O Cisne Branco escrita por anonimen_pisate


Capítulo 41
Capítulo 41




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P.O.V – Alec Volturi

-Se você vier aqui eu mato você junto. – me ameaçou.

-Corin – falei tentando transparecer calma. – Solta ela e vamos conversar, a sós. – repeti. Ela me olhou contraditória. Grr... Eu já estava começando a ficar cansado de repetir isso.

Dei mais um passo.

-Venha Alec, venha receber o beijo da morte junto com sua humana. – ela havia enlouquecido. E eu estava à beira de enlouquecer e arrancar sua cabeça.

-Se fizer qualquer coisa, farei cem vezes pior com você. – disse em voz baixa. Minha irmã ficou ao meu lado.

-Deixa que eu mesmo mato. – rosnou olhando para Corin ameaçadora.

Mas nada aconteceu, nada.

Se Corin ainda fosse súcubo, todos achariam normal isso acontecer, mas ela não era súcubo a centenas de anos, não fazia sentido. Vi minha gêmea arregalar os olhos e escancarar os dentes.

-Co-Como...? – Jane parecia à beira da ira.

-Nessa longa viagem, eu e Hellena nos conhecemos melhor, não é querida? – virou a cabeça dela em direção ao seu rosto. – E adivinha o que eu descobri? – ninguém respondeu. – Ah, vocês não querem saber mesmo? Parecia desolada.

-Que seja...

-Corin, solta ela agora! – gritei.

Andei mais um pouco em sua direção. Corin sorria em um esgar.

-Não!

Hellena gritou atraindo o olhar de todos. Balançava a cabeça freneticamente, com a dificuldade de alguém com o pescoço imobilizado. Suas unhas se afundavam na carne resistente da seqüestradora.

Minha humana desviou os olhos na direção de alguém as minhas costas.

-Por favor.

-Que lindo... Um amor impossível e que nunca se consumira.

Corin virou o corpo da cativa de uma forma que ficassem cara a cara, se olhando nos olhos, mas sem nunca solta-la.

Levantou-a do chão, ate que seus pés roçassem de leve no piso, Hell começou a se debater em busca de ar.

Dei mais um passo. Eu estava a poucos metros delas.

-Vocês humanos são tão patéticos. Amar? O amor é a ilusão para mentes fracas. Vampiros não sentem. Alec nunca amou e nunca amara você.

-Não acredite no que ela diz Hellena. Esta tentando mexer com sua mente. – falei em desespero.

-Cala a boca. – Corin gritou em minha direção, se voltou para a humana. – Você era só uma mera diversão.

-Não é verdade. – Hellena disse com a voz abafada pela pressão nas cordas vocais. – Você era a diversão.

A vampira lhe deu um tapa com a mão livre.

Mas a bailarina continuou.

-Você nunca foi amada.

-Calada. – Corin sibilou.

-E nunca será.

Hellena cuspiu no rosto dela.

Prendemos a respiração. Porque tem que ser tão orgulhosa e suicida? A imortal nada fez a não se limpar o rosto com os dedos, uma expressão contraditória.

-Filha da mãe. – sibilou apertando mais.

-Não! – gritei correndo ate elas, mas alguém me segurou por trás. – Me solte! – berrava inconsciente como um animal preso.

-Calma Alec. Calma. – era Edward.

Hellena parecia ter uma convulsão, e suas mãos tremiam fortemente. Os olhos lacrimejavam e o rosto entrava em uma combustão rubramente afetada.

O mais obvio que aconteceria, era ela morrer, ou ter o pescoço quebrado, mas ao invés disso, Corin foi arremessada do outro lado do salão.

Hell caiu no chão, sentada.

-Mas o que... – Edward me soltou surpreso com o acontecido como todos presentes. Ignorei-os.

Corri até ela e me agachei ao seu lado, abraçando-a.

-Hell... Senti tanto medo de te perder. – afundei o rosto em seus cabelos que já estavam soltos e limpos do laquê. Ela cheirava a frescor, a floresta e ramos de eucalipto.

-Alec... – ela soluçava enquanto eu levantava seu         queixo e analisava se o seu pescoço tinha alguma marca, mas ele estava liso e perfeito.

-Shh... Está tudo bem agora... – nos levantamos um nos braços do outro, mas antes que pudesse afastá-la daquele lugar, Corin correu ate nos e jogou Hellena na direção dos Cullen segurando meu pescoço.

-Não! – a ouvi gritar se levantando sem nenhum arranhão.

Alice segurou seus ombros.

-Que maravilha. Agora o cerco está completo. – Corin bufou passando suas unhas em meu pescoço. Senti vergões de sangue escorrer de mim com força. – Ah... Que peninha, você está tão fraquinho não é?

-Pare! Solte-o, por favor. – nunca vi Hellena implorar algo, e essa foi à primeira vez. Mesmo presa pelo aperto da Cullen, ela se inclinava e chorava, juntando as mãos em uma prece.

-Ah! Você não vai me comover com suas lagrimas... – falou desdenhosa revirando os olhos, não sei muito bem, não conseguia ver seu rosto. – Se Alec não for meu, com certeza não será seu. – disse cética.

Hellena parou, sem lagrimas nos olhos, uma expressão fria, que me lembrava muito a do demônio do gelo, só que mil vezes mais penetrante, e com mais emoção que aquele olhar de neve, emoção agressiva.

-Solta ele. Agora! – ordenou.

-Quem é você para mandar em mim?

Eu quase podia sentir na minha pele o poder saindo de seu corpo frágil e mortal, como uma onda de energia. O poder tão doce e puro escapava dela e entrava em mim por meus poros e no ar de meu peito.

Os olhos da minha humana se iluminaram como faróis no escuro, o castanho ficou pálido, e como se lanternas estivessem saindo de suas córneas.

Era como se o ar a nossa volta estivesse mais denso, e tudo acontecesse mais devagar, como se nadássemos em lama. Seus cabelos flutuavam em volta da sua cabeça, com um vento inexistente. Eram arremessados para todos os lados como serpentes venenosas.

Suas mãos pareciam garras de um falcão prestes a aniquilar sua presa.

-Solta ele. – repetiu em um sibilo esdrúxulo.

-Não. – a voz de Corin não estava tão firme quanto queria demonstrar.

Inclinou a cabeça para o lado e ergueu a mão aberta firmemente. Nada pareceu acontecer, mas eu senti, foi como se um jato de ar fizesse um vácuo em cima de mim e Corin, mas apenas arremessando a ela para trás.

Fiquei onde estava, estancado, encarando no que Hellena havia virado, e um aperto percorreu minha garganta ao meu peito quando senti o cheiro que ela exalava, sem frescor algum. Não era possível.

-Você... Você... – Corin gaguejava. Se levantou e aproximou-se de novo, não havia ameaça agora, apenas uma surpresa assustada. – Então era você que elas estavam procurando! Você é a escolhida!

Foi como se houvessem apertado um botão de liga/desliga em Hellena, e a luz toda se esvaiu de seu corpo, fazendo com que minha menina caísse no chão, exausta.

Aproximei-me e segurei seus pulsos erguendo-a do chão.

-O-O que aconteceu? – murmurou.

-Você usou seu poder...

-Que poder?

Apertou os olhos como tentando lembrar-se de algo.

Apertei seu corpo contra o meu, atraindo-a para um abraço protetor. Encaixei meu queixo em sua cabeça, prensei minha mão em suas costas, deixando o tecido áspero e cintilante roçar em minha pele.

Ela esfregou o rosto em minha camiseta, ofegando.

Prendi a respiração quando um arrepiou subiu e desceu pela minha coluna, o arrepio tão conhecido de quando á imortais por perto, só que esse arrepio foi muito mais forte que o comum.

Todos os outros vampiros do salão pareceram notar e repetiram meus gestos. Olhei significativamente para Aro, ele devolveu.

-O que houve? – Hellena ergueu o rosto, sendo a única a não entender nada. Mas mesmo assim pareceu sentir algo, pois continuou. – Quem está vindo? Sinto uma tensão no ar.

A porta principal foi aberta novamente, e dela apareceram às mulheres mais belas que já vi em toda a minha vida.

Eram cerca de vinte. Vinte das criaturas mais perigosas e tentadoras que já desceram a terra. Seus cabelos bem organizados em tranças típicas, com suas roupas de couro vermelho escuro.

Era como se elas fossem um imã me atraindo, era a mesma sensação de quando me encontrei com Dacra, só que essas súcubo eram muito mais poderosas, e o desejo que sentia por elas era muito maior.

-Corin. – uma delas disse. Parecia ser a líder, com seus longos cabelos escuros e olhos castanhos. Era a mais bela de todas, e uma das de aparência mais velha.

Tirou as luvas de couro e segurou-as com uma mão.

-Sempre soube que você era baixa, mas não tanto. – balançou a cabeça em discordância. Com as pontas pálidas dos dedos percorreu os fios presos no alto da cabeça.

-Desdêmona... – Corin sussurrou assustada.

-Eu mesma. – sorriu falsamente. - A sua rainha, ou melhor... Sua ex-rainha. – sua voz estava carregada de desprezo. – Você é tão patética que nem chegou a perceber algo que estava na frente do seu nariz.

Hellena se encolhia nas minhas costas. O aroma que saia dela, era... Não, não podia ser. O cheiro dela não era dela, o cheiro que eu sentia era na verdade era o cheiro delas.

-Mas... O que?

-Você quase matou a nossa princesa Corin. – outra súcubo disse, possuía olhos cinza alilasados, como uma bruma do amanhecer.

-A herdeira. – outra completou.

-Princesa? – Aro repetiu juntando as mãos.

-Ah, me perdoe Aro, como fui deselegante. – a que se denominava de rainha foi ate Aro com rapidez e estendeu a mão desluvada. Anéis preciosos coloriam seus dedos delicados.

-Desdêmona. – ele beijou-lhe a mão. – Como é bom ter a presença de alguém como ti entre nos. – sorriu. - Mas como dizia, princesa?

-Sim Aro. Viemos para esse mundo atrás da minha filha.

-E essa filha é... Hellena? – alguém disse com a voz surpresa.

-Sim. – desviou os olhos sábios para mim, ou para quem estava atrás de mim.


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