Já havia se passado dois meses que Edward desapareceu, dois meses que faltam um pedaço de mim.

Estávamos nos aproximando do natal, e com certeza esse seria um dos mais tristes que a família Cullen passaria. Meu maior desejo era que ele aparecesse dias antes, dizendo que tudo estava bem e que ficaríamos juntos para sempre.

A empresa estava nas mãos de Jasper e Giuseppe, às vezes eu ia a reuniões, mas nada muito formal, até na Swan eu deixei de ir. Confesso que minha vida hoje se resume em apenas cuidar dos meus filhos.

Durante esses dois meses eu estive quatro vezes em Londres, e infelizmente voltei de todas sem nenhuma informação, e o pior era que as meninas não paravam de perguntar do pai.

- Mãe está ocupada? – Gabriel entrou no escritório, enquanto eu revisava alguns papeis.

- Pode falar filho, o que você quer?

- Estou com tanta vontade de comer panquecas, papai fazia sempre lembra?

- Claro que eu lembro, mas você me ajuda a fazer?

- Sim. Vou trazer as meninas para baixo primeiro, pode ser?

- Como você adivinhou meus pensamentos? Eu iria mesmo pedir você para fazer isso. – Ele então saiu do escritório e eu fui para cozinha arrumar as coisas. – Vocês duas se comportem, enquanto eu e o irmão de vocês vamos fazer panquecas.

- Que gotoso mamãe.

- Muito gostoso Sophie.

Depois que preparei a massa, Gabriel ficou esticando ela, enquanto eu preparava o recheio. Na hora que eu coloquei os temperos no fogo, me deu um enjôo tão grande que eu sai correndo para o banheiro, e coloquei o pouco que tinha comido para fora.

- Mãe o que você está sentindo?

- Só me deu um enjôo forte filho, deve ser porque não comi direito hoje. – Mais uma vez veio a ânsia.

- Mãe quer ajuda? Quer que eu ligue para alguém?

- Não será preciso filho, já já eu melhoro. – Depois que Gabriel saiu, lavei meu rosto, minha boca e sentei-me no chão. A dor no estomago era muito grande, por isso fiquei ali durante alguns minutos.

- Mãe desculpe, mas eu liguei para tia Alice e ela já está vindo.

- Não tem problema, só não precisava incomodá-la com isso.

Não demorou muito e Alice já entrava correndo pela porta de casa.

- Beliinha o que aconteceu? Gabriel me disse que você passou mal.

- Um enjôo normal All, estava fazendo panquecas quando senti.

- Bella vamos ali no cantinho conversar. – Ela saiu me puxando. – Você sabe que isso não é normal né Bella?

- Pelo amor de Deus Alice, eu não estou grávida.

- Bella você por acaso, mênstruo esse mês?

- O meu Deus, não pode ser All.

- Claro que pode Bella. Não acredito que meu irmão foi capaz de nos deixar um presente. – Começamos a chorar feito crianças.

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Já faz dois meses que estou vivendo com Olívia e Antonio. Nesse meio tempo me lembrei de varias coisas, incluindo meus filhos, amigos, a morte do meu pai, algumas festas da empresa que supostamente eu era dono. Mas infelizmente eu não conseguia ver o rosto de Bella, as imagens sempre sumiam ou ficavam embaçadas.

O natal estava chegando, eu estava muito grato por tudo que eles fizeram por mim, mas a vontade de rever a família era grande.

- Edward amanhã Antonio vai à cidade, se você quiser vá com ele.

- Não sei Olívia, e o custo disso?

- O pessoal sempre se junta e vai.

- Se for assim, eu vou.

Mais tarde a ajudei na horta, e ficamos conversando sobre as varias coisas que eu me lembrei nesses últimos dois meses.

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Alice não se conteve e foi na mesma hora para farmácia comprar os testes, e como desconfiávamos quatro de seis deram positivo. Marcaria amanhã mesmo meu ultra-som.

Coloquei as meninas para dormir, e pedi que Gabriel ficasse comigo, não agüentava ficar sozinha naquele quarto enorme.

- Você realmente está melhor mamãe?

- Estou sim querido, e nós precisamos conversar mais uma vez.

- Diga mãe.

- Lembra quando nós te trouxemos para morar com agente e eu te contei que estava grávida das suas irmãs?

- Como poderia me esquecer? Fiquei tão animado na época, mas por que não me diga que..

- Sim, eu estou grávida de novo.

- Não acredito mãe, mas isso é ótimo.

- Serio que você gostou da idéia?

- Amei mãe, nada melhor que aumentarmos a família. Pena que o papai não está aqui, ele ficaria tão feliz.

- Mas ele estará em breve, eu tenho confiança que o detetive o encontrará.

- Assim eu espero mãe, agora podemos dormir? Estou cansado.

- Claro querido, agora venha aqui pertinho, gosto de dormir abraçadinha com você.

Na manha seguinte a primeira pessoa que chegou lá em casa foi Alice, e fazendo o maior alvoroço.

- Bom dia família linda. – Ela passou beijando um a um, e quando chegou em mim mandou um beijinho para minha barriga.

- Tia eu quelo beijo aqui também. – Sophie disse apontando para barriga, e nós começamos a rir. Alice então encheu as meninas de cosquinhas.

- Agora que estão todos controlados, eu tenho que conversar com vocês duas.

- Que mamãe?

- A mamãe vai dar mais um irmãozinho para vocês, o que acham?

- Ebaa, cadê ele mamãe?

- Ainda vai demorar um pouquinho para ele chegar Julie.

- Poque mamãe? – Sophie perguntou.

- Porque ele está aqui dentro da barriga da mamãe, e vai ficar aqui quietinho até a hora de ver vocês.

- Aqui? – Julie levantou e passou a mão na minha barriga.

- Sim meu amor aqui dentro.

- Hum..

- Pois bem, noticia dada, agora vamos acabar de tomar café, porque depois eu tenho medico.

- Mãe nós vamos para a vovó?

- Não sei querido, eu acho que nós já estamos enchendo ela muito, não acha?

- Bella mamãe ama que eles fiquem lá, ela já até levou os projetos para casa.

- Por isso mesmo, ela tem o escritório de arquitetura para cuidar. Faça assim, pegue as babas e os leve para o shopping, ele estará cheio porque estamos perto no natal.

- Papai Noel, ebaa!!!

- Viu?! As meninas irão adorar, e você ainda poderá fazer umas comprinhas.

- Então vamos crianças?

- Meninas peguem as coisas delas lá em cima fazendo favor. – Dentro desse tempo eu contratei outra baba, que era amiga de Bruna, um amor e Sophie gostava mais dela. – Filho se você quiser pode ir comigo, e depois nós a encontramos no shopping.

- Eu prefiro ir com você mãe, aproveito e te faço companhia.

- Então vamos, porque eu ainda tenho que marcar a consulta.

Chegando ao consultório de Virginia, fiz uma boa pressão na recepcionista para que marcasse minha consulta para naquele horário mesmo.

A emoção foi a mesma que senti na primeira ultra-som das meninas, mas dessa vez era apenas um bebe. Virginia me parabenizou mais uma vez, e marcamos a próxima consulta.

Depois encontramos Alice e as meninas no shopping, tive que comprar um presente para cada, elas estavam eufóricas.