A Faculdade escrita por Juliana Belmonte


Capítulo 7
Ebony & Ivory


Notas iniciais do capítulo

Pessoas amadas do meu coração... (pausa dramática)
EU VOLTEI!
Perdões pelo capítulo minúsculo e insignificante. Se o próximo ficar pequeno como eu acho que vai ficar, eu prometo juntar os dois!

Hahaha, é aqui que a coisa começa a complicar... (cara maléfica)



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Me ferrei... Ferrou, ferrou, ferrou! Você viu o que aconteceu no restaurante? Não, não, você não estava lá... Mas eu vi e senti! E não foi nada legal! E você viu o jeito que o James me olhava? Viu? É, também não... Mas agora sim ferrou! E eu ainda tenho que sair com ele hoje e... Não, sair não! Credo... Somos só dois bons amigos que vão andar a cavalo hoje!...

Julienne terminou seu banho e se vestiu. Uma blusa roxa como arabescos prateados, uma calça jeans, botas de montaria e uma trança. Brincos de argola, maquiagem habitual nos olhos e gloss cor de cereja.

Saiu do banheiro e lá estavam Annelise e Marie. Jane não estava, por alguma razão. Annelise lia uma revista de moda e Marie escrevia alguma coisa em seu laptop.

- Enne, eu detesto o que você faz com os seus olhos... – disse Annelise sem desgrudar os olhos de sua revista

- Por quê? O que tem de tão ruim? – defendeu Marie

- É muito forte... Tudo bem que lá no Brasil as pessoas são estranhas mesmo, mas...

- Ei! Eu faço isso nos olhos desde que vim pra Londres! – argumentou a brasileira

- Londres, minha cara Enne, não é a Inglaterra inteira... – disse Annelise, como se isso explicasse tudo

- É, e mustangs não são domesticáveis... – falou Julienne, mais para si mesma

- O que? – guinchou Marie, parecia que já tivesse ouvido isso antes

- Mustangs não são domesticáveis! Foi uma coisa que o James me disse e...

- Lise...? – disse Marie, arqueando as sobrancelhas

- Alguns citam Aristóteles, alguns outros citam Platão. Nossa bela e querida Enne cita o garoto de seu coração. – recitou Annelise, em tom solene

- Hunf, você não tem talento para poesia! – disse Julienne, amarrando a cara

- Ih, ela ficou estressada... Que será que isso significa? – disse Marie, fingindo pensar – C’est l’amour, c’est l’amour!

- L’amour é a vovozinha, sua francesa! – disse a menina, já irritada – E eu estou indo, tchau!

Annelise e Marie fizeram menção de argumentar, mas Julienne passou como um furacão e saiu do quarto bufando.

15 minutos de caminhada depois, a menina chegou a um campo verde fora do campus, apenas com grama e algumas árvores. Lá estava James esperando Julienne. Um pouco atrás dele, dois cavalos, um puro sangue inglês branco e um árabe preto, estavam amarrados a um poste.

- James! – exclamou Julienne em contentamento, se jogando nos braços do amigo

- Ei, calminha aí, Enne! – disse James sorrindo – Parece que não me vê há anos!

- Ah, eu não gosto de ficar longe de você... – admitiu a menina, corando

- Enne... – ele parecia não saber o que dizer diante de tal confissão

- Ah, deixa pra lá! Eu e minhas esquisitices de brasileira outra vez...

- Enne! Você não é esquisita e não se atreva a repetir isso outra vez! Agora vem logo, quero te apresentar a alguém. – disse ele, conduzindo a menina para perto do cavalo preto

- Nossa, que cavalo lindo, James! – disse Julienne, hipnotizada com a beleza do animal

- Ah, que égua linda. O nome dela é Ebony. E este aqui é o Ivory. – disse James, acariciando seus cavalos

- Paul McCartney? – perguntou ela, sorrindo

- É, eu adoro esse cara! Os Beatles são demais mesmo! – ele sorri de volta para ela

- Seu inglês!

- Sua brasileira!

- Ok, chega de falar! Vamos logo com isso! Eu quero andar a cavalo! – diz ela, fazendo voz de criança que quer sorvete

- Tá bom, Enne! Tá bom... Nunca vi criatura mais mimada... – brincou ele, sendo acertado em cheio no ombro. Quando percebeu a menina já estava em cima de Ebony.

- Psiu, fica quieto! – disse ela, enquanto ele subia no cavalo – Vamos logo, você é muito chato!

Ele rolou os olhos, divertido, em resposta.

- Ok, vamos começar pela tentativa e erro. – disse ele – Tudo bem para você?

- O que isso quer dizer? – respondeu ela, confusa

- Você me disse que algumas vezes você saiu correndo por engano, é isso que vamos fazer! Sem a coisa de ser um engano, claro...

- Ah, tá! Você vai me mandar correr por aí em cima de um animal de quase uma tonelada, sendo que o máximo que eu já fiz foi trotar?

- Eu não disse isso. Além do mais, você confia em mim ou não?

- Tá, confio... – disse Julienne, emburrando

Ela não quis contar a James, mas estava assustada. Nunca tivera medo de cair de um cavalo, mas depois de tantos anos... Talvez ela tivesse perdido o jeito... E se Ebony não fosse com a cara dela? E se ela caísse e acontecesse alguma coisa?

- Enne, aconteceu alguma coisa? – disse James, percebendo que a garota não se mexia

- Eu... tenho medo... – disse ela, desviando os olhos

- Prefere que eu vá primeiro? – disse ele, paternalmente – A tendência da Ebony seria seguir...

- Acho que sim...

Então James começou a andar, Julienne pressionou os flancos de Ebony, que seguiu os passos de Ivory. Aos poucos, James foi começando a aumentar a velocidade, e a égua acompanhava. Então, ele começou a correr. A reação da menina foi contrair os músculos, mas aparentemente isso só fez Ebony correr também.

Ela deu um gritinho inaudível.

Mas, quando percebeu... Estava galopando! Perfeitamente!

E então... Uma dor excruciante a atingiu...

       E tudo ficou preto.


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Notas finais do capítulo

Aí está! Pobre Enne... E agora, será que ela morreu?
Huahuahua, brincadeirinha! Mas só posso garantir isso, ela não morreu!
Quem ler e não "reviewzar",
Vai ter mil anos de azar.

Hoje estou inspirada para poesia, concordam?
Mas é sério, eu quero reviews!
Beijos & Borboletas!