Apenas para Lembrar escrita por VenusHalation


Capítulo 16
Capítulo 15 - A Culpa




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Zabimaru golpeou alguns dos soldados da segunda divisão que caíram inconscientes, outros caíram nas armadilhas colocadas pelo quincy no caminho, estas que os pegavam silenciosamente antes de vacilarem e encontrarem o chão. Chad continuava a cobrir o Sub-capitão a frente, destruindo aqueles que ainda resistiam aos golpes da grande bankai. Renji riu vitorioso ao ver o olhar fuzilante da Capitã sobre ele.

– Vai ser acusado de traição quando eu lhe pegar, Abarai! – Gritou a mulher.

– Se conseguir me pegar! – Debochou mais uma vez.

– Afastem-se daqui, cerquem o perímetro, há mais deles aqui! – Gritou ela aos seus homens, sumindo nas folhas.

Do outro lado, Ishida ainda colocava - de forma habilidosa e calculada - cada uma das armadilhas, esperando pelo avanço de cada um dos soldados da Soul Society. Não conseguia evitar soltar um pequeno sorriso ao constatar que aquele ato era, para muitos outros quincys, de orgulho e poder sobre os inimigos shinigamis. O ouvido treinado do garoto sentiu o movimento de passos sobre as folhas da floresta, alguém estava muito próximo, então ele ocultou seu poder na sombra, apontando o arco para onde o som vinha quase atirou quando viu a pequena mulher caminhar – quase como se dançasse por suas armadilhas. – aparecer.

– Kuchiki? – Levantou aliviado.

– Esqueceu que iríamos nos encontrar? – Perguntou a pequena.

– Desculpe, as coisas ficaram perigosas, Soi Fong. – Abaixou o arco ainda armado.

– Devemos ir para lá. – Afirmou. – A capitã pode lidar com Renji e Chad, mas não com Ulquiorra e Ichigo. Os outros virão logo.

– As armadilhas estão montadas, conseguiremos atrasar o avanço deles. – Apontou para trás. – Devemos ir pelas árvores.

Trocaram um olhar afirmativo e subiram sincronizados pelas árvores, pulando rapidamente de uma a uma pelo ar, chegaram ao local da batalha. Renji já estava com duas borboletas misturadas as tatuagens de seu corpo, enquanto Chad tinha três em seu escudo.

– Ela está escondida. – Rukia olhou preocupada.

– Se acertar mais uma vez em qualquer um dos lugares, estarão perdidos. – Ishida olhava descrente.

– Acredite, ela teria os matado se quisesse.

– Ela quer que eles se rendam. – Completou ele.

– Se bem conheço Renji, ele não desistirá tão fácil. – Riu de lado. – Consegue fazer algo?

– Talvez eu possa fazer.

– Cale-se ou a acerto de novo. – Soi Fong apareceu segurando a shinigami pelas costas, roçando o ferrão de sua zampakutou levemente sobre sua bochecha que agora tinha uma borboleta negra. – Esperava isso de qualquer um, menos de você Kuchiki! – Respirou ao pé do ouvido.

– Capitã, não... – Gemeu baixinho. – Solte-me...

– Deixe ela em paz! – O quincy ameaçou.

– Kuchiki Rukia é minha refém e ninguém mais se mexe! – Gritou saindo das sombras com os dois, revelando a presença para Renji e Chad.

Ficaram boquiabertos. Rukia estava presa entre os braços da capitã, fazendo a fúria crescer no interior de Renji. Ishida travou a mandíbula e estava completamente descrente de que havia deixado a capitã passar tão fácil. No momento encontrou-se achando tolo por pensar que não havia sido prudente o suficiente.

– Vocês vem comigo. – Fuzilava cada um dos invasores.

– Não vão a lugar nenhum! – Kuchiki disse entre os dentes.

– Vão ter que contar o que querem aqui, cada palavra! – Ameaçou.

– Não se importem comigo, vão! – Rukia tentou se soltar.

– Abra a boca mais uma vez e você morre! – Apertou a baixinha contra o corpo e aproximou a ponta da arma mais uma vez.

– Nunca teria coragem de fazer isso, Capitã! – Vociferou, lançando o olhar para cima.

– Eu avisei...

Em um movimento rápido, a capitã empurrou a mulher contra uma árvore próxima. Estava completamente tomada pela raiva, afinal, aquela não era a primeira regra que aquela oficial quebrava tão abertamente. O sangue ferveu ao olhar a determinação no olhar da shinigami, o braço desceu com a força em um golpe indignado.

– Não! – A voz feminina ecoou pelo local.

Soi Fong olhou para baixo e viu seu ataque bloqueado pelo escudo de luz alaranjada que se despedaçava diante de sua mão. Olhou para trás e encontrou os velhos conhecidos Ichigo e Orihime acompanhados de um homem pálido, sua visão focou a máscara na cabeça do homem .Sentiu a reiatsu matadora vir dele, era um holllow, não deveria estar ali, um arrankar poderoso não deveria ao menos ter entrado ali.

– Pare com isso! – O arrankar aproximou-se dela. - Eu me entrego, mas não machuque ninguém.

– Noah! – Inoue levou as mãos a boca, vendo-o perto dela. – Não faça isso!

– Ninguém mais precisa se machucar, mulher. – Os orbes verdes dele eram pura preocupação.

– Do que está falando, seu ser imundo? – Soi Fong soltou Rukia e imobilizou Ulquiorra no chão.

– Deixe-os fora disso e eu me entrego. – Sua expressão era a do velho e estóico arrankar.

– Me faça rir, vão todos comigo! Agora...

A fala foi cortada por uma explosão de energia que levou a capitã a ser jogada contra o muro da prisão. O corpo doeu com a pancada e demorou um pouco até recuperar a cabeça tonta. Soi Fong sentiu seu coração disparar quando a visão turva e duplicada voltara ao normal. Viu Murcielago emanar sua reiatsu poderosa, mas para sua surpresa, ele beijava a garota ruiva com poderes curativos, Inoue chorava e acariciava os cabelos do que ela julgava ser um monstro.

– Eu te amo. – Ouviu o arrankar sussurrar ainda abraçado ao corpo da outra.

Fong balançou a cabeça uma, duas, três vezes até assimilar a informação. O que quer que “aquilo” fosse, estava abraçado amavelmente aquela garota e ditava ordens aos outros para que o deixassem fazer o que bem entendia, que não fossem resistentes, que sabia exatamente com qeue estava se metendo. Ele, agora, vinha em sua direção caminhando calmamente. A reiatsu diminuía e ele tomava, gradativamente, a aparência normal, era quase humano. “Impossível!”, pensou ela.

– Estou pronto parar ir. - Noah estendeu as mãos sem resistência.

A capitã tinha na sua frente não um arrankar, nem um hollow, não havia qualquer sinal de um buraco ou dor, apenas um homem. Um homem de olhar triste e determinado. Por instantes a shinigami hesitou, na verdade havia as lágrimas correrem pelo rosto de Inoue e sentira pena. Queria saber mais naquele momento, mas não era hora, teria de reportar aquilo e iriam procurar por aqueles invasores até mesmo no inferno. Lançou um olhar furioso e confuso aos outros antes prendê-lo e leva-lo sem perguntar mais nada.

~*~

Voltaram para Karakura, os últimos dias pareciam ter sido surreais. Sabiam que estavam sendo caçados por toda parte, então, revezavam entre casas e guardas e não apareciam na escola. Tentavam se dispersar, para não acumular reiatsu em um lugar só. Inoue estava com Ishida em uma casa da família dele, próxima ao grande rio e uma das pontes que cortava a cidade. A garota estava parada na janela, suspirando e contendo o choro enquanto olhava a imensidão do céu escuro.

– Inoue? – Ishida entrou no quarto com um pequeno jogo de chá.

– Uryuu! – Forçou um sorriso. – Adoro chá!

– Urahara disse que o julgamento dele será em dois dias. – Afirmou sentindo a pontada de incomodo.

– Ah... – A ruiva ainda mantinha o sorriso doce, como tantas vezes conseguia fingir.

– Não precisa fingir que está tudo bem. – Sentou-se a pequena mesa no centro do quarto. Ishida a lia como ninguém e era completamente perceptivo, muitas vezes vira aquele mesmo sorriso quando ela era rejeitada pelo colega de classe, Kurosaki.

– Eles vão... – A lágrima teimosa escorreu pela bochecha, deixando seu rastro. – Vão matá-lo, não é?

– Inoue, eu não sei. – Sentiu algo incomodar no peito ao ver a dor nos olhos da garota.

– Nós lutamos tanto para não dar certo no fim. – Chorou, dessa vez sem segurar. – Eu não pude fazer nada, no fim eu nunca posso fazer nada! Eu vou ter que vê-lo morrer novamente, Uryuu-kun, de novo!

– Eu queria saber o que dizer Inoue... – O quincy se levantou e abraçou a amiga de forma carinhosa, aninhando seu corpo frágil sobre o seu pescoço. – Eu queria poder ajuda-la.

– É minha culpa... – Soluçou baixinho agarrando a blusa do moreno.

– Ninguém tem culpa de amar, Inoue. – Afagou os cabelos dela, sentindo a umidade do choro gelar sua camisa. – Ninguém.


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Notas finais do capítulo

Feliz 2014 à todos!
Obrigada por mais um ano de comentários e recomendações!
Convido todos à passarem por minhas outras fics, afinal elas não tem leitores e seria de grande ajuda ter um pouquinho de vocês lá, afinal, ter outras fics funcionando me fazem querer atualizar essa também #chatiada
Pretendo não demorar



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