceu em seu rosto ao perceber que Ash, mesmo estando mais maduro, ainda tinha um jeito moleque de se comportar. Ela estava feliz, pois era isso que a fez se apaixonar por ele. Andando de volta para a casa de Délia, ela sabia que Ash nunca esqueceria esse dia, como não se esqueceu de cinco anos atrás, porque depois de hoje, a relação deles nunca mais seria a mesma. Nunca.

 

FIM


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Feliz Aniversário, ash" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.