A Profetisa - Heroes Series escrita por AliceCriis


Capítulo 59
55


Notas iniciais do capítulo

Eu to compleetamente desgostosa com o que eu escrevo... TUDO FICA PÉSSIMO :@
Quando eu parar pra valer de escrever, aviso vocês ;)



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55 – A caçadora de recompensas e o Expresso-Olimpus

Homens vestidos de preto com armas tranqüilizantes, pingavam por todo o campus, Dot’s corriam para se proteger, outros atiravam qualquer coisa contra os “Lugros”.

Corri o mais rápido que pude, para reunir a minha equipe de fuga. O plano pairava em minha cabeça, como única saída.

Um homem com o rosto escondido em um touca preta, lançou contra mim uma demandada de tranqüilizantes contra mim, e antes mesmo de conseguir pensar, uma barreira criou-se entre mim, e os dardos.

- Escudium!

Foi a única coisa que eu ouvi quando uma jovem garota de cabelos curtos e parcialmente azuis, se colocava em minha frente.

- Que é que...?

- Vamos, você tem que levar seu pessoal para fora daqui! – a menina de cabelo azul, me arrastou para meu dormitório e berrou: - O ataque começou: alunos da senhorita Bennett, favor aparecerem!

Muita gente correu para dentro do prédio, e outras pessoas desceram as escadas, com espadas e adagas empunhadas – e uma bolsa pendurada nas costas.

- Quem é você? – perguntei á garota de cabelos azuis, que agia como se soubesse quem eu era.

- Sou Malice Howe. – ela falou apressada, trancando as portas – Malice no país das maravilhas.

Olhei estupefata para ela. De onde ela surgiu?!

- Pegue sua espada, Gallatea, ou prefere ficar com ela no dedo, como enfeite?

Tirei meu anel do dedo, e Otróplia tomou forma em minha mão.

- Os portões foram trancados pelos militares! – Nora Parkinson, me falou, enquanto arrastava um garoto que provavelmente foi atingido por um dardo de tranqüilizante. – Como vamos sair daqui?

- Tem um alçapão no sótão. – exasperou Sharon, entrando por uma janela, seguida por Melanie, Fred, Hope, Joe, Tyler e Laster. – Acho que podemos sair por lá.

- Quem é você? – Hope, estreitou os olhos para a nova garota.

- Ninguém importante, por enquanto. – retrucou Malice, trancando a janela. – Ele foi acertado.

O garoto que Nora tinha arrastado, agora dormia profundamente no chão.

- Ah, sério? Não me diga! – resmungou Sharon, cruzando os braços.

- Sem sarcasmo, por favor. – Melanie abriu caminho entre todo o pessoal, e procurou as escadas para o sótão. – Acho que temos que sair por aqui...

-... ou Hope e eu poderemos nos descolar daqui, com vocês para outro lugar... – sugeriu Fred.

- Seria ótimo, claro, mas não vai dar certo... Já temos um cara apagado aqui... Quando chegarmos no destino, vocês dois vão estar assim também. – respondi.

- Pro sótão então. – concordaram os demais calouros.

- Ele precisa beber isso... – Malice tentava fazer o garoto dormente, beber alguma coisa de um cantil velho e enferrujado.

- Que diabos está fazendo?

- Ele precisa acordar... Estamos fugindo, e um cara desmaiado, não colabora com isso. – retrucou.

- Mas por que ele precisa beber isso?

- Por que vai acordar ele! Agora, vai ajudar ou perturbar? – de mau humor, abri a boca do calouro, que logo o reconheci como Marco Lonphert. Malice derramou uma substância gelatinosa na garganta do garoto desacordado, que tremeu e abriu os olhos.

- Agora podemos ir? – Tyler abriu a porta do sótão emperrada, com um belo pontapé, que quebrou a maçaneta.

- É provável. – falei. – Todos indo, em fila!

Senti-me absurdamente como uma professora chata, empurrando seu bando de garotinhos, para dentro de uma sala de aula.

- Tem certeza que estão todos aí? – Sharon me indagou com seu olhar nada sutil.

- Não. Mas se quiser, pode fazer a chamada, Senhorita responsabilidade. – retruquei.

Ela bufou e desceu as escadas.

- Por que ela está aqui? – Melanie agarrou meu braço e apontou para Malice.

- Eu bem que gostaria de saber, mas ela apareceu do nada. Não podemos desprezar ajuda.

- E se ela for aliada dos inimigos?

- Vamos fritá-la como uma batata frita.

Desci as escadas, e fechei a porta, e estoquei a ponta da espada, em um canto, prevenindo para que ela se emperrasse novamente: caso algum “Lugro” espertinho tentasse no seguir.

- Vamos fazer a chamada, então? – perguntei, olhando para todos, e peguei uma lista de nomes de minha equipe de protegidos, e fiz a chamada. E com sorte, nenhum deles tinha desaparecido.

- Encontrei uma coisa aqui... – Malice revirou o mapa, na escuridão do porão. – Tem uma saída para o esgoto da cidade nesse lugar...

- Quem é você, e por que está nos ajudando? – Sharon grunhiu, olhando firme para Malice, que analisava o mapa.

- Eu sou Malice Howe, Malice no país das maravilhas... Eu já disse.

- Isso não nos prova nada! O que quer de nós?

Malice levantou os olhos, com a expressão cansada e fitou Sharon. – Eu não sou uma Dot como você, e “seus amiguinhos”. – bufou ela – Saí da academia, e vivo pelo mundo. Faço buscas para meu próprio benefício e ganho muito ouro pro isso... Como chamar isso sem que seja pejorativo? Ah sim, eu sou uma caçadora de recompensas. E para que eu possa transitar tranquilamente por todas as cidades e continuar com a minha vidinha tranqüila e cheia de ouro, preciso que os Dot’s e os Lugros não estejam querendo trucidar uns aos outros. E, assim sabendo, que vocês terão coragem para acabar com essa pouca vergonha que os Lugros nos causam, me uni á vocês para acabar logo com isso.

E ela disse tudo isto, como se nos desse “Bom dia”.

- E... e... está aqui só para o seu benefício? – guinchou Nora, ainda ajudando Marco se sustentar nas próprias pernas.

- Oras, minha cara, quem não trabalha para seu próprio benefício? Vou ajudar vocês, e vocês me ajudam. A troca é fácil, limpa e tranqüila. – retorquiu Malice, tateando as paredes do porão.

- Bem, a garota me parece bastante sociável... – contribuiu Melanie sorrindo para ela. – Ela deve ficar, não acham?

Várias cabeças assentiram e resmungaram concordando. E assim, vozes altas e tiros soaram do andar de cima. – SAIAM COM AS MÃOS ERGUIDAS, BRUXAS! RESISTIR SERÁ PIOR PARA VOCÊS, TEMOS ARMAS E DIREITO DE USÁ-LAS!

Minha cabeça matraqueou, lembrando do que Athena me ensinara durante uma semana... “Leve-os para longe!” Minha cabeça gritava. Até que algo se aflorou em meus pensamentos: Expresso-Olimpus!

- Eu tenho uma idéia! Peguem um Ourinfo de suas bolsas de ouro... AGORA! – sussurrei alto, apenas para todos do porão ouvirem. – Agora pisem em cima e pensem nas palavras: Expresso-Olimpus!

- Do que é que está falando? – Laster me olhou como se tivesse enlouquecido.

- Faça o que eu mando, se não quiser virar uma peneira! – gani, irritada.

Minutos depois, todas as moedas de ouro com o busto de Zeus, estavam sendo pisoteadas, até que: CRAQUE! Um som alto e uma porta de um trem se abria para todos nós, dentro de um porão. Yeeah, companheiro, na vida... as coisas se tornam cada vez mais estranhas – e divertidas!

- Vamos, entrem suas amebas! – bradei – Aquela porta não vai agüentar por muito tempo!

Confusos e tensos, todos entraram.

- Foi uma idéia boa. – Malice vinha atrás de mim – Uso o Expresso sempre que tenho Ourinfos – mas ela foi atrapalhada por um garoto com pernas de bode e uma garota de pele verde e orelhas pontudas.

- Bem vindos ao Expresso-Olimpus, – disseram –peguem seus bilhetes.

Os Ourinfos que estavam, debaixo de nossos pés, tinham se transformado em bilhetes.

- Andem! – disse o sátiro de mau humor. – Vamos, vamos, vamos!

Entregamos nossos bilhetes ao sátiro resmungão – acredite, bem que eu queria ter usado Otróplia naquele momento.

- Digam o seu destino. – disse a ninfa, passando pelo corredor, com um carrinho de doces.

- Floresta de Windingle. – respondi, antes de qualquer um.

- Tudo bem. Estaremos lá em... – ela segurou uma violeta entre os dedos e respondeu. – Três horas.

O trem fechou as portas, e as janelas se cobriram, ele entrou em movimento e os sons não foram nada agradáveis... até que tudo ficou normal... como qualquer viajem de trem.

- Doces? – sugeriu a ninfa empurrando seu carrinho. – Tem de todos os tipos!

- Ah... estou um pouco enjoada. – ela sorriu e me deixou em paz.

- Obrigada por me deixar viajar com vocês. – Malice sentou-se ao meu lado, ainda olhando para seu mapa. – Realmente escolheu um lugar ótimo para a primeira parada. Sem quimeras, ogros, ciclopes, minotauros, medusa e qualquer outra coisa... Talvez só tenhamos alguns problemas com lobotomos...

- Lobotomos?

- É... Lobos de Ares. – ainda consultava seu mapa. – Quer dar uma olhada?

- Não... eu tenho o meu. – falei, tirando de minha bolsa um pergaminho velho com a aparência devastada e o abri. Nenhum acampamento de monstros, fora lobotomos, estava onde seria nossa primeira parada.

Olhei pela primeira vez, para a garota que se chamava Malice: era uma aparência bastante singular... Usava jeans rasgados nos joelhos – propositalmente -, botas de combate, uma parca de aviador e os cabelos azuis, cortados rigidamente curtos. Os olhos também azuis, não a deixavam aparentar feminina nem, sequer sexy. Mas durona e cheia de coragem.

- Qual é o seu dom?

Ela me olhou, tirando os olhos do mapa pela primeira vez. – Sou uma feiticeira. Witcher, é como me chamam, Profetisa.

E levantando com um olhar um tanto tenso, ela se foi pelo corredor, enquanto Mel, Hope e Sharon, invadiam minha cabine.

- Que estilo o dela, hãn...


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