Capitulo 27. See you around.

– Me desculpe o atraso... - Falei rolando os olhos pela sala quando me deparei com o...

– Ja-a-a-a-ke? - perguntei torcendo que fosse uma miragem.

Olhei para uma Alice com os olhos arregalados e me pedindo desculpas, para uma Rose desesperada, para um Jacob sorridente, e por fim uma Bella, sem reação.

– Uau, onde vai ser a festa? - Jacob perguntou.

Desci as escadas.

– O que diabos você está fazendo aqui? - perguntei.

– Quão receptiva! - ele gargalhou.

– Me desculpe, é que eu não esperava...

– Minha visita? - ele perguntou – Desculpe, eu tentei avisar, é que você não atende mais minhas ligações... - ele falou irônico

Senti-me mal quando ele falou tudo aquilo, eu estava sendo uma vadia com ele.

– Eu... Me desculpe...

– Que isso, Bells... Sentiu minha falta? Aposto que sim. - ele ironizou.

– Jake, eu...

E quando dei por mim, ele me puxou para o braço dele, e prendeu minha cintura, e colou nossos lábios com veracidade, tentei empurrar ele, socando com força, mas nada adiantou, ele só me apertou com mais força para perto dele. Uma rajada de vento frio invadiu a sala, e eu tremi, aproveitando para afastá-lo.

– sentiu falta disso não? - ele perguntou.

– Eu juro que...

Ignorei o Jacob, e só assim pude ver a figura alta parada na porta, vestida em seu perfeito terno Armani, e com um buque de rosas nas mãos.

Jacob tentou me puxar novamente para ele, mas o empurrei.

Edward jogou o buque de rosas no chão e se virou de encontro a saída.

– Edward! - Chamei.

– Quem merda é Edward? - Jacob perguntou.

Ignorei a pergunta de Jacob, e fui atrás do Edward.

– Edward, por favor... - pedi.

– Isabella, volte aqui! - Jacob puxou meu braço.

Livrei-me do braço dele, e ele ficou parado, na fachada da casa.

Ele me ignorou totalmente e continuou andando, estava sem o meu casaco, no frio, e tremia.

– Edward! - chamei de novo.

Ele me ignorou e destravou o volvo parado em frente da casa.

– Edward... Não é nada disso que você está pensando.

Ele riu irônico.

– Então me diga o que é, por favor... Porque eu acabei de ver minha namorada se beijando com outro cara... - ele levou as mãos à cabeça e bagunçou o cabelo com raiva. – Ou não estava beijando outro cara? 

– Não... Quer dizer... Sim... Mas Edward, por favor... - pedi.

– Não Bella, sem, mas, eu não aguento mais isso, sabe? Para mim deu.

– Edward! - gritei.

– Não quero ouvir! - ele gritou e abriu a porta do carro.

Puxei o braço dele, tentando forçar a ele me encarar.

Ele apenas se livrou do meu braço facilmente.

– Volte para o seu namorado, ok? - ele perguntou.

– ELE NÃO É MEU NAMORADO! - gritei.

– Ah, é, o amante não é? - ele ironizou.

– EDWARD! - gritei.

– Porque o chamou aqui? – perguntou ele.

– Eu não o chamei aqui... 

– Ah não, ele resolveu vim assim? - ele gargalhou

– Edward, vamos encarar isso Ok? 

Ele gargalhou, e esfregou os olhos com força.

– Ok, como você prefere encarar? Minha namorada vadia estava se beijando com outro, ou eu sou um corno manso? 

Ele riu alto.

E eu senti uma lágrima escorrendo em meu rosto, de como ele havia me chamado a pouco.

– Ah é, as duas se encaixam tão bem... Fica até difícil escolher não é?

– EDWARD! - gritei com raiva.

– Sabe, pensei que você era diferente, pensei que você não era como a Tanya,  mas eu me enganei, você é igual, ou até pior, uma vadia sem classe nenhuma.

– EDWARD, você está sendo um idiota, se você me chamar disso...

– VADIA? - ele perguntou.

– Você está me machucando! - falei sem forças. – de novo.

– Não é nem a metade do que você merece! - ele gritou.

Ele entrou no carro.

– Edward, desce já dai! - gritei - Você está sendo uma criança, de novo, você não quer enfrentar as coisas!

Ele abriu o vidro do carro, e ligou o carro.

– Eu enfrentei muito bem, sei muito bem o que aconteceu aqui...

– Edward, por favor... - pedi.

Ele acelerou o carro, e em segundos o vi desaparecer.

Meu corpo tremulava e as lágrimas caiam copiosamente no meu rosto.

Fiquei parada na frente da casa, sentindo o vento frio, fazendo meu corpo se arrepiar. 

Senti-me sendo coberta por um casaco, enquanto estava possuída por aquele estado de letargia. Minha mente rodava por mil coisas.

– Vamos Bella, está frio aqui fora! - Alice sussurrou.

– Preciso ir atrás dele... – sussurrei.

– Não agora, não nesse estado... – Rosalie contestou.

– Ele me chamou... - sussurrei.

– Eu sei querida - Alice me aconchegou nos braços dela – Ele está com raiva, e com a cabeça quente... Dê um tempo para ele.

– Vamos Isabella, vai cair uma tempestade na cidade, você precisa entrar...

– Ele não podia... –  Falei enquanto meus olhos transbordavam a raiva.

Rose e Alice me puxaram para dentro de casa, e quando eu pensei que não poderia ficar pior, me lembrei o que me esperava, Jacob estava sentado no sofá com as mãos na cabeça.

– Vou precisar pedir uma explicação de tudo que ocorreu aqui? – ele perguntou com as mãos enterradas no rosto.

– Jake eu...

– Droga, merda, Isabella! – Ele gritou

Assuntei-me quando ele gritou, ele segurava os cabelos com força, e evitava me olhar.

– Você quer que nós fiquemos aqui? – Alice sussurrou no meu ouvido.

Olhei para o Jake transbordando de ódio.

– Não, preciso encarar meus erros só!

Alice me olhou com pena, e apenas consentiu.

– Estaremos na cozinha se você precisar! – Rose sussurrou de volta.

E então elas deixaram a sala, me olhando uma ultima vez.

– Então, não vai falar? – perguntou ele.

– É uma longa história...

– Eu tenho bastante tempo! – ele falou se afundando no sofá.

Sentei-me no sofá de frente para ele.

– Então, prometa, vai me escutar, sem interrupções, ou julgamento. 

Ele me olhou por um longo tempo.

– Ok, sem interrupções, e julgamento. – cedeu por fim.

– Então vamos começar pelo começo... O Edward, é um amigo de infância da Alice, e quando eu cheguei aqui em Forks, a Alice fez uma festa surpresa para mim... 

– E vocês se conheceram e se apaixonaram perdidamente? – disse ele sarcasticamente.

– Você está quebrando sua promessa...

– Isabella, é só que isso parece uma grande estupidez...

– Jacob! – repreendi.

Ele revirou os olhos irritados.

– E houve uma festa surpresa... - disse ele.

Sorri, e continuei.

(...)

– Então, eu cheguei aqui, e com uma sucessão de mal entendidos, acabei estragando tudo... – ele disse encostando-se à cadeira.

– Eu não ia terminar bem assim... – sorri.  – Ia dizer, e aqui estamos...

Estava feliz por o Jacob não estar me odiando, e nem gritando horrores.

– Ainda assim, é a verdade...

– Exceto, pela parte de estragar tudo... Eu realmente sinto pela forma que você ficou sabendo... Jacob... Eu gosto muito de você!

Ele sorriu para mim.

– E eu amo você Isabella.

– Jacob! – repreendi

–  Não estou pedindo nada em troca Isabella...

– Eu tenho certeza que irá encontrar alguém que você ame, e ame você também...

– Não foi suficiente?

– Seria perfeitamente suficiente, se eu correspondesse – disse.

Ele sorriu.

– Você o ama demais, não é? - ele perguntou.

– Incondicionalmente... - disse.

Alice entrou na sala, e eu afirmei que estava tudo bem.

– Eu e a Rose estamos saindo... –  disse ela – Os meninos chegaram para nos buscar... Mas se você quiser posso ficar... 

Sorri em agradecimento.

– Se divirta Alice, vou ficar bem! – forcei um sorriso.

Temia minhas próprias palavras.

– Tem certeza? – ela perguntou incerta – Você está sozinha, Esme e Carlisle vão demorar a chegar...

– Se divirta! – mandei.

Ela sorriu derrotada.

– Obrigada – ela olhou para Jacob mais uma vez e então para mim de novo – Se precisar de algo, estarei com meu telefone do meu lado, não hesite em me ligar.

– Tudo Bem, agora vá! - ordenei.

Ela sorriu e saiu pela cozinha.

O silencio tomou conta por alguns minutos.

– Espero que ele seja merecedor disso Isabella, você está abandonando tudo por esse rapaz... Hollywood, a Califórnia... 

– Eu não me vejo mais sem ele Jacob...

– Vocês são opostos Isabella.

– Como dizem: Os opostos se atraem...

– Até quando? – ele interrompeu.

– Eu não sei! – disse por fim.

Ele abaixou a cabeça, e pensou por alguns segundos.

– Sabe que estarei aqui, se você precisar de mim, certo? - perguntou ele.

Gargalhei suavemente.

– Sei! 

– E se ele te machucar, pode falar comigo...

– Calma Jacob... - gargalhei – Você parece um irmão mais velho...

Ele gargalhou.

– Desculpa, é que eu fico paranóico com a ideia de alguém te machucando...

– Ele é uma pessoa adorável Jacob...

– Os gritos dele, demonstraram isso...

– Ele só está chateado! – expliquei.

Ele riu.

– Vou acreditar em você!

Jacob se levantou do sofá.

– Para onde vai? – perguntei.

– Para um hotel! – disse ele – Aqui tem hotel certo? – ele perguntou.

Gargalhei.

– Eu não chamaria de hotel, mas sim, tem hotel aqui...

Ele gargalhou.

Levantei e parei em sua frente.

– Você vai ser sempre Isabella Swan... Não importa o lugar que esteja em LA ou Forks...

– Uma vez diva. Sempre diva! – exclamei.

Ele riu.

– Diria que se encaixa perfeitamente para você... Nunca perde o posto...

Sorri para ele.

– Você pode passar a noite aqui Jake... Temos muitos quartos de hospedes.

– Não quero causar mais confusão...

Sorri para ele, concordando totalmente.

Queria muito ficar com o Jake, mais um pouco, ele era como um irmão para mim, sempre estivemos ali, cuidando um do outro, mas o momento não era mais adequado, Edward tiraria mais conclusões erradas.

– Vou sentir sua falta Bells... – ele falou enrolando uma mecha do meu cabelo.

– Eu também Jake...

Ele me abraçou fortemente.

– Quando vai embora?

– Meu vôo está marcado para depois de amanhã, pela manhã – disse calmo – Comprei duas passagens para New York – pausou – Para nós... 

Suspirei pesadamente.

– Eu não vou voltar Jake...

Ele assentiu.

– Sua passagem vai estar comigo, caso mude de ideia.

– Não vou mudar... – respirei pesadamente – Não, se ele ainda me quiser...

Ele assentiu.

– Então, podemos nos ver amanhã, certo?

– Claro que sim, estarei no hotel, o dia inteiro!

Gargalhei.

– Deveríamos fazer um tour pela cidade! - sugeri.

Ele riu.

– Não terminaríamos nunca, ela é enorme.

Caminhamos até a porta, e eu a abri, o vento frio invadiu o cômodo.

– Vai chover, é melhor eu me apressar.

Concordei com a cabeça.

– Se precisar de alguma coisa...

– Você estará no hotel... – interrompi.

– Isso! – ele riu – Outra coisa... Onde é o hotel?

Gargalhei.

– Pegue a principal, vá para o centro da cidade, pergunte a qualquer pessoa, elas vão te mostrar rápido.

– Ok! – ele riu.

– Vejo você por ai? – perguntei sorrindo.

– Vejo você por ai... – ele assentiu e saiu.