Eu sou vergonha. Eu sou terror. Eu sou monstruosa. Eu sou quem você olha com nojo. Eu sou quem você sente pena. Eu sou quem você sente raiva. Eu sou quem você não entende. Eu sou quem causa orações. Eu sou quem todos querem converter. Eu sou quem tem “o diabo no corpo”. Eu sou o que muitos definem como “obra diabólica”.
E você é quem pergunta: o que você é? O que você fez?
E eu respondo: eu apenas tenho em meu corpo o amor.
E aí entra a pergunta “como assim?”. Eu sou tudo isso pelo simples fato de amar. Pelo simples fato de querer ser feliz do meu jeito.
Eu amo.
Eu sofro.
Eu sou orgulho.
Eu sou preconceito.
Eu sou abominação cristã.
Eu sou o amor que Jesus pregou.
Eu sou traços de uma vida verdadeira.
Eu sou traços de uma vida cheia de mentiras.
Eu sou feita completamente de amor.
Eu sou feita de medos e dor.
Eu sou quem ama errado.
Eu sou quem só ama.
Eu sou o choro.
Eu sou riso.
Eu sofro.
Eu amo.

(Autor Desconhecido)