Capitulo 11. Conhecendo o inimigo.

- Eu não vou ficar com ele do meu lado, por 24 horas! - gritei

- Calma Bella, só é um dia! - Emmett gargalhou.

- Você vai sim! - Alice falou.

- Eu não tenho culpa da aposta idiota deles! - fiz cara de choro.

- Bella, aposta são apostas! - Rose falou.

- Vamos, deixe de suas bobagens, vamos acabar logo com isso! - Edward se pronunciou.

- Como? - perguntei incrédula.

Aquele idiota estava concordando com aquela idiotice?

- Bom, se o Edward concordou, não vejo nada demais! - Jasper falou.

- Até você? - perguntei.

- Bella, já para o seu quarto, precisamos conversar! - Alice falou.

Fiquei sem entender.

- Agora! - Alice completou com aquela cara de raiva.

Subi as escadas correndo, em direção ao meu quarto, entrei com raiva e bati a porta.

Alguns segundos depois Alice apareceu.

- Não vou ficar 24 horas do lado dele, já vou avisando! - falei com raiva sentando na cama.

- Porque não pode ficar um dia ao lado do Edward? - ela perguntou.

- Porque ele é um chato, ignorante, e ainda derrubou café quente em mim, e não se desculpou - falei com raiva.

- Bella... - Alice repreendeu.

- Não adianta Alice, eu não vou! - cortei a conversa.

Ela ficou em silêncio por alguns momentos, e então falou.

- Tudo bem! - fez cara de derrotada.

Como assim? Nunca pensei que ela cederia tão facil.

- Assim? Tão fácil? - perguntei desconfiada.

- Eu não vou obrigar a você ficar com uma pessoa que você repudia tanto! - ela se explicou - Eu vou lá embaixo comunicar aos outros, eles vão ter que entender...

Olhei para ela desconfiada.

- Eu vou ficar aqui! - falei emburrada, me deitando na cama, ficando de costas para a porta.

Ela não respondeu nada, e só depois ouvi a porta bater.

Alguns minutos se passaram juro que pensei que todos iam me bater, e me jurar morte, mais nada aconteceu, então, relaxei, acho que a baixinha os convenceu, ela sempre conseguia o que queria.

Então alguém deu três batidas na porta, ela veio dizer, que eu já podia descer!

- Entre! - resmunguei sem olhar para a porta.

Ouvi a porta abrir e se fechar, e então o silencio.

- O que quer falar comigo? - uma voz masculina perguntou.

Epa era a voz do Edward.

Me virei rapidamente, e dei de cara com ele, parado lá.

- Falar com você? Você tá louco? - perguntei.

- Agora eu sou o louco? A Alice disse que você queria falar comigo! - ele falou.

- Você só pode estar brincando? - perguntei - O que eu ia querer te dizer? - gritei.

E então ouvimos um barulho na maçaneta da porta, espera ai, alguém estava trancando!

- MERDA! - gritei - Ela planejou isso!

Corri para a maçaneta da porta, mas estava trancada.

- Alice, abra isso já! - gritei.

- Sinto muito Bellinha, não vou abrir não! - ela respondeu rindo.

Então Edward estava ao meu lado, batendo na porta com força.

- ALICE ABRA! - ele gritou.

- Não mesmo! - Emmett gritou.

- Vocês compactuaram com isso? - Edward perguntou

Comecei a esmurrar a porta de madeira, que era muito grossa por sinal, era daquelas enormes, e bem dura.

- Vocês só saem dai, amanhã Ok? - Rose gritou.

- Como? - gritei - Tá brincando não é? - bati com mais força.

- Não mesmo, vocês precisam se acertar! - dessa vez foi Jasper que gritou.

- Eu vou morrer de fome até amanhã? - perguntei. - Eu vou ficar gritando até o Carlisle chegar, você tá ferrada irmãzinha! - ameacei.

- Bom, espero que você saiba que o Carlisle e a Esme vai dormir num hotel em Port Angeles, então, eles só chegam pela manhã, até lá do tempo de vocês dois se acertarem! - ela falou rindo.

- Alice, eu vou derrubar essa porta! - Edward gritou.

- Acho bom não tentar, essa porta é feita de madeira legitima, e não se quebra tão fácil, acho que os únicos que poderiam ficar machucados é vocês se tentarem! - ela falou se divertindo.

- Bom, tenham uma Boa noite! - Rose falou.

- Boa Noite! - Eles falaram em coro.

Bati na porta com força.

- Alice, volte aqui! - gritei.

Mas foi em vão...

- E agora o que agente faz? - Perguntei para Edward que andava de um lado para o outro no quarto.

- Tem alguma saída extra? Uma passagem secreta sabe lá? - ele perguntou.

- O que? - perguntei incrédula - Acha que esse quarto foi construído para as pessoas que eram fugitivas, ou que foram presos no quarto por uma irmã nanica, ou algo assim? - ironizei.

- Eu sei lá! - ele falou.

Me sentei na cama com muita raiva, a Alice ia me pagar!

Então me joguei para traz, deixando apenas os pés no chão, mais o tronco deitado na cama.

Ele foi até a janela, e ficou verificando a altura.

- Não dá pra pular, é muito alto! - falei.

- Podemos fazer uma corda de lençóis, não sei! - ele falou.

- Esse tipo de coisas só funciona em filmes! - ironizei.

Ele me olhou com raiva.

- Celular. Você tem um celular não é? - ele perguntou.

Então um sorriso se acendeu no meu rosto, mais depois murchou.

- Deixei lá embaixo, estava esperando o Jake ligar! - falei triste. - E o seu? Não está com ele?

- Não, deixei lá embaixo, junto com as chaves do carro...

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Já haviam se passado três horas que nós estávamos presos no quarto, eu estava deitada na cama, e Edward sentado no chão com as costas apoiada na parede.

Bufei entediada.

- E então? - ele perguntou.

Me sentei na cama, e olhei para ele sem entender.

- E então o que? - perguntei.

- Estou tentando começar um dialogo! - ele falou com raiva - Nós vamos ficar calados até o amanhecer?

- Estava pensando em dormir! - falei me jogando para tras e deitando na cama.

- Não to com a mínimo sono! - ele disse.

Olhei para o teto, em silencio.

- Nem eu! - disse por fim.

- Me fala sobre você... - ele falou - Aposto que deve ter coisas divertidas para falar, vive em L.A...

- O que quer saber? - perguntei me sentando novamente na cama e ficando de frente para ele.

- Tem muitos amigos lá? - ele perguntou.

- Não, na verdade poucos, e ainda assim, alguns são falsos, sabe como é, todo esse negócio de ser famosa, atrapalha bastante.

- Deve ser chato! - ele disse.

- Muito! - falei.

Ele ficou em silencio por alguns momentos.

- Então o Jacob é seu namorado? - ele perguntou.

- Sim!

- Namoram há muito tempo?

- Não, na verdade, há pouquíssimo, nos conhecemos desde criança, mais só veio ter essa coisa mais forte, depois...

Ele ficou quieto novamente.

- Data de aniversario? - ele perguntou.

- 13 de setembro! - falei - E a sua?

- 30 de Junho! - ele falou.

- Já passou! - falei triste.

- Pois é!

- Parabéns! - pela primeira vez sorri - Quantos aninhos?

- 18!  - então ele sorriu também.

- Nossa você é velho! - fiz careta

- É, e você tem quantos? - ele perguntou.

- 16!

- Nossa você é uma pirralha! - ele imitou minha careta.

- Cor preferida? - perguntei.

- Verde!

- Porque verde? - perguntei sem entender.

- Acho que me lembra Forks, e eu gosto daqui, gosto de pensar no verde, afinal não vou ter mais isso, quando for embora...

Fiquei em silencio.

- E a sua? - ele perguntou.

- Azul! - sorri.

- Azul? - ele perguntou desconfiado.

- Achou que eu diria rosa? - gargalhei.

Então ele gargalhou também.

- Vou confessar que sim... - ele pausou - Mas porque azul?

- É a cor do céu, e o céu é tão enigmático, gosto de coisas que envolvem o mistério, coisas que são fácil de se entender são chatas... - expliquei. - E também porque é a cor do céu da Califórnia, aqui o céu é cinza, não é tão bonito como o azul de lá.

Ele ficou em silencio dessa vez.

- Livro preferido? - ele perguntou.

- Orgulho e preconceito. E o seu?

Então ele sorriu.

- Gosto de livros que envolvam musica! - ele disse.

- Gosta de musica? - perguntei.

- Minha paixão! - ele falou.

- Um sonho? - perguntei.

- Voar!

Então eu gargalhei.

- Nunca andou de avião? - ironizei.

Então, ele riu.

- E o seu?

- Hum - pensei - Acho que comer uma caixa de chocolate sem culpa...

Ele gargalhou suavemente.

- Um pesadelo? - perguntou ele.

- Perder meus pais! - falei - E o seu?

Ele ficou em silencio por um momento.

- Perder minha mãe! - ele falou.

- Não tem pai? - perguntei.

- Ele morreu há um ano! - ele explicou.

- Ah... - foi tudo que eu consegui dizer - Sinto muito...

- Tudo bem! - ele sorriu tristemente.

- Posso te fazer uma pergunta? - mordi o lábio.

- Já esta fazendo uma! - ele riu.

Eu o olhei com raiva, e então ele riu.

- Faça!

- Para onde vai? - perguntei - Ouvi o Emmett comentar que vai viajar...

- Ah... Vou para a Itália...

- Itália? - perguntei.

- Eu terminei meu ensino médio Bella, vou fazer faculdade! - ele se explicou.

- Ah... Porque tão longe? - perguntei

- Faculdade de musica! - ele explicou.

Então eu liguei os fatos.

- Você vai fazer faculdade de música em Volterra? Na Volturi? - perguntei incrédula.

- É!

A Volturi era a melhor faculdade de musica do mundo, como o Edward foi aceito lá?

- Como? Quer dizer, para ser aceito na Volturi... Você precisa ter um titulo de nobreza, ou ser filho do presidente, ou então ser muito, muito bom! - falei.

Ele fez uma careta.

- Você é filho de um nobre Edward? - perguntei.

Ele olhou pra mim com raiva.

- Está dizendo que eu não sou bom Bella? - ele perguntou.

Então eu corei.

- Me desculpe...

- Tudo bem! - ele riu. - E você, o que pretende fazer?  Atuar?

- Na verdade esse é o sonho da minha mãe!

- Não gosta de atuar? - ele perguntou.

- Não é isso, é que... Bem, eu não sei se quero essa vida para mim entende? Paparazzi, sabendo da minha vida, fazer um monte de filmes...  Queria mesmo, era fotografar sabe?

- Você fotografa? - ele perguntou

- É um hobby, mais eu quero levar isso a sério... Vou fazer um curso de fotografia no fim do verão em Nova York.

- Nossa, que legal, deve ser o Maximo...

 - Você acha? - perguntei.

- Claro, já pensou em sair por ai e fazer exposições? - ele perguntou.

- Ei, vamos com calma, primeiro preciso fazer cursos, para depois montar alguma exposição...

- Ah qual é o problema, com sua fama, não seria dificil achar alguém que patrocine por ai... - ele falou.

- Quero fazer por meus méritos, e não pela minha fama! - falei com raiva.

- Me desculpe! - ele falou.

- Tudo bem! - falei.

- Então o que você fotografa? - ele perguntou.

- Tudo, pessoas, lugares...

- Você já fotografou aqui em Forks? - ele perguntou.

- Já, a Alice me levou no penhasco em La push, deu para tirar ótimas fotos, até de um grupo que pulava de lá! - falei. - Ficou bem interessante...

- A turma do Sam! - ele falou.

- Deve ser! - dei de ombros.

- Então, eu vou te levar num lugar... Para você fotografar... - ele falou.

Olhei para ele com a sobrancelha arqueada.

- Onde? - perguntei.

- É um lugar que eu encontrei, eu sempre vou lá para espairecer... - Ele falou.

Fiquei calada, e minha boca se abriu bocejo.

- Está cansada, vá dormir! - ele falou.

- Você não vai? - perguntei.

- Eu me ajeito aqui... - ele se deitou no tapete macio, e olhou para o teto.

Peguei 2 travesseiros que estavam na cama e joguei para ele, ele pegou e colocou um na cabeça e um o abraçou.  Havia três lençóis comigo, então eu joguei um para ele, e me deitei na cama.

- Hum... Bella? - ele perguntou.

- Sim? - perguntei.

- Me desculpe pelo café! - ele falou.

- Me desculpe pelas grosserias que eu te disse! - falei.

- Está desculpada! - ele disse.

- Você também! - falei.

Nós ficamos uns tempos calados

- Você é legal! - ele disse.

- Você também! - falei.

Nós nos calamos mais uma vez.

- Que bom que nos enganamos! - ele falou.

- Amigos? - perguntei.

Ele riu.

- Sempre! - ele falou

 Ele se enrolou e fechou os olhos, e eu fiz como ele. Fechei meus olhos e me deixei cair nos meus sonhos.