Invejando Leah Clearwater

N/a X5 - 452 : essa é uma fic de apenas três capitulos que mostram os momentos em que a Emily começou a invejar a Leah.

N/t: Gente, eu já terminei de traduzir essa fic, e ela é mt lindinha... Espero que gostem.

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Part 1

Pov da Emily

Os gritos deles me acordaram.

Eu me virei na cama e encarei o Sam dormindo, como uma pedra, ao meu lado.

E por um momento eu desejei dormir daquele jeito.

De repente, os gritos se intensificaram. E eu olhei para a cabeceira da minha cama a fim de constatar o horário.

Eram duas horas da manhã.

Será que eles não podiam brigar num horário mais apropriado, tipo quando as pessoas não estivessem dormindo?

- Saia da minha casa, seu idiota!

- Se acalma , Leah!

- Fora!

Deus, eles estavam nessa briga de novo.

Eu me levantei da cama e rumei até a janela do quarto, e olhei para a rua. E não foi surpresa ver Embry Call sendo expulso da casa dos Clearwaters vestindo apenas uma calça jeans.

Leah apareceu logo em seguida, segurando a blusa dele, para depois arremessá-la nele.

Dava pra ver que ela estava com raiva, quando ela jogou a blusa, mas o Embry apenas juntou a blusa do chão paciente.

Eu não me agüentei e abri o mais silenciosamente possível a janela, para que eu pudesse ouvi-los melhor.

- Eu não entendo o porquê de você estar tão chateada, Leah, a maioria das garotas estaria no mínimo saltitando de alegria se os namorados as pedissem em casamento, e se eles realmente tivessem a intenção de casar com elas. – Embry disse alto, enquanto vestia a camisa, e em seguida encarou a morena.

- A maioria das garotas não tem que se preocupar com o fato de que seus namorados podem deixá-las assim que eles encontrem suas ”impressões”. – Leah respondeu em tom alto também.

Era como se eles não conseguissem ver ninguém mais além de eles mesmos.

Ninguém mais existia, exceto Leah e Embry.

A chama nos olhos deles era algo impressionante. E essa chama só aparecia quando eles se encaravam.

Começou a chover, mas eles não pareceram notar as gotas que caiam sobre eles.

- Leah, eu não sei se eu vou ter uma “impressão”, você não sabe se você vai ter uma também, mas tudo o que eu sei é que eu te amo e eu não vou desistir de você por causa de uma porra de uma “impressão”. Eu quero ficar com você, - ele suspirou, dando uma pausa,como se estivesse muito cansado daquela conversa, de sempre se justificar - só com você pro resto da minha vida, mas você às vezes é... Uma estúpida que não consegue ver que me machuca. E que um dia, eu vou me cansar de ficar correndo atrás de você. E que você vai amargar sozinha. – Embry gritou em frustração, suas palavras atingindo Leah como um trem desgovernado.

Leah não disse nada, apenas o encarou. Seu rosto estava suavizando as expressões raivosas.

Embry respirou pesado e balançou a cabeça.

Virou-se e começou a caminhar para longe dela.

- Embry, Eu te amo. – Leah gritou com a voz repleta de emoção. O Embry se virou para encará-la. – E eu quero me casar com você, então a minha resposta é sim!

O Embry simplesmente deixou escapar o mais lindo dos sorrisos, bagunçou os próprios cabelos como forma de talvez tentar assimilar as palavras dela.

Não demorou muito tempo, e ele correu na direção dela. Um trovão se fez presente ao passo que os corpos dos dois se encontravam e eles se beijavam apaixonadamente. Eles se abraçavam como se não pudessem viver sem o outro.

 O beijo deles não era doce ou gentil, como o Sam era comigo, era algo desesperado e exigente; eles procuravam um conforto nos braços um do outro, talvez para apagar as palavras duras que eles direcionaram um para o outro momentos atrás.

Eles finalmente se afastaram, mas se afastaram rindo ao mesmo tempo em que percebiam, pela primeira vez, a chuva que caia. Embry beijou a testa da Leah gentilmente.

- Vamos entrar e tirar essas roupas molhadas. – Eu o ouvi dizer animando.

E dessa maneira eu os vi retornar para a casa dos Clearwaters.

Eles fecharam a porta como se nada tivesse acontecido. Mas eu continuei no mesmo lugar, na janela, mesmo depois de eles terem ido embora.

O Sam nunca me beijou daquela forma, como se ele não pudesse viver sem mim. Ele me segurava e beijava docemente, como se eu fosse uma delicada boneca de porcelana.

Nós nunca tivemos uma briga como aquela, ou nos beijamos no meio de uma tempestade. Sam sempre queria me proteger. E uma parte de mim desejou que Sam fosse como o Embry era pra Leah.

 Eu sabia que não conseguiria mais dormir.

Então apenas voltei para cama peguei um lençol fino, me cobri e sai do quarto.

Eu fui para o quintal de casa.

Dei um longo suspiro e sai correndo para a chuva. As grossas gotas caíram na minha pele e eu abri meus braços e olhei para o céu adorando a sensação.

Aquilo era muito bom, era como se eu estivesse sendo eu mesma outra vez, não a frágil e perfeita Emily de sempre, da impressão...

Era como a Leah devia se sentir: livre!

- Emily, ai está você! O que você está fazendo? – Sam veio em minha direção com preocupação. Mas eu apenas sorri.

- Eu só queria dar uma volta.

- Mas está chovendo.  – Sam disse com aquele mesmo tom de voz, aquele que apenas quer me proteger.

- Eu sei que está. A chuva não é simplesmente maravilhosa, Sam? – Eu perguntei pra ele, ao passo que ele se aproximava de mim e botava as mãos nos meus ombros. Nós estávamos de frente um pro outro, nos encarando e então eu pedi: - Beije-me!

Sam soltou um pequeno sorriso e beijou o topo da minha cabeça. E eu fiquei extremamente desapontada.

- Está chovendo Em, vamos entrar. Eu não quero que você pegue um resfriado. – Sam me pegou pela mão e me guiou para dentro de casa. Mas eu ainda olhei para trás e vi a chuva antes do Sam fechar a porta.

E foi ai que eu percebi... 

Eu percebi que eu começara a invejar Leah Clearwater.