Ele Vai Voltar escrita por Lady_Layla


Capítulo 3
Teto de Vidro


Notas iniciais do capítulo

To com preguiça de escrever...



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Ele deslizava nas brumas da inconsciência, mas sua mente, embalada por aquela música ouvida á tanto tempo, continuava a agir...

Quem não tem teto de vidro

Que atire a primeira pedra

(Quem poderia julgá-lo?).
Quem não tem teto de vidro
Que atire a primeira pedra

(Quem ousaria julgá-lo?).
Andei, por tantas ruas e lugares

(Nunca ficara em paz).
Passei, observando quase tudo

(E vira mais do que devia ou gostaria).
Mudei, o mundo gira num segundo

(E aos poucos, sequei).
Busquei dentro de mim os meus lares

(e acabara se fechando para tudo e todos)
E aí, tantas pessoas querendo sentir
sangue correndo na veia

(E ele sentira a vida pulsar e escorrer por suas mãos)
É bom assim, se o movimento tá vivo
Ouvir, milhões de vozes gritando!

(E os gritos dos inocentes que eu não pude salvar soarão para sempre em meus ouvidos)
Eu quero ver quem é capaz
De fechar os olhos e descansar
Em paz!

(Se sentiria culpado e atormentado até a sua morte,e mesmo então achava que não iria descansar)
Quem não tem teto de vidro
Que atire a primeira pedra

(Quem poderia ajudá-lo?)
Quem não tem teto de vidro
Que atire a primeira pedra

(Quem ousaria ajudá-lo?)
Na frente
vai um homem
Que se arrisca pela linha

(A divisão bem/mal é estreita)
Não é tão diferente
Do que eu já fui um dia

(Ele vivera essa divisão ao extremo)
Se vai ficar,
Se vai passar, não sei

(Seu futuro sempre fora incerto)
E num piscar de olhos
Lembro tudo o q falei,
Pensei,falei

(E quanto deveria ter falado)
Nunca me importei

(Magoara pessoas amadas)
Mas não tem nada
Eu estava mesmo errado

(E seus erros custavam vidas)
Cada um em seu casulo

(Isolado)
Em sua direção  

(Só)
Vendo de camarote
A novela da vida alheia

(Sempre fora um intruso em todos os lugares)
Sugerindo soluções,
Discutindo relações

(Sempre prepotente)
Tão certo q a verdade
Cabe na palma da Mão

(Tão cheio de si)
Mas isso não é uma Questão de Opinião,
Mas isso não é uma Questão de Opinião,
E isso é só, uma Questão de opinião!
(E se ele quisesse ser feliz deveria mudar a sua sobre o mundo)

 

Foi quando algo rompeu a muralha daquelas brumas, como um raio de sol numa geleira. Ele pode sentir o contato de pequenas mãos quentes segurando a sua enquanto, quase automaticamente, sua mente buscava contanto com a da figura invasora.
Aos poucos uma imagem se formou para ele,que não acreditou no que via:a invasora era ninguém mais ninguém menos que Hermione Granger,a pessoa que ele mais queria e menos esperava ver ao seu lado. O que será q ela fazia ali?Será que era possível que ela o tivesse perdoado? Ou será que só sentia pena,por isso estava ali? Pensar que ela estava ali por pena criou um aperto em seu peito, e ele tomou uma atitude insensata.
Sem agüentar a dúvida, juntou cada grama de energia de que podia dispor e invadiu a mente de Hermione, acompanhando os pensamentos desta e vendo, com um crescente sentimento de felicidade, que os sentimentos dela por ele, se isso era possível, tinham aumentado.E começou a tentar acordar, enquanto flashes das situações q eles viveram e que lhe revelaram seus sentimentos se sucediam...

FLASHBACK

...Não sabia o que o irritava mais, se era ter que agüentar o idiota do Lockhart se exibindo na escola ou se era o olhar de admiração e devoção com o qual ela, justamente ela, sempre tão racional e certinha,acompanhava de perto cada movimento que aquele exibido fazia.Quando ela foi atacada ele pensou seriamente que, se Gilderoy falasse mais alguma coisa sobre ela ter sido burra de ficar andando sozinha,ele iria poupar o monstro de Slytherim do trabalho de eliminar aquela praga: faria isso com as próprias mãos!
Ainda não tinha reconhecido seus sentimentos,achava que o que sentia era o sentimento de animosidade comum entre os professores contra aquela figura pomposa que ficava se pavoneando na sala de aula e um pouco de sentimento de proteção que todos compartilhavam por uma aluna dedicada e inteligente como Hermione...
Começou a ficar desconfiado do que sentia no terceiro ano. Apesar de Lupim ter sido um dos Marotos, nunca implicara com ele e chegara, algumas vezes, a defendê-lo. Mesmo assim sentiu-se incomodado com a sua presença, especialmente depois da primeira aula da turma da Grifinória. Não era, como tinham pensado, irritação pelo caso do Bicho-papão. Isso era só uma desculpa. Sua raiva,na verdade, era pelo fato de que ele,aquele maldito lobisomem, era exageradamente chegado a Hermione Para o seu gosto.
Mesmo sem querer,reconheceu aquele sentimento: ciúme. Mas, com um esforço sobre-humano,procurou sufocar o que sentia, afinal ele era um homem adulto e ela...era uma menina de 14 anos. Então, quando achou que tinha conseguido se controlar, veio a bomba: ao chegar à sala de Lupim, em plena lua cheia, encontrou-a vazia e viu, no Mapa do Maroto, que Remo se dirigia para a Casa dos Gritos e, com uma sensação gelada no peito,viu os nomes que se esgueiravam pelo túnel...o moleque Potter,sempre atrás de encrencas, e a Granger! Ele ficou tão cego de raiva que não raciocinou,agiu instintivamente, e seu ódio só cresceu ao ver a garota defendendo o lobisomem e o traidor, atacando-o junto com o Potter.Acordou furioso mas sentiu a raiva se transformar em pânico quando viu o lobisomem pronto para atacá-la, colocou-se na frente protegendo-a com o corpo, mesmo sabendo o quanto inútil isso seria.Ele só não viu o olhar de admiração que ela lhe lançou, com um brilho diferente no fundo de seus olhos.E nem ela notou que a única coisa que importava para ele era protegê-la...
Para ele realmente entender o que sentia pela ''sabe-tudo Granger'' tinha precisado não de um tijolo, mas de uma verdadeira ''marretada'' na cabeça, no 4° ano.E essa ''marreta'' era branco,bonito,rico,famoso e tinha nacionalidade búlgara!
Fora no baile de inverno.Ele ficou hipnotizado ao vê-la entrar no salão, e tarde demais notou o braço de quem ela segurava.Estava se sentindo tentado à lançar uma Cruciatus em Krum, e não era só nele. Os alunos estavam vidrados em Hermione, com Exceção do Potter.O Weasley, então,parecia q estava pronto para desabar. Percebeu então o olhar de Dumbledore sobre si e achou q era mais seguro ir para os jardins antes que fizesse uma besteira, só não esperava que Igor fosse atrás nem que, depois de topar com Potter e Weasley e finalmente conseguir se livrar do ex-comensal, surpreendesse Granger e Krum na beira do lago, conversando sentados na grama.
''Então, Vitor, não posso aceitar te namorar...''escutara Hermione dizendo, e surpreendeu-se com o tom triste em sua voz.
''Mas...Hermion! Se a pessoa que deveria te convidar-r nom falar-r nada!''
''O problema não é esse, Vitor! O caso é que eu gosto dele.''
''E eu poder-r saber-r quem é?''
Snape sentiu-se arder de ciúmes e curiosidade,aguardando a resposta, que não foi a que ele esperava...
''Sei o q você está pensando Vitor,e a resposta é não. Não sou apaixonada nem pelo Harry nem pelo Rony. Seria tão mais fácil...''
Nesse momento Krum levantou-se,como se tivesse deistido de tentar saber e falou, estendendo a mão para a jovem:
''Va-m-mos parra den-n-trro, estar-r-r ficando frio.''
Ele afastou-se antes qu os dois o vissem, e desde então a dúvida passou a atormentá-lo: quem seria o sortudo amado por Hermione Granger? Nos anos seguintes buscou afastar-se da aluna, evitando contato além do necessário.Durante todo o 5° ano isso deu certo mantevesse o mais afastado possível, porém no 6º ano desabou, ao receber a terrível missão que Dumbledore lhe confiou. E junto com essa Missão recebeu outra, mais simples e ao mesmo tempo,incrivelmente mais difícil: ensinar Oclumência para Hermione Granger. E, quando a garota foi fazer aula, viu-se aos poucos sendo envolvido por suas lembranças,seus medos e seus segredos. Entre estes segredos havia algo que ele não conseguia alcançar,mesmo depois de dois meses invadindo aquela mente uma vez por semana.
No Natal viu-se obrigado a ir à festa de Horácio, onde esperava ver aquela que desejava como seu par divertindo-se novamente com outra pessoa. Mas logo notou que,apesar da máscara de sorriso que ela usava, ela estava louca para sair de perto de seu par, o incômodo Mac'Lagen, que parecia estar muito interessado na mesa de bebidas. Ao aproximar-se da referida mesa para se servir, viu q Córmaco tentava beijar Hermione á força,aproveitando a presença do visgo sobre sua cabeças e a semi-escuridão da sala. Sentindo-se como um cão raivoso viu, no entanto, que a jovem tinha de desvencilhado do rapaz, mas como ele tornou a agarrá-la pelo braço com brutalidade ela tropeçou e Snape, sem se conter,avançou e amparou-a em seus braços. Quando o aluno olhou-o ele pode acessar a estúpida mente á sua frente e viu o seu plano: a bebida de Hermione tinha recebido, lentamente, pequenas doses de wisk de fogo,por isso ela não notara a sua intenção de agarrá-la (se ela estivesse lúcida o bastante para usar a pouca legilimência que aprendera,Córmaco iria desejar estar dormindo na toca de um explosivim!) e ele mantivera-a afastada do Potter para evitar que ele notasse algo. Snape usou a varinha para desfazer o efeito do álcool da mente da jovem, e tarde demais notou que ainda estava abraçando-a.Soltou a jovem e voltou-se para o infrator ,dando graças a Merlim pela escuridão da sala esconder o quanto ele ficara vermelho,sentindo ainda a raiva da mente de Hermione.Estendeu a Mão e segurou-lhe o pulso,impedindo-a de azarar o garoto e puxando-a atrás dele para afastá-la do rapaz,lançando-lhe no entanto um aviso gelado _''Amanhã,onze da Manhã,na minha sala.'' Antes de recuar para um local mais discreto deixando atrás de si um aluno ao mesmo tempo aliviado com o fato de não ter sido azarado e raivoso com a resistência do seu par.
''A senhorita está bem?''_perguntara,sentindo-se um perfeito idiota. Afinal, do jeito que ela estava tremendo como poderia estar bem? Esperara, no entanto, que ela tentasse se mostrar forte como sempre, e não que ela se desfizesse em lágrimas, apoiada na parede por trás da tenda que fora magicamente montada na sala para a festa. Não conseguiu resistir e, num movimento fluido e inconsciente, puxou-a para seus braços, aninhando-a em seu peito e sentindo, no contato entre as suas mentes, a estranha sensação de segurança que ela sentia junto dele. Isso só fez com que, dali para frente, se sentisse mais raivoso com a missão principal que recebera de Dumbledore, pois esta o afastaria dela provavelmente para sempre, mesmo que ele conseguisse provar a sua inocência. E assim, implorava a Merlim que nunca precisasse entrar em Ação.
Mas precisara...
Naquela noite ele estivera alerta, pois Alvo avisara que iria sair para realizar uma Missão com o moleque Potter e que, provavelmente, voltaria ferido. Só não poderia esperar que, de repente, Filio entrasse nos seus aposentos desesperado, anunciando a invasão da escola por comensais da morte. Sentira como se suas entranhas tivessem congelado,pois sabia que a hora tinha chegado.
Ao sair, depois de estuporar Filio para mantê-lo seguro, recebeu um novo choque ao esbarrar com Hermione e Luna Lovegood, que obviamente estavam vigiando-o. Confirmou essa suspeita ao olhar nos olhos de Hermione, mas mandou Luna entrar e,antes que a outra a seguisse, colocara-se na sua frente.
Sem coragem para falar nada, puxou-a para seus braços e, antes que ela pudesse reagir, beijou-a.Em seguida,saiu correndo,sabendo que provavelmente nunca mais teria chance de chegar tão perto dela outra vez...
Aquele beijo o sustentava até hoje, e só a chance de vê-la novamente o mantinha vivo,lutando para voltar.
E ele ia voltar...


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Notas finais do capítulo

Espero que não achem melosa demais, se o site colaborar o resto entra agora mesmo.



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