Contos de Um Coveiro escrita por chibi_cold_mari


Capítulo 20
O vampiro-pt 1




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Ultimamente, tenho encontrado muitos corpos jovens.São apenas garotos e garotas que tiveram o triste destino de irem ao seu encontro.

E acabar com o sangue estranhamente drenado.Como se um vampiro tivesse mordido seus pescoços.

-Vampiros?Há!Isso não existe!Que tipo de louco nós entraremos agora, Chirstopher?

-Não faço a mínima idéia, Stanley...Quer fazer o favor de me devolver o jornal?Você o arrancou da minha mão!

-Ah, sim...Perdão...

Elliot andava muito desatento...Isso me irritava, me irritava profundamente.

Eu sabia muito bem o porque...

Isso me irritava.

-E Ellena?Como ela está?

-ah!Ela está preparando tortas muito boas!Ela me faz come-las sempre!A loja estava fazendo muito sucesso,mas então começaram esses ataques...E agora o movimento é pouco.As pessoas são tão medrosas!Se elas tives-

-Os ataques estão ocorrendo perto de lá?!

-S-sim!Eu estou preocupado com Ellena,eu já disse a ela para que deixasse a-

-Vamos até lá hoje.

-Sério?Mas,espere...Vamos somente visitar...Ou trabalhar?

Suspirei”Será que este garoto está entendendo o meu raciocínio?”.

-Somente para visitar.Faz muito tempo que não a vejo...

Dito isso Elliot tomou seu café rapidamente e tirou a xícara que jazia em minha mão.

-Pode deixar que eu arrumo tudo.

-Quem dera você fosse assim tão disposto todo o dia...

Logo depois de toda a alegria irritante de Elliot tomar conta da cozinha, nós finalmente conseguimos sair de casa.

Chegando lá, fomos recebidos por uma bela garota de cabelos castanhos e que tinha um belo sorriso no rosto.

-Sejam bem-vindos!O que de...Elliot!

-Ah, olá!

Foi algo tão rápido e tão espontâneo que mal pude acreditar...Em um segundo Ellena já estava nos braços de Elliot.Algo mais rápido ainda foi o beijo que trocaram...

Foi uma cena deveras melosa...Mas para mim foi um tanto...Nostálgica.

Fez-me lembrar de quando me encontrava com Caroline.

Bom...Mas você não quer saber disso, não é?Então vamos pular logo esta parte tão dolorosa para mim.

-Ah!Christopher você também veio!Espere...É por causa dos ataques não?

-Pode-se dizer que sim.

-Vamos comer algo que depois eu lhe conto o quer saber.

Logo depois do titilar de garfos repousados sobre os pratos, nos entreolhamos.Ellena sabia o que eu queria.

-Bom, acho que você já sabe o que eu quero.Conte me tudo.

Ellena me contou sobre tudo o que sabia.Os ataques aconteciam na pequena praça que ficava em frente a loja de tortas.Geralmente as vitimas eram levadas para lá acompanhadas do homem que as mataria.As vitimas ao eram nada parecidas: primeiramente ele atacava jovens garotas virgens que saiam de seus cultos religiosos, mas depois-insaciado-procurava por jovens promíscuos pelos arredores.

-Ele geralmente banqueta seus corpos e depois bebe seu sangue.

O ar era pesado, meus pulmões não agüentavam respirar aquele ar sujo pelo sangue das vitimas que se misturava com o aroma adocicado das tortas.

”Como alguém pode fazer isso e ter coragem de viver?”.

-Isso tudo é bobagem, não dá para acreditar nisso Ellena!

-Elliot, meu amor, não se meta sim?Isso é um assunto meu e de Christopher.

Ele se levantou irritado da mesa e saiu da loja.Mas levou uma garrafa de gim consigo.

-Mas o que ele acha que vai fazer?

-Ele bebe quando fica nervoso.Já tentei faze-lo parar, mas é um hábito.No orfanato eles nos obrigavam a beber quando não havia comida.Eu não bebia, mas ele sim...

-Só não espero ter que sustentar um alcoolizado em minha casa.

-Não se preocupe, ele só bebe quando fica nervoso, como agora.

Ela olhou através da vitrine e se preocupou quando algumas garotas se aproximaram dele.Mas logo se acalmou quando ele se afastou .

-Então...Isso é realmente tudo o que você sabe?

Ela bufou, percebi que ela tentava esconder algo.

-Não...Eu já o encontrei.

-E isso foi quando?

-Quando eu voltei a “trabalhar”...Consegui fugir quando um homem veio ao meu socorro.Infelizmente ele acabou morto em meu lugar.

-Entendo...Por que voltou a se prostituir?

Vi suas mãos amassarem alguns guardanapos que brincavam por entre seus dedos.

-Porque minha tia não tinha dinheiro para comprar mais ingredientes.Então ela me disse que se eu não a obedece, ela iria me vender para algum bordel da região.

-Já que é assim, porque não veio morar conosco?

-Porque você não é meu responsável legal, e minha tia não abriria mão de uma serviçal como eu.Aliais, ela está doente e precisa de ajuda com os medicamentos.

Ela abaixou a cabeça para esconder as lágrimas, tentei afagar suas mãos tremulas.

-Por favor, não conte nada a Elliot.

-Por que?

-Ele não gostaria de saber que voltei a “trabalhar” por causa de minha tia.Do jeito que ele é, é bem capaz que ele mate e depois venda os pedaços de seu corpo para algum açougue.

-Isso é verdade.

Ela riu, era bom ver que a tristeza se decepara de seu rosto.

-Bom, mas você terá que convence-lo a fazer uma coisa...

-O que?

                                                                                                ...

-Não!Eu me recuso!Eu nunca farei isso!

-Mas Elliot!É o único jeito!

Logo se iniciou uma discussão.Já esperava por isso...Então pus meu plano em prática.Manti a calma e com o mesmo tom de voz eu o chamei.

-Elliot...

-O que f...!

Passei o braço pela cintura de Ellena e comecei a passar seus cabelos por meus dedos.Ela fez uma cara de assustada, mas logo me entendeu.

-Sabe garoto...Se você não for, Ellena terá que ir...

Os olhos dele chamuscavam de raiva, e fitavam furiosamente a minha mão repousada na cintura dela.Percebi que de nada estava funcionando.Então apelei para a tortura psicológica, alterei minha voz para um tom mais cínico e comecei a despejar palavras.

-Então ela terá que se vestir “a caráter”.Terá que tingir de loiro novamente esses cabelos tão belos...Uma pena não?

Ele começava a me entender.”Ótimo”

-E então ela terá que se deixar levar até o parque...Receber todas as caricias, até que ele a ataque e nós o determos.

Ele começava a virar o rosto tentando rejeitar o que eu lhe dizia, mas eu ainda despejava palavras.E não iria parar até que ele me desse à resposta que eu queria ouvir.Então aumentei a dose de cinismo.

-Hu hu,mas e se ele for rápido?E se por um acaso nós não chegarmos a tempo?Ele poderá ser capaz de a violentar...Afinal, ela é uma pobre garotinha indefesa perto de tal assassino...

-Pare!Eu vou!

“Consegui”.

-Aceitará ser a isca dessa vez?

-Sim...

-Hu hu,então terá que se vestir “a caráter” meu caro "Stanley"!

Eu me divertia com seu rosto se contorcendo pela raiva...Nunca fui de rir da desgraça alheia...Mas dessa vez era impossível não rir da expressão de Elliot.

Bem, até eu ficaria nervoso se tivesse que me sujeitar a vestir me de promíscuo.


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