Meu nome é Júlia, tenho 13 anos. Eu sou apenas uma garota calma, paciente, que às vezes cansa e chuta o balde. Que sabe ouvir, às veze em silêncio porque é sábio e às vezes porque algumas pessoas me causam preguiça. Que às vezes fala muito, mas geralmente se cala, observa, e tenta encontrar razões onde muitas vezes não se tem nada. Que canta no chuveiro quando está entediada, e às vezes é capaz das coisas mais idiotas porque viver é isso; é aprender com os erros, crescer com os acertos e ser você mesmo, por mais que isso, na maior parte das vezes, não agrade a alguns ou até mesmo a todos, porque, como ouvi em algum lugar, “Sou protagonista da minha vida e não platéia da sua, e você deveria fazer o mesmo.” Sou alguém que curte passar as noites em claro às vezes lendo a um bom livro, assistindo a um anime, jogando ou até mesmo vivendo em um mundo paralelo que muitas vezes acredito ser real, mas que certamente não é. Que sonha independente de estar dormindo ou acordada. Que sorri, mas que nem sempre está feliz, e que também chora como uma criança. Que ama escrever, e faz disso uma fuga. Que cria um mundo próprio em sua mente, se imaginando lá, em um lugar perfeito, vivendo uma vida perfeita. Que já sofreu e já fez sofrer. Que já se apaixonou e, por mais que o sentimento não tenha sido recíproco, nunca deixou de acreditar no amor. Que já se decepcionou muito, mas que nunca desistiu do ser humano e, apesar de tudo, vai continuar se apaixonando, amando e acreditando que as pessoas podem mudar; que o mundo pode mudar. Porque isso é ser humano. É tornar o impossível, possível. É ter fé, e nunca desistir dos seus objetivos por mais complicados que os obstáculos futuros possam ser. Acreditar que você pode fazer a diferença. Ser capaz de dizer que, mesmo que não tenha conseguido o que um dia quis, teve a chance de ao menos tentar. Eu sou apenas a visão de tudo o que fui, do que sou e do que serei, e cada um terá de mim apenas aquilo que realmente merecer. Posso ser tudo que quiser, mas sou apenas o que desejo ser. Nada mais, e nada menos, do que eu mesma.