Meine Beichte escrita por Saah Insane
Notas iniciais do capítulo
yay ~
Meu despertador tocou ás sete da manhã. Eu acordei meio triste. Você não estava ao meu lado. Desde aquele dia em que eu te confessei meu pecado, nós não nos falamos. Seria tão ruim assim eu te amar? Será que você me odeia? Eu espero que não.
Levantei, relutante. Não queria mais passar o resto da minha vida nesse internato católico. Eu estava sozinho, sem mamãe, sem Gordon, sem você. Eles pensavam que Deus ia me ajudar a me tornar um menino certo, sem pensar nisso, sem cometer pecados. Como se Ele fosse me ouvir.
Vamos começar do começo. Meu nome? Tom Kaulitz. Idade? 14 anos. Faz o que da vida? Nada que preste. Eu sou o pior cara do mundo. Estado civil? Apaixonado pelo meu irmão.
Minha história começa em Leipzig, uma cidadezinha da Alemanha. Nasci dez minutos antes do Bill, meu irmão gêmeo, meu melhor amigo. Nós éramos do tipo 'irmãos perfeitos', quase nunca brigávamos, éramos muito companheiros. Mas eu fui percebendo que eu gostava demais de Bill. Demais mesmo. Um dia, eu estava no quarto, enquanto ele tomava banho. Quando ele saiu, estava pelado e eu olhei para seu corpo, corando instantaneamente. E juro que senti algo dentro de minha calça.
- Tom, o que houve?
- N-nada, Bill...
- Por que virou o rosto?
- Nada, já disse...
- Ei... – ele subiu em cima de mim – o que houve?
Não pude resistir olhar para aquele rosto tão perfeito, igual ao meu. Fui tomado por uma sensação incontrolável de beijá-lo. E foi isso que eu fiz. O puxei para baixo e nossos lábios se encostaram. Passamos um bom tempo assim até ele se afastou, olhando para mim, incrédulo.
- Por que fez isso? – Bill perguntou, saindo de cima de mim rapidamente.
- E-eu não...desculpe...
- Vou contar pra mamãe – e saiu correndo.
Dito e feito. Minha mãe brigou horrores comigo, disse que beijar o irmão na boca não é coisa de Deus e me mandou pra cá. Mas antes de eu vir, ainda disse que ia namorar com Bill. Que eu o queria por pelo menos uma noite. Ela me deu um tapa e aqui estou. Tendo que refletir sobre o que fiz.
Afinal, que mal há em namorar um irmão? Se sob o olhar de Deus somos filhos da mesma pessoa, todos nós, isso não deveria existir. É apenas o mais puro preconceito. Mas eu ainda me pergunto se ainda vou entrar no céu, mesmo não sendo absolutamente devoto.
Já conversei com os padres daqui, me confessando. Dizendo que eu amava profundamente meu irmão, de um jeito que um homem ama sua esposa. Desde então eles me odeiam, principalmente quando contei essa historia: Bill tinha uma namoradinha, já aos onze anos e meio. Eu já gostava dele na época, então, para tentar esquecê-lo, eu fiquei com a menina. Ele nunca descobriu. Mas eu era absolutamente inocente. Ele que era o culpado nessa história. Por ter me deixado louco de amores pelo meu irmão gêmeo.
Enfim, decidi rezar. Me ajoelhei aos pés da cama e recitei o meu pedido, em forma da canção que eu havia escrito para um dia, quando eu criasse muita coragem de encarar Bill de novo, eu entregar a letra.
‘Bitte seid nicht zu gemein
Gebt mir noch ne Chance oder zwei
Oder laßt mich wenigstens
der Engel in der Hölle sein’
Uma ideia me passou pela cabeça. E se o demônio me ajudasse também? Fechei os olhos e disse, bem baixinho:
‘Hey Teufel kannst du
meine Beichte lesen
Und dann mit Gott
nochmal darüber reden
Und hast du keinen Bock
Dann lass es eben
Kannst ja mal überlegen’
É. Essa é minha confissão.
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eae, curtiram? :3
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