A Faculdade escrita por Juliana Belmonte


Capítulo 1
Um País Totalmente Novo


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o primeiro capítulo, espero que gostem. Desculpem o fato de o parágrafos não estarem corretamente afastados da margem, é que eu não afastei manualmente. Usei a escala no word, mas no Nyah não ficou como o original. Pretendo acertar esse detalhe quando estiver com mais tempo!



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A Escritora Na Faculdade

 

Eu me chamo Julienne Jhonson. Estou na faculdade de Design de Moda da UFRJ há um ano, mas agora eu estou na Inglaterra, consegui me transferir para cá, depois de muito esforço e estudo. Eu conheci algumas meninas hoje, porém até agora não achei nenhum cara que pudesse se encaixar no papel de “James Potter”... Mas ainda há muito tempo... há?

Olha, quando eu era criança, pensava em encontrar alguém que fosse como ele, James Potter. Casaria e teria duas ou três filhas, Annie, Jullie e Lilly... Ou talvez Lílian, pelas minhas origens. Mas hoje sei que não existe muita probabilidade de isso acontecer... Mas deixe-me voltar ao assunto:

Conheci minhas colegas de quarto hoje, a faculdade aqui é diferente, é um campus . Isso é legal! Muito melhor que no Brasil, é claro... Enfim, eu tenho três colegas de quarto, Jane Anderson, Marie Renoir e Annelise Thompson. Jane tem cabelos muito negros e lisos cortados um pouco abaixo dos ombros com uma franja e olhos azuis como um céu de inverno. Marie tem cabelos ondulados castanho- claro e olhos cor-de-mel, ela puxou a mãe inglesa, apesar do pai ser francês. Annelise tem cabelos louros cacheados e olhos azuis. Todas elas são lindas, menos eu. Eu tenho cabelos lisos (apenas porque eu alisei) e olhos verdes escuros que saíram do desenho. Minha mãe sempre dizia que meus olhos eram lindos e expressivos, mas eu não acredito.

***

— Eu sou inglesa, mas meu pai é francês. Ele conheceu minha mãe enquanto ela fazia faculdade na frança. Sabe, mon chéri, tem muitas chances de você achar o seu James! Principalmente se esse James fôr o irmão gêmeo da nossa Jay! – disse Marie

— Eu não quero um James! Muito menos o irmão da Jay e... Espera um pouco, você leu meu Diário? – respondeu Julienne

Vous vous y habituer ! Je l'ai fait avec toutes les filles de notre première année de collège!

— Enne, essa francesa daí fala em francês o tempo todo! Isso irrita, às vezes, sabe? Mas ela disse: Você se acostuma... Eu fiz isso com... todas as meninas no nosso primeiro ano de... colégio? Não, não, faculdade! – disse Annelise

— Antes que vocês resolvam começar com seus insultos históricos entre franceses e ingleses, o que fez o rumo da conversa chegar no meu irmãozinho querido? – cortou Jane saindo do banheiro com o cabelo enrolado em uma toalha

— Estávamos falando das nossas origens para a novata aqui, – disse Annelise com uma piscadinha para a brasileira – até que a francesa disse que já que os pais dela se conheceram na faculdade, a brasileirinha tinha chances de conhecer o James dela, ainda mais se ele fosse o seu gêmeo, Jay!

— Primeiro: Pare de me chamar de Jay! Eles chamam o James de Jay! É Jane e ponto! Segundo: Que história é essa de “James dela”, Julienne?

Nesse momento várias coisas aconteceram ao mesmo tempo: Elas se olharam por um momento, então um choque de compreensão se espalhou pelo rosto de Jane.  Annelise pulou em cima de Julienne e imobilizou-a e Marie e Jane correram até a mochila da brasileira e  a vasculharam, até que Marie ergueu um caderno roxo com letras garrafais douradas: Diário de Julienne Catherine Jhonson e leu:

— “... quando eu era criança, pensava em encontrar alguém que fosse como ele, James Potter. Casaria e teria duas ou três filhas, Annie, Jullie e Lilly... Ou talvez Lílian, pelas minhas origens. Mas hoje sei que não existe muita probabilidade de isso acontecer...” Reconhece, Jhonson?

— Claro, Renoir! Fui eu que escrevi, lembra? – respondeu Julienne sarcástica

— E o que tem com o James? Que eu saiba ela disse James Potter! E o nome dele é James Anderson! Não é Potter, é A-n-d-e-r-s-o-n! – disse Jane com uma pontada de exaspero na voz

— Jay, querida, você sabe muito bem que o outro Jay se encaixa mais do que bem no papel de James Potter. – cortou Annelise

— Vocês querem parar de decidir o meu futuro! Eu não quero me casar com um James Potter! Isso era um sonho de criança! E além do mais eu não...

Sabe aqueles momentos em que você se esquece como respirar? Pois é, esse foi um deles. James Andrew Anderson acabava de entrar na sala onde estávamos. Eu não podia desmaiar naquela hora, mas era o que eu queria fazer. Eu estava vestida com um short jeans super curto e uma camisa de alcinha branca. Vontade de morrer! Eu não quero nem saber como é a personalidade dele, porque ele é um deus grego com o James Potter com quem a Julienne criança sonhava em casar. Cabelos muito negros e bagunçados e olhos azuis como os de Jane, físico perfeito e um ar misterioso e... sexy... (morta de vergonha por falar isso)

— Oi, Jane! Como vai minha irmã mais nova? – disse James dando um beijo na testa de Jane

— James! Eu não sou sua irmã mais nova, eu até nasci primeiro! – disse Jane de um jeito entre ultrajado e divertido, abraçando-se ao irmão

— E como vão as amigas da minha irmã mais nova? – perguntou ignorando a careta da irmã, pois acabara de notar um rosto novo na cena – E essa linda moça seria...?

— Julienne Jhonson, brasileira, 18 anos e fazendo um ano da faculdade no país que ela ama desde a infância – respondeu Juliana com um sorrisinho

— James Anderson, inglês, 18 anos e fazendo faculdade de Veterinária no país em que ele nasceu – disse James, soltando a irmã para beijar a mão de Julienne e entrando na brincadeira

— James, sabia que...? – começou a garota, mas percebeu o erro que cometera ao ver a expressão que o outro fez – Ah, me desculpe! Eu e minhas manias de brasileira! Desculpe te chamar pelo nome... – completou dando um tapa na própria testa

— Tudo bem! – disse ele divertido – Desde que você me deixe te chamar de Julienne – disse ele lançando a ela um olhar intenso demais para a situação

Annelise, percebendo que Julienne estava sem-graça e Jane estava parecendo um tanto enciumada, cortou o clima com uma de suas palhaçadas:

— Povo, isso é tudo muito fofo e romântico, mas... James, fora!

— O que foi que eu fiz? – disse o moreno se fazendo de desentendido, mas se traindo com um sorriso que teimava em escapar

— Fora, Anderson! Deixe a brésilienne em paz! – cortou Marie

— Estou saindo! – disse James ao ser acertado por uma almofada de Marie, onde estava escrito: Angleterre – Só não me jogue almofadas francesas!

Ele saiu a tempo de ver Jane mostrar a língua, a menina tinha se mantido a um canto observando a cena.

As meninas ficaram em um silêncio constrangedor até o som dos passos de James morrer no corredor. Annelise foi a primeira a se manifestar.

— Jhonson, que feio! Dar em cima do irmão gêmeo da sua colega de quarto logo no primeiro dia! Isso é coisa de brasileira, é? – disse a garota falsamente chocada

— O que?! Eu não dei... Ele que deu... O que eu...? Você ficou louca? – respondeu a brasileira

— Você ouviu muito bem, chéri! Que história é essa de dar em cima do nosso Jay? – disse Marie entrando na brincadeira

— Ok, chega disso vocês duas! E você, não chegue perto do James, ou estará ferrada! – disse Jane lançando um olhar assassino à Julienne

— O que eu fiz? – perguntou a menina indignada – Ele é que deu um daqueles sorrisos “Oi, tenho 32 dentes!” quando eu simplesmente me desculpei por ter chamado ele pelo primeiro nome!

— O que é isso de “Oi, tenho 32 dentes”? Mas não importa! Não se faça de desentendida, o James é meu irmãozinho e eu o conheço! Ele não estava dando em cima de você! – disse a morena começando a ficar nervosa

— Jay, desde quando o James é inho? Quanto mais irmãozinho! – disse Annelise, um tanto nervosa, para tentar amenizar o clima

— Não enche o saco, Lise! Eu sei bem o que você está pensando, mas fique bem avisada: meu irmão não é um James Potter da vida! Ele pode ser lindo, galinha, atlético e o tipo “maroto”, mas ele é só isso!

, chéri? – disse Marie

— Só! – respondeu a morena, mas se atrapalhou - ... Er, só? Não sei, não sei! Não tente me confundir!

Foi nesse momento que a Marie arqueou uma sobrancelha! Eu nunca aprendi a fazer isso, queria tanto saber fazer isso!

— Nem pense em chegar perto do meu irmãozinho, ouviu? – disse Jane se virando para a brasileira

— Eu não fiz nada! Eu só chamei ele pelo nome sem querer e ele resolveu dar aquele sorriso lindo e sedutor... – disse a menina dando um sorriso sonhador sem-querer

Marie arqueou a sobrancelha outra vez. Todos sabiam que James tinha um efeito um tanto chocante nas garotas.


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Notas finais do capítulo

Primeiramente seria um livro, mas eu decidi postar como uma fic para saber se as pessoas iriam gostar. Deixem reviews, please! E, se puderem, digam se ficaria bom como um livro! ;)