Apaixonada por Um Fantasma escrita por Gibs


Capítulo 7
Capítulo 6 - Imaginação perturbada


Notas iniciais do capítulo

olá meninas, muito obrigada pelos review.
espero que gostem, e qlq duvida, perguntem por review.
ps.: estou começando uma fic nova, caso vcs queiram o prologo, ou o 1º capitulo, me falem.
boa leitura



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Cheguei à praia e fui em direção ao mar. Sentei-me na areia e fiquei ali, olhando a água bater. Aquela brisa batendo em meu rosto acalmava anos de responsabilidade, negação e culpa por aqueles que não consegui ajudar. Pensei em tudo que havia ocorrido desde a noite que Sebastian apareceu pra mim. Já fazia dois dias que ele me pedira ajuda. O que consegui saber é que ele é irmão de uma amiga e que a deixei com medo por contar meu segredo. Minha mãe se afastava cada vez mais, renunciando seu posto de mãe. Só me aturava por, talvez, restar um pingo de amor em seu coração. Sei que minha mãe me ama, que sente algo forte por mim, sou sua filha ainda, mas, daria tudo para que eu não tivesse esse dom, para que eu fosse normal. O estranho é que eu me sinto normal. Não tenho nenhuma doença contagiosa e eu sou feliz desse jeito, acho que seria incompleta sem poder ver e ajudar esses espíritos.

– Podemos conversar? - Sebastian estava ao meu lado, e me fitava.

– Não tenho nada pra falar. - ele ainda me fitava. Meus cabelos balançavam com o vento e o ouvi suspirar. - Você tem que ir pra luz e eu vou te ajudar. Com isso, ficamos livres um do outro. Parece que é isso que você mais quer, não é? - me levantei, o deixando sentado na areia e voltei para o ponto de ônibus. Sebastian tinha sumido.

Cheguei em casa e minha mãe arrumava suas coisas para o trabalho. Subi direto pro meu quarto, tomei um banho e coloquei meu pijama. Desci a encontrando na porta.

– Tem comida no fogão, só esquentar.

– Tudo bem. - fui pra cozinha e esquentei minha comida. Comi meio sem fome, empurrando a comida. Desisti de comer, estava enjoada. Sebastian apareceu ao meu lado na mesa, ele só me olhava. Queria falar algo, mas não sabia como. Deixei o prato onde estava e subi pro meu quarto e me deitei.

Acordei com batidas fortes em meus ouvidos. Sentei-me na cama e vi Sebastian em frente ao meu armário, esmurrando a porta.

– Vic, o que está acontecendo ai? - berrou minha mãe. Eram quase 4 horas da madrugada. Ela chegou do trabalho há pouco e o que encontra é uma garota maluca berrando com um fantasma dentro do quarto, por ele estar esmurrando seu armário. Que ótimo!

– Sebastian! Pare! - ele me olhou com raiva e desapareceu.

– Vic? - berrou minha mãe de novo.

– Está tudo bem, é só o armário.

– Se for um de seus amigos... – sim mãe, um dos meus amigos.

– Não, está tudo bem.

– É melhor mesmo. - sai da cama e procurei por ele.

– Sebastian? Apareça por favor, o que está fazendo?

– Você mentiu pra mim. - disse ele, sentado em cima da minha bancada. E então, ele sumiu.

– Com quem está falando? - perguntou minha mãe, abrindo a porta e entrando em meu quarto.

– Com ninguém. – resmunguei, olhando através dela. Sebastian a fitava de braços cruzados, mirando-a por trás.

– Não minta pra mim! - gritou ela.

– Não tem nada aqui, ta legal? Pode sair. – falei.

– Você tem que parar com isso Victoria! Você não sabe como me dói te ver assim.

– Assim como, hein? Não tem nada de errado comigo mãe! – Sebastian havia sumido - Você que vê além de seus olhos. Eu estou bem, e se eu tenho esse dom é pra ser usado, e nem você nem ninguém vai me impedir de usá-lo. – por que ela me fazia ser grossa com ela? Eu não queria isso!

– Você tem que aprender a distinguir o que é real e o que é imaginação. - ela me olhava com tanto... Desprezo. Dei um passo em sua direção e ela se afastou como se estivesse com medo de mim. - Essa sua imaginação perturbada está acabando com você.

– A única coisa que está acabando comigo é você! - ela me olhou perplexa com a minha resposta. Suspirando, saiu batendo com a porta do meu quarto. Olhei para aquele homem tão grande, aqueles olhos tão verdes que me olhavam com uma expressão triste. Eu queria chorar e abraçá-lo. Tocar seu rosto e dizer que tudo vai ficar bem, mas, não está nada bem. Ele havia presenciado aquilo com a minha mãe e agora me olhava com certa... pena. Fui até ele e bufei.

– Desculpe por isso. – resmunguei.

– Não sabia que sua mãe era assim. Ela não acredita em você.

– Não, acha que estou maluca. - o fitei, e engoli em seco.

– Desculpe pelo que falei, sobre quem vê fantasmas é doida.

– Tudo bem. Já ouvi coisa pior. - ele me olhou confuso e eu neguei com a cabeça. - Não vale a pena falar, vamos nos concentrar em saber o porquê de você ainda estar aqui.

– Ah, desculpe pelos barulhos e pelo meu ataque também.

– Acho que você me ajudou a falar o que eu travava na garganta toda vez que ela falava assim comigo.

– De nada então. - ele sorriu, e piscou. Sorri de volta e me sentei em minha cama. Agora era descobrir o motivo de ele estar aqui. Tudo bem que minha conversa com Annie não foi o que eu esperava, mas, era para ele ter atravessado, mesmo ela não acreditando em mim, era ela que o prendia não era? Mas se não era Annie que o prendia aqui, então o que era? Ou quem?

– Você mentiu ou não? - perguntou ele, voltando a ter aquele ar de ofendido.

– Eu não menti. Eu pensei...

– Pois pensou errado. Eu ainda estou aqui. E não sei mais pra onde ir Vic, só tenho você. - ele me olhou e suspirou. Fui até ele e tentei tocar seu rosto, mas desisti. - De alguma forma, estou ligado a você.

– Talvez seja por eu ser a única que o vê. – falei, voltando para cama.

– Não sei. Não consigo ficar longe de você. - bufei, colocando meu cabelo pra trás. O que está havendo comigo? De certa forma eu também estou me sentindo atraída por ele. Fiquei feliz por saber que ele ainda está aqui. Mas isso é errado!

– Deve haver alguma explicação plausível para isso. – disse. Sebastian revirou os olhos.

– É bom que tenha.

– Temos que achar sua mãe. - falei.

– E você acha que ela ainda está aqui?

– Não sei, é uma ideia. Ou está presa, ou já atravessou, temos que tentar.

– E por onde começamos? – perguntou ele, agachando-se na minha frente.

– Bom, vamos começar pelo local do acidente.


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Notas finais do capítulo

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