POV Renesmee

  Agora eu sou completamente Team Jessica. Obrigada garota! Eu nunca poderia imaginar que Jessica fosse capaz de fazer uma coisa dessa, ainda mais para eu e Jacob ficarmos juntos. Agora ela é, com certeza, minha heroína.

  Jacob e eu estávamos mais unidos que nunca, nada mais poderia nos separar. Já haviam se passado dois dias desde que desmascararam Bree. Estávamos sem aulas, graças à semana de Natal.

  Eu estava lendo o capítulo 10 de “Querido John”, quando o celular tocou. Era Jane.

  _Oi – eu disse ao atender.

  _Está em casa? – Ela perguntou de uma vez.

  _Sim – respondi. – Por quê?

  _Tenho uma coisa muito importante para te mostrar – disse ela. – Já estou indo para aí.

  Então desligou. Claro que fiquei curiosa. Ela parecia tensa.

  _Você me deixou curiosa – eu disse ao entrarmos no meu quarto. – O que aconteceu?

  _Você não vai acreditar nisso – disse ela, se sentando na cama. – Eu estava descendo as escadas de casa quando vi. Então me escondi e gravei. Você vai pirar quando ver isso.

  Me sentei ao seu lado e ela tirou o celular do bolso. Procurou por algum arquivo, e quando o achou disse:

  _Prepare-se.

  Clicou nele.

  _Não adiantou nada do que nós fizemos. Agora ela está com ele!

  _Sei que era um ótimo plano, mas mais cedo ou mais tarde iriam descobrir que você não estava grávida.

  _Nem vem, Alec. Não se esqueça que foi você quem me ajudou a colocar o Jacob na cama quando o droguei naquele hotel. Você estava louco para consolar a mocréia da Renesmee.

  _Eu sei que estava louco com ela, mas me cansei. Ela é muito intediante.

  _Só porque ela não quis dar para você?

  _Mas eu comi por fora. Aliás, nós poderíamos repetir aquela noite, o que você acha?

  _Nem vem! Agora eu tenho que pensar em alguma coisa. Mas pode ter certeza: eu vou acabar com aquela garota!

  A gravação acabou.

  _Eu espero tudo daquela bruxa – disse Jane. – Agora, meu irmão? Não consigo acreditar que Alec tenha feito uma coisa dessa.

  _Mas fez – eu disse. – Deus! Jacob é inocente. Aquela filha da mãe nos enganou.

  _Nessie, tome cuidado – disse Jane. – Ela parecia estar falando sério quando disse que ia acabar com você.

  _Pode deixar – eu disse. – Não vai acontecer nada.

  Bateram na porta.

  _Querida – era minha mãe -, o Jacob está aqui.

  _Deixe-o entrar – eu disse.

  Ela deu licença e ele entrou.

  _Oi, amor – disse, me dando um selinho. – Oi, Jane.

  Ele se sentou ao meu lado.

  _Você precisa ver isso – eu disse. Peguei o celular de Jane e o entreguei.

  _Desgraçada! – Disse ele ao terminar de ver o vídeo. – Aliás, desgraçados. Achei que os dois já haviam chegado ao pior nível da mediocridade, mas depois disso... Nem sei mais o que pensar.

  Me virei para ele.

  _Jake, me perdoe por ter duvidado de você – eu disse.

  _Tudo bem – disse ele, acariciando meu rosto. – Qualquer um teria duvidado se tivesse visto as provas reais. A culpa não é sua.

  _Nessie – disse Jane, se levantando -, era só isso que eu tinha para te mostrar. Força vocês dois.

  Ela sorriu de canto e saiu do quarto, fechando a porta.

  _Me beija?! – Pedi.

  Jacob sorriu e fez isso. Colocou sua mão em minha cintura e me girou, me deitando na cama e se colocando em cima de mim. A coisa já estava começando a esquentar quando a porta se abriu e eu empurrei Jacob para o lado. Minha mãe entrou com uma bandeja com sucos e biscoitos na mão.

  _Achei que fossem querer – disse ela, pegando o terceiro copo que, com certeza, era para Jane.

  _Obrigada, mãe – eu disse.

  _De nada – disse ela. Ao sair do quarto, cantarolou: - Camisinhaaa...

  Jacob riu e me puxou para os seus braços. Me aconcheguei ali.

  _Adoro a sua mãe – disse ele. – Qualquer outra me colocaria para correr.

  Eu ri.

  _Ela gosta de você – eu disse. – Se bem que não é novidade ela gostar das pessoas.

  _Isso é bom – disse ele.

  Ficamos em silêncio por um tempo.

  _Quer continuar? – Perguntei. Olhei para ele.

  Ele roçou seu nariz no meu e me beijou, voltando a ficar por cima de mim. Seus beijos desceram para o meu pescoço, meu colo. Suas mãos percorreram meu corpo e levantaram a barra da blusa, a subindo devagar. Logo ele tirou a própria camisa, exibindo os músculos perfeitos para mim. Ele voltou a boca para a minha. Passei minhas mãos por seu peito, descendo para o zíper de sua calça. O abri devagar.

  Jacob colocou a mão no bolso e tirou a carteira. A abriu e pegou um pacotinho vermelho, o colocando em cima do criado-mudo.

  Eu mesma abri o zíper e comecei a descer minha calça. Ele me ajudou e tirou a sua também. Tiramos nossas peças íntimas, e logo estávamos nus e nos beijando. Ele pegou o pacotinho vermelho, o abriu e colocou a camisinha em seu membro. Voltou a me beijar.

  _Vai logo – pedi, quase sem ar.

  Ele me atendeu, me penetrando de uma vez.

  Era indescritível a sensação de tê-lo dentro de mim novamente. Foi mágico, especial, único como todos os momentos.

  Eu mexi meus quadris no mesmo ritmo que ele, e logo espasmos já ocorriam em mim. Mordi o lábio para não deixar os gemidos escaparem. Já pensou se minha mãe escuta?! Não quer nem imaginar. Mas não consegui me segurar por muito tempo.

  _Uhh... Jake! – Eu disse baixinho. – Ahh...

  Continuamos nesse ritmo até que chegamos ao ápice juntos. Ele saiu de dentro de mim, tirou a camisinha, a amarrou e colocou no chão, se deitando ao meu lado logo em seguida. Me puxou para seus braços e eu coloquei minha cabeça em seu peito.

  _Eu te amo, sabia? – Disse ele.

  Eu ri.

  _Não – eu disse brincando. – Mas se você ficar repetindo eu vou aprender rapidinho.

  Foi a vez dele rir.

  _Te amo, te amo, te amo, te amor... – a capa “te amo” ele beijava o topo da minha cabeça. Suspirei.

  _Não acredito que Bree e Alec foram capazes de fazer aquilo conosco – eu disse. – Aquela garota é maluca, só pode. Ela queria você de qualquer forma.

  _Digo o mesmo daquele Volturi – disse Jacob. – Bem antes de você aparecer na minha vida eu já não ia com a cara daquele garoto. Agora então... Humpft! Eu queria mesmo era socá-lo até... Por falar em socá-lo, quem ajudou você aquele dia que ele tentou... você sabe o quê?

  _Um cara que passou de carro na hora – eu disse. – O nome dele era Riley Biers.

  _Nunca vi – disse Jacob.

  _Ele não é da cidade – eu disse. – De qualquer forma, ele foi o meu grande salvador. Devo muito à ele.

  _Grande Riley! – Disse Jacob. – Olha que eu vou ficar com ciúmes.

  _Não precisa – eu disse, lhe dando um selinho. – Acho melhor colocarmos uma roupa. Daqui a pouco a dona Bella aparece por aqui.

  A semana passou rápido, e a casa já estava toda enfeitada na sexta-feira 24. Jacob passará o Natal em casa, com o pai, a irmã e o cunhado. Aqui, meus tios e avós já haviam chegado.

  Eu estava brincando com Meghan na sala, quando tocaram a campanhia. Tia Alice foi atender.

  _Nessie, é para você – disse ela. Sim, o apelido que Jake me deu já havia pegado entre meus parentes.

  Deixei Meghan no tapete e fui até a porta.

  _Jake! – Eu disse, o abraçando.

  _Então este é o famoso Jacob – disse Alice. – Muito prazer. Sou Alice Withlock, tia de Renesmee.

  _O prazer é meu – disse Jacob, apertando a mão dela.

  _Entre – eu disse.

  _Não – disse Jacob. – Tenho que voltar para casa. Só vim te dar uma coisa.

  _Eu vou ajudar a sua mãe – disse Alice, indo para a cozinha. Eu saí, fechando a porta.

  _Eu não compre nada para você – eu disse. – Mas eu prometo que...

  _Shh... – fez ele, colocando o dedo na frente da minha boca. – Não tem importância. O que eu tenho para te dar, é mais especial.

  Foi então que eu percebi que ele tinha algo nas mãos. Ele me estendeu uma caixa rosa, retangular, fechada apenas por um laço da mesma cor, que eu tirei, a caixa ainda nas mãos dele. Tirei a tampa, e peguei o álbum de fotografias de dentro.

  _Jacob...

  _Abra – disse ela. Obedeci.

  Na primeira página, a primeira foto que tiramos juntos, em Forks. Embaixo dela, a legenda: O encontro de duas pessoas que se amarão por toda a eternidade. Não pude conter uma lágrima de cair dos meus olhos. Continuei passando, e mais fotos nossas juntos. Até que no final havia aquelas fotos minhas que ele tirou no jardim.

  _Você é incrível! – Eu disse, o abraçando. – Esse é com certeza o melhor presente de todos. Eu te amo, Jacob.

  Ele sorriu.

  _Eu te amo, Renesmee – disse ele.

  Então nos beijamos, apaixonadamente.

  _Feliz Natal! – Disse ele.

  _Feliz Natal! – Eu disse, e o beijei de novo.

  _Tenho que ir – disse ele. – Rachel já deve estar querendo me matar. E olha que nem está na hora ainda.

  _É melhor não contrariar uma mulher grávida – eu disse.

  Ele riu.

  _Prometo não te contraria quando estiver esperando nossos filhos.

  Preciso dizer que isso fez meu coração bater como um foguete? Ele percebeu como isso mexeu comigo, mas apenas acariciou meu rosto e me beijou, para depois se despedir, entrar no carro e ir. Eu fiquei ali parada, me imaginando entrando de branco na igreja, e Jacob me esperando no altar. Era bom de mais para ser verdade.

  Entrei em casa, subi para o meu quarto e guardei o álbum de fotos. Voltei para a sala e continuei a brincar com Mghan, enquanto respondia perguntas sobre Jacob das minhas tias.

 Estávamos todos à mesa. Faltavam dois minutos para a meia-noite. Todos conversavam, enquanto minha mãe olhava aflita para o relógio. Estranho, ela nunca se encanou tanto com a hora, nem mesmo no Natal. O tempo passou e... Meia-noite.

  _Feliz Natal! – Era a única coisa que se ouvia dizer.

  _Bom – disse tia Alice, quando todos se acalmara. Só ela e tio Jasper permaneceram de pé –, eu queria aproveitar esse momento em que celebramos o nascimento de uma pessoas especial, para anunciar a chegada de outra pessoa especial. Papai, mamãe; irmãos, cunhadas; sobrinhas e Charlie: eu e Jasper estamos grávidos! Quero dizer, eu estou grávida. Mas vocês entenderam.

  Todos ficamos eufóricos e fomos dar os parabéns para os dois. Jacob havia me mandado uma mensagem de Feliz Natal, que eu tratei de responder. Mamãe disse que poderíamos começar a ceia sem ela, pois precisava tomar um ar lá fora. Papai insistiu para que ela permanecesse ali, mas ela era cabeça dura e saiu assim mesmo. Ele não teve a mínima vontade de ir atrás dela.

POV Jacob

Cheguei em casa e Rachel quase cuspiu fogo em mim.

  _Ainda não está na hora – eu disse. – E eu estou aqui, não estou?

  _Desculpe – disse ela. – Mas é o primeiro Natal que passamos juntos desde a morte da mamãe. Só estou nervosa.

  _Tudo bem – eu disse, colocando a mão em seu ombro. – Será um ótimo Natal.

  Ela suspirou e me abraçou. A escutei fungar.

  _Rachel, está chorando? – Perguntei.

  _Sim – disse ela. – Eu tô sensível, poxa!

  Eu ri, e a abracei mais forte. A campanhia tocou, rompendo nosso momento de afeto.

  _Quem será? – Eu disse, e fui abrir.

  Posso dizer que quase tive um ataque cardíaco quando abri a porta.

  _Rebecca?! – Eu disse.

  _Oi, Jake – disse ela.

  Eu sabia que era Rebecca, porque não tinha como esquecer minha irmã, e ela é gêmea de Rachel. A única diferença é que Rebecca está com os cabelos curtos – nos ombros.

  Rachel apareceu atrás de mim. Rebecca segurava a mão de uma menininha de uns 6 anos, e ao seu lado havia um homem alto, que deveria ser seu marido.

  _Becca! – Disse Rachel. – Sua... Sua...

  Mas Rachel não conseguiu xingá-la. Caiu no choro e a abraçou.

  _O que está havendo aqui? – Ouvi a voz grave do meu pai.

  Me afastei da porta e o deixei ver o que estava havendo ali. Rebecca encarou o papai, então entrou, se ajoelhando a sua frente.

  _Pai! – Disse ela. Papai não disse nada, apenas a encarou. – Pai, me perdoe. Me perdoe por ter sumido, por não ter dado notícias. Me perdoe pai.

  Ela pegou a mão dele a envolveu com as suas. Papai abaixou a cabeça e fechou os olhos, depois ergueu a cabeça novamente.

  _Você é minha filha – disse ele. – Não há nada o que perdoar. Estava apenas vivendo a sua vida.

  Rebecca sorriu e se levantou, se virando para mim.

  _Não vai me dar um abraço, Jake?

  Olhei para o meu pai, que assentiu com a cabeça. Me aproximei dela devagar e a abracei.

  _Como você cresceu! – Disse ela. – Está tão forte e bonito. Aposto que as garotas ficam aos seus pés.

  _Tenho namorada – eu disse.

  _Raridade nos dias de hoje – disse ela. – Onde está a mamãe? Quero vê-la.

  Todos ficamos em silêncio, e papai saiu de perto. Rebecca ficou nervosa.

  _Rachel, o que aconteceu com a mamãe? – Perguntou ela.

  Rachel se aproximou dele a respirou fundo.

  _Becca, a mamãe morreu. Já fazem três anos.

  Rebecca colocou a mão no rosto e chorou, indo até a parede e se encostando nela.

  _Me perdoe, mãe! – Disse ela. – Eu queria tanto lhe dizer isso pessoalmente.

  Deixamos que ela ficasse ali por uns minutos. Depois ela mesma se recompôs. Colocou o cara e a menina para dentro e nos dirigimos para a sala, onde papai e Paul estavam.

  _Bom – disse ela, tentando sorrir -, gente, esse é o meu marido, James, e essa é nossa filha, Sophie. Vá pegar na mão do vovô, Sophie.

  A garotinha, meio tímida, foi até o meu pai e segurou sua mão.

  _Queremos saber se podemos ficar para o Natal – Rebecca continuou.

  _Claro que sim – disse Rachel. – Não é papai?

  Papai hesitou, mas respondeu com sinceridade.

  _Claro. Jacob?

  Olhei para Rebecca.

  _Pode ficar – eu disse. – Mas amanhã terá que me dizer como é o Havaí.

  Rachel arrumou mais três lugares à mesa e antes de nos reunirmos, contou para Rebecca que estava grávida de 4 meses. Foi aí que Rebecca notou a barriga dela.

  À meia-noite, brindamos com vinho, enquanto nos desejávamos um Feliz Natal. Mandei uma mensagem para Nessie, que me retornou em seguida.

  Era uma coisa de outro mundo ter Rebecca ali conosco. Faz tantos anos que eu não a vejo junto à Rachel, que é até estranho ver uma com o rosto da outra.

  Depois da ceia, já estávamos prontos para ir dormir. Sorte que haviam dois quartos de hóspedes na casa.

  Não quis fazer isso hoje, mas amanhã serei direto e perguntarei o porquê de ela ter voltado.

  Antes de me arrumar para dormir, tive uma ideia maluca. Peguei a chave do carro e saí. Estacionei em um lugar escondido, mas me coloquei bem em frente de onde eu queria. Peguei o celular e disquei.

  _Oi – disse ela ao atender.

  _Já está dormindo? – Perguntei.

  _Quase – respondeu ela.

  _Tem alguém dormindo no seu quarto com você?

  _Não.

  _Então abre a janela para mim.

  Ela riu, e desligou o celular. Logo depois apareceu na janela.

  _Seu louco! – Disse ela.

  Fui em direção à grade que tinha encostada na parede. Subi e entrei pela janela.

  _Você é louco – disse Nessie.

  _Sou – eu disse. – Por você.

  A beijei demoradamente. Quando nos separamos, olhei bem para ela. Estava com um baby-doll rosa bem curtinho.

  _Jake, hoje não – disse ela. Deve ter percebido meu olhar de lobo faminto.

  _Prometo que vamos só dormir – eu disse. – A porta está trancada? Por precaução.

  _Está – disse ela. – Só dormir mesmo, viu?!

  Eu sorri e lhe dei um selinho. Então tirei minha camisa, minha calça, meu tênis e as meias, ficando só de boxer preta.

  _Você dorme assim? – Perguntou ela.

  _Durmo – respondi. – Por quê?

  _É tentação de mais...

  Eu ri, e me direcionei para a cama, me deitando debaixo do edredom. Nessie apagou a luz do abajur, e eu a aconcheguei em meus braços quando se deitou.

  _Boa noite, meu amor – eu disse, beijando o topo de sua cabeça.

  _Boa noite – disse ela.

  Renesmee dormiu primeiro. Na verdade, eu não conseguia dormir. Era emoção de mais estar aqui com ela, a observando dormir, sentindo sua respiração calma. Depois, de tanto admirar essa quietude, dormi também. Com o que sonhei? Com a família que construirei ao lado dessa garota.