O Cisne Branco escrita por anonimen_pisate


Capítulo 31
Capítulo 31




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S.P.D.V

-Muito prazer. – Hellena sorriu gentil para a vampira.

Essa não possuía sombras a sua volta, tinha mais brilho, como se a nova dieta lhe concedesse mais alma.

Adentrou a sala se sentindo mal-vestida com seu blusão fino demais para o inverno, e colado demais, sua gola ‘V’ pareceu-lhe vulgar, e suas jeans se contraíram mais para dentro de sua pele.

Todos analisavam ela com superioridade, aspirando o ar da mesma forma que os vampiros da porta.

-Nossa Hellena, seu cheiro esta... diferente. – Caius falou de seu trono respirando fundo, e se dirigindo pela primeira vez para ela.

-Hã... Devo considerar bom ou ruim? – se sentiu assustada. O sangue de Alec já deve ter saído do sistema dela, mas e se o cheiro dele ainda estivesse nela? Afinal, eles transaram há um dia atrás.

-Ruim. – levantou as sobrancelhas. – Ele esta com um cheiro atrativo demais. – ela quase podia ver o veneno se acumulando em sua boca. Uma áurea vermelha de luxuria e fome saltavam de seus lábios.

Abriu a boca para responder, mas Alec lhe interrompeu.

-A uma súcubo em Verona. – todos começaram a murmurar, e os Cullen ficaram em silencio. Hellena se virou para ver os nove componentes do clã, e consegui identificar cada um, apesar das diferenças dos atores que vira nos filmes.

-Elas não estão vindo para cá? Não nos avisaram isso? Nada mais normal do que estarem fazendo uma vistoria nas cidades.

-Ainda falta tempo para chegarem, devem estar vindo em fevereiro. E estamos em dezembro ainda. – um vampiro desconhecido para a humana disse.

-Esse não é o problema. – Alec continuou. – Ela tentou me matar.

O silencio se fez no salão.

-Aplicou odol em mim. – o silencio se substituiu por burburinhos de pura raiva e confusão.

-Mas o odol é proibido. – Jane rosnou. – E porque odol? Porque ela não podia esmagar você com a própria pressão do seu corpo? Porque não tocar fogo em você? Ou beber todo o seu sangue, e te deixar seco e fraco?

-Você seria uma ótima súcubo Jane, é tão criativa. – alguém disse sarcástico. Um vampiro que lembrava a Hellena um muro grunhiu, deveria ser Felix.

-Calado. – ordenou ameaçadoramente.

-Ela bebeu meu sangue, um tempo antes. – disse calmo.

-O que?! – Jane gritou. – Aquela prostituta, vou matar-la!

Foi ate Alec e analisou o pescoço dele, encontrando as marcas.

-Como sobreviveu? – um homem de aparência de trinta anos, e cabelos loiros perguntou no clã Cullen, devia ser Carlisle.

-Hellena me salvou. – Alec não olhou para ela um minuto sequer. Estava parado alguns passos a sua frente.

-Como? – outro rapaz dos Cullen perguntou. Seus cabelos cor de bronze estavam arrepiados em um topete.

-Ela possui um dom de cura, e me salvou.

Todos desviaram os olhos até ela.

-Um dom de cura? – Jane ergueu uma sobrancelha. – Que inútil. – falou sarcástica. Ergueu uma sobrancelha com a mesma expressão superior que sempre usava com todos.

-Pelo visto não. – respondeu audaciosa. – Já que seu querido irmão só esta vivo por minha causa. – estreitou os olhos sem medo de encarar a vampira mortífera.

-Mas ele só estava em Verona por sua causa – encarou a humana acusatoriamente - E afinal, qual a razão da súcubo aplicar veneno em você? – se voltou para ele.

-Ela... – tentou não olhar para Hellena. – Me disse para que me afastar da humana. – Jane se voltou para ela sorrindo vencedora.

-Como visto. E já que Alec é um teimoso cabeça dura, não obedeceu.

-Estou cumprindo minha missão. – revidou.

-Relate o que aconteceu. – Aro falou para Hellena.

-Bem... – gaguejou tentando inventar uma historia de ultima hora. – Alec estava vigiando minha casa, minhas colegas haviam saído...

-Porque vigiando sua casa? – Jane a interrompeu.

-Eu falei para ele que alguma coisa estava me seguindo.

-O que era?

-Era essa súcubo, uma noite ela me puxou para um beco e falou comigo. – isso ela não havia dito para Alec, mas ele não deixou transparecer.

-Contou para ele?

-Não consegui contar o que era, foi como se algo me impedisse, mas contei que havia algo atrás de mim. – parou um pouco, e continuou. – Ele estava vigiando minha casa, e ai eu fui descer para falar com ele, e então ela apareceu.

Parecia tensa.

-Quando eu cheguei na porta ele já estava caído e ela ao seu lado. Brigamos e ela sumiu, trouxe-o para dentro da minha casa e fiquei com Alec o resto do dia, quando estava para dar 24 horas, ele... voltou curado.

-Quando ela falou com você a primeira vez, disse o que?

-Para eu me afastar dos vampiros, pois a rainha delas precisava de mim, e que seu eu virasse vampira, não poderia ajudá-las mais. – torceu uma mecha de cabelo com a ponta dos dedos.

-O seu dom de cura, quando descobriu ele?

-Havia um pássaro morto na frente da minha casa, ele havia acabado de morrer e ainda estava quente, segurei-o e então saiu voando.

Aro segurou o queixo enquanto ponderava em silencio. Ninguém falava ou se mexia enquanto o rei pensava. Uma porta lateral se abriu, e uma mulher vistosa entrou.

-Hellena, há quanto tempo. – falou falsamente.

-Ola Corin. – respondeu neutra.

-O que os traz aqui? – olhou para Alec, luxuriosa.

-Problemas que a nossa protegida causou. – Jane rosnou para Hellena.

-Eu causei? Salvei a vida de Alec!

-Mas você a pós em perigo! Seria melhor ter-la matado logo naquele dia!

-Mas não matou! Quer me matar? Vamos mate, mas terá de se ver com as súcubo depois, pois pelo que vejo, sou muito importante para elas. – todos prenderam a respiração pela ousadia da humana.

-Elas não vão notar se você aparecer sem um dedinho, e a falta dele não prejudica nenhuma dançarina. – rosnou se aproximando.

-Você dança? – Alice perguntou animada.

Jane correu ate Hellena, mas Alec segurou a irmã pela cintura ante que chegasse perto dela. A humana não se moveu um dedo, como se depositasse toda a confiança nele.

-Calma Jane. – sussurrou para a irmã.

-Espero que as súcubo sacrifiquem você em algum ritual muito doloroso!

Hellena parou. Os olhos arregalados, e a respiração entrecortada. Jane parou de se debater nos braços de Alec e encarou-a. Os seus olhos perderam a cor, e assumiram um vermelho vivo.

As mãos se apertavam em punhos. Todos a olhavam dando passadas para trás em busca de segurança, a energia que provinha dela enchia o salão com agressividade.

Seu corpo se retorceu e voltou à postura reta.

-Ora, ora... Esse é o castelo Volturi então? – outra voz sai de sua boca, não mais a humana suave, mas sim a imortal perigosa.

-Então você é a culpada de tudo isso! – Jane deu um passo à frente.

-Ola Jane... Que... Desprazer. – disse com desprezo.

-Quem é você? – sibilou.

-Sou a mensageira da minha rainha. Um súcubo do fogo, meu nome é Dacra. – disse movendo os lábios sensualmente. Desviou o olhar para Corin. – Olha quem esta ai. Vocês aceitam renegadas agora? Cuidado, ela é uma traidora, e quem trai a própria família, pode trair qualquer um.

-Dacra... Pelo visto você foi promovida. – Corin disse devagar.

-Não gostei muito da promoção, mas... Estou nesse mundo nojento apenas para cuidar dessa humana. E eu juro pelo fogo que matara vocês um dia, que se alguém encostar um dedo nela... Terão a morte mais lenta e dolorosa que podem imaginar.

Sua voz assumira proporções maléficas.

Voltou às íris vermelhas para Alec.

-Sobreviveu então. – disse com a voz decepcionada.

-Graças a Hellena.

-Estragou a brincadeira. – fez beicinho. – Mas não diga que não te avisei... – se virou para Aro. – Ouviu meu recado Aro, e tome muito cuidado com seus próximos passos, ou seu castelo e sua cidade maravilhosa, serão consumidos por um fogo impossível de se apagar.

Dito isso, Dacra/Hellena fechou os olhos, e seu corpo tombou. Antes que caísse no chão, Alec segurou-a. Ela abriu os olhos e tremia fracamente, deixaram de serem vermelhos e voltaram ao tom castanho.

Ela olhou as mãos junto com Alec, luas roxas marcavam fortemente, se tivesse apertado um pouco mais, teria saído sangue. Ele olhou para ela, como se dissesse, “não se preocupe Hellena, estou aqui”.

-Nenhum mortal agüentaria uma alma tão poderosa dentro do corpo. – um rapaz dos Cullen com cabelos loiros disse. Jasper.

-O que ela é então?

Hellena parecia confusa.

-Tem sorte de ter uma guarda-costas tão poderosa por perto, humana, senão já estaria frita e morta. – sibilou Jane. Olhou-a de cima a baixo, e consegui captar a pedra do anel em seu dedo. Arregalou os olhos e rosnou.

-Acho melhor voltar para casa Hellena. – Alec disse soltando-a e percebendo o olhar da irmã para a mão de Hellena.

-Sim... – falou vaga. Olhou para Aro.

-É melhor voltar logo. – concordou com a cabeça.

-Alec acho melhor você ficar. – disse vacilante.

-O que? – levantou uma sobrancelha.

-Quem é você para mandar em um vampiro? – a gêmea dele rosnou de novo. Hellena revirou os olhos.

-Não quer seu irmão em segurança? – olhou para ela. Jane não respondeu, mas Hellena já sabia a resposta. – Não está seguro perto de mim, Dacra pode voltar.

-Vou com você. Permite Aro? – olhou para o mestre.

-Acho melhor ele ficar por perto.

-Aro! – Jane reclamou.

Ele olhou para ele de uma forma irritada, logo se calou.

-Obrigada Aro. – Hellena moveu a cabeça e se voltou para os portões. Passou pelos Cullen, e entre eles, pode ver uma menina com os cabelos ruivos e olhos castanhos. Renesmee.

Fizeram o mesmo caminho de volta, em total mudez. O elevador parecia zumbir desconfortavelmente. Quando estavam para sair do prédio, Jane surgiu na porta.

Seus braços estavam apertados na frente de seu peito, e seus dedos amassavam as mangas de sua roupa.

-Já chega de encenação Alec, esqueça essa humana. Vai acabar morrendo se ficar perto dela!

-O que? – Hellena deu um passo para frente.

-Isso mesmo que ouviu Hellena, ele não ama você, ele apenas esta te usando em próprio interesse. – falou fria sem tirar os olhos do gêmeo.

-Pare de mentir Jane. – ela disse cética.

-Não estou mentindo, há um tempo atrás me encontrei com ele, e Alec disse que só estava fingindo que gostava de você, apenas para ter o que queria. E pelo visto conseguiu mais do que planejava. – olhou para o pulso dela coberto.

-Esta mentindo.

-Estou? – ergueu uma sobrancelha. – Pergunte e ele. No dia que fui visitar vocês no parque o que ele disse.

Hellena olhou para ele, mas Alec nada falou.

-Ele disse que estava apenas fingindo tudo, pois queria dormir com você, e que não importava o que acontecesse, depois que você se transformasse, esqueceria tudo, e ele ficaria livre de você. – Jane respondeu.

Continuando a fitar Alec, a humana disse.

-Alec, isso é verdade? – sua voz tremia friamente.

Ele não disse nada, e devolveu o olhar.

-Hellena eu...

-Não! Você nada. Você mentiu para mim!

-Nada do que te disse que sentia era mentira.

-O pior de tudo é que eu sei disso! – lagrimas caiam de seus olhos. – Mas, mesmo assim! Você tem vergonha de sentir o que sente Alec, como vou poder confiar em alguém que tem vergonha de mim? – tirou o anel do dedo e jogou nele, a pedra bateu em seu corpo e caiu no chão.

-Hellena me escute... – segurou os ombros dela.

-Não! Não! Eu não vou escutar! – se livrou dele e saiu correndo pela rua.

-Hellena! – mas ela já havia sumido pelas ruas. Ele olhou para Jane. – Não devia ter feito isso Jane. – disse sumindo pelo mesmo caminho que Hellena tomara.

Jane se agachou e pegou o anel com a ponta dos dedos.

-Ai, ai Alec... Vai me agradecer um dia. – colocou a jóia no bolso da roupa, entrou no elevador, e sumiu dentro da terra.


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