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Luppy
ID: 488528
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  • 29/06/2014



  • Como um fantasma que se refugia
    Na solidão da natureza morta,
    Por trás dos ermos túmulos, um dia,
    Eu fui refugiar-me à tua porta!

    Fazia frio e o frio que fazia
    Não era esse que a carne nos contorta...
    Cortava assim como em carniçaria
    O aço das facas incisivas corta!

    Mas tu não vieste ver minha Desgraça!
    E eu saí, como quem tudo repele,
    - Velho caixão a carregar destroços -

    Levando apenas na tumba carcaça
    O pergaminho singular da pele
    E o chocalho fatídico dos ossos!