A Faculdade escrita por Juliana Belmonte


Capítulo 9
Estamos Namorando? Não, É Claro Que Não...


Notas iniciais do capítulo

Oi, amores! Eu voltei para vocês
É nesse capítulo que vocês vão querer matar a Enne com as próprias mãos como eu quis quando escrevi, mas por favor, não façam isso! Apreciem minha obra!
Beijos!



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Julienne estava andando pelo campus, procurando por James, é claro. De repente...

- James? Ah, que bom que eu te achei... – exclamou Julienne, ao ver que tinha esbarrado no garoto que estava procurando – Ontem você...

- Me comparar com aquele ser? Esperava mais de você, Ennie... – disse o indivíduo, que, tinha ficado claro, não era James. – Agora, aproveitando que você falou de ontem...

- Oliver? Oliver? Como você ousa vir falar comigo depois do que você fez? Como você ousa me chamar de Ennie? Aliás, Ennie, que ridículo... E além de tudo, como você ousa esbarrar em mim? ­– gritou Julienne, furiosa

- Bom, pra começar... Você ainda me deve algo... Onde estávamos mesmo quando o seu namoradinho nos interrompeu? – disse Oliver, olhando-a maliciosamente

- Bom, meu namorado não iria gostar se você retomasse o ponto do qual ele nos interrompeu ontem, sabe... Ele ficaria muito zangado e, dessa vez, acho que ele vai conseguir quebrar o seu narizinho... A julgar pela aparência normal, meu namorado não consegui tal feito... Ah, é? Eu não te contei? Pois é, estamos namorando. A culpa é sua, meus parabéns. Se você não tivesse me beijado a força seus sentimentos não teriam aflorado e ele não sentiria necessidade de me proteger. – sussurrou Julienne, sorrindo perversamente

A partir daí, Oliver não conseguiu dizer mais nada. Apenas olhou embasbacado para a garota como se ela fosse uma espécie desconhecida dos cientistas. Instantes mais tarde, ele se afastou cambaleando. Quem olhasse, pensaria que havia levado outro murro de James.

Julienne ainda estava perversamente satisfeita com sua crueldade quando percebeu que dois seres desavisado assistiam a cena. Um com educado interesse, como se estivesse assistindo a uma partida de xadrez. Esse tinha cabelos cor de mel, porém menos dourados do que os de Marie. O outro como se a coisa que mais lamentasse fosse a falta de um balde de pipoca para coroar o momento. Esse, por sua vez, tinha cabelos castanhos. Julienne teve que resistir ao impulso de chamá-lo de Sirius Black, e lembrou-se que estava demasiado ocupada sendo cruel.

- Julienne, você me assusta. Não tenho ideia de como o James foi gostar de um ser cruel como você, mas... É a vida. E, lembre-se, eu faço questão de ser padrinho de casamento! – disse o pseudo-Sirius

Em primeiro lugar, como aquele ser conhecia Julienne? E, em segundo lugar, por que diabos ele estava chamando-a pelo primeiro nome?

-Ah... Desculpe, mas... Quem é...? – engasgou ela

- Sabe... Eu me pergunto se o James sabe que você é cruel assim. Será que ele estaria apaixonado como está, se soubesse? – continuou ele, avaliando a garota de cima a baixo. Aparentemente não iria se desculpar por tê-la interrompido. Parecia que queria falar mais, porém o outro resolveu intervir:

- Eu peço desculpas pelas maneiras de Robert, senhorita Johnson.Eu sou Charles Bart e este ser digno de observação meticulosa é Robert Jones. Somos amigos de James – cumprimentou, coroando com uma discreta reverência, fazendo a garota rir.

Robert, por sua vez, abraçou Julienne. A garota não percebeu o quão isso era, graças a dezoito anos no Brasil. Charles, porém, ficou escandalizado:

- Robert! O que diabos você pensa que está fazendo?

- Ah, Charlie... A Enne é do James... Eu não me atreveria a tentar roubá-la dele, eu estaria ferrado. – resmungou ele, rolando os olhos – Ah, e falando nisso... Você admitiu para aquele... ser, por falta de palavra melhor... que você gosta do James?

-Ah? O quê? Que ideia! É claro que não! Você viu o jeito que ele estava me olhando! O que você queria que eu fizesse? Deixar ele vir para cima de mim com aquela cara de... de... ah, sei lá! Um homicida tarado, é o que ele era...! E eu que achei que ele era um garoto doce e meigo! Como eu pude pensar que era... E, espera aí! De onde diabos esse assunto começou? Ah...

Julienne começou a tagarelar em português muito rápido, e os dois garotos a olharam estarrecidos. O que diabos ela estava falando?

- Wow! Inglaterra, lembra? – exclamou Robert, passando a mão na frente do rosto da garota

- Ah... O que? Eu sei que estou na Inglaterra...! Que idéia... – despertou Julienne, se desvencilhando da mão do outro – E a culpa é sua! Falando sobre o infeliz fato de eu ter falado para... aquilo... que eu gostava do James! De onde você tirou isso?

- Dos meus próprios olhos e ouvidos. E... sinto muito, fala-fala, James acaba de ouvir com os dele... Oi, Jay! Acabei de conhecer sua namorada, ela é uma pessoa muito agradável! Quando devo comprar um terno? – gritou Robert, acenando para alguém atrás de Julienne

- O quê? Não seja... – riu Julienne, se virando para olhar quem Robert cumprimentava entusiasticamente. E para sua surpresa... Quem é que vinha em sua direção com um olhar furioso? Bom, olhar furioso pelo menos não era para ela... Seu único pensamento foi “Bem feito, Jones!”

- Robert, diga mais uma besteira dessas, principalmente na frente da Enne, e eu quebro sua cara! – sussurrou James mortalmente para o amigo, quando chegou perto o suficiente – E quem de deu o direito de falar com ela assim? Principalmente do que ela passou ontem!

- Jay...? – gemeu Julienne, com medo. Não gostava muito do novo James...

Ele, porém, virou-se e olhou para ela, como se não tivesse notado a presença de alguém cuja companhia era tão desejável. Seu rosto iluminou-se quando o azul e o verde se cruzaram, e ele a pegou e a rodou no ar, exclamando “Enne!”, enquanto a punha de volta no chão, com o rosto vermelho e rindo como uma criança.

- E depois eles dizem que não estão apaixonados um pelo outro... Sendo óbvios assim, até uma vaca cega percebe... Tenha dó... – sussurrou Robert para Charles, que voltara a observar tudo serenamente.

- Tá, tá, Robert... Estamos indo ser felizes longe de você, porque perto é impraticável... – resmungou James, levando Julienne pela mão, ainda vermelha

- Hey, aonde diabos você vai? – indagou Robert

- Beijar minha namorada, e não me interrompa! – disse James, dando as costas a Robert, e apenas Julienne viu o ar de riso com o qual ele andava

- Você é muito bobo, James... – disse Julienne, quando ela e o garoto estavam fora do campo de visão de Charles e Robert, dentro da biblioteca – Que história é essa de...

- Não, não, não. Quem tem que perguntar isso sou eu. – interrompeu ele, calando Julienne – Por que você disse ao Oliver que estávamos namorando?

O primeiro pensamento de Julienne a fez estremecer como se tivesse levado um choque. Quase respondera que era isso que ela desejava. Que diabos estava acontecendo? Muito engraçado... Como se ela fosse gostar de James... Era mais provável que ela fosse se apaixonar por uma vaca...

- E aí? Não vai responder? – exigiu James, anos depois

-Ah... Você sabe... – respondeu

- Não, é óbvio que eu não sei... – Se eu soubesse não estaria perguntando. Que idéia... – retrucou ele, revirando os olhos

- Ah, você quer que eu diga o que? Que é porque eu estou apaixonada por você? Fala sério, você é meu amigo... – disse ela, no mesmo tom

Mas é claro que alguma coisa tinha que estragar o efeito sarcástico... Sem aviso, ela se viu lembrando aquele dia em que os dois haviam se beijado, séculos atrás. É claro, não conseguiu evitar. Teve que sorrir. Mas não, não poderia ser por isso... O problema era apenas porque a lembrança era ridícula, tempos depois...

- Então? Me responda, Enne! – disse James, rindo também. Porém um pouco preocupado

- Ah, quê? Eu acho que não... – murmurou ela, vagamente

- Julienne, você está bem? Eu perguntei por que você estava sorrindo?

- Ah, não... Esquece isso... Aliás, esqueça os dois assuntos. Tenho uma coisa aqui pra você. - disse, abrindo a mochila. De dentro, tirou uma jaqueta de couro, familiar a James, a quem ela estendeu a jaqueta – Aqui está, sua jaqueta.

- Ah, era isso que você queria me falar... Obrigado então. – disse ele, meio desapontado. Obviamente, estava meio desapontado.

- Espera aí, você sabia que eu queria falar com você? Você sabe tudo sobre minha vida! E eu não sei nem o segundo nome da sua mãe! James, andou me grampeando ou o quê? – gritou ela, escandalizada. Isso era um absurdo! Que direito ele tinha de saber tudo sobre ela? Que coisa...

- Ah, Enne... Você também faz escândalo sobre tudo... A Annelise me contou, satisfeita?

-Ela também te conta tudo, hein... Vocês dois deram para me espionar, foi isso... – reclamou Julienne, amarrando a cara.

- Tudo bem, tudo bem... Agora, mudando de assunto... Você sabe que daqui a umas semanas...

- Sim, sim... férias de verão... Eu não esqueci do combinado de férias. Só que no momento eu tenho trabalhos para entregar, revisões para fazer e muita coisa para estudar. Você se lembra que eu vim para cá para me formar, e não para sair com você. Quando os exames acabarem, nós voltamos a falar sobre isso, está bem?


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Notas finais do capítulo

E então? Reviews? Ah, por favor: ME AJUDEM A CONVENCER A BESTA QUADRADA DA JULIENNE JOHNSON QUE, sim, ELA GOSTA DO JAMES!
Obrigada pela atenção.
Beijos & Borboletas!



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