Ela escrita por yasha-hime
Já na porta do cativeiro Mayumi olha profundamente nos olhos de Hiroto e seu ódio fica ainda mais forte, mas a moça sabe que precisa se controlar e é isso que decide fazer e nem precisamos comentar que nesse momento é essa a decisão mais sábia.
O homem diz esboçando um sorriso cheio de segundas intenções:
- Nossa! Mas que “enfermeira” mandaram... Vai ser um prazer te revistar...
A moça permanece calada, levanta as mãos até a altura de sua cabeça e então Hiroto começa a revistá-la e como é um cafajeste desprezível se aproveita da situação apalpando seus seios, apertando sua cintura... Mayumi dá um suspiro raivoso e lhe diz ainda olhando em seus olhos sem desviar um segundo:
- Você deve estar adorando essa oportunidade...
Ele a olha sorrindo e lhe responde:
- Você não sabe o quanto... - Hiroto está prestes passar a mão entre as pernas da garota.
Os policiais observam tudo de longe bem apreensivos, o negociador vê tudo com um binóculo e diz quando ao “apreciar” a cena:
- Droga! Ele está se aproveitando dela e o pior é que está prestes a descobrir a arma.
Sou, que permanecia calado e quase roendo os dedos de tanta preocupação, se desespera ainda mais e diz elevando a voz e dando alguns passos em direção ao cativeiro:
- Miserável! Aquele imbecil vai ver só... eu vou acabar com ele.
Akai o segura pelo braço e tenta tranqüiliza-lo:
- Calma! Ela vai se sair bem dessa...
Na entrada do cativeiro a jovem tenta escapar do perigo sorrindo e dizendo:
- Meu querido... Você não acha que está perdendo muito tempo? Aqui você não vai conseguir nada... É melhor terminar logo com isso...
Choi, que apesar de muitas coisas, era o mais “respeitador” com relações a esses assuntos, diz com uma voz séria e cheia de autoridade:
- Respeita a garota, seu safado... e alem do mais, ela está certa...agora não é hora...
Hiroto olha para ela com seu olhar de canalha, lhe dá um tapinha na bunda e diz:
- Tá bom... Entra logo...Aqui dentro será mais fácil nos divertirmos...
Ela entra respirando fundo e com o suor escorrendo pela sua testa. Está com muito medo do que pode encontrar, ela não faz a mínima idéia de qual o estado de Hero e a cada passo que dá seu coração acelera ainda mais cheio de preocupação. O que tinha passado há poucos segundos atrás não era nada para ela, que já estava acostumada a passar por situações muito piores, o que a agoniava era como estaria “seu JJ”.
O negociador finalmente dá as palavras que consegue tranqüilizar a todos, menos a uma pessoa.:
- Ela conseguiu entrar.
Sou abaixa a cabeça, fecha seus olhos enquanto leva as duas mãos ao rosto e diz logo após um preocupado suspiro:
- Não sei se me tranqüilizo ou se me preocupo ainda mais. – O tenente está prestes a se emocionar de tanto medo que tem de que algo aconteça com sua amada. O aperto em seu coração é tão forte que chega a machucá-lo e faze-lo se sentir um completo inútil que a partir de agora nada mais poderá fazer para proteger a quem ele tanto ama.
Dentro do cativeiro May finalmente avista Hero todo machucado, sentado na cadeira e desmaiado. Ela leva um grande choque e a primeira coisa que faz é achar que ele já esteja morto e então grita correndo em direção ao moreno:
- Idiotas! O que vocês fizeram? O mataram ... – se abaixa ao lado dele e verifica seu pulso.
Hiroto cheio de ironia diz indo em sua direção:
- Calma lindinha, ele está vivo, ainda...
May continua a falar, está completamente desesperada. Hero ainda está vivo, mas não parece nada bem então a moça deixa extravasar um pouco de sua intensa raiva:
- Seus idiotas! Vocês não acham que passaram dos limites? Seria melhor se entregarem. Eu ouvi os policiais e eles estão dispostos a tudo, até a entrarem aqui se for preciso. Vocês não têm como fugir.
Os policiais ouvem tudo e Sou diz passando a mão sobre o cabelo em um gesto de grande desespero:
- Droga! O que ela acha que está fazendo? E depois eu sou o pior negociador.
Hiroto mais uma vez se descontrola, chuta uma cadeira e diz elevando sua voz:
- Cala a boca! Você já está falando demais. Não deixei você entrar aqui pra isso.
Mayumi não se intimida nem depois disso, então ela se vira para Tora e Choi e fala:
- É isso que vocês querem?Passar a vida de vocês atrás das grades? Ou quem sabe até sair daqui direto para o IML? Libertem o Hero e os policiais deixarão vocês partirem...
Daisuke ainda sentado com a voz mais tranqüila do mundo diz:
- Mas você acabou de dizer que não tem como nós fugirmos.
May fica calada por alguns segundos pensando em como pode desfazer essa contradição, então diz tentando aparentar mais calma:
- Apesar de tudo, os policiais não podem desconsiderar a fama do Hero e eles têm que pensar muito antes de fazer alguma coisa... Eles também estão com medo...
Hiroto cruza os braços, esboça um sorriso cheio de si e diz:
- É bom saber disso...
A tranqüilidade que Daisuke e Hiroto tentam passar não convence nada a Tora e Choi, o primeiro diz olhando pela janela tomando algumas precauções para não se expor muito aos policiais:
-É bom nada cara. Vamos libertar esse cara ai e pedir um helicóptero para sairmos daqui...
Choi diz olhando para o parceiro e assentindo com a cabeça:
- Eu concordo com ele.
Hiroto se vira para Daisuke e lhe pergunta: - E você Daí?
- Pra mim tanto faz... –responde o demente embaralhando as cartas.
Hiroto pensa, caminha até a porta que fica ao lado de uma janela e dá pra ver tudo o que acontece do lado de fora perfeitamente, nessa hora Mayumi percebe que ele realmente manca, mas não fala nada... O líder olha pela janela, vê que os policiais realmente se afastaram e diz para alivio de alguns, menos, obviamente, de Sousuke:
- Tá certo! A gente vai deixar o Hero ir, mas você vai ficar conosco...
Sou ouve tudo e grita:
- O que? Não! Nem pensar! Sem cogitações!
Akai diz tentando acalma-lo mais uma vez:
- É o melhor...
Mas o jovem tenente se demonstra irredutível, tudo o que ele quer é que May saia de lá o mais rápido possível. Ele já se arrepende amargamente de tê-la deixado participar dessa perigosa operação e ainda mais de ter sido convencido a deixá-la entrar no cativeiro disfarçada. Para ele tudo que tinha que acabar ali e se preciso a base de força policial (a dele). Com ele tudo era assim., se não houvesse mais conversa, era hora de partir para o “mata-mata”:
- Nada disso! É o melhor nada... Ela não vai servir de refém coisa nenhuma. Eu vou entrar lá e tirá-la daquele maldito lugar de qualquer jeito. - Sou se aproxima do cativeiro e Hiroto o vê, ele engatilha sua arma, se afasta um pouco da porta e diz apontando para a mesma:
- Parece que tem alguém vindo.
Mayumi, que estava bem perto de Hero acariciando seus cabelos se levanta e olha, ela vê de que se trata Sou e pensa:
- Droga! Ele vai estragar tudo...
Mas antes que ele chegue dois homens o seguram, o imobilizam e o levam para onde ele estava mesmo contra a sua vontade.
Hiroto observa tudo, abaixa sua arma e diz com uma cara de desentendido:
- Essa eu não entendi...
Mayumi agora se faz também de desentendida e pergunta:
- O que?
Antes mesmo de respondê-la o telefone do delinqüente toca, ele atende e alguém do outro lado da linha fala sobre todo o plano da policia em seus mínimos detalhes.
Hiroto desliga o telefone, o joga contra o chão num acesso de ira. Está tomado pela raiva e pensa em como puderam tentar engana-lo dessa maneira. Isso ele não poderia aceitar...não mesmo...
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
A história está chegando ao fim. Tirando esse, só faltam mais 3 capítulos. Estou pensando em escrever uma continuação porque muitos pontos até o fim dessa primeira parte não serão esclarecidos. Gostaria de saber se quem acompanhou a história gostaria que eu escrevesse essa continuação, eu já escrevi o primeiro capítulo e já tenho tudo planejado na minha "cachola"...
Bom...Já vou começando a me despedir desse "primeiro volume".
Foi legal escrever "Ela" (apesar de que eu nunca gostei desse nome só que nunca pensei em algo melhor), eu não sou uma boa escritora e sei que tenho que melhorar muito, mas...a gente supera tudo. ^^
até o ante-penultimo capítulo pessoas e curtam as "emoções finais"...