Breaking Dawn a Transformação escrita por Ludmilaaa


Capítulo 21
Capítulo 20 - Instintos


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas, demorei mais apareci!!!
Espero que gostem do capítulo.



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- Eu lamento muito, Seth. Eu devia ter ficado mais perto.

Eu estava me desculpando por não ter ficado perto e impedido que Bella machucasse a si mesma ou a Seth ou a Jacob. Eu sabia que ela era uma recém criada que precisava de alguém que pudesse contê-la. Não alguém que alimentasse sua ira, como eu fiz.

Bella começou a se desculpar de novo.

- Seth, eu –

- Não se preocupe, Bella, eu estou totalmente bem - Seth disse percebendo que aquilo não era culpa dela. Era minha responsabilidade não deixá-la fazer algo que se arrependesse depois. Eu já tinha falhado muito com ela naquele dia. Ao mesmo tempo eu disse, - Bella, amor, ninguém está te julgando. Você está se saindo tão bem.

Porém eu não conseguia esconder minha satisfação doentia em saber que obviamente não havia amor ou qualquer resquício de sentimento ali. Me aliviava um pouco – na verdade muito – que não havia nada, nenhum resquício do sentimento que me despertava tanto ciúme que eu sentia de Bella e Jacob.

Carlisle colocava o gesso no braço de Bella enquanto ela murmurava culpada. - Desculpe, desculpe!.

- Não se estressa, Bella - Seth disse, dando um tapinha consolador no joelho de Bella enquanto eu tentava acalmá-la esfregando calmamente seu braço. - Eu estarei de volta ao normal em uma hora e meia - ele continuou, ainda batendo no joelho dela como se fosse indiferente à sua textura fria e dura. - Qualquer um teria feito o mesmo, o que Jake e Ness – Ele parou no meio da frase e mudou de assunto rapidamente.

- Quer dizer, pelo menos você não me mordeu nem nada assim. Isso teria sido bem ruim.

Ela então enterrou o rosto nas mãos e estremeceu com o pensamento, por causa da real possibilidade. Isso podia ter acontecido tão facilmente. E lobisomens não reagiam ao veneno dos vampiros da forma que os humanos reagiam. Era fatal para eles.

- Eu sou uma má pessoa. – Bella disse a culpa distorcendo suas belas feições.

- É claro que não é. Eu não devia ter – eu comecei.

- Pare com isso – minha esposa ralhou comigo. Ela obviamente não queria que eu assumisse minhas falhas com ela.

- Que sorte que Ness – Renesmee não é venenosa - Seth começou depois de um segundo

de estranho silêncio. - Porque ela morde Jake o tempo todo.

Isso pareceu distrair Bella. - Ela morde?

- Claro. Sempre que Rose não coloca o jantar rápido o suficiente na boca dela. Rose acha

muito hilário.

- Bem, Seth - Carlisle disse, erguendo as costas e se afastando de nós. - Eu acho que isso é tudo o que eu posso fazer. Tente não se mover por, oh, algumas horas, eu acho. – Carlisle gargalhou. - Eu queria que tratar humanos fosse instantaneamente gratificante dessa forma. – Ele descansou a mão um instante no cabelo preto de Seth. - Fique parado - ele disse, então desapareceu indo para o andar de cima. Eu ouvi a porta do seu escritório se fechando, assim como os pensamentos de meu pai em terminar de remover todo e qualquer traço do período em que Bella foi transformada. Ele não queria trazer qualquer lembrança daquele tempo de agonia. Tanto para mim quanto para Bella.

- Eu provavelmente consigo ficar quieto por um tempo - Seth concordou depois que Carlisle já havia saído, e então deu um bocejo enorme. Cuidadosamente, prestando atenção pra não mexer o ombro, Seth descansou a cabeça no encosto do sofá e fechou os olhos. Segundos depois a boca dele já estava escancarada.

Assim como Jacob, Seth parecia ter o dom de dormir quando bem queria. Bella olhou uma última vez para Seth antes de se levantar e seguir até a janela dos fundos. Avistamos Leah caminhando na beira do rio, parando de vez em quando para dar uma espiada na casa. Era fácil saber quando ela estava procurando por seu irmão e quando ela estava procurando por Bella. Ela se alternava entre olhares ansiosos e encaradas assassinas.

Jacob e Rosalie brigando baixinho do lado de fora nos degraus da frente pra ver de quem era a vez de alimentar Renesmee. O relacionamento deles estava antagonista como sempre; a única coisa na qual eles concordavam era que Bella – a mãe devia ser mantida longe do minha filha até que o temperamento dela estivesse cem por cento controlado. Eu não gostei da alternativa imposta por Rose e o cachorro mas a própria Bella estava reticente parecia não ter a certeza que eu tinha. Eu sabia que alguém que foi capaz de morrer pela filha jamais podia machucá-la.

Além disso tudo estava muito quieto. Emmett, Alice e Esme estavam caçando. Jasper tinha ficado pra trás pra ficar de olho em Bella. Eu sabia que não era essa a razão. Ele ainda não acreditava no excepcional controle de Bella então ele estava esperando o momento em que Bella escorregaria. Mas eu sabia melhor, minha linda esposa vampira, era especial e única. Eu não sabia o que a fazia ser assim, ela era e eu estava feliz por isso.

Um pouco antes, enquanto Carlisle cuidava do braço de Seth, nós atualizamos Bella dos novos arranjos do pacto entre lobos e o novo acordo entre Sam e Jacob, assim como eu, Bella não ficou feliz, dadas as circunstâncias, de saber que por causa de Jacob não corríamos mais perigo. Reneesme não corria mais perigo.

Mas ainda havia Charlie. Eu pude ver nos olhos de Bella, ao dizer que seu pai não deixou de ligar um só dia sequer, a culpa e o remorso que ela sentia. Ela sabia que o pai estava sofrendo. Eu sabia que sofria por esse motivo.

Ele tinha falado com Esme cedo, esta manhã, mas isso não o impediu de ligar novamente,

duas vezes, há apenas alguns segundos, enquanto Carlisle tratava de Seth. Eu e meu pai deixamos o telefone tocar.

Contar a ele seria a coisa certa? Será que era o certo a fazer? Dizer a ele quesua única filha tinha morrido era a melhor forma, a mais carinhosa? Será que fazê-lo ver a filha imóvel e fria num caixão era o melhor para Charlie, para Renee?

Não parecia certo pra mim. Mas colocar Charlie e Renée nesse mundo sobrenatural, compartilhar desse segredo macabro que eu tinha tornado a vida da única filha deles não era definitivamente a melhor solução.

Ainda havia outra idéia – deixar que Charlie visse Bella, quando ela estivesse pronta para isso,

e deixá-lo tirar as conclusões erradas. Tecnicamente, as regras dos vampiros continuariam

intactas. Não seria melhor para Charlie se ele soubesse que ela ainda estava viva – mais ou menos – e feliz? Mesmo estando estranha e diferente e provavelmente assustadora para ele?

Bella ficava cada vez mais tensa e novamente pela milésima vez eu acho, me pegava pensando o que ela estava pensando...

- Qual é o problema, Bella? - Jasper perguntou baixinho, lendo sua crescente tensão, eu não precisava do dom dele para saber isso, era algo óbvio.

-Ninguém está com raiva de você – um rosnado baixo ao lado do rio o contradisse, mas ele o ignorou – nem mesmo surpreso, na verdade. Bem, eu acho que estamos surpresos. Surpresos por você ter recobrado sua consciência tão rapidamente. Você foi bem. Melhor do que todos esperavam de você.

Enquanto ele estava falando, tudo foi ficando muito calmo. A respiração de Seth escapou

num breve ronco. Porém a expressão de meu anjo continuava ansiosa.

- Na verdade, eu estava pensando em Charlie.

Lá fora, a briguinha parou.

- Ah - Jasper murmurou.

Era estranho saber que nossos pensamentos mesmo que sem querer estavam conectados.

- Nós realmente precisamos ir embora, não é? – Bella perguntou, triste e estressada. - Por um tempo, pelo menos. Fingir que estamos em Atlanta ou algo assim.

Eu podia sentir o quanto aquele assunto a magoava. Eu sabia que para a transformação dela, aquele era apenas um dos problemas, eu sabia que havia tantos outros, eu tinha medo que ela finalmente começasse a entender que essa "vida" não valia a pena. Eu encarava seu rosto bonito, enquanto eu ouvia meu irmão responder em voz solene.

- Sim. É a única forma de proteger o seu pai.

Ela pensou por um momento. - Eu vou sentir muita falta dele. Eu vou sentir falta de todos por aqui.

Aquele "todos" dizia respeito a Jacob, eu sabia disso. Como conciliar o impriting com a nossa fuga? Eu ouvi Jacob se desesperar sabendo exatamente o que significa nossa ida. Significava a distancia entre ele e minha filha. Bella se perdeu em pensamentos mais uma vez e eu já não fazia ideia do que passava por aquela mente, seu rosto gravado a insatisfação e um pouco de remorso e então ela bufa demostrando claramente seu desagrado. Eu a olhei questionando e ela apenas nega com a cabeça me deixando apenas mais curioso.

Era então final de tarde quando Rose que controlava exatamente a medição de Reneesme se veio para a sala, no mesmo momento que meu pai desceu as escadas com uma fita métrica, uma escala. Jasper se posicionou ao lado de Bella como para proteger Reneesme enquanto todos se posicionavam pra ver o resultado dessa nova medição. Comentei com Bella:

- Deve ser seis.

- Então? – ela perguntou obviamente sem entender aquilo que eu estava falando. Eu havia esquecido de explicar o que aquilo significava. Reneesme não estava entendendo nem estava feliz de Rose ter interrompido sua soneca. Jacob ainda não tinha entendido do porque Rose minha filha de volta para perto de Bella. Eu reprimir o rosnado, Bella não era o perigo ali.

- Hora de medir Ness – er, Renesmee - Carlisle explicou.

- Oh. Vocês faz isso todos os dias?

- Quatro vezes por dia - Carlisle corrigiu ausentemente enquanto gesticulava para que os

outros fossem para o sofá. Reneesme entendendo do que se tratava, suspirou impaciente.

- Quatro vezes? Todo dia? Por quê?

- Ela ainda está crescendo rapidamente - Eu murmurou pra ela suavemente não querendo preocupar Bella e tentando não ficar tenso com isso. Sem muito sucesso. Eu apertei sua mão enquanto meu outro braço se prendia a cintura de meu anjo, sabendo que estar abraçado me acalmaria e esperava que a ela também.

Eu sabia que Bella considerava todo o processo da gravidez e fazia as contas do que aquilo significava. Ela podia agora fazer a conta rapidamente.

- O que vamos fazer? - Ela sussurrou, horrorizada.

Eu apertei meus braços ao redor dela. Eu sabia exatamente o que eu estava pensando. - Eu não sei.

- Está diminuindo - Jacob murmurou através dos dentes.

- Precisaremos de vários dias mais de medição para estabelecer um ritmo, Jacob. Eu não

posso fazer promessas.

- Ontem ela cresceu cinco centímetros. Hoje foi menos.

- Cerca de dois centímetros a cada trinta segundos, se minhas medições forem perfeitas -

Carlisle disse baixinho.

- Seja perfeito, Doutor - Jacob disse, quase transformando as palavras numa ameaça.

Rosalie enrijeceu.

- Você sabe que eu farei o melhor - Carlisle o assegurou.

Jacob suspirou. - Acho que isso é só o que eu posso pedir.

Eu senti Bella tensa de novo, mas não por tensão. Ao que parecia a grosseria de Jacob estava irritando não só a mim e a Rose, Bella também.

E não apenas nós, mas Reneesme parecia irritada também. Ela começou a se mexer e então ergueu a mão imperiosamente para o rosto de Rosalie que se inclinou pra frente para que minha filha pudesse tocar seu rosto. Depois de um segundo, Rosalie suspirou. Eu não precisava que minha menina me tocasse para que eu soubesse o que ela queria. Isso me fez sorrir.

- O que ela quer? - Jacob quis saber, se antecipando de novo.

- Bella, é claro - Rosalie disse a ele, e as palavras dela fizeram minha esposa relaxada em um segundo. Rose olhou para nossa direção, olhando pra Bella. - Como você está?

- Preocupada - ela admitiu, e eu a abracei mais apertado.

- Todos nós estamos. Mas não foi isso que eu quis dizer.

- Eu estou sob controle – Bella prometeu. Eu sabia que ela estava eu confiava nela. Eu sabia que Bella jamais machucaria nossa filha. Jacob mordeu o lábio mas não se moveu para impedir quando Rosalie quando ela ofereceu Renesmee para Bella. Escolha inteligente dele. Eu e Jasper ficamos ao redor apenas por precaução.

Renesmee e Bella se aproximaram, enquanto minha filha ria para mãe, um sorriso de rivalizar com o sol. O sorriso de minha linda esposa era igual. Elas eram ainda mais perfeitas juntas.

Logo a mãozinha gorda de minha menininha estava no rosto da mãe que estremecia ainda não acostumada as visões da nossa pequena, que se lembrava do ataque de Bella e eu não podia deixar e rir alto com o prazer que me dava lembrar disso. Pena que não foi Jacob que quebrou o braço... eu estremeci quando ouvi os barulho dos ossos se partindo de Seth. Que pena...

Renesmee mostrou seu sorriso brilhante, e os olhos de sua memória não saíram de Jacob durante toda a bagunça que se seguiu. Ela claramente estava feliz que Jake não havia se machucado. Ele era dela.

- Oh, maravilha - Bella gemeu. - Perfeito.

- É só porque o gosto dele é melhor que o nosso – Eu respondi irritado ao lamento dela.

- Eu disse que ela gosta de mim também - Jacob zombou do outro lado da sala, os olhos grudados em Renesmee. A piada dele foi sem vontade; o ângulo tenso das sobrancelhas dele não relaxou.

Renesmee impacientemente, chamava a atenção da mãe. Outra memória:

Rosalie passando uma escova cuidadosamente por cada um de seus cachos. A sensação foi boa.

Carlisle e sua fita métrica, sabendo que ela tinha que se esticar e ficar parada. Isso não era interessante pra ela.

- Parece que ela está te atualizando em tudo o que você perdeu - Eu comentei feliz que minha filha queria tanto se fazer conhecer para sua mãe.

Então a visão mudou, era minha pequena se alimentando... Opa!

Rapidamente eu retirei Reneesme dos braços de Bella, para em seguida Jasper segura-los para tras, impedindo so movimentos dela. Que me perguntou assustada:

- O que eu fiz?

Checando se confusão era o único sentimento em Bella, eu olhei pra Jasper e depois pra ela.

- Mas ela estava lembrando de estar com sede – Eu murmurei, antes alarmado, agora confuso. - Ela estava lembrando o gosto do sangue dos humanos.

- Sim – ela concordou. - E?

Eu nunca ia entender mesmo o funcionamento daquela mente mesmo. Só me restava rir mesmo. - E, absolutamente nada, pelo que parece. A reação exagerada dessa vez foi minha. Jazz solte-a.

As mãos desapareceram. Bella buscou Reneesme assim que estava livre. Eu a entreguei sem hesitação.

- Eu não compreendo - Jasper disse. - Eu não agüento isso.

Eu observei durante todo tempo a luta interna de Jasper. Com a ´postura surpreendente de Bella, ele se considerava um fraco. Alguém que não se esforçava o suficiente para controlar sua sede.

Reneesme tocou a bochecha, repetindo a cena da saída, como um replay instantâneo. Em seus pensamentos ela questionava a saída de Jasper. Todos questionavam.

- Ele vai voltar - Eu disse, respondendo a todos. - Ele só precisa de um momento a sós para reajustar sua perspectiva de vida. - Havia um sorriso ameaçando os cantos da boca dele. Era um pouco engraçado ver o meu irmão tão controlado tão centrado, se estourar, e eu que era o rei do drama antes...

- Ele está com raiva de mim? – Bella me questionou me perdendo totalmente.

- Não. Porque ele estaria?

- Qual é o problema, então?

- Ele está zangado consigo mesmo, Bella, não com você. Ele está se preocupando em... profecias auto realizáveis, eu acho que pode-se dizer assim.

- Como assim? - Carlisle perguntou genuinamente interessado e preocupado com seu filho.

- Ele está se perguntando se a loucura de um recém nascido é realmente tão difícil quanto

nós sempre pensamos, ou se, com a concentração e atitude certas, quando um pode ser como

Bella. Mesmo agora – talvez ele só tenha tal dificuldade porque ele acredita que isso é natural e inevitável. Talvez se ele esperasse mais de si mesmo, ele atingisse tais expectativas. Você está fazendo-o questionar um monte de coisas que ele acreditava profundamente ser garantidas, Bella.

- Mas isso é injusto - Carlisle disse. - Todo mundo é diferente; todos têm seus próprios desafios. Talvez o que Bella está fazendo vá além do natural. Talvez esse seja o dom dela, por assim dizer.

Bella pareceu congelar de surpresa ao ouvir a palavra dom. Renesmee sentiu a mudança, e a tocou. Ela lembrou do último segundo do tempo e se perguntou por quê.

- Essa é uma teoria interessante e bastante plausível – Eu disse, após um segundo de reflexão.

Bella então por um segundo parecia decepcionada e depois imersa em pensamentos.

Ela poderia, portanto pular a parte de recém criada para algo parecido com nossas habilidades lapidadas por anos de privação?

Ela poderia então ver Charlie, ver Renee?

Seu suspiro infeliz dizia que seja qual fosse a linha do raciocínio de Bella, ela não tinha chegado a nenhuma conclusão positiva... Eu deixei esse pensamento de lado para mais tarde.

- Você já viu um equivalente de alto controle como talento? - Eu perguntei a Carlisle. - Você realmente acha que isso é um dom, ou produto de toda a preparação dela?

Carlisle ergueu os ombros. - É um pouco similar ao que Siobhan era capaz de fazer, apesar dele não chamar isso de dom.

- Siobhan, seu amigo do clã Irlandês? - Rosalie interpôs. - Eu não sabia que ela podia fazer alguma coisa especial. Eu pensei que Maggie fosse a talentosa daquele grupo.

- Sim, Siobhan pensa o mesmo. Mas ela tem essa forma de estabelecer suas metas e então quase... transformá-las em realidade. Ela acha que isso é produto de bons planejamentos, mas nós sempre nos perguntamos se havia algo mais. Quando ela incluiu Maggie no clã, por exemplo. Liam estava sendo egoísta, mas Siobhan queria que desse certo, e então deu.

Eu Rose e meu pai nos sentávamos nas cadeiras, enquanto Jacob estava praticamente insone e Bella se afastava com nossa menina nos braços. Aquela era a imagem da perfeição. Eu nunca tive mais feliz. Eu fingia prestar atenção na fala de meu pai, apenas para dar privacidade a elas duas. Devia esse tempo em particular a Bella e estava grato que minha família tivesse feito o mesmo.

Enquanto meu pai divagava sobre o potencial do dom de Bella eu via Reneesme contar sobre seu dia a mãe, enquanto esta a ninava encarando uma a outra.

Reneesme a contou tudo sobre o que aconteceu em cada minuto do seu dia, e eu tive a sensação de que ela queria me contar tanto quanto Bella queria ouvir, completamente hipnotizada, devo acrescentar.

Ela estava preocupada que a mãe tivesse perdido as coisas – como os pardais que haviam chegado mais e mais perto quando Jacob a segurou, os dois pássaros muito quietos no galho a árvore; os pássaros não se aproximavam do Rosalie. Ou a coisa branca ultrajantemente nojenta – fórmula de bebês – que Carlisle colocou em seu copo; tinha cheiro de sujeira azeda. Eu fiquei especialmente comovido de estar nas suas lembranças quando minha menina se lembrava perfeitamente da música que eu compus pra ela. Ela gostara tanto que tocou pra Bella duas vezes se lembrando da nossa "visita" a mamãe.;

Por alguns momentos me forcei a prestar atenção em meu pai. E ele comentava comigo e Rose a possibilidade de Bella ser alguém que de alguma maneira direcionasse os acontecimentos futuros com planejamento e fé. Bella era ainda mais preciosa que eu imaginava.

Em algum momento, eu vi Rose pensar em como Alice estava demorando a arrumar nossa casa nova. Aquele era um presente para mim e Bella. Eu não podia deixar de pensar nas ramificações do seu presente... E com a desculpa de ser 13 de setembro poderíamos dar presentes a Bella. Eu gostei bastante da ideia.

Quase uma hora depois nossa menina dormiu, seus sonhos eram uma mistura de cores, como

um monte de borboletas, estava se espalhando em seus pensamentos. Nada fazia sentido. Apenas as cores e os formatos e os rostos. O de Bella ganhava de todos. Jacob me vencia... eu tentei não me ofender com isso. E talvez agora, Bella entendesse o porquê de eu adorar assistir ela dormir...

- Finalmente. – assim que eu ouvi Alice e minha mãe dizer que estava tudo pronto. Bella acompanhou meu olhar e viu Alice, Esme, Emmett e Jasper passar para a margem mais próxima do rio. O sorriso de Alice transmitia sua empolgação... Não só ela estava feliz. Todos estavam. Mas ninguém tanto quanto eu. Alice entrou na sala antes de todos os outros, a mão esticada na frente dela, a impaciência fazendo uma auréola quase visível ao seu redor. Eu sua palma havia uma chave comum feita de bronze com uma fita rosa grande demais amarrada nela.

- Feliz aniversário! - Ela gritou.

Bella sem entender o contexto revirou os olhos, eu sabia que ela preferiria uma abordagem mais sutil, ou nenhuma abordagem sendo esse o caso. - Ninguém começa a contar no dia do nascimento – minha esposa que odiava aniversários lembrou a Alice de maneira um pouco superior. – Seu primeiro aniversário é quando se completa um ano, Alice.

Agora era a vez de Alice se achar superior. - Não estamos celebrando seu aniversário de vampira. Ainda. É treze de Setembro, Bella. Feliz aniversário de dezenove anos!

- Não. De jeito nenhum! – Bella negava ferozmente enquanto me lançava um olhar bravo. - Não, isso não conta. Eu parei de envelhecer três dias atrás. Terei 18 anos para sempre.

- Tanto faz - Alice disse, liberando meu protesto ao encolher os ombros rapidamente. – Nós estamos celebrando mesmo, então aceite isso.

Bella suspirou. Raramente tinha alguma utilidade argumentar com Alice.

O sorriso de minha irmã ficou impossivelmente largo enquanto ela lia o consentimento em nos olhos de minha esposa ainda ressentida.

- Você está preparada para abrir seu presente? - Alice cantou.

- Presentes - Eu corrigi, puxando a chave do carro de depois como eu tinha prometido a ela. – uma maior e prateada com um azul menos gritante – de seu bolso.

Eu vi claramente seu esforço para não ficar revirar seus olhos. Foi de alguma maneira bom saber que velhos hábitos não mudam. Apesar de que eu gostaria que ela gostasse mais de receber presentes.

- O meu primeiro - Alice disse, e estirou a língua, prevendo minha resposta.

- O meu está mais perto.

- Mas olha como ela está vestida. - As palavras de Alice eram quase um lamento. - Isso tem me matado o dia todo. É claramente a prioridade.

As sobrancelhas de Bella se juntaram claramente confusa enquanto provavelmente se perguntava como uma chave poderia lhe dar novas roupas.

Eu estava ansioso para lhe entregar o carro, afinal, eu já o havia comprado há bastante tempo...

- Então ok. Jogarei com você por isso - Alice sugeriu. - Pedra, papel e tesoura.

Jasper sacudiu a cabeça, e eu me limitei a suspirar.

- Por que você não conta logo quem ganha? - Eu disse ironicamente.

Alice irradiou de alegria. - Eu ganho. Excelente.

- Provavelmente é melhor que eu espere pela manhã, de qualquer forma. – Eu disse voltando ao meu pensamento de instantes atrás. - Acho que talvez seja mais divertido se Jacob ficasse acordado para a grande revelação, não concorda. Então alguém estará disponível a expressar o certo nível de entusiasmo?

Bella sorriu de volta lindamente.

- Yay - Alice cantou. - Bella, entregue Ness – Renesmee para Rosalie.

- Onde ela costuma dormir?

Alice encolheu os ombros. - Nos braços de Rosalie. Ou nos de Jacob. Ou nos de Esme. Você entendeu. Ela nunca saiu dos braços de alguém a vida inteira. Ela será a meia-vampira mais mimada da existência.

Eu ri do comentário meio enciumado da minha irmã enquanto Rosalie pôs Renesmee com habilidade em seus braços. - Ela também é a mais não-mimada meia-vampira da existência - Rosalie disse defendendo minha filha. - A beleza de ser única de um gênero.

Rosalie sorriu para Bella. E parecia que ambas de fato era família agora.

Alice enfiou a chave decorada com laços em na mão de Bella, e agarrou em seu cotovelo para levar à porta dos fundos. - Vamos, vamos - ela se animou.

- Está do lado de fora? – Bella questionou, curiosa.

- Mais ou menos - Alice disse, me empurrando para frente.

- Aproveite seu presente - Rosalie disse. - É de todos nós. Especialmente Esme.

- Vocês não vão também? – Bella perguntou quando percebeu que ninguém se mexeu.

- Nós te daremos uma chance de apreciá-lo sozinha - Rosalie disse. - Você pode nos contar sobre isso... mais tarde.

Emmett gargalhou. Claramente incitado pelo comentário malicioso de Rose. Eu estava na expectativa também, no entanto.

Bella abriu um sorriso de tirar o fôlego. Eu adoraria saber o que se passava por aquela cabeça. Alice assumiu o que lhe era conveniente no momento.

- Tem um entusiasmo que eu estou procurando – Em seguida pulou a beira do rio.

- Vamos, Bella - ela chamou do outro lado do rio.

Eu pulei ao mesmo tempo que Bella, notando claramente a diversão dela em cada parte que de alguma maneira fosse física, ela parecia estar a vontade consigo mesma o que era ótimo.

Então, sem nenhum sinal prévio, Alice se lançou para trás de Bella enquanto tampava seus olhos. - Não me ataque - ela alertou, finalizando seu comportamento digamos, imaturo.

- O que você está fazendo? – Bella perguntou, não apreciando o humor de Alice. Que me pedia ajuda mentalmente para tornar as coisas mais divertidas.

- Garantindo que você não poderá ver.

- Eu poderia cuidar disso sem o drama – Eu disse tentando fazer a situação mais confortável para Bella.

- Você a deixaria trapacear. Pegue a mão dela e a conduza.

- Alice, eu –

- Não encha, Bella. Nós estamos fazendo do meu jeito.

Eu entrelacei meus dedos nos de Bella. - Só mais alguns segundos, Bella. E então ela perturbará outra pessoa. – Eu a guiei para frente enquanto falava.

- Você pode ser um pouco mais compreensivo - Alice me reprovou. - Isso é tanto para você quanto pra ela.

- Verdade. Obrigado de novo, Alice. – Não havia porque ser tão ranzinza. Além do mais aquele era o jeito de Alice fazer as coisas eu deveria estar acostumado.

- Sim, sim. Okay. - A voz de Alice repentinamente cresceu em entusiasmo. - Pare ali. Vire-a um pouco à direita. Sim, desse jeito. Okay. Está pronta? - ela grunhiu.

- Estou.

Assim que Bella respondeu, minha irmã saltou de trás dela, libertando sua visão.

Bella encarou a escuridão, claramente perplexa e indecisa. Alice podia prever o futuro portanto sua voz se acalmou ao saber que a resposta de meu anjo seria positiva aos seus caprichos.

- O que você acha? - A voz de Alice estava suave agora; combinava ao perfeito silencio da cena de um livro de histórias.

Bella abriu a boca, mas nenhum som saiu.

- Esme pensou que nós poderíamos ter um lugar nosso por um tempo, mas ela não nos queria muito longe - Eu murmurei, tentando incentivar ela a falar. Ainda incerto sobre Bella aceitar um presente tão facilmente. - E ela ama qualquer desculpa para renovar. Este pequeno lugar tem desmoronado aqui por pelo menos cem anos.

Bella encarava ainda muda.

Alice passou a duvidar de sua visão.

- Não gosta dela? - O rosto de Alice se entristeceu. - Digo, tenho certeza que podemos construir diferentemente, se você quiser. Emmett estava querendo adicionar alguns metros quadrados, um segundo andar, colunas, e uma torre, mas Esme pensou que você gostaria de algo mais simples. - Sua voz começou a se elevar, e a falar mais alto. - Se ela estava errada, nós podemos voltar ao trabalho. Não vai levar muito tempo para –

- Shh! – Bella demandou.

Alice pressionou seus lábios e esperou. Minha esposa levou alguns segundos antes de responder. - Você está me dando uma casa de aniversário?

- Nós – Eu senti a necessidade de intervir. - E isso não é mais que um chalé. Acho que a palavra casa implica algo maior.

- Não critique minha casa – ela me disse firme.

Alice se encheu de alegria. - Você gosta dela.

Bella sacudiu a cabeça.

- Ama?

Concordou.

- Mal posso esperar para contar a Esme!

- Por que ela não veio?

O sorriso de Alice desapareceu um pouco, bem diferente de como estava antes, sem graça de dizer que todos estavam com medo da reação de Bella.. - Oh, sabe... eles todos lembram de como você é com presentes. Eles não queriam te colocar muita pressão sobre isso.

- Mas claro que eu amei. Como não poderia?

- Eles vão gostar disso. - Ela deu um tapinha no braço de Bella, tentado ser consolador. - De qualquer forma, seu armário está estocado. Use-o com sabedoria. E... acho que isso é tudo.

- Não vai entrar na casa?

Ela passeou casualmente um pouco para trás. - Edward sabe o caminho. Vou dar uma

passada às... mais tarde. Me chame se não conseguir escolher as roupas certas. - Ela deu um olhar desconfiado e sorriu. - Jazz quer caçar. Vejo vocês mais tarde.

Ela disparou entre as árvores como a bala mais graciosa.

- Isso foi estranho - Bella disse quando o som de seu vôo tinha sumido completamente. – Estou tão mal assim? Eles tiveram que ficar longe. Agora me sinto culpada. Eu nem mesmo a agradeci direito. Nós deveríamos voltar, dizer a Esme –

- Bella, não seja boba. Ninguém pensa que você é irracional.

- Então o que –

- Um tempo a sós é outro presente deles. Alice estava tentando ser sutil sobre isso.

- Oh.

Me levou muito esforço para não tomá-la como minha ali mesmo. Eu queria ser um cavalheiro, eu tinha de ser... Bella parecia ter gostado tanto da casa, que merecia uma apresentação à altura. Meus desejos deveriam esperar.

Mas seu cheiro estava tão perto...

Foco, Edward! Demandei a mim mesmo.

- Deixe-me te mostrar o que eles fizeram – Eu disse a segurando pela mão para entrar na casa. E lá estava ela aquela corrente elétrica tão conhecida por mim quando eu tocava o amor da minha vida...

Então seguimos enquanto eu tentava priorizar a apresentação da casa para Bella. Então, alheia ao meu humor minha linda esposa riu alto, aguçando outro sentimento eterno que eu teria por ela: a curiosidade.

- Preciso ouvir a piada?

- Não é uma boa – ela me disse enquanto eu a guiava pelo caminho para a pequena porta arredondada. - Só estava pensando – hoje é o primeiro e o último dia do para sempre. É meio que difícil de processar isso. Mesmo com todo esse espaço extra para arrumar – Ela riu novamente e eu a segui. Eu soltei sua mão para abrir a maçaneta. Eu iria mostrar nosso lar a minha esposa. Eu estava inumanamente feliz, quando ela colocou a chave na porta e girou.

- Você é muito natural com isso, Bella; eu esqueci do quão estranho tudo deve ser pra você. Espero que eu possa ouvir isso. - Eu me abaixei e a puxei para meus braços tão rápido quanto eu pude.

- Hey!

- Isso faz parte do meu trabalho. – eu a lembrei. - Mas estou curioso. Me conte o que está pensando agora.

Eu abri a porta e assim entramos pela pequena sala de estar

- Tudo – ela me disse. - Ao mesmo tempo, sabe. Coisas boas e coisas para me preocupar, e coisas que são novas. Como eu continuo usando tantos superlativos em minha mente. Agora mesmo, estou pensando que Esme é uma artista. É tão perfeito!

Eu imaginei como para Bella aquele pequeno cômodo parecia. Para mim, minha mãe tinha feito em um trabalho excepcional em construir algo bonito para minha vida de casado com o amor da minha existência. Tinham alguns quadros na parede que eu reconheci – alguns dos nossos favoritos – meu e de Bella - da casa grande. Os originais são impagáveis, sem dúvidas, mas eles pareciam pertencer aqui também, como todo o resto.

- Nós somos sortudos que Esme tenha pensado em colocar um quarto extra. Ninguém estava planejando por Ness – Renesmee. – Eu comentei um tempo depois.

Sua expressão se tornou chateada quando ela falou novamente.

- Você também não. - Ela reclamou.

- Desculpe amor. Eu ouvi isso nos pensamentos deles o tempo todo, sabe. Eu nunca poderei me arrepender o suficiente.

Ela apenas suspirou.

- Estou certo de que você está morrendo para ver o armário. Ou, ao menos eu direi para Alice que você estava, para fazê-la se sentir bem. Eu comentei um tempo depois.

- Eu deveria estar com medo?

- Pavor.

Eu a carreguei até o estreito corredor de pedra com pequenos arcos no teto.

- Esse será o quarto de Renesmee - eu disse, indicando com a cabeça para o quarto vazio com um chão de madeira branco. - Eles não tiveram tempo para arrumá-lo, depois de tudo.

- Aqui está nosso quarto. Esme tentou trazer um pouco da sua ilha aqui para nós. Ela achou que estaríamos ligados.

A cama era enorme e branca, com nuvens de fios de teia de aranha flutuante que ia do dossel até o chão. O pálido chão de madeira pálido combinou com outra sala, e agora compreendi que era precisamente a cor de uma praia primitiva. As paredes eram quase-branco-azul brilhante de um dia ensolarado, e a parede traseira tinha grandes portas de vidro que se abriram em um pequeno jardim escondido. Trepadeira rosa e um pequeno lago redondo, lisa como um espelho e com pedras afiadas brilhantes. Um oceano muito pequeno, calmo para nós.

- Oh - foi tudo que meu anjo conseguiu dizer.

- Eu sei - ele sussurrou.

Ficamos lá durante um minuto, lembrando, a memória perfeita do nosso tempo perfeito na ilha, na nossa ilha. Tudo que eu podia me lembrar era da nossa primeira noite na ilha, do corpo belo do meu anjo a luz da lua.

Ainda não era o momento de me deixar levar por essas lembranças, Bella em nenhum momento pareceu querer algo assim. Então sorri ao avistar o presente de Alice. - O closet é por aquelas portas duplas.

Ela nem mesmo olhou as portas de relance. Apenas me respondeu suavemente

- Nós diremos à Alice que eu corri direto para as roupas - ela sussurrou, passando os dedos em meus cabelos, aproximando seu belo rosto do meu. - Nós a diremos que eu passei horas brincando de me trocar. Nós vamos mentir.

Eu sabia exatamente do que ela estava falando e, num instante tudo o que existia era ela, nosso amor e as promessas de uma vida nova que celebrávamos ali.


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Notas finais do capítulo

Façam uma pobre autora feliz e comentem minha história.
Ah... e se puderem passem por favor na minha outra história! Amor em cores que são vários contos sobre Edward e Bella!
bjos
Ludmilaaa