'the stakes are high', diz a música, 'the water's rough, but this is love is ours'. Se essa não é, de uma maneira delicada e pequena, tudo o que diz respeito à relação de Poseidon e Atena, eu devo ter perdido em algum canto da minha casa meu senso de interpretação. Ours aponta, com precisão, o que há de mais importante entre eles: a maneira como são tão diferentes e já tiveram tantos problemas e, mesmo assim, quanto ao que importa, são essencialmente bons um para o outro. Eu não gosto da palavra "perfeitos", pois é sempre passível de discussão, mas são "bons" - Atena confessa a Poseidon sua maior insegurança e ele a acalma, acariciando seu cabelo, e se isso não é amor de verdade eu não sei o que é. (Percebam que falar do OTP sempre me deixa um pouco repetitiva). Ours é um retrato precioso e breve do que há de melhor entre eles, e tão cheia de detalhes: a roupa de Atena, as tatuagens de Poseidon. Apolo, Artemis, Anfitrite. O cenário na praia, a forma como eles já começam se dando bem, apreciando suas diferenças e, também, se encantando por elas. Ours é Modern!AU de um jeito que pouquíssimas pessoas saberiam fazer direito, porque rica em detalhes cheios de importância, mas é claro que, em se tratando da Julia, eu não deveria sequer me preocupar em fingir surpresa. Ela é maravilhosa, e vale muito a leitura. Amo, amo, amo.