A Faculdade escrita por Juliana Belmonte


Capítulo 11
Se Sentindo Deslocada


Notas iniciais do capítulo

Oii genteee! Aposto que não tem ninguém aí... =(
É isso o que dá eu demorar tanto pra postar, mas ainda tenho esperança de conseguir terminar...
Enjoy!



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Nada poderia ser mais surreal do que estar ali, sentada no caro da Sra. Anderson. Não apenas sentada naquele carro consideravelmente grande, mas também aonde aquele carro a levaria. Mais precisamente, uma casa enorme em um condomínio de luxo, longe do centro da cidade. Julienne não saberia se ficaram minutos ou horas naquele carro, apenas esperando o momento em que ela finalmente conheceria a casa onde o garoto que ela gostava (sim, porque ela ainda se recusava a dizer que o amava) havia crescido e se tornado quem ele era hoje.

Ela ficou ali, olhando a casa enorme que se estendia a sua frente. Com janelas brancas e paredes amarelas, e colunas de mármore na varanda, dando sustentação ao telhado inclinado. O jardim era lindo, com flores de todas as cores, e um caminho de pedras que levava até a escada branca que conduzia à varanda. Parecia uma daquelas casas de filme.

A Sra. Anderson estacionou e os ajudou com as malas. Logo, os quatro estavam dentro da casa. Jane anunciou que iria para o quarto desfazer as malas, e James foi abraçado carinhosamente pela mãe antes da mesma informar que logo o almoço estaria pronto e se dirigir para a cozinha.

Só então Julienne se concentrou na decoração do hall. Uma escada levava ao segundo andar, um portal levava à sala de estar e outro à cozinha, onde a Sra. Anderson já cozinhava e cantarolava. Era tudo decorado em vermelho em dourado. Tinha um ar elegante e alegre. Aquela harmonia que ela nunca havia conseguido encontrar em sua própria casa, com seus pais sempre brigando. Talvez as pessoas conseguissem fingir toda aquela harmonia, mas era um pouco difícil de acreditar que todo mundo fosse tão bom ator.

Ou talvez já tivessem inventado harmonia em spray, para borrifar no ar e enganar as visitas. E só gente muito rica podia comprar. Talvez por isso todos os ricos parecessem tão felizes nas revistas.

– James... Ah, sua casa é tão... tão linda. Posso morar aqui? – certo, coisa errada para se dizer. Até ela mesma percebeu – Não, não... Esqueça essa última parte! Eu sou muito tonta mesmo!

James riu muito alto.

– Tudo bem , Enne... Fico feliz que você goste da minha casa, porque é aqui que você vai morar nas próximas semanas – disse ele, passando o braço pelos ombros da garota – Venha, quero te mostrar o resto da casa.

A casa dos Anderson era realmente muito bonita. A sala seguia o padrão vermelho e dourado da entrada. Tinha uma TV de plasma, poltronas e um sofá de aparência muito confortável e uma lareira. Um pouco mais à esquerda, perto de uma porta que deveria vir da cozinha, havia uma mesa de jantar, com cadeiras de madeira para até oito pessoas. O quarto dos pais de James também era vermelho, com detalhes brancos, e tinha uma lareira na mesma direção que a da sala, perto da porta do banheiro. Já o quarto dele era azul, e as paredes tinham listras verdes, azuis e brancas. A cama ficava no canto, paralela à porta. Não tiveram a oportunidade de ver o quarto de Jane, pois havia um aviso na porta “Não Entre” que ela colocara aos quatorze anos. Se a porta estivesse fechada, explicou James, era melhor levar o aviso a sério se a intenção era continuar a ter braços e pernas.

Mas o quarto que Julienne mais gostou foi, de longe, o seu.

Era todo em roxo, sua cor favorita. Sua cama era enorme, ou era uma cama de casal muito pequena. Havia uma mesinha branca com um computador da Apple, e uma caixa de lápis de cor ao lado com todas as cores do mundo!

A garota não tinha palavras para agradecer por um quarto tão maravilhoso. James, porém, pareceu ter interpretado mal o seu silêncio:

– O que foi? Não gostou? – perguntou ele, apertando levemente o ombro dela.

– Não, não é isso... – murmurou ela, alguns instantes depois – É perfeito!

Com isso, ele deu um beijo na bochecha dela. Era extremamente fofo e fraternal, e, mesmo ele já tendo feito isso diversas vezes antes, a fez ficar muito corada.

– E aí? O que você quer fazer agora? O almoço só vai sair daqui a uma boa meia hora...

– Bom, eu... sinceramente? Não sei! O que você quer fazer?

– Normalmente eu iria ficar irritando a Jane, mas... Acho que não é a sua ideia de diversão, é?

– Sim, essa definitivamente é a minha ideia de diversão!

– Ok, só uma pergunta antes... – James olhou nos olhos dela, e ela acenou com a cabeça para que ele continuasse – Você e a Jane não são lá muito amigas, são?

– Claro que não... Esqueceu que eu namoro com o irmão dela? – não, não, não! Péssima ideia, péssima ideia! O que ela foi dizer? O que ela foi dizer?

– É mesmo! Quase tinha esquecido dessa coisa que o Robert inventou! – James começou a rir, e os dois foram para o quarto dele planejar a melhor maneira de irritar Jane.

Afinal, era uma brincadeira que Robert havia inventado... Não era?

***

– Não sei se isso vai ser uma boa ideia, James... Não estou gostando nada disso!

– Calma... Além do mais, você concordou, não concordou?

– É, mas não sabia que era isso que você tinha em mente!

Aquilo não ia dar certo. Definitivamente, não ia dar certo. A ideia de “irritar” de James era completamente da ideia de “irritar” de Julienne. Na sua ideia, os dois colocariam algum bicho asqueroso de borracha na cama de Jane. A ideia dele era roubar as malas com todas as roupas da irmã. A menos que se conte, é claro, as roupas que não cabiam mais nela, que obviamente não haviam sido levadas para a faculdade, portanto obviamente não estavam nas malas.

Naquele momento, as malas de Jane estavam no quarto de James, que estava bem trancado. James havia entrado no quarto dela enquanto ela tomava banho, abrindo uma exceção à regra de não entrar. Tudo bem, dissera ele, ainda tenho meus braços e pernas.

– Ah, vai... Minhas brincadeiras são muito mais divertidas do que aquelas que você vê nos filmes!

– Não consigo ver por quê! Você sabe que ela vai te odiar para sempre...

– Não vai, não... Somos irmãos gêmeos, apesar de tudo... – e, para coroar, aquela desgraçada sensação de que Julienne não deveria estar ali, junto com a angústia do que aconteceria quando Jane descobrisse tudo. Sua maior esperança era que aquela sensação fosse embora conforme Julienne fosse se acostumando com a mansão gigante. Tudo entre ela e James sempre fora tão natural... Mas ela não gostava dele antes. Bem, gostava... Mas não sabia.

– Quase tenho pena da Jane... Um gênio forte como o dela e um irmão chato como você! A casa deveria estar destruída!

– Ah, não tenha... Ela sempre arranja um jeito de se vingar ­– disse James, de repente muito sério – Aliás, ela deve estar saindo do banheiro daqui a pouco.

– James, isso não vai dar certo! – tornou a repetir Julienne – Ela pode acabar descobrindo que eu participei e resolver descontar em...

Naquele momento, um grito de gelar a espinha cortou a conversa

James Anderson, eu vou te matar!”



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Notas finais do capítulo

Gente, estou pensando em ilustrar cada capítulo com desenhos meus, e fazer a capa nesse mesmo esquema! Comentem nos reviews o que vocês acham da ideia, ok?
Beijos & Borboletas!!



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