49 – Athena odeia calças jeans.

- Reverenciem-se. – mandou Éphira seguida por Apollo – Diante da deusa Éphira e do deus belo, lindo, perfeito, maravilhoso – CAHAM – Apollo, e a herdeira do trono Olimpiano, Claire Gallatea Bennett.

Todas as cabeças desconhecidas que estavam diante de nossa bancada, se reverenciaram.

- Amentia, prossiga, por favor. – mandou minha mãe.

A diretora se levantou, limpou a garganta e começou: - Aqui, todos os diretores de Academias Preparatórias para Extradotados – um homem de cabelos pretos e desgrenhados, limpou a garganta – E proles divinas. – complementou Amentia rolando os olhos.

Evitei pensar no que Amentia continuou falando. Continuei olhando para aquele homem de cabelos pretos... ele não era bem um homem... era um cara. Ele olhou para mim, levantou as sobrancelhas e sorriu. Por um minuto, não soube para onde para onde olhar ou o que fazer. Mas eu tinha corado – consideravelmente, companheiro.

Espera. Espera. Eu sou Claire Bennett... Eu sou Claire Bennett.

Desviei o olhar daquele cara, e continuei a prestar atenção no andamento do diretório.

- A filha de Apollo e Éphira, ambos deuses residentes do Olimpo, obteve uma informação de uma ameaça, partindo dos humanos. Governantes em suma e massa, estão planejando o ataque e dominação de nossa espécie. – concluiu Amentia.

- E que provas temos? – questionou uma mulher um pouco mais velha do que Amentia, atrás do cara moreno.

- Nossa palavra. – apoiou Éphira, olhando firme para Amentia. – Apollo teve algumas previsões. E nossa filha, está certa.

- Então, vamos preparar o ataque! – retrucou outro homem, com cabelos ruivos e esmurrando a mesa.

Olhei em volta, e vi todas as estátuas dos olimpianos. Que ainda não tinha notado – pequeno detalhe... Zeus, Hades e Poseidon – estavam no centro – Hera, Apollo, Athena, Éphira, Hermes, Dionísio, Deméter, Ártemis, Ares, Afrodite e Hefesto, os cercavam... e depois, uma base vazia, lia-se: Gallatea – sopro dos ventos futuros.

Aquilo me causou medo. Evitei olhar para aquilo de novo.

- Não devemos atacar ninguém, Olívio. – respondeu meu pai, com autoridade.

- NÃO DEVEMOS ATACAR?! – berrou o homem em fúria – DEVEMOS SER MORTOS, SEM NEM MESMO TENTAR NOS SALVAR?!

- Silêncio, Olívio. – meu pai se levantou, e pela primeira vez, eu vi meu pai como um deus. Como... imagem de força... Dono do sol. O todo poderoso Apollo. – Ninguém vai atacar, nem deixar ser atacado! Iremos usar isto, como uma preparação para nossos jovens Heróis. Todos eles iram escapar e sobreviver pelo mundo. Até que encontrem as moradas de segurança, que Éphira providenciou. Mapas. Mapas serão dados á todos com o objetivo. Nossas crianças vão saber como lidar com isso, Olívio. Sabemos disso.

- Desculpe a pergunta, Apollo, mas... – levantou a mão, o garoto de cabelos desgrenhados e pretos – Quando isso acontecerá?

- Ah, Cedric – Apollo sorriu gentilmente para ele – Achei que Howen viria... onde ele está?

- Tivemos problemas com um manticore pelo campus... – ele riu consigo mesmo. Eu olhei para ele e ele sorriu para mim, mais uma vez. Corei novamente e desviei o olhar.

- Respondendo á você, Cedric, é provável que na chegada do terceiro sol de saturno. – meu pai, calculou nos dedos e disse: - no próximo domingo...

- Mas hoje é sábado! – guinchou outra mulher com um chapéu coco.

- Temos uma semana e um dia, Edwiges – acalmou-a Éphira.

- E o que faremos em relação á Gallatea? – perguntou Amentia.

Olhei assustada para meus pais.

- Ela irá levar os Extras para fora de área de perigo... e depois irá seguir para Washington, para dar liberdade aos Extradotados. – disse uma voz, feminina, vinda da porta.

- Athena, por que a demora? – minha mãe olhou para a mulher que entrava no diretório.

- Não sei como conseguem usar isso... é tão desconfortável... – reclamou a mulher apontando para suas calças jeans, visivelmente Chanel.

- Está pronta para o treinamento? – perguntou meu pai cochichando para mim. – Uma semana toda com a deusa da estratégia em batalha...

- Hã?

- Boa sorte, paçoquinha... Espero que volte com vida.

- Está pronta, Gallatea? – perguntou a mulher de cabelos pretos, em trança, andando estranhamente com suas calças jeans. Ela voltou o olhar ao diretório, justo para o garoto de cabelos pretos.

- Oi mãe. – ele sorriu.

- Eu lhe disse para enfiar a espada no peito daquele manticore! – brandou Athena furiosa. – O que acha que seu pai vai achar disso?

- Hermes gostava do Ossie... – reclamou o garoto desajeitando os cabelos ainda mais.

- Ninguém gosta daquele monstro. – afirmou a deusa da sabedoria em fúria. – Falamos disso mais tarde... Gallatea, vamos.

Olhei para meus pais em pânico. Que diabos eu tinha que fazer agora?

- Vá com ela, Gallatea. Tem que estar preparada para quando a guerra começar... pra valer. – aconselhou minha mãe.

Levantei-me da mesa de meus pai, e caminhei em direção á deusa – estressada com sua calça jeans.

Passei perto da bancada do garoto de cabelos pretos e ouvi-o dizer: - Boa sorte, garota... Você vai precisar...

Engoli em seco e corei de novo, quando Athena colocou a mão no meu ombro, e o cenário em minha volta, mudou completamente...