True Love escrita por TayCristie


Capítulo 19
Capítulo 19 - Quando Tudo Vai Mal




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  POV Jacob

  Cada palavra que disse para Nessie, tirei do fundo do meu coração, colocando toda a verdade nelas. Eu não queria, mas tinha que deixá-la ir, agora não há mais chances para nós.

  O jardim estava sendo um ótimo abrigo para esse momento tão arrasador. As flores me faziam companhia, me permitindo, com seu silêncio, pensar. A brisa do mar que ultrapassava as paredes, parecia entrar dentro de mim, tentando lavar a minha alma. Mas era impossível, ela estava suja de mais.

  Depois desse tempo só para mim, isolado de tudo e de todos, abandonei a calmaria que só aquele lugar tinha e fui embora, tentando passar pot outro lugar da praia. Nunca pensei que fosse dizer isso, mas não queria me encontrar com Nessie novamente.

  No domingo resolvi sair com Quil. Precisava contar essa história toda para o meu melhor amigo.

  _Aonde você vai? - Meu pai perguntou quando cheguei no hall de entrada.

  _Vou sair um pouco - eu disse, jogando as chaves do carro de uma mão para a outra.

  _Filho, você está estranho - disse ele, me encarando da sua cadeira de rodas. - Tem alguma coisa que você queira me contar?

  _Na verdade, pai, tenho sim - eu disse. - Mas não sei como fazer isso.

  _É sempre melhor dizer a verdade - disse ele. - Não importa o quão difícil ela seja.

  Passei a mão na nuca. Meu pai estava certo. Eu deveria contar logo para ele. Quem sabe ele não possa me dar uma luz.

  _Tudo bem, pai - eu disse. - Vou lhe dizer. É que...

  A campanhia tocou.

  _Eu atendo - falei.

  Fui até a porta, e me surpreendi com quem vi.

  _Bree?! O que está fazendo aqui? - Então um homem apareceu atrás dela, fardado. - Policial?

  _Acho que deveria nos deixar entrar - disse ele, a voz grave.

  Dei espaço para que os dois entrassem.

  _Me perdoa, Jake - disse Bree -, mas tive que contar nosso segredo para o meu paizinho. - Ela pegou no braço do homem.

  _Que segredo? - Meu pai perguntou.

  _Ah, então seu filho não teve coragem de contar? - Disse o pai de Bree. - Sr. Black, me perdoe por ir entrando assim em sua casa, mas o assunto é de extrema importância e gravidade. Sou John Tanner, e essa é minha filha, Bree.

  _Muito prazer, sr. Black - disse ela.

  _Alguém me explique que diabos está acotecendo aqui? - Meu pai explodiu, altamente nervoso.

  _É o que eu ia contar agora, pai - eu disse, fitando o teto.

  _Então conte!

  Engoli em seco. Seria bem mais fácil se Bree não tivesse aparecido.

  _É que...

  _Eu conto, meu rapaz - disse o sr. Tanner. - Minha filha, sr. Black, está grávida. E o seu filho é o pai.

  Meu pai ficou sem expressão, mas pude perceber a fúria borbulhando dentro dele.

  _E eu exijo - continuou o sr. Tanner - que ele se case com a minha filha.

  _O quê? - Eu e meu pai dissemos ao mesmo tempo. A voz dele muito mais grave.

  _É exatamente isso que ouviram - disse John. - Não pense que abandonará minha filha grávida, sr. ... sr. ...

  _Jacob, papai - disse Bree.

  _Sr. Jacob Black - ele completou.

  _Não estava pensando nisso - eu disse. - Não pensei em abandoná-la. Mas casamento?

  _É isso, ou faço de tudo para que você vá parar em uma prisão para menores - disse John.

  _Meu filho não fugirá da responsabilidade - disse meu pai. - Ele se casará com a moça.

  Mas que inferno!, gritei em minha mente.

  _Ótimo - disse o sr. Tanner. - Bom, até mais, então. Nos vemos para os preparativos do casamento, que será o mais rápido possível!

  Abri a porta, querendo que saíssem logo. O sr. Tanner saiu, seguido de Bree, que parou antes que eu fechasse a porta.

  _Até amanhã, meu amor - disse ela, com uma voz melosa.

  _Vá para o inferno - eu disse, rispidamente.

  Ela riu e foi atrás da pai. Entraram na viatura e foram embora.

  Quando fechei a porta, meu pai pegou o cinzeiro em cima da mesa e tacou em mim. Sorte que eu consegui desviar.

  _Seu muleque irresponsável! - Ele gritou. - Não conhece uma coisa chamada camisinha, não?

  _Eu não sei como isso foi acontecer - eu disse. - Nem me lembro de como foi. É como se isso tivesse sido apagado da minha mente.

  _Então se prepare - disse meu pai. - Pelos poucos minutos que vi, já percebi que a garota é uma pilantra. Ah, meu filho! Se sua mãe estivesse aqui, iria morrer de desgosto.

  _Me ajude, pai - pedi, me ajoelhando em sua frente para olhar em seus olhos. - Eu não sei o que fazer. Perdi a garota que amo por causa disso.

  _Renesmee, certo?

  _Sim.

  _Não a conheci pessoalmente - disse meu pai -, mas se fosse para ser assim, que ela fosse a mãe de seu filho então.  Mas você cometeu esse grande erro.

  _O que eu faço?

  _Não há mais nada que você possa fazer - disse ele. - Na verdade, você já fez. A coisa errada, mas fez. Tudo que podemos fazer agora é esperar pelo casamento.

  _Tenho mesmo que fazer isso? - Perguntei.

  _Prefere ser preso?

  _Sim.

  Ele riu e bateu de leve no meu ombro.

  _Quem sabe um milagre ainda não aconteça? - Disse ele.

  Quem me dera se milagres existissem.

  POV Renesmee

  Tentei deixar de lado toda negatividade, mas era impossível, pois era coisa ruim de mais.As lindas palavras de Jacob não saíam da minha cabeça. Lindas, mas de despedida. Deitei na cama, abraçando o ursinho de pelúcia, e me permiti derramar mais algumas lágrimas. Aliás, isso é a única coisa que tenho feito todos esses dias. Chorar. Tenho que parar com isso. Agora esquecer Jacob era um dever, uma obrigação.

  De tanto me perder em pensamentos, me assustei quando o celular vibrou. O peguei. Mensagem do Alec.

  Vamos sair hoje à noite?

  Pensei em recusar, mas logo me lembrei que não poderia irgnorá-lo. Era o meu namorado.

  Onde?

  1 minuto depois veio a resposta.

  Qualquer lugar. Posso te pegar às 8h?

  Eu devo sair com ele. Isso me ajudará a esquecer Jacob. Aliás, eu já devia ter esquecido.

  Pode. Até lá.

 

  Tudo que pensava que poderia fazer com Alec, era andar por aí, de mãos dadas, namorando em um canto. Nada mais. Na verdade, eu não sentia desejo por ele. Tudo o que sentia era um carinho muito grande.

  Me arrumei e esperei por ele, que chegou 10 minutos atrasado.

  _Até mais tarde, mãe - eu disse. - Tchau, pai.

  Eles disseram um "até" e eu saí.

  _Peguei o carro do meu pai - disse Alec. - Ele ainda não quer me dar um.

  _Faça por merecer - eu disse. - Trabalhe por isso.

  _É, você está certa. Quem sabe?!

  Entramos no carro.

  _Eu e você quase não saímos - disse ele, já dirigindo. - Nem parece que somos namorados.

  _Desculpe por isso - eu disse. - Mas é que... é que...

  _Você ainda não esqueceu o Black - concluiu ele. - Eu já saquei isso, Nessie. Eu só quero que me dê uma chance de fazer você esquecê-lo.

  _Sou sua namorada, não sou?

  _É - disse ele. - Mas quero ter você por completo.

  Ele parou o carro em um penhasco rodeado por palmeiras. Eram 20:30h, mas a lua já era grande e brilhando no céu escuro.

  _Por que parou aqui? - Perguntei.

  _Me deixe fazê-la esquecê-lo, Nessie - disse ele, olhando em meus olhos.

  Logo depois se inclinou e me beijou. O recebi, meio sem jeito, porque não havia me acostumado com o beijo dele ainda. Uma de suas mãos segurou minha nuca, e eu passei as minhas por seu cabelo. Senti a outra mão de Alec em minha coxa, entrando por dentro do vestido.

  _Alec, não - pedi, afastando sua mão.

  _Seja minha, Nessie - ele sussurrou.

  _Não - eu disse, mas ele continuou.

  Ele começou a beijar meus pescoço, enquanto sua mão subia para meus seios, os apertando.

  _Me solta!

  Tive que empurrá-lo com força para que ele saísse de cima de mim, e assim pude sair do carro. Ele veio atrás, mais rápido que eu. Me pegou com força e me colocou contra a lataria do automóvel, apertando meus pulsos.

  _Por que não pode transar comigo da mesma forma que fazia com o seu querido Jacob? - Ele gritou. - Não sou bom o bastante?

  _Me deixe, Alec! - Gritei também. - O que houve com você?

  _Eu não aguento mais - disse ele.

  De uma vez atacou minha boca com a sua, colocando novamente sua mão por debaixo do meu vestido, alcançando minha calcinha e colocando sua mão dentro dela. Tentei o empurrar.

  _Para! - Gritei, virando o rosto. Puxei sua mão.

  Ele me prensou mais contra o carro. O batia de todas as maneiras que consegui, até que ele se afastou um pouco e consegui dar uma joelhada em sua área sensível. Ele arfou, se dobrando ao meio e com as mãos no local.

  Eu corri, mas ele se recuperou e conseguiu me pegar, me segurando pelos pulsos.

  _Me solta! - Gritei mais uma vez.

  _Não! - Disse ele, colocando seus braços a minha volta, de maneira que me prendeu alí. Voltou a tentar me beijar, mas eu esquivava o rosto.

  Lutei de todas as formar para sair dalí, mas não consegui. Escutei um carro passando.

  _Socorro! - Gritei. O carro parou. - Me deixe, Alec!

  _Ela já mandou soltar! - Gritou alguém, já empurrando Alec - que finalmente me soltou - e lhe dando um soco na cara.

  Alec cambaleou para trás, com a mão no rosto.

  _Seu cretino! Quem mandou se meter? - Disse Alec.

  Olhei para o cara. Não era ninguém que eu conhecia.

  Alec o atacou, mas "meu salvador" se esquivou fácil, prendendo Alec debaixo de seu braço. Ele o empurrou e Alec tropeçou até cair no chão de terra misturada com areia. Alec se sentou, apoiando as costas no carro e tossindo.

  _Nunca mais faça isso com uma mulher - disse o tal cara. Se virando para mim, perguntou: - Quer uma carona?

  Engoli em seco. Meu rosto estava molhado de lágrimas, que agora já haviam acabado.

  _Acho que posso confiar em você - eu disse.

  O acompanhei até o carro.

  _Nessiiie... - Alec choramingou atrás de mim. Nem lhe dei ouvidos.

  Entrei no carro e me manti em silêncio, com a cabeça encostada no vidro da janela.

  _Você está bem? - Perguntou o rapaz. - Ah, é claro que não! Que idiota eu sou!

  Eu ri, e percebi que ele não esperava por isso.

  _Sou Riley Biers - disse ele.

  _Sou Renesmee Cullen - eu disse. - E muito, mas muito obrigada.

  _Não foi nada - disse ele. - Era o meu dever.

  _Não precisava ter parado - eu disse. - Foi muita bondade sua.

  Ele riu.

  _Até onde eu posso te levar? - Ele perguntou.

  _Qualquer lugar onde eu possa pegar um táxi e ir para casa - eu disse.

  _Tudo bem - disse ele.

  Ficamos em silêncio por um tempo.

  _Você não é daqui, é? - Perguntei.

  _Não, não sou - respondeu ele. - Só estou passando uns dias na casa da minha mãe. Sei que tem escola, mas... Precisava de um pouco de tempo longe de casa.

  _E já está pronto para voltar para casa?

  _Não sei - disse ele. - Na verdade eu nem queria voltar.

  _Por que não mora com sua mãe, então?

  _É complicado - disse ele. - Aqui está bom para você?

  Ele parou em frente a um restaurante.

  _Está sim - eu disse. - Obrigada, Riley.

  _Não foi nada - disse ele.

  Saí do carro e fiquei olhando se algum táxi estava próximo. Riley colocou o carro um pouco mais a frente e saiu, ficando ao meu lado.

  _O que está fazendo? - Perguntei.

  _Já que sou um "salva-vidas" - disse ele -, vou fazer o serviço direito. Vou ficar aqui até que pegue o táxi.

  _Você não precisa fazer isso - eu disse. - Nem me conhece.

  _Conheço - disse ele. - Seu nome é Renesmee Cullen e tem um namorado tarado.

  Eu ri.

  _Desculpe por fazer piada - disse ele.

  _Não, tudo bem - eu disse. - Acho que é bom alguém me fazer rir.

  Um táxi se aproximou. Eu já ia entrar nele, quando uma mulher se aproximou.

  _Por favor, me deixe ir nele - pediu ela, desesperada. - Preciso ir no hospital visitar meu filho.

  _Claro - eu disse, saindo da frente para ela poder entrar.

  _Obrigada - disse ela.

  _Acho que não sou a única pessoa boazinha por aqui - disse Riley quando o táxi se afastou.

  _Esse é o meu defeito - eu disse. - Sou boazinha de mais.

  Passaram mais táxis. Ou estavam cheios, ou os motoristas não me enxergavam.

  _Acho que seria mais fácil você ir para a Lua do que pegar esse táxi - disse Riley. - Vem, eu posso te levar até a sua casa.

  _Não, eu não quero incomodar - eu disse.

  _Não é incômodo - disse ele. - Não vai me custar nada.

  Depois de tanto pestanejar, acabei aceitando. Entrei novamente em seu carro e lhe dei o endereço de casa. Chegamos em alguns minutos.

  _Obrigada. De novo - agradeci.

  _Não precisa agradecer - disse ele. - Até mais, Renesmee.

  _Até mais - eu disse, e saí do carro.

  Corri até a porta de casa e entrei. Minha mãe estava na sala.

  _Chegou cedo - disse ela. - O que houve?

  _Não quero falar sobre isso - eu disse, e subi as escadas correndo.

  Entrei no meu quarto, joguei a bolsa para um lado, abri a gaveta do criado-mudo e tirei uma foto de dentro, me joguei na cama e fiquei admirando aquele rosto perfeito.

  _Você nunca faria isso comigo - eu disse, olhando para a foto. - Nunca me obrigaria a fazer o que não quero. Eu te amo tanto, Jacob! Faria qualquer coisa para ter você de volta. Mas é impossível.

  Coloquei a foto no peito e fiquei assim, até eu tomar coragem para tomar banho e ir dormir.

  _O que aconteceu com meu irmão? - Perguntou Jane, enquanto nos dirigíamos para a classe de História. - Ele está com um olho roxo, todo arrebentado e vocês nem se falaram hoje.

  _É uma história complicada - eu disse. - Te conto depois.

  Ela assentiu e entramos na sala. Jacob já estava em seu lugar - ao lado do meu. Me preparei para ignorá-lo - como sempre. Acho que ele teve a mesma ideia, pois nem olhou para mim quando me aproximei.

  _Me conta - disse Jane. - O professor não vem hoje, esqueceu?

  _Tá bom - eu disse. - Chega mais perto.

  Contei para ela o que houve ontem à noite, tudo em sussurros.

  _Nunca pensei que meu irmão fosse capaz disso - disse Jane, incrédula. - Mas ainda bem que esse tal de Riley apareceu.

  _Também acho - eu disse.

  _Ele era bonito? - Perguntou Jane.

  _Pra falar a verdade, eu nem reparei.

  _Deveria - disse ela. - Aliás, você está melhor? Depois daquela tarde na praia sexta-feira?

  _Estou tentando - eu disse.

  Na hora do intervalo, percebi alguém atrás de mim enquanto ia pegar meu lanche. Me virei.

  _Jake?! - Eu disse, me contendo para não pular em seu pescoço.

  _Eu ouvi o que você contou à Jane - disse ele. - Eu não acredito que...

  _O que você está fazendo? - Perguntou uma voz extremamente irritante atrás dele. Bree ficou ao seu lado e colocou um braço em volta do pescoço dele. - Por que está conversando com ela?

  _Bree, será que dá... - Jacob ia dizendo, mas ela o cortou, se dirigindo a mim.

  _Será que dá para parar de ficar atrás do meu homem? - Disse ela. - Se você não sabe, queridinha, eu estou grávida. E nós vamos nos casar.

  _Casar?! - Eu disse, quase sem voz.

  _Isso mesmo - disse Bree. - Agora, nos deixe em paz! Vem Jake.

  Ela puxou Jacob pela mão, que foi como um cachorrinho atrás dela.

  Oh meu Deus! Ele vai se casar com ela? Já era de se esperar.

  _Nessie, posso falar com você? - Era Alec.

  _Me deixe em paz - eu disse.

  Segurei minha mochila no ombro e saí correndo da escola, sem me preocupar nas consequências desse ato.


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Notas finais do capítulo

Hello!!!
Mais um capítulo prontinho para vocês. O que acharam???
Bree conseguiu o que queria mais uma vez. Casamento. Essa sim é uma naja com a cabeça fora do cesto. Affe!
Mas não se preocupem. Ela vai ter o que merece. Muitas supresas no próximo capítulo, que já é o casamento.
Não se esqueçam de comentar.

P.S.: Próximo capítulo só quando, no mínimo, a metade das 33 pessoas que acompanham a fic deixarem reviews... Sim, chantagem emocional! u.u

Bjukas!!
*--*



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