Beijei ardentemente seus lábios por algum tempo, depois me virei, ficando por cima de novo.

Quando eu olhei para seu rosto, separando nossos lábios, ele me encarava, seus olhos negros e famintos cheios de expectativa, eu queria fazê-lo sentir o prazer que eu acabara de sentir.

Respirei fundo, fechei os olhos, e levei a mão até onde ele esperava que eu levasse, senti a pele do meu rosto queimar em chamas, todo o sangue do meu corpo subir parando no meu rosto, a vergonha tentava me dominar, mais eu não tinha do que me envergonhar, nenhum de nós tinha.

Aos poucos a curiosidade venceu a vergonha, e os gemidos dele me incentivaram a ser mais ousada na exploração, entendendo devagar onde e como deveria tocá-lo. Eu sabia que estava brincando com fogo, e estava completamente pronta para me queimar.

O calor de nossos corpos se sincronizavam, assim como nossas respirações ofegantes.

O beijo foi se tornando cada vez mais intenso, como se ainda fosse possível isso acontecer. E num movimento rápido, ele se desvencilhou do meu aperto e rolou para cima de mim.

Separando minhas pernas com as dele nossos corpos se encaixaram, eu cravei minhas unhas em seu ombro e arranhei suas costas com a outra mão.

Senti meu corpo todo vibrar como uma reação, com um movimento cuidadoso do quadril ele deslizou para dentro de mim, provocando uma dor aguda, seguida por uma forte onda de prazer.

Um gemido involuntário tentou sair de minha boca, mais seus lábios foram mais rápidos, sufocando-o, ele mordeu meus lábios enquanto se movia novamente para dentro de mim.

Uma segunda onda de dor me atingiu, novamente seguida por um espasmo de prazer, ele parou, ficando imóvel sobre mim, sua respiração acelerada e entrecortada como a minha.

Eu tinha de me controlar, pois minha vontade naquele momento era de pular em cima dele e fazer tudo o que eu tinha vontade, mais eu me controlaria, e ele parecia também esperar isso.

Sua respiração foi ficando cada vez mais lenta, e eu acabei me acalmando também, ele voltou a se mover cuidadosamente, mais eu não queria cuidado. E então eu não sentia mais dor, dessa vez somente o prazer tomava conta de mim, assim como ele parecia estar.

Ele ergueu a cabeça lentamente e me olhos profundamente nos olhos, minha cabeça girava, e eu não sabia mais o que aconteceria depois disso.

Eu desejei como nunca antes, que aquele momento durasse para sempre, e também desejei que a noite estivesse apenas começando.

Jacob’s POV

Meu raciocínio coerente se esvaiu tudo virou um infinito de sensações, tudo o que não era assim, acabou virando um emaranhado borrão indistinto.

Senti que ela assim como eu, ficou temporariamente incapaz de raciocinar, a ação e a emoção, dominaram nossos corpos e predominaram nossas ações, nós só queríamos satisfazer nossos desejos.

Naquela situação, um sentimento novo me tirou do controle, foi algo que eu não estava acostumado a lidar, algo que eu vinha sistematicamente tentando negar nos últimos dias, quando passava algum tempo com ela.

O desejo me consumiu, me queimando de dentro para fora, quebrando tudo o que eu havia construído todo o controle que eu havia moldado.

Desde o momento em que eu descobri o que ela realmente sentia por mim, que ela correspondia meus sentimentos, eu lutava o tempo todo contra a vontade incomum que tomava conta de mim.

A vontade irresistível que eu tinha de senti-la sobre mim, de olhar em seus olhos em um momento tão especial quanto esse, a vontade de tocá-la como eu tocava agora, de ouvi-la ofegando meu nome.

Nesses momentos eu tinha medo da reação do meu corpo, que agia de formas inesperadas. Mais eu não podia rejeitá-la, eu não queria fazer isso.

Já tinha sido difícil segurar todos aqueles impulsos que teimavam em me dominar a cada minuto, mais eu tentava manter a situação sob controle minimamente, e nisso sua timidez ajudava.

Porém quando ela assumiu o controle eu pude apenas me deixar levar pelo seu toque, e torcer para que eu fosse mesmo merecedor de toda aquela confiança. Não imaginei que ela fosse tão longe; quando começou a me provocar, a me tocar de forma tão entregue, meu corpo reagiu sozinho como sempre.

Confesso que tentei resistir um pouco, porém os segundos iam se passando, e a intensidade do toque ia me levando cada vez mais para longe de tudo que não era ela...

Todas as precauções, hesitações desabaram. Quando dei por mim estava dentro dela, sentindo seu corpo ao redor do meu, me aceitando, me enchendo de calor em todas as partes, me pressionando. E ouvi o eco de um gemido de dor.

Foi apenas por isso que consegui parar, porque meu corpo queria continuar se movendo dentro dela, cada vez mais forte, cada vez mais rápido, até que eu explodisse em sensações, calor e prazer.

Tudo era desconhecido, eu não sabia como aquilo funcionava, só o que eu sabia era que tinha uma vontade não saciada de esquecer resto do mundo e me afundar na mulher que era minha.

Empurrei todas as racionalizações para longe com mais um movimento firme do meu corpo contra o dela. Era tudo tão novo, tão maravilhoso, indescritível.

Entrelacei minhas mãos nas dela, segurando-a firme contra a areia embaixo de nós, experimentei movimentos novos, inesperados, mudei o peso do meu corpo contra o dela, sempre me preocupando em não machucá-la.

Ela se ajustou a mim prontamente, apertando forte minhas mãos, ouvindo o ritmo de seu coração, de sua respiração, seu cheiro se misturando ao meu.

Encontrei em seus olhos algo que nunca havia visto antes, como se ela tivesse amadurecido, apenas com aquele contato, aquela primeira experiência.

Eu me sentia completamente ligado à ela desde a primeira vez que a vi, mais agora era diferente eu pertencia à ela, para sempre.