Mariih e Momo escrita por callmenikki, Mariced


Capítulo 1
Taradas do Baile Funk


Notas iniciais do capítulo

aproveitem nossas loucuras.
Mariana = MariihCullen
Monique = M_Lautner
Capitulo de Hoje: As taradas do baile funk



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- Momo? – Mariana perguntou – O que estamos fazendo aqui, vestidas assim? Vamos matar alguém?

Era verdade que estavam vestidas para matar. Matar os pais. Monique estava com um top preto com lantejoulas e um short minúsculo. Mariana não estava muito diferente. Usava um top roxo com detalhes prata e, também, um short minúsculo.

- Não reclama Mariih – Monique falou como se fosse uma coisa normal – Só vamos nos divertir um pouco.

- Mas onde estamos? – Mariana perguntou olhando para as pessoas, vestidas do mesmo modo.

- Estamos na melhor balada do Rio de Janeiro – falou apontando para a entrada.

- Momo, está ficando louca? – ela perguntou.

- Vamos, você vai gostar – a garota falou lhe pegando a mão, puxando na direção da porta. Elas pararam na porta, onde tinha dois seguranças. Depois de Monique falar com eles as duas entraram.

O lugar era muito movimentado, sem duvidas. Luzes piscando, pessoas em um canto escuro, pessoas dançando, pessoas bebendo...

- Vem – Monique chamou, entrando na multidão. Mariana a seguiu de pronto. Pararam na frente do bar, que tinha barmen atrás do balcão. Era fantástico. Mariana não podia negar. A habilidade com as garrafas, o equilíbrio...

- O que vão querer? – falou um cara musculoso.

- Duas vodkas – Monique falou.

- Esta louca? Somos menores de idade – Mariana falou assim que o homem saiu para pegar os pedidos.

- Sim, somos. Mas ele não sabe – falou pegando as bebidas, que já estavam no balcão – Relaxa Mariih – terminou, entregando um copo para Mariana.

- É, relaxa – Mariana murmurou, tomando tudo em um gole. 

- Isso ai garota – Monique concordou, virando o dela também. – Vamos dançar.

Depois de serem empurradas várias vezes, elas chegaram ao meio da pista. Naquele momento, estava começando a musica Copo de Vinho. Todos começaram as dançar, aliás, todas as mulheres começaram a rebolar.

- Momo, eu não vou conseguir fazer isso – Mariana falou olhando em volta. O modo em que elas dançavam era muito solto. Rebolavam muito, coisa que Mariana não sabia fazer.

- Mariih, é só balançar – Monique falou, fazendo o movimento.

- Assim? – Mariana falou imitando.

- Isso. Agora assim! – murmurou requebrando até o chão. Mariana começou a imitá-la.

- Muito bom – Monique elogiou, fazendo Mariana ganhar coragem.

Mariana começou a se soltar, mostrando que, na verdade, sabia sim dançar funk, e muito bem.

Vários dos garotos que estavam em volta pararam apara olhar. Momo fixou seu olhar em um deles. Tinha a pele morena, os lábios fartos e olhos brilhantes. Já Mariih, olhava para um canto mais afastado, onde um garoto louro, de pele clara e olhos azuis lhe fitava. As amigas já estavam separadas. Uma bem longe da outra. Cada uma com seu garoto. O de pele morena se chamava Paulo, o de olhos azuis, Gabriel.

Gabriel, com cara e nome de anjo começou a afastar Mariih do baile, sem que ela percebesse.

- Você é linda, sabia? – Perguntou ele. A voz doce e amorosa.

- Obrigada. Você também. – Mariana sorria. Garota de sorriso sincero, e inocente. Não devia estar naquele baile. Não na mesma noite que Gabriel.

- Você não devia estar aqui, sabia? Não nessa boate, não hoje. – Disse ele, deixando a garota completamente confusa.

- O quê? Como assim? Gabriel... O que... O que você está falando? – A voz dela já estava tomada de puro pânico. Ela não sabia o que ele era capaz de fazer. Já estavam perto de um matagal suspeito, muito longe para serem vistos ou ouvidos pelas pessoas no baile.

- Nada que você não vá gostar – falou se aproximando. O garoto a prensou numa árvore, distribuindo beijos pelo seu rosto. O que poderia ser um gesto bom virou um gesto repulsivo. Lágrimas rolavam no rosto de Mariana. Como ela pode deixar isso acontecer?

- Sua mãe nunca te ensinou a não maltratar uma mulher? – perguntou uma voz. No momento seguinte Gabriel estava no chão, com um garoto em cima dele. A única coisa que dava para ver era sua costa e seu cabelo preto.

Mariana não sabia o que estava acontecendo, até que viu sangue. O garoto de cabelo preto estava batendo em Gabriel.

- Como ousa machucar uma mulher? – perguntou lhe dando outro soco. – Se ela não queria sua companhia era para ir embora... – falou dando-lhe outro soco – E não obrigá-la a nada, e...

- Pare – Mariana encontrou força para dizer – Você vai matá-lo... Não que eu me importe, - falou franzindo o cenho. Ela devia mesmo deixar matar Gabriel. – Mas você se daria mal na hora que encontrassem o corpo...

O garoto virou- se para ela, soltando Gabriel. Ele era lindo. Cabelos negros, pele branca e olhos verdes, que nesse momento estavam, claramente, preocupados.

- Você está bem? – perguntou andando até Mariana, que deu um passo para trás – Se acalme. Não irei lhe fazer mal. – algo em sua voz fez Mariana confiar nele.

- Ele lhe machucou? – perguntou passando a costa da mão em seu rosto, secando-lhe as lágrimas.  Ela negou com a cabeça – Shiu, está tudo bem – falou a abraçando. Um choque passou por Mariana, fazendo-a tremer.

- Está com frio? – perguntou entendendo errado o motivo do tremor. Ele começou a se afastar, fazendo Mariana ficar triste, porém se alegrou em perceber que era só para tirar o casaco, para colocá-lo nela.

Os dois andaram devagar até o local que estava ocorrendo a festa. Mariana se surpreendeu ao ver o quanto estava longe.

- Como me encontrou? – ela perguntou curiosa.

- Bom... – falou corando. Ele não queria admitir que a estava olhando desde que entrou no lugar, aliás, desde que entrou em sua vida. – Eu estava andando e ouvi uns barulhos.

- Hum... – murmurou sem se convencer – Nos conhecemos de algum lugar? – perguntou, lembrando-se daquele rosto de algum lugar.

- Estudamos na mesma escola – respondeu.

- Ah, sim – falou se lembrando de tê-lo visto uma vez ou outra – Daniel, não é?

- Sim – respondeu feliz por ela ter se lembrado.

O resto do caminho foi em silêncio. Cada um com seus pensamentos. Mariana devia estar abalada com tudo o que aconteceu, mas só estava surpresa por nunca ter falado com aquele rapaz. Daniel, por outro lado, estava com raiva. Muita raiva. Quem aquele idiota pensava que era? Machucar Mariana?

Daniel já estava entrando quando percebeu que Mariana não estava em seus braços. ‘’Estava tão perdido no pensamento assim?’’ se perguntou. Olhando em volta, percebeu a garota estava sentada na grama. 

- Sabe Daniel... – Mariana começou a falar assim que ele sentou-se ao seu lado – Eu não queria vir... Aliás, nem sabia que iria vir.

- Não?

- Não – ela suspirou – Monique havia me chamado para sua casa e eu fui. Chegando lá, ela começou a me jogar uma roupa – apontou para o que estava vestindo – E falou que estávamos atrasadas.

- E o que aconteceu? – Daniel perguntou quando ela tinha parado de falar.

- Bom, nunca gostei de dançar, nem nada do gênero. Mas hoje eu quis mudar um pouco, me soltar um pouco... – ela deu uma risada amarga – E olhe o que deu.

- Não foi sua culpa, – ele falou segurando a mão da garota entre as suas – Não faz mal se divertir. Você só não teve sorte... Não foi sua culpa aquele... – ele parou tentando não falar besteira – Idiota estar aqui hoje.

- Ao que parece eu não tenho sorte em nada.

- Porque acha isso?

- Olha, amiga de verdade só tenho Monique. Namorado nem tenho. E nunca ganhei a galinha de estimação que eu tanto queria. – ela falou dando risada, assim como ele. Eles, sem perceberem, chegaram perto um do outro. Perto o bastante para sentir a respiração.

Mariana, numa reação automática, passou a língua nos lábios e fechou os olhos. Daniel, entendendo isso como um sim, aproximou-se mais ainda, colando seus lábios. E foi... Simples, mas especial. Não teve nada daquelas coisas de sinos tocando e nem cupidos com seus arcos. Era só Mariana e Daniel.  

Enquanto Mariana e Daniel estavam lá fora, Monique estava dançando com Paulo. Monique nunca foi do tipo de garota de namorar serio. Ela era livre, como a própria falava. Sempre de namorico novo.  Mas também não era nenhuma vadia. Pode-se dizer que ela sabia a hora de fazer as coisas.

Paulo também não era nenhum santo. Saia com até três garotas em uma semana... Isso até conhecer Monique, há três meses.  Foi como amor a primeira vista... Isso era uma coisa clichê de se dizer, mas era, de certo modo, verdade. Nenhuma garota o havia feito sentir o que estava sentindo. Até agora.

A balada estava bombando. Isso não era duvida. Mas isso não impedia os dois de estarem fazendo joguinhos.

Monique rebolava até o chão ou dançava passando a mão pelo corpo fazendo Paulo gemer de desejo. Mas ele não deixava a desejar. Apertava a cintura dela com força e ia até o chão com ela.

Perdendo a paciência, Paulo fez o que estava esperando há três meses. A beijou. Ao contrario do beijo de Mariana e Daniel, esse beijou foi cheio de desejo e selvagem. Algo naquele beijo fez Monique perceber uma coisa. Ela precisa de Paulo como precisava de ar. Sim, ela estava apaixonada.

E assim passou o resto da madrugada. Mariana e Daniel sentados do lado de fora da festa, conversando ou se beijando, e Monique e Paulo dançando ou se agarrando. Embora de modos diferentes, estavam apaixonados. 

É assim que acontece. Onde menos se espera acha o amor da sua vida. Como Mariana saberia que encontraria Daniel em uma balada? Como Monique saberia que iria se apaixonar?

São perguntas como essas que rodam o mundo. E respostas como essas não rodam o mundo. Triste, não? Mas tudo tem seu lugar e seu tempo. Então não se preocupe, pode ser difícil ou fácil, rápido ou demorado, você ira encontrar seu par.

Se alguém ainda quiser saber o que aconteceu com eles, posso dizer que foram felizes. Daniel pediu Mariana em namoro, uma semana depois. E é claro que ela aceitou.

Paulo demorou mais tempo porque, embora estivesse apaixonado, nunca tinha tido uma namorada. Só rolos e mais rolos, assim ficou com medo de ser rejeitado. Monique é claro, ficou ansiosa pelo pedido, que foi uma semana depois do de Mariana.

Não vou dizer que foram felizes para sempre porque seria mentira. Tiveram autos e baixos, porém, apaixonados.  Monique e Paulo não tiveram um namoro para sempre, daqueles de contos de fadas. Apenas duas pessoas apixonadas, que, com o tempo, a paixão esfriou, e virou uma boa e alegre amizade. Foi quase a mesma coisa com Mariana e Daniel, estes chegaram a noivar, mas só então perceberam o erro que estavam cometendo. Afinal, nada é para sempre, certo?

Fim.

MariihCullen & M_Lautner.


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Notas finais do capítulo

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